quinta-feira, agosto 30, 2007

AMAR SEM AMOR…


Incrível . Ter uma vida «a coisa» em frente dos olhos, e só tardiamente olhar para ela ,para lhe descobrir o sentido .

Explico .

Na casa da Costa Nova ,nas paredes, mantêm-se desde a sua origem uns quadros de que gosto muito . São os únicos de sempre,a não terem sido mudados .São eles, o retrato de Allende (trabalhado) e o painel dos «Direitos do Homem» de Thiago de Mello ,feito em 74, em Santiago do Chile .Este ultimo colocado em um local em que todos os dias -mas todos!- o vejo.E mais do que uma vez,ao dia .Li-o pois, sei lá (!), centenas e centenas de vezes.Notável ,a tábua .

Ora hoje dei por mim a lê-la uma vez mais e ,de repente, voltar atrás a reler o seu

art 12º


Decreta-se que nada será obrigado nem proibido
Tudo será permitido
Inclusive brincar com os rinocerontes
E caminhar pelas tardes
Com uma imensa begónia na lapela

Paragrafo único :

Só uma coisa será proibida
Amar sem amor


Thiago de Mello diz ser proibido .Há tanta coisa proibida que é feita.

Esta proibição , por defeito um direito intocável do homem –e obviamente da mulher – é deveras complicada de aprofundar .
Porque em primeiro lugar, eu queria ,era ver definido o que é «essa coisa de amor».
Para depois ,confessar ou não ,o meu pecado ,se o foi .

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TRAJANO : O MELHOR DOS CÉSARES


Quando andei a á procura de saber um pouco sobre Plínio «O Velho« (vidè «Ensaio Monográfico» fui parar a Plínio, «O Jovem », amigo e funcionário(delegado) de Trajano .Tive então a felicidade de ter entre mãos uma biografia de Trajano ” o melhor dos Césares” ,ali se afirma e se explica .
Não tinha minimamente esta ideia . Modo deplorável como aquela História nos era impingida no Liceu.

Tenho pena de ter sido ,assim ,tão mal formado.

Para além de me ter apercebido que nisto de Césares era comum a adopção -o que não deixa de ser curioso ,demonstrando, clara e inequivocamente que nem sempre «os de sangue» merecem o «podium»da escolha- ,constatei que Marco Ulpio Trajano ,de ascendência hispânica (clan dos Ulpios) ,foi um César perseverante , justo e nobre .Paternalista ,mesmo num sistema autocrático .Que por exemplo estabeleceu a distribuição de o alimenta aos meninos pobres e o incremento do congiarum, a provisão gratuita de comida em toda a Roma ,que baixou os impostos ,e que substituiu a guarda fanática que protegia o Imperador,por outra menos radical.

E que ,por isso ,se deu ao luxo de ser o único César que passeava sem guarda pessoal ,pelas calçadas de Roma .Um César ,ainda por cima ,clemente,era amado pelo seu povo .

Tive oportunidade (e deleite) de apreciar em detalhe os pormenores arquitecturais das Termas de Trajano .Fabulosa a construção .Onde já se inseriam pórticos de dimensão notável, com a finalidade de suspender tectos envidraçados, para prover luz indirecta .Cúpulas de sonho, numa cidade já cosmopolita ,ruidosa e cheia de contrastes.

Diz-se que Trajano arengava maravilhosamente ao povo,ao explicar as suas reformas .sociais ,politicas e administrativas .Foi ele que criou o corpo dos Curatores, espécie de auditores das autarquias de então, especialmente das que tivessem problemas económicos.

A César o que é de César.
A Sócrates ,o que é de Sócrates .
Filosofar foi no outro tempo .Agora é preciso fazer .
Mesmo se ,como Trajano ,que se às vezes reagia autocraticamente , mantinha contudo os Senadores,( sempre) informados das suas decisões.

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A ESTEVES, O QUE É DE ESTEVES…

Não sei se têm dado por isso .De há uns tempos para cá –depois de fixadas as directas no PSD- em todas as edições ,o Diário de Aveiro ,insere uma página de publicidade dedicada a Ribau Esteves .

Promove-se ,enfaticamente o Museu , com atoardas de números fantasmagóricos de visitantes –mesmo se para promoção pimba . Promovem-se gongóricos futuros acontecimentos (Tall Ships para o ano) ;explica-se a ausência do Creoula, e promete-se, para o ano, o seu regresso . Anuncia-se o Parque de Oudinot , para o ano ,como parecendo obra exclusiva de R.E. (e a APA?..não dá nada para o peditório ...) etc .etc..

De onde vem esta freima e onde acabará?
Observador atento, percebe ,contudo a marosca.
Ribau Esteves envolveu-se numa luta partidária ,de «vida ou de morte» .Foi mesmo nomeado caceteiro de serviço ,no que diga-se ,é especialista. Mas a sua «luta » não é nacional .Não .É distrital .

Se Menezes ganhar óptimo (Mãe !..Enfim !, sou ministro..)
Se perder, nem tudo é mau . Lá estarão daqui a dois anos .
Mas o busílis é no Distrito .Se perder em Aveiro, é vergonhoso (ele próprio hoje diz o mesmo de Marques Mendes) .E se ainda por cima empatar em Ílhavo,então :- é o fim!.

Quando hoje diz que um Presidente do PSD tem de ser alguém vindo de uma Junta de Freguesia ou de uma Câmara (vide Diário de Aveiro ,de hoje ) ,não há ninguém que lhe responda :

- Então a que junta ou Câmara pertenceu Sá Carneiro, e ou o Aníbal?

Ou será que ele terá razão, e será por isso que aquele partido é rasca, desde o nascimento?

Mas uma pergunta :
-Quem paga esta publicidade de promoção pessoal, para fins eleitorais partidários ?

Estes amigos do P.S andam mesmo de «vacances»

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A PORRETE AQUILO VAI…

Na resposta de Ribau a Marques Mendes ,acima citada ,pode apreciar-se um novo modo de auto panegírica adulação .
É citado duas ou três vezes Élio Maia, (a quem se esconde a mão depois de atirar a pedrada) ; é citado duas ou três vezes MM, a quem se quer lapidar; mas refere-se o «Eu» –Ribau Esteves – uma meia dúzia de vezes .
Este tipo é multi-orgásmico. Um incontornável Study Case.
A pedrada começou . E ainda a procissão vai no adro .O «peqenino que se cuide ,quando choverem as tropelias ,tipo «desequilibrado mental»

E os vivas finais !
Oh …que bacoco populismo.
Volta Santana .Estás perdoado …

Aladino


Aladino
FAÇAM MELHOR …POÇA !...


Pessoa amiga, e atenta ,chamou-me a atenção para uma enormidade que eu teria dito em público ,quando retorqui à simpatia excessiva de A.R. –mas também critica – e me elogiava(?!)os escritos –o que eu detesto por não o merecer de modo algum.

Claro que ele era de opinião que eu deveria ser mais liso ,mais rápido de leitura, mais sincopado .

O que não sou , nem quero ser –embora até o saiba fazer, acreditem –como há tempos o demonstrei numa brincadeira .Mas eu gosto de ler um texto com rodriguinhos, se assim o quiserem apelidar. E inventar ou evocar ,palavras adequadas e fortes .A nova escrita ,não me cativa .Para isso bastam-me os SMS.

Ora eu teria dito que “quando escrevo – escrevinho leia-se – me estou marimbando para quem vai ler .Eu estou tão só a dar satisfação a um gozo intimo, meu» – disse então ,pondo fim à arenga .
Parece que caiu mal. E compreendo que até tenham razão.

Mas o que as pessoas não sabem é que muita coisa, faço-a só para mim. Hesito por isso ,muito (!), antes de a publicar .Não porque tenha medo das apreciações .Não ,não tenho. .Mas aquilo foi feito só para mim, e julgo não interessar a mais ninguém.

Isto levou-me ao «Blog», e a deixar de ,por vezes ,levar os escritos ao Jornal, o que fazia com alguma frequência .Assim – no«Blog» -, só me lerá quem o procurar, e não por lhe ter ido parar às mãos , embrulhado com outros .De outro modo poderia ser induzido, a … .E eu não quero. Gosto de conquistar. E quanto mais difícil a conquista –ou a improbabilidade do êxito - mais ela me motiva, e me aguça o engenho (e a arte ,mesmo se pouca …)

Mas a ninguém lhe passe pela cabeça, que é por complexos .
A esses atirarei com a opinião de Marcial (porta romano de qualidade ) no preâmbulo dos seus epigramas :

“Se algo Te parece nestas páginas ,leitor ,ou muito escuro ou pouco latino,o erro não é meu .Fê-lo o copista com a pressa de levar os versos até ti .Mas se crês que não foi ele, ,mas sim eu ,quem caí em falta então eu creio que Tu não tens nem ponta de inteligência ..«Mas estes versos são maus ?!».Como não ,não nego o evidente !Estes são fracos ,só que Tu não os sabes fazer melhor !..”.

Nos preâmbulos do que fiz - detesto prefácio de estranhos já que ninguém tem mais consciência do que fiz ,do que eu próprio – tento induzir aquela ideia ,a do dito poeta.

E assim ,desafiando :

Façam melhor ,poça!


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UM HOMEM SEM DIPLOMA ...É COMO AVE SEM VOOS


Uma diplomada da nossa praça -tal como R.E - ,acha estranhas as minhas qualificações para esta vida, em que diz, eu agora ,dei! Ainda bem que dei nisto; porque há coisas muito piores. Acreditem eles.

Àquela doutora ,apetece-me contar :

«Naqueles tempos (II sec d C) começaram a aparecer os escribas que eram «diplomados» .
Assim, aconteceu ,que o «diplomado» Petaus foi exercer para uma terra longínqua ,substituindo um outro que regularmente fazia essa tarefa –Isquirion- ,que não tinha qualquer diploma, e foi ,por isso despedido .
No papiro em que outorgava um negocio ,ou outro trabalho ,o «diplomado» sempre que outorgava “Eu Petaus ,o escriba diplomado da aldeia …» nunca o fazia correctamente , com as mesmas letras .
Porquê ? : perguntar-se-à ..

A razão de tal comportamento era o facto de o «diplomado» só saber escrever o seu nome ,o que julgava, lhe permitiria afirmar-se « que sabia escrever ».O resto ele só sabia ,era copiar, que foi o que lhe tinham ensinado na Escola.
A população indignou-se e exigiu a volta do anterior iletrado ,que esse ao menos ,sabia um pouco mais do que assinar o seu nome»

Curiosamente :

Na minha longa e excitante carreira de engenheiro, observei dezenas de engenheiros que deveriam, era ir cavar batatas, e esconderem o diploma, imerecido .E auscultei centenas de «mestres» de engenharia ,que com a quarta classe ,só lhes faltava o Diploma para se intitularem: - «engenheiro de facto» .Por isso ,respeitando-os e incitando-os ,aprendi muito com eles .Na Universidade ,só aprendi a ter a consciência de que nada sabia .E que de lá saído ,tinha de, diariamente, voltar aos livros ,se quisesse ser diferente .E eu ,desde o dia em que dali saí ,queria-o ,de facto .Foi o que fiz ,porque eu não queria ser só engenheiro no «cartão de visita» .

A propósito: - nunca mandei fazer cartões onde indicasse o titulo .Só «Senos da Fonseca».
Com o titulo ,era a Empresa que se encarregava dessa vaidade.

Alguém me chamou, um dia a atenção para essa falta social ,para esse fundamentalismo. Respondi :

-«Raios ..se ao fim de cinco minutos de falarem comigo ,não perceberem que sou Engenheiro, então mais vale mudar de vidinha.

Aladino

segunda-feira, agosto 27, 2007

UÈ?!....

Aguas azuis desta ria
Que correis direitas, p’ró mar.
Onde escondeis meu amor ?
Não me façais
Mais sofrer,
Tende pena da minha dor

Ué? ..
dizei-me
Que eu morro d’amor

Águas de prata da ria
Em noite de luar d’ Agosto
P’ra onde foi a minha amada ?
Matai-me este fogo posto
Esta vida,
Tão cedo já acabada

Ué?!
Contai-me…
Que eu morro por nada

Águas vermelhas da Ria
Tingidas pelo Sol à tardinha
Pr’a onde levastes meu bem ?
Não a deixais
à noite, sózinha,
Levai-me com ela também

Ué ?!...
falai-me,
Que eu morro sem ninguém

Águas negras ,águas da ria
Vestidas na noite, de breu
Onde está a minha alteza?
Triste destino é
Este, o meu,
Viver em tal incerteza.

Ué …?!
Levai- me ,
Que eu morro nesta pobreza


S F
Agosto ,27 -2007

sábado, agosto 25, 2007


POBRETE MAS ALEGRETE


Li uma afirmação do Berardo .
Diz o ricaço, que o «Verão lhe desperta o vicio de fazer amor».
Fico a pensar que estes novos ricos são o contrário das formigas : estas amealham no Verão para o Inverno ;aqueles amealham no Inverno para gastar no Verão ,com o «viagrar» do vicio.

Fiquei a perceber melhor porque nunca os invejei. Durante a vida ,felizmente –olho agora para trás sem remorsos –nunca dei que tal «vício» –ora ..ora! - tivesse época especial .Porque todas as épocas eram boas, para o alimentar (no bom sentido ,claro!).

Bem dizia a minha avó:

- POBRETE MAS ALEGRETE
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PORQUE NÃO HÁ MÉDICAS UROLOGISTAS ?

Fez-me a pergunta ,depois de ter consultado uma obstetra:
-Porque é que não há médicas urologistas?...
Fiquei espantado e ,confesso, não tive resposta razoável para lhe dar.
E discorri:
Era bem melhor .Assim, aquando da consulta anual ao Dr Ricardo , chegado o solene -e chato !- momento, em que me atira,
-Desculpe lá engenheiro ,mas tem de ser ….
Se fosse uma urologista –que imagino dextra e desinibida ,claro! -, não responderia como sacrossantamente o faço :
- Vá doutor!... mas não abuse …
Para dizer :
- Por quem é Doutora .Esteja à vontade …é um prazer
Não !...não sria bem assim ;mas um homem perante as mulheres não pode fazer figuras tristes…

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GESTOR …INVESTIGADOR…

Há hoje tanto disso….Qualquer dia vai ser um tal desemprego.
Eriçam-me os pêlos, quando vejo um fulano auto intitular-se – e apor no cartão de visitas - um dos títulos referidos .
Na maior parte das vezes são titulações ,completamente ocas.

Porque gestores -da nossa difícil contabilidade familiar - ,ou investigadores - da natureza humana -,afinal, todos o somos, um pouco .E às vezes com resultados notáveis.

Nada que se compare com certos investigadores-há excepções ,claro..claro.E das boas- que andam uma vida a investigar «tudo, do nada» .Lêm uns livrecos ,fazem uma citação bibliográfica do que nem leram ,ordenham uma palavras sem lá incluir o que quer que seja de opinião própria ...e botam no cartão : Investigador(a)
Uma vida a fazer de conta . Em impante exercício de prosápia barata.
Na vida é necessário ter descrição para exprimir o saber; como docilidade para compreender que, quanto mais se sabe…mais falta saber .

Aladino

sexta-feira, agosto 24, 2007

A IMPORTÂNCIA DA LAGUNA (Hoje…)


Tive há dias a oportunidade de recolher mais uns ensinamentos, tarefa a que me dou com uma sofreguidão ,quase diria, obsessiva.

No «Ensaio» tentei passar a mensagem da importância da Laguna,a «circunstância» que enformou as nossas gentes .Para o bom,e /ou, para o mau.
Constato que a sua importância é, hoje ainda, relevante para muita desta gente ribeirinha.
O que infelizmente não é de todo captado, ou conhecido. O que leva a um encolher de ombros ,quando uns cretinos corrompidos pelo poder económico , pensam retalhá-la, para especulação imobiliária .

Vamos então a dar conhecimento de

1- O valor facturado em 2006 pela pesca artesanal ,foi de 4.000.000 (quatro milhões de Euros!)
2- Admite-se que este valor corresponda, apenas a 40% (!..),do valor efectivamente retirado.
3- Se quisermos ter um termo de comparação ,diremos que a pesca costeira ,facturou no mesmo período 5.000.000 €. Um pouco mais …isto tendo em conta,

4- Que na pesca artesanal estão registados cerca de 3.000 pescadores que dela dependem
5- E que para lá destes, cerca de 500 mergulhadores pescam, diariamente, bivalves ,escapando pela malha grande
6- E que por exemplo ,o mexilhão ,é tabelado na lota a 0.80 € o Kg ,vai para Espanha, e regressa a Portugal a 5€ o Kg.

Perante isto apetece perguntar :

Esta actividade que em nada a fere ,apenas aproveita a sua capacidade de regeneração da vida marinha ,é para proteger ,ou é para acabar? Será a ideia , reconverter estes pescadores e levá-los a servir nos hotéis ou a cortar relva nos jardins do «Resorts» com que pretendem circundá-la ?

Por onde andam os nossos políticos ,que não vão inquirir e avaliar a dimensão desta riqueza ,e denunciar todos os projectos loucos ,com que a pretendem retalhar?
Porque se não apoia uma estrutura Comercial ,que permita aqueles pescadores ,dialogar directamente com o mercado ,evitando a sua exploração pelos intermediários nefastos?

Dar relevo a esta realidade ,não interessa .Interessa, outrossim, escamoteá-la.
Por falar em mexilhão …É isso ….quem se lixa nesta tramóia toda …é o dito…

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A CÂMARA DE ÍLHAVO ENTRE OS MAIORES CALOTEIROS


Segunda a agência LUSA ,

“As câmaras municipais de Aveiro, Coimbra, Figueira da Foz e Guarda têm dívidas a construtoras civis por liquidar há mais de 15 meses, quando a lei estabelece um prazo médio de pagamento de 40 dias, denunciou esta quarta-feira a federação que representa empresas do sector, a Federação Portuguesa da Indústria de Construção e Obras Públicas (FEPICOP), noticia a Lusa.
Além daquelas câmaras, a FEPICOP identificou ainda as autarquias de Ílhavo, Montemor-o-Novo, Santa Maria da Feira, São Pedro do Sul, Vila Nova de Poiares e Vouzela como as maiores incumpridoras do país, com facturas por liquidar há mais de 15 meses. “

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Claro que nós já o sabíamos .As dividas da Câmara de Ribau, ultrapassam (já) os 25 MILHÕES de Euros.e perspectiva-se poderem fixar-se , para o ano, nos 50Milhões .Poça! que o homem a gastar é como a falar…

Quando Ribau Esteves entrou na Câmara ,esta até tinha 2,5 Milhões de Euros em depósitos bancários.!!!...
Porque se apregoam, agora, as tais Sociedades .Câmara /Irmãos Cavaco & Comp ?
Porque a divida passando a ter controlo ,não poderia continuar a ter aquele desenvolvimento louco ,absurdo. Vai daí, agora, quem passa a dever, no papel, parece não ser a Câmara .Mas na prática ,é. A partir de hoje, e até daqui a cinquenta ,sessenta anos ,quem paga é a Câmara. Quem recebe é o outro sócio .
Os que vierem a seguir , que apaguem a luz .
Vão ver como isto vai acabar ! E depois, quando aí chegados ,vão dizer que ninguém avisou , e ou, explicou.

E é que é mesmo verdade .E isso é que me dói.

Mas até que enfim que pertencemos ao pelotão da frente .Dos caloteiros .Somos os quartos .Para o ano talvez já tenhamos lugar no pódio .

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PERSISTENTE…

Lá isso sou .Hoje aguentei com mais uns discursos mirabolantes. Mas aguentei

Então lá ouvi:

“…o nosso Museu é o maior da Europa ,só ombreado pelo Museu –confesso que não captei o nome mas sei que era na Alemanha .(OH! OH! O meu cão,o Negro ,ficou branco quando lha contei!)
“… Para o ano vamos aqui ter o maior parque natural da Europa, aqui ao lado do st André …

.... Et caetera….

Caloteiros ..mas alegretes .Assim é que é .O resto é «conversation», diria o meu avô João ,americano .E é que é mesmo. Da barata
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AMOR VERSUS MORTE

Ele há cada um : o autor do livro que ando a ler ,nosso conterrâneo – diz a dada altura:

“O fim do amor é o principio da morte…”

É pá ..olha que não …olha que não…

Depois da morte , pimba, acabou-se .
Depois do fim do amor ,vem outro, homem !.Escolhe-o melhor ,e vais ver que não te arrependes.

Depois de morreres ,é que já não há arrependimento que te valha.

Vou «romancear» com o autor e dar-lhe conta da minha experiência, pode ser que lhe sirva no próximo .
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Aqui há quarenta anos estive mais do lado de lá, do que do lado de cá .E então, antes que decidissem por mim, aproveitei o estado de levitação para visitar os «resorts» prováveis, ao dispor .
Lá em cima não vi nada de que gostasse .Palavra .Tudo me pareceu monótono ,sem interesse .Tudo silêncio .Até as estrelas estavam caladas. Nem grilos no gri.. gri. Tudo boa gente demais ,para apreciarem a minha companhia. Vi que aquilo não era para mim. “Que sim …eu até já lá teria uns talhões” –e nessa altura, eu ainda nem aturava o ribau ..vê lá tu o que lá terei, agora .Um campo de futebol ,certamente. Mas mesmo com as facilidades de crédito ,não me convenceram.

Lá em baixo ,apareceram coisas ,sem duvida, mais interessantes. Caramba !Daquelas coisas que quanto piores ,são as melhores .Compreendes?
.Mas era tanta a clientela a mostrar os dentes ,que eu estarreci ,só com medo de conviver com aqueles galifões .Que não me importasse ,que quanto a amor era o que por ali havia para dar e vender .Ora vender, eu percebi ;agora dar .Desconfiei de tanta oferta. Acredita que me não impressionei com os apêndices córneos do diabo .Que raio!.. por aqui já eu tinha visto ,bem mais notáveis enfeites ,tipo daqueles enfeitados que sabem, mas não se importam

Voltei então e pedi para me aguentarem mais uns tempitos.
E lá sobrevivi, no meio termo, até hoje. E olha que não estou nada arrependido com a decisão, então tomada .
(…)
Escreves bem, muito bem mesmo –hei-de dar-te uma opinião num destes dias -,mas nem tanto .Já uma conterrâneo tua , escritora como tu ,me tinha vindo com aquela do «Morrer de amor” . Ficção, ou fixação?!..., essa vossa maneira de ver o acontecimento. Ficção por ficção ,eu gosto mais da comparação entre o amor e o fósforo, porque em termos estilísticos tem suporte mais realístico.(não é assim que os críticos dizem ?)
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Agora aquela de que o «mundo só gosta dos pretos pobres» …é notável, porque é mesmo verdade .Se eu fosse o Marcelo , dava-te 20 .Ou mais!


Aladino

quarta-feira, agosto 22, 2007



NO CENTENÁRIO DE NASCIMENTO DE MIGUEL TORGA


No Centenário de Torga ,eu, grande e fiel leitor da sua densa produção literária ,poderia, aqui, atamancar algumas palavras sobre este espírito granítico, que antes de ser poeta/prosador, era já um português do mais puro cerne, e que, depois ao sê-lo, manteve intacta a capacidade de o querer ser de todas as maneiras e de todas as formas ,que a escrita lhe permitiu .E nela, pelo caudal impetuoso que brotou da sua pena , ser só isso :– um português preocupado com o seu tempo .

Mas seriam pobres ,descoloridos e insonsos, todos os arremedos que poderia, esforçadamente, ataviar .

Ora se sobre Torga ,tive um amigo –Frederico de Moura -que o conheceu como poucos, desde o tempo em que juntos coçaram as cadeiras da Faculdade de Medicina,em Coimbra ,para se tornarem nos distintos médicos ,que ambos foram .E que sobre Torga escreveu inúmeras vezes –mais do que outro qualquer, creio… - alguns dos mais belos textos de interpretação ,não apenas da beleza e da prodigalidade de humanismo que percorriam a obra do autor ,como a própria essência das motivações -o húmus -,que serviu de alimento à sudação provocada por um trabalho desalmado, inquieto ,viril, apaixonado pela compreensão –mas e também pela exigência – para com os portugueses do« seu tempo», ” na sua humildade sem lhes tapar as suas grandezas”.

Ao transcrever parte de uma das intervenções de Frederico de Moura ,na Homenagem a Miguel Torga ,em 7 de Dezembro de 1958 ,julgo carrear ,de uma só penada ,dois notáveis da cultura portuguesa para o meu despretensioso - mas atento - Blog .
Que os dois mestres da cultura me perdoem, e compreendam, a intenção.

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HOMENAGEM A MIGUEL TORGA


(Discurso de Frederico de Moura na data de colocação da lápide que assinala a casa onde viveu o poeta)

(…)


Quisemos trazer de Trás-os-Montes o gra­nito impoluto para nele inscrever o seu nome. Só para além do Marão encontrámos a pedra que lhe merecesse o nome literário que adoptou. E fizémo-Io para aproveitar um simbolismo que, cremos bem, há-de ser grato ao seu espírito.
Para lá dessa fronteira muralhada está o «Reino Maravilhoso» do Poeta; para lá do Marão está Agarez, estão as fragas desmedidas onde a sua obra abriu caboucos; está o chão saibroso donde a sua raiz mais funda tira a seiva; está a sombra do Negrilho - essa persona­gem vegetal que vive na sua prosa. Para lá do Marão está uma sepultura, aberta talvez na pedra, onde repousam serenamente os cava­dores que foram seus Pais. E sabe-se da fideli­dade de Torga ao chão e ao sangue da sua ori­gem - sangue e chão que nunca traiu, nem é capaz de trair.
Da terra desse «Reino Maravilhoso» tem a sua mão tirado a argila para modelar um mundo de gente e de bichos, de árvores e de coisas inanimadas, que através da sua obra têm destilado quer um sangue rutilante e vivo, quer uma seiva espessa resinosa, quer uma linfa cristalina e pura onde o cheiro da leiva vive rescendente.
Do «Reino Maravilhoso» são os cavadores e as bruxas, os negrilhos e as urgueiras, as ser­ras espinhosas e os penedos siderados no ermo; de lá é também o Vicente - esse corvo rebelde que se liberta da Arca e do píncaro duma mon­tanha trava uma luta silenciosa e obstinada com a cólera de Deus. E lá, medram, até, as torgas que lhe enfeitam o nome de Poeta.
E tudo isso - gente, bichos, árvores e pedras - sai da sua mão para ultrapassar as fronteiras de uma limitação em que olhos míopes de regionalismo o tinham confinado, trazendo a humanidade daqueles rústicos duros e ter­rosos ao bafo duma compreensão universal.
E este é o milagre de que só os grandes Artistas são capazes!

Caminheiro infatigável como um almocreve tem ca1correado este velho Portugal em todos os sentidos, palmilhando estradas reais e cami­nhos de cabra, atalhos confusos e congostas sombrias, quer à cata dum retábulo numa igrejinha perdida na serra, quer na pista dum utensílio onde a mão do homem tenha deixado uma impressão digital de beleza, para daí sacar um significado expressivo de conduta ou de atitude humana.
Fiel a um patriotismo telúrico - para usar o termo tão da predilecção do Artista - tem sugado desse húmus os glóbulos para as per­sonagens vivas da sua obra; e é sempre com o mesmo respeito contido e sóbrio que acaricia a pedra lavrada ou a cerâmica rústica que topa no seu caminho, fiel ao suor humano que lhe deu origem.
Insaciável pesquisador de motivações não é capaz de se deter no que a paisagem tem de epidérmico e só se satisfaz descendo-lhe à fundura. E se calha deitar a cabeça no «colo dos penedos» é menos para se deixar adormecer num regaço maternal do que para auscultar o coração da terra, ou para lhe formular, em segredo, ao ouvido, as suas perguntas ansiosas que trespassam a crosta do pitoresco para desenterrar o que é verdadeiramente significa­tivo.
Peninsular com raiz e leiva agarrada, é-o escancarado aos rumos mais largos da cultura, sem nunca deixar que ela lhe perverta aquilo que é nuclear, sem nunca consentir que ela lhe toque, mesmo ao de leve, no estrutural da sua individualidade sempre fiel às palavras que um dia deixou escritas numa página do «Diário»:

«Fincar primeiro, com amor e com força, os pés na terra esbraseada da lbéria; e uma vez ela na sensibilidade e no entendimento, olhar então com humana e natural curiosi­dade para o que se passa do outro lado do muro.»
Pois mercê desta impermeabilidade a tendên­cias e a modismos, Torga deu uma personali­dade tão original na nossa literatura que, a mim, não há maneira de me lembrar ninguém, de me sugerir, sequer, o vislumbre duma influência.

Não cumpriria totalmente a minha missão se não deixasse aqui um apontamento, embora fugaz, sobre aquilo que no Poeta há de digni­dade e de seriedade na construção da sua obra. Não há em toda ela uma transigência coni­vente com o fácil e com o circunstancial, por­que tudo nela assenta na solidez dum alicerce granítico e incompressível; e nunca qualquer passo foi dado sem pisar um chão pedregoso e difícil que lhe morde os pés e lhos deixa em sangue. Cada lauda que lhe sai da pena traz
o esforço sério e suado do trabalho e, como os cavadores da sua terra, Torga tem pela sua obra o respeito que aqueles têm pelo pão que lavram e mastigam religiosamente - pão esse que eu um dia surpreendi o Poeta a semear, no seu chão de São Martinho de Anta, com um gesto tão solene e ritual, com uma atitude tão digna e compenetrada que tive a sugestão de que o vi semear na brancura do papel as palavras que haviam de amadurecer na seara dum Poema.

Coisa de pouca monta foi aquilo que fize­mos para festejar um Poeta. Mas fizemo-lo sem o receio de o confinar, sem medo de o deixar preso à restrição de uma homenagem mesquinha, porque o não é, na medida em que vem desta família que constituímos e não quer ultrapassar esse âmbito. Não há-de ser esta simples lembrança fraternal que vai tirar a vez à homenagem que o grande Artista merece de todos aqueles que amam a beleza e as ideias de solidariedade humana; de todos aqueles que sabem valorizar no homem a seriedade que não cata popularidades fáceis, o trabalho honesto que não se hipoteca a críticas suspeitas, nem se vincula a igrejinhas de elogio mútuo.
Eu por mim, exprimi-me com as raízes enter­radas na sinceridade mais descamada de arti­fícios e interpretando o melhor que me foi possível o sentir dos condiscípulos. De mais a mais, como simples moço de recados que fui do Curso, encarregado de fazer a oferenda, não se me podia exigir muito mais do que fazê-la e dar ao Torga o abraço fraterno de todos nós.

Frederico de Moura

segunda-feira, agosto 20, 2007

A VIDA É ASSIM …


Em «O Ilhavense» , de hoje (20/08), podiam ser lidos os discursos do Srs. Presidentes, da Câmara e dos AMMI ,e o do Director do Museu .
Quando referenciei esses discursos fi-lo de ouvido (que confesse-se é já um pouco duro).Apressei-me a lê-los com atenção ,pois poderia ter de corrigir algo .

Pois bem :- nem uma virgula altero ao que disse .
Duro de ouvido, que não de compreensão.

A vida é assim: umas coisas endurecem outras esmorecem !

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MAS SE FOSSE AO CONTRÀRIO..

Se eu tivesse jeito para romancista ,escrevia um livro com o título:« A VIDA AO CONTRÁRIO».
Tenho-o todo na cabeça, só que me falta a arte .
O Guião, seria ,mais ou menos ,assim :

Se a vida fosse ao contrário,

..nasceríamos velhos, cheios de sabedoria ,e íríamos percorrendo a estrada ,ficando ao longo da jorna ,cada vez mais novos .Sempre a entender as causas porque deveríamos lutar ;e sempre com mais força para lutar por elas .E até, com mais atrevimento.Porque não haveria razões para as habituais desculpas : Ah! se eu soubesse ....
Os nossos Pais seriam cada vez mais jovens, e quando eles chegassem aos dez anos tomaríamos conta deles com todo o enlevo e carinho, sorrindo a cada gracinha sua. Seríamos os primeiros - e nunca nos entediaríamos com a tarefa – a acorrer para Lhes mudar as fraldas, e ou Lhes dar a papa na boca . Sorriríamos com as suas gracinhas, em vez de nos «chatearmos» com as suas fragilidades.

Os Lares - esse arremesso de velharias !...- fechariam .Porque inúteis na sua função. Velhos seriam os trapos ,pois que os mais idosos seriam os mais os mais novos.

Caminhar-se para a juventude com sabedoria – eliminaria o risco de a viver irresponsavelmente. Quantas vezes melhor, do que se envelhecer responsavelmente .

Quando fizeram a vida ,tal como ela é,

Os deuses deviam estar loucos!

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DESISTIR DE A VIVER ?..



«O CVCN CONSIDERADO DE UTILIDADE PÚBLICA»

Pois é Sr Presidente .

O senhor fez tudo para que tal nunca acontecesse –pediu, mendigou , pôs os galões em cima da mesa etc. etc..etc .Mas perdeu ,uma vez mais .Ponto final.

Devo repetir-lhe o que uma vez, já lho disse ,frente a frente :
-Comigo perde sempre, pois eu não jogo a feijões…
Contaram-me que «teve de bater palmas» ! Dizem-me que até o fez, parecendo ser sincero .Que elefante correu por esses gorgomilos abaixo !…Puxa !...
Há dias que mais vale não sair de casa.
É por essas e por outras, que os tempos estão perigosos para um tipo ir desta para melhor .
Ainda me obrigava a vir «cá baixo» para o desmentir …e afirmar :
que não fui ,não sou ,nem nunca quis ser : - Um bom rapaz .

O que me pareceu incrível ,é ter-lhe passado pela cabeça que eu desistiria !...Nunca julguei que o senhor tivesse ,assim ,tão pouca consideração por mim, quando pensou tal !.
Sabe o que é que este caso teve de mais interessante : é que a aprovação do dossier e a proposição de Utilidade Pública ,foi feita ,ainda ,no Governo dos seus pares .
E esta hein?!.....

Só uma pergunta ,se me permite :

E agora acabar com o CVCN para o levar para a Marina ,como vai ser ?!...

ALADINO

terça-feira, agosto 14, 2007

Anfiguri …

Carapau/bacalhau/ e pitáu






O dique foi a pique
O farfalho foi ao alho.
O asno corou de pasmo
O corifeu fez-se ateu.
Comeu o bacalhau
Deu espinhas ao marau.
Falou com cagança
De uma grande vingança
Ninguém o atrapalha
Vai , puxou da navalha.

Falou com vigor
De tudo que for.
Empenhou-se a fundo
A prometer o mundo,
Abanou o chocalho
A um certo bandalho
Que cheio de riso
Mostrou pouco siso.
E disse a debique
Metendo-o a pique,
Cruel vadiagem
Fartai vilanagem.
Tão mau é o termo
Como este Governo.
Mostrando a dentuça
E o pelo na fuça
Prosápia balofa
Em orelha mouca.
Brilhante o dixote
De tão vazio pote.
Imbecil gargalhada
No meio d’ alhada
Plena de manha
Em soez artimanha.
Vazia de tino
Tamanho o cretino
Tão larga é a lauda
Como curta é a cauda
Do infeliz menino
Em feroz desatino,
Cuspindo borrões
Em vãos borbotões
Num tolo escarcéu.
De lhe tirar o chapéu.
Tão tolo e tão mau
Ó grande ribau !
C’a g’ande pitáu
Dá cá bacalhau!


Aladino

Agosto 2007

segunda-feira, agosto 13, 2007

VINHO NOVO VERSUS VINHO VELHO



Coisas talvez sem importância para o leitor, mas que me acodem frequentemente ao espírito, são os inolvidáveis momentos passados com meu Pai, camarada de eleição, cúmplice de mil e uma aventuras - foram tantas… tantas.! - numa vivência onde tudo servia para reforçar a aprendizagem do saber que se transmite, e que fizeram de mim homem.

Estranhava eu que meu Pai, um apreciador nato de vinho, com clara e inequívoca queda para um sábio saber de o bem apreciar, desse a sua preferência aos VINHOS NOVOS. Eu na altura elogiava o contrário, e dava comigo a explicar as virtudes de uns e de outros, aos amigos, que confiavam em mim para a escolha do vinho que anualmente engarrafávamos.

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Hoje, depois de ter apreciado de todas as qualidades um pouco, julgo poder fazer um balanço, ou até ser opinativo, a aconselhar. Apesar de, desde os trinta anos me ter sido proibido de o degustar, desobedeci às ordens e levei - por vezes em excesso (relativo, entenda-se) o copo à boca, ou vice versa.
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Um VINHO NOVO, é alegre, presta-se a rápidos contactos, exala aromas de um modo muito ténue, e comporta-se com um desejo e pretensão de afirmação, que cativam. Pode ser servido sem requintes do corpete que o atavia : picheira, garrafa, ou até aparado do esguicho, retirado o espiche.

Um VINHO VELHO é sereno, com perfume próprio intenso, muito mais macio aos pontos gustativos do apreciador, exigindo um body bem adaptado para lhe fazer sobressair as (suas ) virtudes, às vezes em inicio de desvanecimento.

Um VINHO NOVO pode ser mal tratado, em voltas sobre voltas, empinanços vistosos, quase posto em shaker, que se não amofina. Aguenta caprichosamente e galhardamente, e até acompanha os volteios sucessivos

Ao contrário um VINHO VELHO, deve ser tratado com todo o jeito, suporta mal movimentos bruscos da mão ao levá-lo à boca, pelo que deve ser sorvido em movimentação doce e subtil, levada a cabo com extrema delicadeza, mas e também subtileza.

O VINHO NOVO tem por vezes, ainda com ele, sabores esquisitos de tanino ; deve, no caso, permitir-se uma boa ventilação, um entretenimento para que repouse no copo e os mesmos se esvaiam. Com jeito, suportando a impaciência, desvanecer-se-ão rapidamente.

Um VINHO NOVO pode beber-se de um só gole ; escorropichado, com sofreguidão, apetecendo no final da degustação, se ele não é novo demais, gritar um satisfeito:- Olé!

Um VINHO VELHO, ao contrário, deve ser sorvido, gole a gole, de um modo suave, deixando espaço entre os goles, para que ele se entretenha a saltar da língua para o palato, para assim se lhe retirar toda a grandiosidade do seu encorpado e licoroso, rubi. No final merecendo um sussurrado :- wonderful.Porque nisto de idade conta o requinte da língua.

Um VINHO NOVO suporta melhor o acompanhamento de qualquer carne, desde que não seja muito gorda. Diz bem com saladas, misturas de várias qualidades, desde que frescas e tenras.

Um VINHO VELHO adapta-se a carnes secas, não muito duras, mas também a carnes suculentas, desde que contida a sua gordura em limites aceitáveis e tolerados.

Um VINHO NOVO corre forte perigo de «marteladas» que lhe retiram frescura e vivacidade. Depois, é mais martelada menos martelada, que nem se dá por tal ser o vinho que já foi, ou podia vir a ser.

Um VINHO VELHO pode já ter dado a volta. Cuidado. Aí não há nada a fazer. Para o saber, deve se lhe tirar ,cheirando-a por baixo. Pelo olfacto, saberás de imediato, se podes provar ou se não vale a pena o esforço do toque.

Um VINHO NOVO, pode dar azias terríveis ; incómodas. De tirar o sono.
O VINHO VELHO raramente o faz ; mas é sempre bom não abusar.

Em resumo :

Só se pode apreciar um vinho, comparando-o.
Assim, mesmo que habitualmente só beba «Barca Velha», deverá uma vez por outra, provar diferente. Saberá se continua a beber o melhor - para se poder babar junto dos amigos - ou se há novas marcas, que justificam, elas também, meter o saca-rolhas.

Em toda e qualquer altura, um Homem que se preze, e que saiba da poda, deve estar sempre pronto - e disposto - a provar do que quer que seja : desde que de boa qualidade.

Todo o bom apreciador não poderá dizer, pois , em consciência e em definitivo, se um VINHO VELHO é melhor do que um VINHO NOVO, ou vice versa. Dirá que ambos são bons, se forem de boa qualidade.

Por isso nunca se deve dizer que deste vinho nunca beberei

ALADINO

domingo, agosto 12, 2007

FINGIDOR…

Perguntou-me se eu também sabia ser UM FINGIDOR. Claro, respondi-Lhe.

-Então mostre-me …

Foi o que tentei….

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NA TUA AUSÊNCIA..


O amor é fogo que arde

Quebrado pela tua ausência .

Diz-mo

Quem para o amor tem

Não só a sábia arte,

Mas guarda dele , também,

Voraz, faminta , apetência.




Eu sem de tal saber

Ou de amor, ciência Ter,

Vendo-te assim , longe de mim

Tão longe assim,

Eu creio antes

Coitado !..., pobre de mim,

Que o amor é fogo ao vento

Que fraco apaga ; que forte alenta.


S.F
Agosto 2007
A «ílhava» da diáspora



A exposição «DIÁSPORA dos ílhavos» inclui um modelo que se assume como o de uma «ílhava» ou «varino» da autoria do Cap. Marques da Silva, pessoa por quem, muito embora não seja das minhas relações, tenho enorme consideração, pelos relevantes trabalhos publicados, de entre os quais saliento “Memórias dos Bacalhoeiros - Contribuições para a sua História”, apreciável obra sobre a Faina Maior .
Dele, ainda, ouvi de meu sogro, largos elogios.

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Esta estória da «ílhava» tem a sua história.

Que não fujo, a contar:

No inicio deste ano fui contactado pelo Director do Museu, desafiando-me a terminar -ou melhor concretizar - a maquetização da «ílhava» que alguém - AML - lhe teria dito, eu andar, há muito tempo, nela envolvido.
A Câmara pagaria a maqueta, se tal não fosse proibitivo. Fiquei de dar uma resposta, pois pretendia-se a «ìlhava» para uma exposição sobre a aventura dos ílhavos no litoral português. A Diáspora de hoje, percebo agora.

Fui consultar os planos que tinha elaborado e, estupefacto, verifiquei que na última limpeza mandada fazer ao computador, alguns desenhos do CAD tinham desaparecido, entre eles, os desenhos da «ílhava». Estive, pois, para me escusar ao pedido.

Mas depois, pensei : se eu tinha sido - porventura - um dos causadores da necessidade de tal exposição - já aqui o expliquei - e porque, admiti, um novo traçado do plano à escala poderia melhorá-lo, atirei-me com ganas a refazer tudo, do princípio ao fim. Apesar de na altura andar envolvido nos últimos retoques do «Ensaio». Numa boa meia dúzia de noites a «ílhava» renasceu no papel. Tal como admiti, melhor do que inicialmente.
Seleccionei o maquetista, pedi preços e apresentei a proposta ao Director : 750 € era o necessário para um modelo à escala 1/27 (para que pudesse servir de comparação com os outros modelos existentes no Museu, todos na referida escala), muito embora, pessoalmente, preferisse uma outra escala.
Recebido o OK do Director, o trabalho começou. Visitas praticamente diárias, acertos, consultas à memória das gentes, pormenorização do interior, estudo do velame e sua funcionalidade e, após dois meses de intenso trabalho, a notável espécime da embarcação histórica, apareceu : bela, inquestionavelmente bela e - o principal ! - contendo diversos indícios que nos permitem reconstituir, com segurança, muitos pormenores da história da Laguna. A «ílhava», vista e analisada ao pormenor, é um repositório de ensinamentos, uma verdadeira peça arqueológica, capaz de nos esclarecer muitas interrogações, até aqui sem resposta .
Apressei-me a levá-la ao Museu, para a entregar. Ali chegado logo me apercebi que algo de embaraçoso se passava. Parece que o subsidio para o pagamento do maquetista já não era possível. Percebi logo o porquê. E todos o perceberão. A saga é longa e mal cheirosa.
Paguei do meu bolso ao modelista - diga-se com muito agrado -, só que a «ílhava» repousa agora entre os modelos que guardo religiosamente em casa.
Não deixei, contudo, de garantir que, mesmo perante o insólito da questão - com elevado e pouco habitual fairplay - que o modelo estaria à disposição do Museu, sempre que dele necessitasse.

Questão encerrada.
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Há pouco tempo (um mês?) numa ocasional ida ao Museu, o seu Director informou-me que o meu modelo não seria preciso para a tal exposição, pois que seria apresentado um outro, executado pelo Cap. Marques da Silva. Tudo bem.
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Tive então agora, a ocasião de estudar o modelo da «ílhava» ou «varino» exposto na «Diáspora».
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Bom foi, que, finalmente e logo no mesmo ano, aparecesse o que se tinha perdido completamente no tempo, um pedaço fundamental da nossa história agora finalmente recuperado. Louvo por isso o Cap. Marques da Silva.

Teço sem qualquer acinte ou outra intenção, que não a do rigor, alguns reparos ao seu excelente labor (se mos permite).

Estudei profundamente tudo quanto, julgo, haver sobre tal embarcação ; juntei-lhe as informações orais, preciosas, que ouvi do meu Pai e desse excelente amigo Dr. Frederico de Moura, com quem por diversas vezes discuti o assunto. Ensaiei com a ajuda das novas tecnologias, possíveis soluções de racionalidade de formas e funções da bateira, e por isso, julgo estar em condições de levantar as seguintes questões:

1- Tenho para mim, que a forma do terço anterior da «ílhava» não era bem como a apresenta o Cap. Marques da Silva mas a de um outro tipo de barco, utilizado por outras gentes. Facto não muito importante. Mas a «ílhava» era superiormente elegante nesse particular, pormenor que a distinguia de todas as outras. Quiçá, mais elegante do que o Moliceiro, que nela se inspirou.

2- A «ílhava» usava seis remadores ao remo (que não é minimamente o do tipo mostrado pelo modelo de M .da S.) e três ao cambão. Isso exigiria uma posição de remar muito típica, que mais tarde foi utilizada nos meia lua. Por isso o seu interior teria que ter uma lógica funcional especial, dada a dimensão da boca.

3- O velame de pendão era completamente diferente (eu concluí tal) do apresentado por M. da S. O velame da «ílhava» servia apenas para as popas, era baixo (2,5-3 vezes a boca) o envergue muito longo (3,5 vezes a boca), trabalhando sem calcador, prendendo à amura de barlavento aquando da popada cheia. O encosto do envergue ao mastro, era feito a 1/3 do extremo anterior daquele, o que permitiria uma armação quase como se tratasse dum pano redondo. Sem valuma, bolinão ou esteira -de afinação - mas com rizos, a vela incipiente da «ílhava», foi a clara antecessora da vela do Moliceiro. Neste com uma função vélica muito diferente, superiormente evoluída, adaptada a bolinas cerradas.

4- A borda da «ìlhava» era forte, para fixar o calão, e não, como a de simples bateira da ria. A «ílhava» foi usada como bateira do mar, trabalhando na sua pancada, quando antecedeu o meia lua das Artes. Por isso, tinha de ser forte e com pontal muito superior ao Moliceiro.

Um curioso exercício, é permitido facilmente com o computador : retirada a proa da «ílhava», rodada de determinado ângulo, ela encaixa soberanamente no meia lua da mesma escala.



Fiz estes reparos ao modelo do Cap.Marques da Silva, como ele fará outros tantos - ou mais ! - reparos ao meu modelo.o QUE SÓ LHE AGRDECEREI.
Pena que não pudessem ter sido exibidos juntos.

Talvez um dia ! Num outro tempo, em que a cegueira tenha arranjado oftalmologista capaz.

SENOS DA FONSECA

Agosto/2007
A Diáspora dos «ílhavos»


Desde já ,e em definitivo, mesmo que o titulo prometesse muito e o concretizado ficasse muito além do desejável ,a atitude é ,em todos os casos ,de enaltecer .Pontapé de saída para mais altos voos .Se…


70 Anos do Museu


1- O discurso de Álvaro Garrido, bem construído e melhor transmitido ,deixa, por isso –porque foi pensado - várias interrogações .
Terá o actual Director do Museu uma ideia clara sobre a necessidade de não funalizar demasiadamente a sua figura e acção ,face á necessidade de ser apenas, mais um ,do grupo ,mas não de todo o «argonauta» que parece ter descoberto «o inconhecido»?
Começa a instalar-se no meu espírito a duvida .
Tiques, ou assumido posicionamento ?
Distinguirmo-nos é um direito .Mesmo se pelo lado errado .Mas não pelas palavras ,por mais bonitas que sejam. Mas sim pela humildade de, reconhecendo o que os outros fizeram ,pretendermos fazer melhor .E fazê-lo …não dizê-lo .
Há coisas muito positivas na acção do Director. Mas por vezes dá-me a ideia de um certo deslumbramento –que alguns desejam aproveitar -parecendo mais preocupado com a sua afirmação pessoal ,do que em dar resposta e sentido à integração do Museu na comunidade local.
Cosmopolitismo ?

Seja…


2- O discurso do Presidente dos Amigos do Museu ,lança algumas pistas preocupantes .
Só que eu ainda não percebo - de todo !-o peso institucional deste grupo. Eu – filho de um dos primeiros presidentes do mesmo –contínuo a não perceber -bem -, o que é o folclore deste tipo de agrupamentos ,que pouco ou nada reivindicam do seu peso histórico. E a quem ,ao que parece, só distinguem por enfado.É nítido .A questão da sustentabilidade do Museu ,deveria ser escalpelizada ,senão ,qualquer dia, temos por aí um Berardo, ou quando muito um «Irmão dos Cavacos» a gerir o Museu E uma coisa é ser amigo do Museu ;outra ser amigo –ou só conhecido- do «Berardo…»

Na cisão do Museu com o passado , qual foi a responsabilidade da A.M.I?
–gostaria de o saber ….

3- O discurso do Presidente da Câmara ,foi patético ,ao enviesar para um comício de propaganda politica ,já com alvo definido para 2013. Ele o disse e assumiu.
Teve dois pontos indeléveis

3-1- É inquestionável –disse !- o erro dos que pretendiam que o Museu não estivesse ali ,mas noutro local.
É profundamente estranho que um individuo que se assina – ainda que só! - com formação de engenheiro ,tenha esta estranha leveza do ser sobre o Q.E.D.
Ora eu penso claramente o contrário:- Foi um clamoroso erro ,construir, ali, o Museu .Um erro crasso !.Uma oportunidade falhada.
Porquê?
Porque todos os centros que têm a felicidade de possuir espelhos de água perto ,levaram para junto deles –ou até os puseram sobre eles – os Museus de cariz marítimo .Raios !...,se o não fizessem ,então mais valia fazerem-no na Serra da Estrela ,nas Alpes ou nos Himalaias, e lá colocarem um óculo para ver o mar por um canudo.
A vacuidade da afirmação ,é pois, atrevida .
Um dia a asneira em Ílhavo , será corrigida ,não tenho sobre isso a mais pequena duvida. Quando o tempo chegar .Porque ao contrário do que foi dito ,o Tempo ,ainda não chegou ao Museu.
Entende Sr Presidente?

3-2- O cosmopolitismo –versus provincianismo - se é traduzido por actos como aquele da compra do «lenço» de Júlio Pomar :
-Vou ali e já venho.


3-3- Aquele «aviso» misturado na trapalhada da golfada das palavras sem nexo ,pareceu indiciar o caminho da privatização do Museu .Eu assim o pareci entender .Seria mesmo isso? Vender a cultura aos retalhos? O caspité do Presidente ,que disse por isso ter tomado as rédeas do Pelouro da Cultura ,é delirante.Habituado a vender, se preciso for, a alma ao diabo, não me espanta.
Mas , tudo bem, adiante …até 2013

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Propriamente a Diáspora

Com pompa e circunstância ,foi aberta a «Diáspora» .Verdadeira caixa de Pandora ,se esmiuçada …

Uma primeira visita à mesma , serviu-me para estrito gozo pessoal, apreciando-a sem olhos críticos . .Não sei ao certo , mas havia ali algo de conivência .Gozei a sensação, deliciado .Sorvendo-a, sem lhe tomar o paladar.

Voltei então segunda vez , agora para lhe conhecer «o toque» .

Vejamos :

1- É claro ,é evidente -só um ceguinho não vê, mas sente-o - que a tacanhez da única sala de exposições periódicas do Museu , demonstra clara e inequivocamente ,o desajuste funcional do projecto do Museu. A Arquitectura do Museu pode ser boa (?!) ; funcionalmente a resposta ao caderno de encargos , é um desastre .Mesmo numa pouco ambiciosa e limitada exposição ,as coisas atropelam-se, e tem de se ter ginástica para lobrigar as legendas para navegar sem encalhar nas peças.
Serei excessivo se disser que o anterior Museu do Arq. Quininha, era, até, mais funcional ?!.
Muito embora a diferença no tempo não exija comparações no estilo. De La Palisse .


2- Não entendo -e não desejava lobrigar - alguma falta de rigor que detectei na exposição , evidente no conteúdo ,e até grave, em omissões evitáveis. Em Ílhavo – refiro-me por exemplo a Ana Maria Lopes –haveria pessoas capazes de as repor no cardápio .Isto de capelinhas não conduz a nada de bom .Investigar não é ler .É acima de tudo exercer juízos de valor entre o essencial e o acessório ,para relevar aquele . A exposição contém muitos pecadilhos originais e nada releva de novo, perdendo-se por omissão o mais importante : a dimensão da saga .Sob o ponto de vista do enquadramento humano .Falta lá a gente!....

Mas um grande passo .Que apreciei e aplaudo ,no geral .E isso é o mais importante, diga-se o que se disser.
Felicito, pois , todos os que deram o seu melhor para no-la oferecer.
Está ou não ali esboçada uma história de« um irredutível povo da beira mar que só tinha medo que o céu se zangasse »?!...

E serei ofensivo se perguntar :

quando é que esta parte tão importante da nossa história colectiva, é definitivamente integrada no Museu –como ? ,quando ? aonde ?.
Ou será que aquilo serviu ,para só e apenas, tapar o Sol com a peneira.?..
Não ouvi nenhum sinal que me tranquilizasse.
E eu gostaria que finalmente se começasse :

«ERA UMA VEZ ….»,

em vez de se insistir em contar, apenas –e só -, o epílogo da mesma.


Aladino

quinta-feira, agosto 09, 2007

FAINA MAIOR

Agora é tarde .

Outros contam a história que escreveste

E chamam-lhe sua .

E Tu que calçavas as botas e cerravas os punhos

Marinheiro que o sonho abençoara

E partias depois de beijar teu filho,

Ficas a ouvir a história das «estórias» que lhe escrevias

Que não falam da tua inquietação, de então

Terão pão?

E não falam do teu sofrimento, no momento ,

Terão alimento ?

E não falam da tua alienação quando em vão

Andavas,sózinho, perdido na imensidão.

Ninguém explica a dor sombria que então sentias

Naquele lugre carregado de medos ,

Sabia -se lá se haveria humanos regressos ?!


É por isso que clamo pela tua presença

Queria reunir os destroços que sobraram

E dizer aos contadores da tua história imensa

Que era o medo quem fazia os heróis

E toda essa imensidão de bravos,

Que sonhavam, sofriam e choravam

Só para que os seus filhos não fossem,

Eles também,

Os novos escravos…

Senos da Fonseca

Agosto 2007

            Os nós da vida.... ..  INQUIETUDE... A VIDA COMO ELA É ...  Neste cantinho recomendado que, a natureza prodigalizou, e que a e...