quarta-feira, outubro 31, 2007

Esquecer de Te amar


Olho o mar como olho para ti , pretendendo ir tão longe

Que perca o olhar no desvendar da verdade da tua carícia.

Sinto –me perto e logo longe ,tão longe como me parece estar a tua ausência.

Quando a vaga vem, lá de longe enrolada, desfazendo-se em farfalho

Parece trazer –te no regaço , deixando-te de mansinho envolta em mil flores silvestres

Adormecida na areia ..

Já a maresia, os búzios enroscados, as conchas doces e as algas te envolvem e prendem

No areal dourado, o teu corpo abandonado

De Sereia

Para que possas sentir o sol pousar sobre o mar azul, inundando-o de vermelhão,

Lembrando um campo de papoilas loucas, ondulando ao vento , tão longe que o meu

Olhar não apeia.

Corro a aconchegar-me a ti ,no contacto com a tua frescura, ansioso de ouvir tudo o que

Ecoa e me enleia:

As marés que trazem os búzios, as conchas e as pedras a rebolar ,alertando-me os

Sentidos, prendendo-me na teia..

Enquanto os meus lábios já gretados aspiram o salgado do vento que nos enlaça.

Com eles beijo os teus seios de onde se soltam gotas escorregadias

Da água azul do mar

Mergulho a minha face nos teus vales, ou subo ao alto das tuas serras ,até que saciado,

Procuro um lugar de refugio ,fundindo-me no teu corpo,

Fixando o horizonte para nele encontrar a linha imaginária onde está escrito

Nunca me esquecer de te amar.

Senos Fonseca


S.F

Outubro 2007

segunda-feira, outubro 29, 2007

Alto !... Esperem lá ...

Andam para aí numa febre a querer vender tudo o que é publico , a fazer a apologia de tudo que é privado .

OK!.. …

Mas se venderem tudo ao privado ,para que raio é que queremos Presidentes das Câmaras , Deputados, Ministros,.. etc etc

Será que todos esses!...estão incluídos no pacote .

Se estiverem ,ainda admito repensar

Aladino


Aveirenses Ilustres


Foi-me chamada atenção para uma palestra, que se realizava, integrada no relembrar de Aveirenses Ilustres ,centrada hoje sobre Rocha Madahil.Com prazer estive presente.

Ao longo da mesma fui-me interrogando do porquê do distanciamento de Ílhavo ,relativamente a este seu filho.

Foi uma figura incontornável no processo de afirmação da Vila ,distinguindo-a sempre que solicitado, com adesão solicita e com saber ,mostrando ser um espírito culto –naturalmente não isento de lacunas – mas inquestionavelmente uma figura (local)do século .

Gostei de ouvir o palestrante , pois só descobri que era um dos seus netos - e por isso a sua virtude – não, durante a leitura ,mas depois, na conversa que se seguiu.

Inopinado e inesperado de todo ,foi o desafio –e depois a conversa – com que Capão Filipe me provocou .

Cedo a registar os contornos da conversa.
Capão Filipe – que estimo e conheço desde miúdo– dizia-me que teríamos de pensar na junção de Ílhavo e Aveiro ,na continuação do que disse –simpaticamente – sobre a identidade cultural das gentes, que se confundem .Pudera !... a raiz foi a mesma ...só que depois…

A brincar, na conversa subsequente , ripostei :
-Porque não um dia ?!.Só que agora a moda está, em serem as instituições mais pequenas a engolir as mais fortes. Uma acção de Ílhavo por três de Aveiro ?.
Seria boa proposta?

Se pensarmos nos valores que demos à região ,éramos capazes de ficar a perder com o negócio. Só que também é verdade –a ser verdade o que se mostra – que parece que isso foi chão que deu uvas .
Mas não! …o facto é que o não é..

A brincar se podem discutir coisas sérias

O programa dos «Aveirenses Ilustres» ,segue .Interessante .A justificar não perder pitada

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E Mário Sacramento?

Mas …

Onde está Mário Sacramento ,nesta resenha?

Se está Vale Guimarães –e bem !-porque não se estendeu o leque ?

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MUSEU 5



Foi-me referida a entrega do espólio de Mário Sacramento ,ao Museu ,recentemente inaugurado ,do Neo-realismo .

Quando dei corpo para a perpetuação do nome de Mário Sacramento ,em Ílhavo -Uf!...Uf!…- ,lembro-me que tive de ler um trecho seu, em sessão camarária ,no salão nobre apinhado de gente, reagindo a uns obtusos (reaças) que replicavam que M.S. o não merecia ,pois que até se tinha negado a ser sepultado em Ílhavo.

Imbecilidades que o tempo, infelizmente, não corrigiu ,o que seria expectável !

Até Alexandre da Conceição ,se negou …

Ninguém ,estou certo ,fez qualquer esforço para reter esse espólio, aqui .Mesmo se o tivessem feito –M.S, hoje, não é incomodo e até dá sombra para fruição –certo é que o espólio ,lá ,no museu do Neo - realismo ,está muito melhor acompanhado .

Viver em Ílhavo ,verticalmente, até ao fim, não é fácil; aceito que ficar aqui para sempre, deve ser tramado.

Eu vou-me habituando à ideia :quando passeio por Ílhavo, vivo !.. ,esta terra já me vai parecendo ,toda ela, um cemitério. Silêncio, parece ler-se à entrada .

Do not disturb…

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Museu 6



O agora denominado Museu da Cidade ,em Aveiro ,é uma riquíssima obra de recuperação (requalificação ,diz-se agora…) de um edifício histórico, citadino.

Lembrei-me durante a visita como poderia ser ,por exemplo, a recuperação do edifício da «Drogaria Vizinho» –um edifício histórico! -, para o mesmo efeito.

Recuperar o Texas ,para quê ?... que história tem ?... Zero!....

Ao contrário, o palacete dos familiares da Viscondessa de Almeidinha , do Teatro e do Clube dos Novos, contém toda uma história riquíssima, do séc XVIII ao XX .

Que interessa (?!) dir-me-ão, se a nossa história oficial só começou há tempos?
Mas que era um local onde se poderia instalar o Museu do Traje, lá isso era .Por exemplo ….

Já repararam no interior do mesmo ?

Quando estiverem a comprar pregos ao balcão ,levantem o olhar .E sonhem !..

Sonhar… é (tudo )o que Vos é permitido fazer ,nesta terra. Porque o resto está já decidido ..

ALADINO



Museu 4

Volto a esta matéria. Veio até mim um coro de indignação - provindo de vários quadrantes -provocados pela abordagem de Ribau Esteves – cataménio monstruoso - nos setenta anos do Museu .De vez em quando as pessoas sentem o insulto e a menoridade de tratamento com que os «ílhavos» são brindados por esta personagem.

Deixemos o lixo …

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O livro «Museu com Memória» que elogiei no Blog anterior –ponto final !- contém abordagens que ,no meu entender, necessitam de alguma fixação.

No final do livro, numa espécie de ensaio antropológico ,Elsa Peralta produz um estudo de cariz académico ,ao principio demasiadamente pesado - tantas são as citações evocadas em procura de uma roupagem para o Museu de Ílhavo- peso que à medida que o ensaio se desenvolve, é aliviado .Não sei se muitos leitores o irão levar até ao fim, Seria bom.

Algo me justifica uma observação .
A prof. Elsa insiste, um pouco, na história das cisões, dissidências, conflitos representacionais ,contidas na história do Museu, o que me parecem considerações um pouco excessivas.

Assinala o que lhe parece ser um pouco de incongruência entre o Rocha Madahil que tinha protagonizado uma imagem de Ílhavo enquanto comunidade do mar - a história mal contada do brasão –e a sua proposta de uma exposição de uma panóplia de temas ,desde a etnografia á cerâmica, passando pelas artes e pela industrias locais ,para a celebração da terra e das suas gentes. Estávamos, pois, longe de um museu marítimo, diz-nos .

Ora eu penso –e não tenho aqui o espaço para o justificar –que esta leitura pode ter um pouco de imprecisão, provavelmente consequência do entendimento do que significava ,naquele tempo ,a memória marítima, a guardar .Qual era, pois?

Em 1922,altura em que Madahil propôs, nem sempre com acerto e lógica ,o Brasão, ou em 1933 ,altura em que define as bases para o Museu ,por exemplo, não haveria ainda qualquer memória para guardar da Faina Maior, o projecto museológico em que assenta, hoje, o Museu , fazendo da mesma a memória privilegiada a salvaguardar. Porque essa faina –sublinhe-se -mal tinha, naquelas datas ,ainda começado .E nem se entenderia ao tempo a relevância da nossa posição na mesma –ou até se escamoteasse a identificação com a mesma –por razões que seria interessante abordar, mas não aqui. Falo da parte da Faina Maior que ainda não foi abordada, e que inevitavelmente um dia o será ….
Na altura, a questão era, em termos de memória : dez séculos de laguna ; três séculos a desbravar novas terras, inserindo gentes completamente diferentes, no ser e no modo de estar, aqui chegadas; três séculos de migração em condições singulares, que nos identificaram como individualidades diferenciadas das restantes; três séculos de actividade numa industria em que a arte era a vocação que a distinguia, entre todas. E séculos de individualidade no trajo, de uma riqueza e diversidade notáveis, que tinham sido assinaladas no século anterior, e ainda presentes ao tempo.

Que escolha fazer ,com tudo isto ?Essa era a questão.

A preponderância de João Carlos ,e do seu pendor artístico, ou da identidade com os ícones glorificados, na altura, toda gente da borda (Thomé Ronca , Ançã e outros), eram as compreensões sobre o principal ,a que se lhes juntava a memória do traje.

Quando na verdade ,Ana Maria Lopes, na sequência de «À glória desta Faina», indica que o caminho a seguir passaria por o museu poder e dever estar melhor representado no sector da pesca à linha (1989),a ideia ,valorizada com o então recente desmoronamento daquela actividade, acontecido em anos anteriores, tornou mais premente a necessidade de a preservar ,embora se tenha tratado de um período passageiro da história , embora épico :- pouco mais de sessenta anos, numa história de dez séculos!... .Todos perceberam que esta opção seria a correcto, mas seria ainda mais correcta se as outras memórias pudessem caber em outros projectos complementares (por exemplo pólos museológicos). Induz-se do livro que para a escolha deste caminho,foi preponderante o condicionalismo das instalações, muito limitadas no espaço disponível, a exigir uma escolha de síntese museológica..
Mas pensaria A.M.L. que a questão etnográfica ligada á memória do traje não valeria a pena ser equacionada, pondo-a por isso, completamente de parte? Desconheço o que pensa. Até porque A.M.L será uma das ultimas pessoas existentes (locais) com conhecimentos suficientes –e seguros – de a sistematizar ,e até, de lhe dar corpo.
O que se passou depois ?!…
É a própria autora do Ensaio, Elsa Peralta, quem logo no inicio nos ensina que os museus são uma expressão ideológica da nova ordem politica .E quando a história chega por sua mão – por ela contada - a 2001 ,parece ter-se esquecido que foi isso mesmo que sucedeu., e nesse período entra por caminhos bem escusados, de glorificação A história do Museu, de facto, a partir dali, tomou então outro rumo, imposto por uma nova ordem politica –local – que toma a seu cargo a definição da especificidade da memória a guardar. Claramente uma definição que interessava ao poder politico aproveitar, mais preocupado com a divulgação externa da imagem do Museu, do que com identificação interna com as gentes locais .A inserção do Museu passou a ser mais fora do que dentro. Ao sobrevalorizar a Faina Maior ,esquecendo, praticamente, a memória da outra Faina, a Menor(?!)- só agora timidamente recuperada na exposição temporária da «Diáspora» - aventura com que nos identificámos de corpo inteiro ,ao contrário no sucedido, na Faina Maior ,onde isso não aconteceu ,nem de perto nem de longe, optou-se pelo caminho fácil ,que dá mais dividendos .A leitura da Faina Maior não compreende apenas a versão que dela temos dado. Já o disse por várias vezes. Este olhar, aqui, é a nossa leitura ,mas não é a única leitura.


A escolha está feita .Mas o percurso não está encerrado. Por muito que se pretenda fazer passar essa ideia

Voltaremos a falar disso .


Aladino

quinta-feira, outubro 25, 2007


Envergonhado, mas …


Parece ter querido entrar comigo ,quando me diz no mail – (…) a terra que tu adoras (….)

Apeteceu-me dizer –lhe :

Não queria ter outra , como não queria ter tido pais diferentes, daqueles que tive .Foi com Eles- e n’ «ela» - que me soube “ir fazendo” .E a verdade é que ainda não desisti : nem de mim, nem dela .

Ainda que viva enojado de uns conterrâneos que vivem aqui ,mas não vivem por «ela», nem para «ela» .

Amarfanho-me, por vezes, ao julgar-me co-responsável pelas indignidades que vão cometendo.

Sinto vergonha ; por mim e por eles ,já que eles a não têm.

Foi o que me apeteceu dizer -lhe…

Mas para quê ?. Fiz de conta que não entendi a provocação.

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Manjedoura…

A febre que vai por aí .

Quando se mudam de palhoça para manjedoura rica, e mais perto do palco das vaidades ,ficam tontos, esgazeados .Deslumbrados .Deixam tudo para trás, compromissos públicos, e ou, privados.

Na vida sempre tive a noção de que quanto maior é o salto ,maior será o trambolhão. Um dia chegará o momento da interrogação : valeu a pena?!

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Memórias

Memórias guardadas, de quê e para quê?

Se agora nos pregam alto e bom som que tudo antes era bosta ,para que havemos de ter orgulho de ter nascido no meio dela?
O nosso passado é vendido amortalhado na indiferença do presente. O nosso futuro está penhorado, trocado por uma cautela onde se lê :SEM VALOR.
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Zangado?! ...

-Porque te chateias tanto ,se não to agradecem?...atirou-me .

-Ainda bem .Porque se alguém o fizesse acabava com a minha indignação – respondi-lhe, logo adiantando:

-Olha !.. não sei se por cá, há outros zangados. Se eu for o único a quem não consiga convencer, o mal não está em mim, nem a virtude nele.
O mal está nos outros .Que são cegos.. por não quererem ver ; que são surdos …por não quererem ouvir ; e que são mudos …,não por o quererem…mas porque é cómodo e simpático.

Um homem não nasce simpático. A primeira coisa que faz é berrar .
Depois faz-se simpático…porque começa a ser inteligente .
Outros nascem burros, e burros continuam, vida fora . Não há,pois, que lhes agradecer.

Aladino



segunda-feira, outubro 22, 2007

MUSEU 1



Decorreu no passado fim de semana ,uma espécie de Congresso Museológico ,integrado nos 70 Anos do Museu de Ílhavo.. De aplaudir, a ideia.
Claro que apenas interessava aos profissionais. Estive lá apenas como curioso .Mas a curiosidade não implica não ter opinião.

Nesta posição ,posso ser franco: o que me foi dado assistir não primou pela qualidade .Muito menos pelo debate, que se disse ser pretensão, se convertesse o fórum .O próprio formato não o permitia .

Parece contudo –eu não assisti a todas as intervenções –ter havido outras bem mais interessantes. Ainda bem .Pena minha ter pouca pontaria

Uma das intervenções a que assisti levantou uma questão que me parece sumamente interessante :-como influirá a globalização na estrutura museológica? .Vi espelhados alguns medos que me parecem discutíveis. Uma coisa me parece já evidente :os museus entraram na sociedade de consumo como um produto de oferta turística, que por isso justificam investimentos cada vez mais significativos, porque têm retorno tangível . (está definitivamente na moda ... a palavra). Por outro lado, as novas tecnologias, criaram uma facilidade de acesso, antecipando o que se vai ver ,ou, criando a expectativa do querer ver em imagem real o que se viu em formato digital..

Qual é, então, a resposta da arquitectura dos espaços dos museus a este novo desafio? Museus que chamem pela espectacularidade da sua arte arquitectural - ela mesmo a mais apelativa-,ou que atraiam pelo seu conteúdo?
Julgo que isso depende ,um pouco, de estarmos perante um Museu permanente ,de memórias públicas, locais, ou um museu de passagem , de «consumo» de cultura diversificada.

O que me parece é que, cada vez mais, um Museu de memórias, não deve ser um shaker.

Mas todas as memórias são para guardar .Isso sei-o .

As memórias identificadoras das gentes da minha terra mereciam ser todas acolhidas (Madahil assim o pensava) , só que cada uma delas em seu sítio e da forma adequada,penso eu. Porque poucas memórias colectivas terão tamanha diversidade ,e tão grande singularidade, no ter sido, como a nossa.

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Museu 2

Diáspora dos «ílhavos»

Foi apresentado o catálogo versando a exposição da Diáspora .

1) De enaltecer o registo ,Trabalho positivo, corrigindo o esquecimento que já era tempo de recuperar.
2) Mas o catálogo é muito mais do que um mero registo da exposição .Foi-se muito mais longe ,e aí, faço(alguns) reparos .
O conteúdo do mesmo é severamente discutível .Se escrito por privado :- tudo bem .Cada um é livre de opinar.
Mas sendo expressão institucional –e do Museu !- haveria que ter cuidado e alguma reflexão.
Trabalho de investigação .Não !---clara e inequivocamente .De colagem, sim!

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Museu 3


MUSEU COM HISTÓRIA


Um belo livro ,bem editado ,e cujo conteúdo, numa primeira leitura–hei-de revisitá-lo- me mereceu generalizada aprovação.

Pouco me importa –ou importa aos outros –que num ou noutro pormenor, não concorde inteiramente com o seu conteúdo .Mas num primeiro contacto, acho que o trabalho foi muito bem conseguido pelos autores.

Adiante :

Na apresentação do livro , aconteceu um mau momento .Evitável se houvesse tino…e contenção nos propósitos.

O sr Presidente da Câmara ,num habitual discurso de circunlóquio de feirante ,despejou fel q,b, a tudo e (quase) todos .

O Museu –dix - só existe «depois de ….».Não há antes . Há só depois…da era R.E.

Ao considerar que a história do Museu só se inicia ,depois de …,seja qual for o momento escolhido para a fixar ,o Sr Presidente é ingrato ,insultuoso ..ou ignorante.

O Museu tem uma história para a qual muitos –e cada um com a sua quota parte - contribuíram.

O Museu sem estar ainda politizado -e pago por todos nós com orçamentos chorudos -era antes de… fruto do esforço e imaginação –e competência –de uns tantos.

Não envolver naquela hora todos - sem excepção -, no mesmo elogio ,é chocante.

Até porque estava presente entre a assistência, um dos Directores que maior importância teve no desenho e concepção – e prestígio - do perfil museológico que hoje o Museu exibe, e pelo qual é conhecido. Aliás, da leitura do « Museu com História» ,percebe-se isso perfeitamente . Incompreensível pois, o dislate.Para que serve a história ,apetece pergun tar ? Para que se gastou dinheiro no livro ,se a história se resume a seis anos?

Comparar os tempos de hoje –onde se gasta a rodos, empenhando os anéis –com os de antigamente, é erro crasso .Porque se quisermos fazer comparações de competências, a questão fia mais fino .
Mas o dia não era para dar classificações imbecis «à Marcelo».Não !...nada disso .O dia era para envolver - todos! -, num agradecimento, como aliás o livro parece fazer.E fá-lo bem .

Temos muito orgulho no Museu , e, mais ainda, na história de que nos fala ;e daquela de que ainda nos não fala, e que um dia há-de falar .

E temos muito orgulho nos «ilhavenses» -em todos! - que o tornaram uma realidade, a quem o esquecimento do Sr Presidente ,na verdade, não aquece nem arrefece.
A mim a ingratidão incomoda-me .. quando exercida para com os outros….

Pouco me interessam as histórias intimas , proibidas ,da estória do Museu, que insinuou repetida e exaustivamente conhecer-Palavreado cujo alcance não se entende,porque repetido á exaustão .Se são intimas ,guarde-as…,tenha tino na verborreia…

O que a morte tem de mau, é o não podermos vir cá repor a verdade – exacta! - de como foram «as coisas».

A imagem que o Museu vende hoje – e bem! – foi arquitectada ,sistematizada, recriada e iniciada por um dos seus Directores (Directora ) do antes de ..O livro é, felizmente , largamente esclarecedor desse facto. Todos nós que temos memória, o reconhecemos-e o sabemos -, gostemos ou não da pessoa.O menos importante, nestas matérias .
Uma feliz parceria –irrepetível – materializou a ideia que aquela Directora arquitectara. E foi dessa escolha de caminho, que ficou definido o perfil museológico que hoje se promove e vende. Óptimo, pois .Envolvamos os dois que a tornaram possível, no mesmo elogio.


O Sr Presidente tem inimigos de estimação .E não os esquece .Sabíamos isso…

Mas nisto ,não o advinhavamos…


Aladino.

domingo, outubro 21, 2007


CINZENTO É QUE NÃO…


Tudo em mim, é preto, ou branco.

Parece que desconheço o cinzento,

Pois o sonho impede-me de dizer, talvez .

Ando sempre á procuro do tempo

Onde me debato, à vez

Entre a afirmação, cruel momento

Que me diga estar ainda vivo,

Ou na ausência, apenas adormecido


Dou a minha voz à revolta.

Não entendo a vida envolta em névoas.

Por isso ateio o fogo onde m’imolo,

Errante, na procura da verdade sem tréguas

Propondo-me levá-la comigo, ao colo.

Nunca sou só eu ; mas eu e os outros,

Pondo os olhos de sonhador, até bem longe

Não para ver o que não sinto ; mas para me sentir

o outro



Que olha ,olhando não só para a esperança ,mas para o grito.


SF
21.10.2007

sábado, outubro 20, 2007

R.E desta vez falava a sério…


Escandalizam-se –adversários e «patriotas»- da afirmação de R.E. de que ia trabalhar 24 horas por dia ,sete dias por semana, para a Câmara de Ílhavo e …sete dias por semana e vinte e quatro horas por dia ,para o P.S.D.(sic)

« Deus » ,ao que dizem,trabalhou seis dias e ao sétimo descansou .E assim fez o mundo.

Claro que mandava em poucos ; ao contrário este «deus de pacotilha» manda em muitos .Por vontade:- em todos!. O que é complicado, e se tenham de fazer mais promessas do que Deus teve que fazer ,para nos levar a acreditar.

Mas R.E .pode ter razão. Ele é engenheiro .Parece que não é daqueles que compraram o canudo.

Então se o é –não sei de quê ,nem para quê ?!-deve conhecer o principio da relação paradoxal do espaço /tempo, de Einstein. Ele sabe que percorrendo o espaço (a velocidade q.b.) ,o tempo pode encurtar, regredir. Admirados?!

É verdade ;é assim mesmo(teoricamente) .Explico:

Voa de Ílhavo no mercedes da Câmara, e chega a Lisboa antes mesmo de ter saído ,regredindo no tempo. Aí, depois de duas circunlocuções –em que é exímio –embarca no mercedes do Secretário Geral do PSD, e voa para Ílhavo .Chega, antes da hora a que tinha partido. Einstein dix.

E assim ganha sete dias, em sete. Sete!

Et voilà !...

Deste modo resolve a quadratura do circulo .Ou não fosse R.E ,engenheiro de zoo…politico nacional

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«O Ilhavense» confunde …

Relações Institucionais com relações pessoais, odientas e imbecis, de menoridade intelectual , moralmente reles, intelectualmente .

O poder, aqui ,não respeita as Instituições ; pretende é, usá-las .

O poder, aqui, é um corruptor moral ,activo .As Instituições que se atrevem a não se deixar corromper ,são odiadas .Provocadas. Insultadas. Vilipendiadas . Tratados, os seus dirigentes , abaixo de canalhas. Exemplos : -muitos!... e bem conhecidos.

Eles (os caciques do poder ) não querem fazer ;o que pretendem, mesmo, é que não se faça nada que possa ensombrar a sua vulgata .

Eles temem – e tremem !- ao serem comparados. Quanto pior, melhor, para o seu ego descochado.

Eles não fazem; «fazem »é de conta que fazem.

Não sei há quantos anos- mas todos os anos! -se apregoa ,que para o ano é que vai ser: Misericórdia ,Quartel etc .etc

Com dinheiros vindo do esforço pessoal ?..do seu trabalho ? ..do seu sacrifício?..
Qual quê!...Esperam,é, uns e outros, «corruptos e corruptores» morais , que venha lá de cima o pilim .Que depois nunca chega .

O calote aumenta ? Melhor !.Para que são as parcerias com aqueles que até parecem ser benfeitores públicos ?... e estão, ali, á espera como irmandade do cavaco & com…

Quem não seguir o rebanho, «aqui», está tramado. O cão açula a dentuça, e ferra..raivoso.

«O Ilhavense» que se cuide …..


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O essencial, ficou no tinteiro .

E era o importante que fosse dito .
Não se podem fazer registos para história com estes hiatos.
E o importante foi, que enquanto o cão ladrava …havia quem, indiferente á medonha mangoaça, resolvesse o problema, aos miúdos e às famílias. E isso era o importante ,o resto é conversation, como diria o meu avô .
Resolvido que está …a caravana segue…
A memória dos tempos não perdoará, pois que os mesmos serão, passo a passo, registados.
As resposta –essas! - virão todas a seu tempo ….

ALADINO

quinta-feira, outubro 18, 2007





E SE TUDO FOSSE UMA MANOBRA MAQUIAVÉLICA ?…


Anda a Cmunicação Social numa verdadeira azáfama , em especulação que permita desvendar as razões porque Filipe Meneses se foi colocar –ou foi obrigado - a enfiar-se na boca do lobo ,de Santana Lopes. .

Isto é ,repetiu-se a fábula do Capuchinho Vermelho ,desta vez travestido de Laranja .

Ora, Meneses, sabe como poucos ,a qualidade de fingimento, mas e também, a qualidade da «dentuça» do Pedrito, que andava por aí vadiando, à espera de qualquer coisa ,nem ele sabia bem, o quê (?!) . .Que nisto de apunhalar o amigo perlas costa ,Santana é um perfeito serial killer politico.

Não há nenhum observador ,seja qual for o ângulo –ou a posição em que se coloque –que não considere um quase suicídio ,a leviana atitude de Meneses, que assim ,logo à partida ,parece desistir de mandar .


Ora, por vezes, dá-me para desconfiar de tanta falta de visão ,e a admitir que talvez, ali, esteja antes uma jogada de mestre , de cheque mate ,com elevada visão do jogo.

Isto é ,Filipe Meneses percebeu que tem dois anos para «matar»-antes que seja morto- a figura de Santana Lopes ,de modo que este, em 2009, não lhe apareça a disputar o lugar .Nada melhor, para isso , que o colocar na posição para onde o enviou ,onde vai ser, quase certo, que para além de levar consecutivos banhos de José Sócrates- que ajudarão a desfazer o mito -,ainda por cima demonstrarão que o «Pedrito» não é individuo para qualquer tipo de função que exija organização ,trabalho dedicado ,e sentido –e saber -organizativo .Os próprios colegas de bancada se hão-de encarregar de repetir:- “ O REI VAI NÚ”.

Jogada de mestre ,desconfio …para não acreditar que Meneses & Comp. sejam tão líricos e incompetentes.Então para que levou R.E.

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DIMINUIÇÃO DESPESA PÚBLICA

Vejo e ouço tanta aneira ,que me canso .

Como é possível que comentaristas com nome na praça publica, com pergaminhos adquiridos, não tenham colhido informações que lhes permitissem perceber :
1º Que a diminuição brusca da despesa publica seria um desastre, se feita em simultaneidade com um ciclo de quebra, pronunciado ,de emprego .Seria catastrófico ,e os mesmo comentaristas, se tal sucedesse, seriam os primeiros a apregoar a incompetência do Governo.

2º - Como numa economia pessoal -e a economia publica tem muitas similitudes com a micro economia- há duas maneiras de diminuir o endividamento .
1- Fixar as despesas ,não permitindo o seu aumento;
2 - Fazer com que os ingressos aumentem ( produzindo mais ,ou recebendo valores que até ali por desleixo se não recebiam ) .Em relação ao produzido, proporcionalmente, as despesas baixaram .Isso é evidente .Verdade La Palisseana.

Claro que à medida que tudo fique mais folgado, haverá que gastar menos ,desse modo acelerando a recuperação .

Ora, isto, é o que o Governo indicia. Ou é já descortinável no discurso dos seus responsáveis ,especialmente do Ministro das Finanças (o melhor ministro desta pasta, pós 25 Abril) .Este ano ,ou melhor para o ano (cuidado vêm aí as eleições)seria tempo para tal .

Mas que houve clara melhoria, isso é inegável .

Que diabo estes tipos podiam ser menos ignorantes e pedir que lhes dessem umas lições extras.

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GUERRA COLONIAL



A RTP começou a apresentar um interessante documentário sobre a Guerra Colonial ,que numa pré apresentação –P’rós e Contras- se pretendeu classificar com Guerra Ultramarina.


Vivi com muita intensidade esse período da história ,ainda recente.
Tinha a consciência possível ,do que se passava ,utilizando todos os meios –mesmo os ilegais ,proibidos na altura – e recordo-me da intensidade com que nos meios académicos se seguia aquela guerra .

Tenho contudo a consciência de que o País ,isto é ,o que nos rodeava ,as gentes afastadas da informação –ou que nem a procuravam -não tinham uma consciência de que o que estava em causa era uma guerra Colonial –de libertação -,em que os naturais daquelas regiões começavam a ser apoiados por Países estranhos ,fornecendo-lhes meios (armamento e dinheiro) para aquela luta .Ventos da história sopravam ,e eram muito fortes para a nossa fraqueza.

O que todos percebíamos é que era uma guerra perdida .A densidade de ocupação feita pelos nossos emigrantes não ia praticamente para lá dos grandes centros .

Fiz o serviço militar nesse tempo .Dadas as condições especiais, praticamente despidas de problemas –à excepção dos fuzileiros – não tive rebuço em inscrever-me numa missão para uma Fragata que ia para a região .Não foi autorizada ,pois aos engenheiros maquinistas navais ,estava destinada outra tarefa.

Uma coisa é certa .Abominava-mos a guerra ,e tudo se ia fazendo (às escondidas )para lhe por termo .

Mas quando envolvidos na guerra ,senti, e lembro-me de analisar detalhadamente esse facto ,parece que todos tinham um sentimento pátrio ,que parecia fazer esconder que a guerra contra aquelas gentes que se queriam libertar do Colono era injusta .Embora -isso é justo dizê-lo – o Colono português fosse o melhor de todos os colonos, de todos os outros países imperialistas(apesar de óbvios desvios dos nossos compatriotas)

Isso !...manda a verdade dizê-lo .Porque nos deixaram chegar àquele ponto ,isso é que é importante não esquecer


Aladino

sexta-feira, outubro 12, 2007


SONETO A UM CRETINO



Soube há pouco, que ontem, numa reunião tida com as I.S.S.(Instituições de Solidariedade Social) de Ílhavo ,Ribau Esteves-sem que ninguém percebesse porquê -depois de malhar forte e feio na D Maria José Fonseca(ausente) ,atirou –se “ao irmão da dita” de quem disse “desconhecer o nome” –sic - englobando os dois ,numa história de “canalhice”.

Terrível patologia, mania da perseguição doentia ,fixa ,do energúmeno.

Aqui vai a resposta ,a quatro:


SONETO A UM CRETINO




Em feroz nojenta e redundante catadupa
Com as horríficas garras assanhadas,
Os olhos fuzilando ,e as empestadas
Chamas soprando da garganta farfalhuda

Me acometeu o Monstro ,ruim figura
Perante espanto da assistência enleada
Apelidando-me de ralé desbragada
Desejando-me preso, ou até, já, na sepultura

Oh tu Ribau ! génio da pátria, politico confesso
Assim libertas de Ílhavo, irmão e irmã -gente barata
Tua acção tão grande foi, que cantada, só em verso

Já para Lisboa partes ,Oh quão dolosa perda
Tua fama por esse mundo lança disperso
A propósito :- Olha! – VAI BARDAMERDA !!!.

SENOS DA FONSECA
(para que não esqueça)

quinta-feira, outubro 11, 2007

História 2


Seria interessante que alguém, com saber e arte, se dedicasse a um tema ,que é o da importância dos cruzios na formação da identidade nacional .

A importância dada por Afonso Henriques –e as concessões – ao Mosteiro de St. Cruz ,quase o equiparando às Ordens, dos Templários ,dos Hospitaleiros,de Cluny, indicia -nele ou nos que o aconselhavam -uma visão notável para o tempo ,em que se discutia uma nova corrente de vida clerical,socialmente interveniente , oposta à vida contemplativa monástica.

Santa Cruz tornar-se-ia ,rapidamente ,dados os esforços e a clarividência intuitiva de Teotónio ,Telo e João Peculiar - depois bispo do Porto e Braga - ,uma das mais importantes instituições da vida medieval portuguesa ,a fonte onde se beberam os primeiros conhecimentos do saber que foram buscar ao exterior .Foi de St Cruz que saiu o insigne pregador St. António de Lisboa .

Mas a que propósito falo disto ,hoje, aqui ?.

É para insistir,no que venho dizendo .Mais importante -ou se quiserem tão- que a cronologia dos factos é conhecer o contexto que os produziu .Só saber factos nãoé bastante .Cadafacto tem a sua história.

Porque nasceue se impôs o Mosteiro de Stª Cruz ?
Pelo simples desejo de D Afonso querer a bonita sela de do arcediago Telo, quando este passeava, montado na mula ,na Rua Régia de Coimbra ? Este é, na verdade ,o facto que esteve na origem da concessão. Menor ,como se descortina

Mas o que é significativo para a História é a razão de Afonso Henriques estar, ali ,em Coimbra , depois de ter abandonado Guimarães (apenas um local de referência ,e nada mais ) .Nesse acontecimento, revelou-se a genial estratégia, que consistiu em « fugir» aos senhores feudais (seis ou sete donos de tudo, e cada um com maior poder que o próprio o Rei) vindo para Coimbra para procurar (e manobrar!) as ambições dos cavaleiros vilãos ,criando as bases de uma orgânica urbana, que tinha ainda em si virtualidades herdadas (porque preservadas) da cultura moçárabe,ainda então, recente . Assim começava a nascer um País,com uma cera identidade politica e administrativa ,embora com regiões(norte e sul ) profundamente diferentes.
Coimbra foi o ponto de partida para Santarém e Lisboa. Do contrabalanço a um poder feudal, restrito a uns poucos, substituído por um outro distribuído, em procura de uma identidade pátria .A mais velha da Europa.

O facto, é facto. Tem cronologia .
Mas o que envolveu o facto -o antes e o depois - ,foi o que marcou a nossa História.

Voltemos então aos cruzios .

No «Ílhavo –Ensaio Monográfico» -(percebe-se agora melhor o titulo?) dei conta que uma significativa parte da nossa zona estava na dependência daqueles. Fundamentais os elementos carreados por Madahil, para poder fazer tal afirmação.

Ora um aprofundamento desta questão ,ir-nos-ia revelar novas questões .E seria bom encontrar-se o rasto da herdade dos Templários em Vagos ,certamente contemporânea daqueles acontecimentos .Parece que D Afonso –não!.. não foi apenas o guerreiro indomável que nos impingiram – percebeu que mais importante que importar Ordens (Templários ,Hospitalários ,e outras que apoiou ) era «fazê-las» ,aqui. Simplesmente genial
Dado que nesse tempo as Ordens eram uma espécie de motores de desenvolvimento económico ,detendo toda a tecnologiapara a produção da terra , parece ser lícito creditar ao nosso primeiro Rei , uma visão de sustentabilidade para o País, com que sonhava. Uma espécie de "Plano Tecnológico" ,ao tempo.

Enfim ….montes de coisas para nos dizerem que pouco sabemos, ainda, dos nossos princípios .

Outros julgam saber tudo. Porque sabem nada ,de nada.

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A.T.L.

Vai por aí um barulho estranho .
Ílhavo a protestar?!Quando é que isso já se viu ?

Protestam, e com razão, os Pais .
Atabalhoadamente ou não –embora a intenção seja correcta –o Governo fixou que seriam as Escolas que deveriam, a partir de agora, fornecer as refeições às crianças .Lógico .Inquestionável, o princípio.

Compete às Autarquias , criar as condições para as fornecer .As refeições e os meios adequados para tarefa tão melindrosa.

Ora algumas autarquias estiveram-se marimbando para isso .Ílhavo, claro, na linha da frente dos que assim procederam .Como se a Autarquia nada tivesse a ver com isso.
Se fosse fazer uma obra de fachada, inútil e tola ,logo se atarefava para....Mas colaborar nestas missões para fazer um País diferente :

Vou ali disputar uma eleição e já venho…telefonem …

Chocante! : ouvir a Vereadora do Pelouro, dizer , nada saber sobre o assunto, pois que o Sr Presidente - escreveu-o a Comunicação Social - estava na Lapa a «tratar da vidinha» .
Então se isto já é assim, daqui para a frente ,como vai ser?!

À hora em que faço estes gatafunhos não sei como esta fotografia vai acabar. Talvez com Photoshop se retocasse a imagem, triste e desoladora ,real ,a preto e branco, do que é a politica local.

Voltei a ter razão ,no que insistentemente venho clamando.
Estas Autarquias não sabem –exactamente - qual é a sua missão, para lá de colaborarem com os «patos bravos» ,numa promiscuidade que fede.

Populismo barato ..de faca e alguidar!

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E O PS LOCAL ?


Espantoso .O PS local mostra-se preocupado com o «arranjinho de R E».
Mas sobre matéria de tanta importância:- caladinho .
Porque incapazes de lhe ganhar uma eleição , querem-no «longe» ,a todo o custo .Para ganhar na Secretaria. Querem que o árbitro mostre, a RE, o cartão vermelho.
E qual é o gozo...de ganhar assim ?
Não ,assim não! Confesso-me , dorido; não vamos a parte nenhuma.

Nasci Belenenses e hei-de morrer …azul. Mesmo perdendo, penso sempre que chegará o dia…
Encontrei-me socialista ,quando me apercebi que esse era o caminho correcto, para seguir .Vi um mundo de frenéticos ultrapassar-me, vindos da esquerda ou da direita .
Eu fiquei impávido e sereno .Não era ,não fui ,não sou …um Socialista do Partido.
O Partido faz asneiras? Corrija-se …
O Partido está à direita ? Mude-se..
Eu é que estou sempre aqui, no mesmo sítio.
Nunca precisei, nunca quis, sempre me desviei de toda a máquina partidária. Porque sempre nela vi arranjismo , barriguismo, pulhice ,q.b.

Mas tudo isso, não me impede de censurar os que pecam por omissão, quando se comprometeram a estar atentos.
E mais grave :
Fizeram-no perante mim.


Aladino
ALGO COMEÇA A FICAR MUITO NEGRO …


Leio, nas linhas e na entrelinhas ,que temos de admitir ,sem tergiversações que algo vai mal neste Pais que parece soçobrar, sempre que está à beira de bom caminho.Não conseguimos levar as coisas até ao fim .A pouco e pouco parecemos cansados ,desiludidos …e adiamos.É a todo o titulo lamentável a falta de habilidade politica de Sócrates ao ter feito os comentários que fez .Por verdade que estivesse a afirmar –e é –,os comunistas têm direito a manifestar a sua oposição, como outros têm direito a elogiar .Poderia, pois, ter encarregue um dos seus subalternos, para dizer o que disse .Claro que estes sindicatos são de um ridiculo atrozVejamos .Como é possível que estes senhores passem uma vida sem dar uma aula ,sem efectivar reciclagem ,mantendo-se, eternamente, a ocupar o lugar na estrutura sindical .Mas como deve ser difícil ,contudo , vomitar o disco partido , que em trinta anos não mudou a letra da canção .Este tipo de sindicalismo já só pode funcionar com a função publica .Os «Picanços»,os «Sucenas » e restantes « compagnons de route» ,repetem, ano após ano, as mesmas frases ,os mesmos slogans ,os mesmos impropérios .

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COMEÇA A TRAULITADA …

O novo Presidente do PSD não encontrou outro assunto mais importante para se fazer ouvir na primeira intervenção antecipada ,do que vir falar grosso ,exigindo imediata comparência do Governo, para saber o que se teria passado, na imputável intromissão de agentes da PSP, às instalações do sindicato .Haveria, certamente, coisas muito mais importante para começar a sua missão, do que se colocar em bicos dos pés. Melhor faria ouvir os factos esperados ,e após inquérito, só aí, então, se aquele não fosse esclarecedor, então sim !:- gritar "à que d’el Rei".
Promete, pois, o PSD : para a traulitada tem lá especialistas da mais fina água .Aquilo vai passar a ter cena dignas (?), a fazer recordar«O Malhadinhas» e o seu porrete ,tudo varrendo à frente.-

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POUCA VERGONHA …DESTES FALPÓRRIAS

Pasmei – se é que já alguma coisa me faz pasmar - ao ler as declarações de um tal presidente da Liga de futebol (Hermínio Loureiro )que há dias tinha jurado eterna fidelidade a Marques Mendes –sendo até seu mandatário –e ontem veio, a correr, estafado! ,dizer que tinha mudado. Afirmando –pasme-se! - que tal era habitual em democracia .Que vergonha .Que falta de ética ;que rastejar sem vergonha .Só para continuar a recolher as migalhas.Logo outro –o actual presidente de Viseu -, também ele do outro lado, agora até se veio oferecer para mudar os pneus ao carro do Presidente do Partido.Cambada de desavergonhados ;biltres.E assim vai este País entregue a esta pandilha sem escrúpulos ,sem moral ,sem ética, uns falpórrias falsídicos.----------------------------------------------------------------------------------------------

«Ílhavo –Ensaio Monográfico»-Nova Edição

Esgotada no primeiro mês, a primeira edição do «Ílhavo –Ensaio Monográfico»,perante o pedido de livros que caiu sobre a Editora ,na reunião tida hoje no Porto, fixou-se uma nova edição para Novembro.
Enfim! : valeu mesmo a pena .E foi assim .Se fosse como deveria ser….Não pensemos nisso.

E curioso, é que me foi perguntado o que havia de novo para publicar ?
Há;claro que há …Em avaliação para saber se vale a pena.
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História 1


Com um professor de História que simpaticamente me inquiriu sobre «o meu gosto» pela mesma, falámos dos critérios que segui no Ensaio: dar importância ás transformações sociais(que antecederam os factos, provocando-os, e às consequências, que originaram),mais do que aos factos, em si.
Expliquei :A História não é uma ciência exacta ;e o que parece evidente, hoje ,já o não é, amanhã .
Por exemplo ,adiantei:
Andaram-nos anos a falar da missão de Egas Moniz ,ao apresentar-se em penhor ao Rei de Castela.

-E então ,não foi ? -inquiriu-me com espanto ..

-Pois parece que não .E não me parece importante .
Nem Egas Moniz tinha nada a ver com isso- respondi a sorrir .O importante não foi o facto - mas a estratégia seguida ;os motivos envolventes -que permitiriam ao Infante, qualquer que fosse o resultado da escaramuça, resolvê-lo diplomaticamente .Isto é ,os factos devem ser alinhados cronologicamente ,mas o importante é reconstituir o contexto .E aqui são fundamentais, à falta de documentos ,os mecanismos dedutivos -tentando perceber como se processou o mesmo .Só assim perceberemos o importante.
E por ali ficámos a conversar .
Julgo que me expliquei, o suficiente para me fazer entender,sobre o modo como gosto da História.


ALADINO

quarta-feira, outubro 10, 2007

Segunda-feira, 1 de Outubro de 2007


RIBAU ESTEVES APOSTOU NA CARTA CERTA


Não há que ter qualquer rebuço :Ribau Esteves ,foi um dos claros vencedores nas primárias de sexta feira p.p.A corrente populista ganhou sem margem para duvidas –e até partindo de uma situação desfavorável – o Partido .O que vai agora fazer com ele ,parece-me evidente .O PSD é um partido sem qualquer tipo de ideologia e foi fundado masis com o carisma das pessoas do que com o seguimento de uma qualquer ideologia .Os seus adeptos ,foram todo aquele grupo que receando chegar-se muito à direita –no período revolucionário – só sabiam não ser de esquerda. E só foi um grande partido quando uma dessas figuras (forte) emergiu para comandar o Partido .Mas agora abre-se uma nova fase :O partido vai ,manifestamente pretender apoiar-se no lobbies autárquicos. Que, não o podemos escamotear, é o mundo (mais) podre da corrupção instalada .Aberta a «caça» muitos se poderão destacar ; Meneses terá ao seu lado muitos a quererem colocar-se nos bicos dos pés. Constatada a possibilidade de ascensão dos autarcas aos primeiros lugares do Partido, o direito a sonhar é agora de muitos.E de entre estes Ribau Esteves está muito bem colocado para num descuido do actual camisola laranja, saltar do pelotão .A não ser….

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PLANTAR ÁRVORES ATÉ AO FIM …


A vida, senão nos negarmos a vivê-la com intensidade, traz-nos sempre surpresas agradáveis. O mundo dos afectos foi sempre para mim o primordial da vida .Gostava ,ao contrário do que a vida tantas vezes me impediu, de ter ido muito mais longe ,conhecendo pessoas que valia a pena serem conhecidas pelo que eram, e não por aquilo que exteriormente pareciam ser .Às vezes deslumbramo-nos com a paisagem com que a natureza nos colhe os sentidos .E deixamos que passem tantos ao nosso lado, sem dar conta deles.Seria bem melhor que olhássemos menos para a paisagem e mais para os que estão ali ao nosso lado, e nós, indiferentes,a não dar por eles.

ALADINO

segunda-feira, outubro 08, 2007

ALGO COMEÇA A FICAR MUITO NEGRO …


Leio, nas linhas e na entrelinhas ,que temos de admitir ,sem tergiversações que algo vai mal neste Pais que parece soçobrar, sempre que está à beira de bom caminho.Não conseguimos levar as coisas até ao fim .A pouco e pouco parecemos cansados ,desiludidos …e adiamos.
É a todo o titulo lamentável a falta de habilidade politica de Sócrates ao ter feito os comentários que fez .Por verdade que estivesse a afirmar –e é –,os comunistas têm direito a manifestar a sua oposição, como outros têm direito a elogiar .Poderia, pois, ter encarregue um dos seus subalternos, para dizer o que disse .

Claro que estes sindicatos são de uma ridicularia atroz
Vejamos .
Como é possível que estes senhores passem uma vida sem dar uma aula ,sem efectivar reciclagem ,mantendo-se, eternamente, a ocupar o lugar na estrutura sindical .Como deve ser difícil ,contudo , vomitar o disco partido , que em trinta anos não mudou a letra da canção .Este tipo de sindicalismo já só pode funcionar com a função publica .Os «Picanços»,os «Sucenas » e restantes « compagnons de route» ,repetem, ano após ano, as mesmas frases ,os mesmos slogans ,os mesmos impropérios .

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COMEÇA A TRAULITADA …


O novo Presidente do PSD não encontrou outro assunto mais importante para se fazer ouvir na primeira intervenção antecipada ,do que vir falar grosso ,exigindo imediata comparência do Governo, para saber o que se teria passado, na imputável intromissão de agentes da PSP, às instalações do sindicato .Haveria, certamente, coisas muito mais importante para começar a sua missão, do que se colocar em bicos dos pés. Melhor faria ouvir os factos esperados ,e após inquérito, só aí, então, se aquele não fosse esclarecedor, então sim !:- Gritar à que d’El Rei.

Promete, pois, o PSD : para a traulitada tem lá especialistas da mais fina água .Aquilo vai passar a ter cena dignas (?), a fazer recordar«O Malhadinhas» e o seu porrete ,tudo varrendo à frente.

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POUCA VERGONHA …DESTES FALPÓRRIAS

Pasmei – se é que já alguma coisa me faz pasmar - ao ler as declarações de um tal presidente da Liga de futebol (Hermínio Loureiro )que há dias tinha jurado eterna fidelidade a Marques Mendes –sendo até seu mandatário –e ontem veio, a correr, estafado! ,dizer que tinha mudado. Afirmando –pasme-se! - que tal era habitual em democracia .

Que vergonha .Que falta de ética ;que rastejar sem vergonha .Só para continuar a recolher as migalhas.

Logo outro –o actual presidente Ruas , de Viseu -, também ele do outro lado, agora até se veio oferecer para" mudar os pneus ao carro do Presidente do Partido".

Cambada de desavergonhados ;biltres.
E assim vai este País entregue a esta pandilha sem escrúpulos ,sem moral ,sem ética, uns falpórrias falsídicos.
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«Ílhavo –Ensaio Monográfico»-Nova Edição

Esgotada no primeiro mês a primeira edição do «Ílhavo –Ensaio Monográfico»,perante o pedido de livros que caiu sobre a Editora ,na reunião tida hoje no Porto ,fixou-se uma nova edição ,em Novembro,antecedendo a prevista para o ano.

Enfim : valeu mesmo a pena .
E foi« assim...» .Se fosse como deveria ser….Mas asim tem mais encanto; mais gozo.
Não pensemos,pois, mais nisso.

E curioso, é que me foi perguntado o que havia de novo para publicar ?

Há ;claro que há …se valer a pena .Tempo para reflectir.
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História 1


Com um professor de História, que simpaticamente me inquiriu do meu gosto pela mesma, falámos dos critérios que segui no Ensaio: de dar mais importância ás transformações sociais(que antecederam os factos, provocando-os, e às consequências que originaram), do que aos factos, em si mesmo.

Expliquei :
-A História não é uma ciência exacta ;e o que parece evidente, hoje ,já o não é, amanhã .
Por exemplo : - andaram-nos anos a falar da missão de Egas Moniz ,ao apresentar-se em penhor ao Rei de Castela.
-E então ,não foi ? -inquire-me com espanto ..

-De facto , não ;nem Egas Moniz tinha nada a ver com isso, respondi a sorrir .O importante não foi o facto - mas a estratégia seguida -os motivos envolventes que permitiriam ao Infante, qualquer que fosse o resultado da escaramuça, resolvê-lo diplomaticamente .Isto é ,os factos devem ser alinhados cronologicamente ,mas o importante e necessário, é reconstituir o contexto. E para isso são muito importantes, à falta de documentos ,os mecanismos dedutivos - de como se processou .Só assim perceberemos o importante.

E por ali ficámos a conversar .

Julgo ter explicado, com um simples exemplo ,a minha percepção.

ALADINO

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