quinta-feira, janeiro 31, 2008

(Aviso da Paróquia 3)

"Na sexta-feira às sete, os meninos do Oratório farão uma representação da obra “Hamlet” de Shakespeare, no salão da igreja. Toda a comunidade está convidada para tomar parte nesta tragédia. "

quarta-feira, janeiro 30, 2008
















AS «MARCAÇÕES» POVEIRAS.

Há tempos tive a oportunidade de contactar com um pouco da história marítima dos Poveiros.Pessoa amiga, conhecedora em pormenor da mesma, chamou-me a atenção para a lancha poveira, fazendo chegar-me às mãos dois livros, um dos quais da autoria de Santos Graça, que eu penso, seja, uma das maiores -senão a maior -referência nos estudos dos «Poveiros».
Interessantíssimo. A revelar um conhecimento, notável e particular do autor, que nos surge muito próximo e ligado às suas gentes, às vezes de um modo familiar. Claro que gostei.

Há contudo algo no livro que me permito colocar em dúvida.

Diz o autor, quando trata das «marcas» dos Poveiros nas embarcações, nas redes, nos apetrechos e até, deixando a assinatura em locais visitados, que, conforme a douta opinião de Lixa Filgueiras, essas marcações seriam típicas da civilização egípcia (hieróglifos), e uma vez mais se refere à hipótese dos Poveiros – eles também! - poderem ter as suas origens no Fenícios.
Com um raio! Isto é uma fixação,

Logo que vi tais marcas, instalou - se em mim, a duvida:
































Marcações Poveiras


Ocorreu-me que estas marcas pareciam muito pouco com os hieróglifos. E para isso, nem preciso de ser o Champollion (e a sua «pedra da roseta»), para pôr essa hipótese de lado



ESCRITA CUNEIFORME

D
e facto, quando andei interessado em olhar para a escrita rúnica dos Norses («Nas Rotas dos Bacalhaus»), dei com o alfabeto que reproduzo:

Alfabeto Norse



Ou um exemplo de uma marcação numa pedra citada no referido livro, .



Pedra Runica

Penso pois que a suposição de ascendência ,é ,também aqui, despropositada .

A escrita Norse é de recente investigação ,bem como as SAGAS´daquele Povo..

Terá sido por isso ? Não sei efectivamente quando foram feitas aquelas considerações .

Insisto : o que digo é uma simples observação .Nada de certezas ,pois para tanto não me
reconheço saber.

ALADINO



terça-feira, janeiro 29, 2008

Hoje a minha Mãe


É noite.

É noite na noite.

A morte veio, e levou-Te

Para baixo da terra

Onde só há noite.

Que venha ..Que venha…

Essa magana.

Venha ela e me detenha,

Que eu levo-Te um cravo.

O jardim já não tem gente

Nem sequer nele há sonhos

Mas apenas olhares vagos.

Só a custo suporto o travo

Dos que vivem tristonhos

Sem nada entenderem,

Ou sequer quererem

Que surja outra madrugada quente.



SF

29.01.2008 ( na dia em que faria anos)

sexta-feira, janeiro 25, 2008

Avisos Paroquiais (3)

" Prezadas senhoras, não esqueçam a próxima venda para beneficência.
É uma boa ocasião para se livrarem das coisas inúteis que há nas suas casa. Tragam os seus maridos!"

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Voltando (para já) a Filinto Elísio:


De vez em quando, ou de quando em vez, dou uma volta pelos papéis que andam por aí, arquivados.

Fi-lo recentemente, e lá voltei a dar com o «FilintoElisio», praticamente pronto, mas parado.Foi um trabalho que me deu muito que fazer. Tenho fundadas esperanças de que um dia esta terra acorde- finalmente!- e se interesse por aquele que foi um eleito, um grande senhor da literatura e cultura Pátrias, filho de dois humildes «ílhavos»,daqueles que foram daqui fazer vida, para Lisboa..A mãe ,Maria Manuel, levava já o seu rebento na barriga, quando daqui se foi. Se Filinto (Francisco Manuel Nascimento de seu nome verdadeiro) não foi nado e criado em Ílhavo, foi aqui gerado.

E enquanto Filinto repousa no Arquivo, à espera do tempo, ao reler as notas que enformam aquele trabalho, chamou-me a atenção um poema de uma das suas alunas dilectas, a Marquesa de Alorna, que julgo por bem aqui incluir.

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Poucos se debruçaram sobre a obra de Filinto Elísio, para lá dos estudiosos da cultura portuguesa: Teófilo Braga, António José Saraiva, Óscar Lopes e Hernâni Cidade

José Tavares, o «meu» reitor do Liceu, homem culto, muito sabedor e um excelente pedagogo, dedicou a Filinto um pequeno (mas não menos importante) trabalho, em que deu a conhecer alguns dados biográficos do poeta, juntando-lhe uma série de poemas, por si seleccionados, para enformar o estudo.

O Prof. Fernando Moreira, nas «Obras Clássicas da Literatura Portuguesa», publicou todas as obras de Filinto, contidas em 12 Volumes. Só por esta simples referência é possível extrair a ideia da extensão da obra poética de Filinto. Mas lendo-o, reconhece-se facilmente a grandeza do notável escritor, figura impar do período Pombalino, que em odes, sonetos, canções e madrigais, se expressou no mais belo lirismo do mais puro Camonismo, visando a restauração do estilo clássico de quinhentos, no rigor de bem falar português, aspirando a falar e a escrever a verdadeira língua portuguesa de Camões e Vieira.

Filinto viveu grande parte da sua vida (pós Viradeira) exilado em Paris, perseguido pela Inquisição. Referem-se os estudiosos ao seu reconhecido talento, vertido num esforço de regenerar a escrita pátria, tendo chegado a considerá-lo o maior cultor da língua, depois de Camões e Vieira.

Filinto pretendeu recuperar o sonho ideal do Homem português e da Identidade Nacional propostos por Camões; um povo mais do que um povo; uma nação mais do que uma nação, um território mais do que um território, nem que tal expressão não corresponda, em exacto, à história lusa. P. António Vieira emprestou a arte da palavra para convencer em estilo profético, que não importava a exiguidade territorial, pregando que o preciso é acreditar que um dia (complexo sebastianico) chegará a hora do Quinto Império se os portugueses se determinarem a quererem mais do que aquilo que seria licito serem capazes de esperar.Nascerá assim, providencialmente, um novo Portugal, uma pátria gloriosa, superior a todas as outras: - esta foi profecia de Vieira.

Ora Filinto viveu no tempo de Pombal, tempo de um Portugal inferior. O Marquês pretendeu opor-se à posição da Igreja e dos Jesuítas com uma politica realística, de como e o que, se deve ensinar, para que Portugal fosse capaz de criar as suas elites que o colocariam a par das nações mais desenvolvidas da Europa. Filinto viveu junto do poder no tempo de Pombal e será ele, ao tempo, o porta voz das ideias filosóficas de Rosseau «de como os homens se igualam», ao denunciar todos os astutos malandrins que alienavam as mentes dos povos, impedindo-lhes o rumo de serem livres. De Filinto -um padre! -. brotaram as palavras mais rudes contra a acção nefasta da Igreja e dos frades no governo dos povos.



Filinto foi professor no Convento de Chelas, das duas filhas de D João de Alorna que se viu implicado no atentado que o Duque de Aveiro teria perpetrado contra D José.

D.João, homem culto, fidalgo de grande carácter, sem soberba nem arrogância, era casado com uma Távora. Por tal motivo pretendeu-se envolvê-lo no caso do atentado, com o fim de riscar os Távoras e os seus próximos, do conhecimento pátrio.

Se é certo que escapou a ser torturado, esventrado e depois queimado, como sucedeu entre outros a seus sogros, foi contudo encerrado nas masmorras da Torre de Belém, separado da esposas e filhas (e filho, D. Pedro, o ultimo dos Távoras), que foram internadas no convento de Chelas, de onde só sairiam com a «Viradeira» (deposição de Pombal).

Aí, Filinto Elisio foi professor aplicado de D. Leonor de Almeida, futura 4ª Marquesa de Alorna e de sua Irmã D. Maria (Daphne) Almeida (com quem até se insinuou manter uma relação pecaminosa). Foi Filinto quem proporcionou a D. Leonor o acesso aos livros de Rousseau, Voltaire, Diderot e D’ Alembert, e quem lhe abriu as janelas às ideias do iluminismo francês e às novas correntes literárias do tempo, o que fez de D Leonor,uma mulher sensível, muito culta e inquieta, adiantada para a época,que se tornará numa poetisa de grande dimensão, sob o arcádico nome de Alcipe, tendo publicado inúmeras obras recolhidas nas «Obras Poéticas da Marquesa de Alorna». Traduziu, ainda, grandes autores , debaixo da influência e orientação de Filinto Elísio ,como foi o caso da «Arte Poética» de Horácio.

O que pretendemos hoje, ao remexer nos papéis sobre Filinto, é registar uma Ode de D. Leonor (Alcipe), que consideramos do maior interesse.



Para o Nada, a Não existência, caminhamos

Das ideias erradas o fermento
Produziu nova série de infortúnios:
Fomos Francos (franceses), Hibérios (ingleses), só não fomos
sensatos portugueses

Ah ,senão renascer com a Pátria a glória
se a ciência (o uso recto da razão),a justiça ainda dormitam,
se a Moral não desperta, a Industria (o espírito, o engenho)acorda


-ao que caminhamos!


Marquesa de Alorna,1824
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Aladino


quarta-feira, janeiro 23, 2008

AVISOS PAROQUIAIS (2)


" As reuniões do grupo de recuperação da autoconfiança são nas sextas feiras, às oito da noite. Por favor, entrem pela porta traseira".

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EURÍPIDES

Nós, por cá, também tivemos um Eurípedes. Boa pessoa, por quem, apesar de alguns desencontros, tinha respeito e simpatia. Pelo menos numa coisa acreditava nele: no querer muito às gentes da sua Terra.

E apesar dos desencontros, um dia vim a saber ,que, quando Presidente da Câmara, teria, nessa qualidade dado (só) boas referências de mim, à PIDE. Quando lhe foram solicitadas no exercício do seu cargo, o que era habitual, antes de 74. Encontrei-as escarrapachadas no processo da PIDE que me veio parar às mãos. Ainda bem que foi naquele tempo. Se fosse hoje, estava feito oh!.. bife.
Bem; mas não eras isso que pretendia hoje, aqui, falar .Não ..
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Mas sim de um outro Eurípedes, o da literatura grega. No seu teatro, quando coloca na boca do seu Teseu, em resposta à pergunta «onde está o rei da tua cidade »,a seguinte resposta .

«Fica a saber que aqui não há rei, pois a cidade não é governada por um homem só»(….).
«aqui a liberdade está nas palavras : quem quiser dar um bom conselho à cidade, que avance e fale».

Olhem se perguntassem a alguém cá no burgo onde estava o seu rei, aposto que a resposta de um qualquer tseu indígena, seria :-em Lisboa.
Sem duvidar, por um minuto que fosse, que tinha um Rei..

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UTOPIA…Escoa-te devagar

Mas já que estou com a mão na massa ,e porque de vez em quando me lembro da «Utopia», e de quem dela fez conceito de vida,pergunto:

Será indispensável que uma concepção ideal seja completamente realizada?.

Eu penso que não, pois se o fosse, logo que conseguida, deixaria de haver diferença entre o real e o ideal ,e o élan desvanecia-se. O Utópico precisa sempre que a sua utopia se não cumpra. Por isso esse estado de alma tem contornos irracionais. E ainda bem.
Ílhavo, não este, mas o que eu e Ela queríamos,continuará a ser, pois, o meu «topos»….

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ÍLHAVO HOJE

Qualquer coisa próximo daquela definição do pensador:

Onde a arte de fazer politica é a arte de criar rebanhos, que se dividem em animais cornudos e não cornudos; e estes em bípedes e quadrúpedes. A politica,aqui, é pois a arte de conduzir bípedes sem cornos e sem penas(o homem).

Um galo depenado, será isso?

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CRÍTICAS

Abeirou-se de mim, um pouco façanhuda, pensando magoar-me ao dizer:

-Não gosto nada dos seus Blogs
-E que culpa tenho eu disso..:
-respondi
-Como não ?!..retorque um pouco espantada
-A culpa foi dos seus Pais, minha cara - disse-lhe entre o sério e o gozo.

Mas, verdade: eu não peço que me leiam; e lendo-me, muito menos peço, que concordem comigo.

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MAIS CRÍTICAS


Outro conterrâneo abordou-me, para me dizer:

-Sabe hoje a técnica dos Blogs é a de terem mais fotografia e menos palavreado.

-Sei disso, meu caro, respondi. O problema é que quando comecei a escrever, só havia fotografias a preto e branco. Olhava-se mais com os olhos, e pensava-se com a cabeça. Hoje, olha-se com a máquina fotográfica, e escreve-se com os pés.

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EMBRIAGADO

- Esta ria da Costa Nova embriaga-me os sentidos, dizia-me..

-Oh pá, ainda bem que apanhas uma borracheira de água. Passa-te quando atravessares a ponte.
Por isso bebe à vontade -
disse-lhe eu

ALADINO

terça-feira, janeiro 22, 2008

E lá voltei para sózinho comemorar

A vida pôs-me hoje mais um ano em cima.A pensar na transitoriedade da magana, fui até ao meu encanto, e sentei-me no terraço,deslumbrado com o que tinha na minha frente e que há meses não me aparecia tão provocante.
E....

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Eternidade afinal, existe


Volto a esta tela
Neste dia ensoalheirado
Revendo a ria, o céu e os montes
Olhando para tudo, extasiado.
Quem teria sido o autor
Que a pintou com tão grandiosa intensidade
E com tão aguda sensibilidade,
Para a deixar
Em frente de mim postada,
Para me provar
Que afinal existe eternidade

JF
Jan 2008

segunda-feira, janeiro 21, 2008

AVISOS PAROQUIAIS

NB-Para alegrar estas páginas, decidi abrir os próximos blogs com os «Avisos Paroquiais», pérolas da boa ingenuidade portuguesa no uso da difícil da língua de Camões, provindos de paróquias do interior, que amigo me enviou:
Aqui vai o primeiro.
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AVISO

“Quinta-feira que vem, às cinco da tarde, haverá uma reunião do grupo das mães. Todas as senhoras que desejem formar parte das mães, deve dirigir-se ao escritório do pároco.”

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Inimigos..não tenho…

Abordou-me sorridente e perguntou-me:
-Você deve ter muitos inimigos. O que lhes faz? - Perguntou-me

-Ponho-os no cinzeiro, antes que chegue a ASAE.

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O «ílhavo» e o S. Pedro

O «ílhavo», tipo rude e forte, roncão no falar, sempre foi um homem de carácter, cumpridor nas suas obrigações e temente a Deus. Era conhecida a óptima relação com S.Pedro, orago de predilecção destas gentes, santinho a quem dedicavam fervoroso culto. E a quem anualmente, com júbilo, pompa e circunstância, rendiam notório festim, para o efeito engalanando a vila e a sua Igreja com colgaduras para receber os visitantes que desciam a esta santa terrinha no intuito de gozarem as delicias dos festejos que duravam três dias, mas atraídos, também, pelo bem receber, que era apanágio destas gentes remediadas, mas mãos abertas, coração escancarado no propósito de bem receber.

Tão boa era a relação destas gentes com o porteiro do céu, que corria à boca cheia a faladura de que era bastante a evocação da naturalidade, para que uma alma, ainda que muito penada, ida daqui, visse escancaradas as portas do Céu por aquele sempre atento fiscal do bom comportamento e virtudes, o S.Pedro, olheiro astuto, sempre diligente e operoso no intuito de manter o mar bonançoso do céu, limpo de fraldocos.

Ora num dia em que o S Pedro foi abrir o portal, deu com um façudo mal-encarado, a quem perguntou:

-Então o que pretendes?
-Entrar no céu.
-E tu mereces a dádiva? O que fizeste para tal? De onde és?
-De «Ílhavo»

O S Pedro mirou …mirou, e muito embora desconfiado, lá lhe disse,

-Entra. Aguarda aí na recepção que eu vou lá dentro confirmar a listagem de embarque, chegada pela última pomba da noite.
Passados uns minutos, quando regressou para dizer ao mal – encarado e mentiroso, que não era verdade, que ele não era de Ílhavo, mas estava, sim. na lista de Vagos ,constatou que o homem tinha desaparecido e se infiltrara por uma das entradas laterais, nunca mais sendo visto.

S Pedro ficou fulo, que os Santos, também só são Santos até certo ponto.
E de si para si, lá foi dizendo: -deixa estar que quando me aparecer cá outro já não me leva assim Vá lá um santo acreditar nestes safardanas …

Não tardou muito que ouvisse: Trás…Trás.Trás. Alguém chegava, e parecia ter pressa para não perder a maré da manhã.

-Já lá vai. Se tens pressa vai lá p’ra baixo, que está mais quentinho.E resmungando enquanto entreabria o portão, perguntou:
-Então que és, e o que queres?

-Oh!... S Pedro, sou o Zé Cachino, lá da Malhada, e cri’ia que m’amabotasse aí p’ra dentro… raio! que venho cansado da viaje e c’riame chichar aí dentro. Avia-te, raios.C’ ainda perco a enchente.

- E donde és tu, ó Cachino?

-Sou d’ibalho, raios. Atão eu ia lá astrigar-me a mentir sobre a minha terra. Nado, bautizado e cebado em íbalho, saiba vòssomocê ,santinho. Astão tu não m’enxergas, não t’ alembras cá do Zé? C’intè no mês passado fui juiz da festa c’a ta fizémos. És mesmo desconfiado. Mexe-te que estou p’rà aqui todo engaranhido.

-Não é isso, mas é que noutro dia apareceu-me cá um finório de Vagos – daqueles que deixaram o Senhor na rua para acudir ao bacalhau! - que me enloilou com essa de ser «d’Ílhavo….»

-É S Pedro(?!? ;raios ,estipor !... ,deixa-me entrar c’«amando-te um xalabar de sardinha bibinha,..a saltar …, tenta o Cachina convencer o orago.

-Entra Cachina , entra ;que por essa da sardinha bibinha a saltar, estás identificado,mas vê lá se a mandas da «restomenga».
-Tòmórolha, estás muito sabichão,responde-lhe o Cachino.

ALADINO

sexta-feira, janeiro 18, 2008

1-O anedotário da «sargeta»

Confesso não ter percebido as razões que levaram o Ministro Santos Silva, a insinuar que a presença de Bagão Félix, nas jornadas do PSD, era propaganda para o acto eleitoral que, no dia seguinte, iria acontecer no BCP –Millennium

Foi um tiro no pé.
Bagão Félix respondeu bem e eficazmente.

Só que… depois,
Durante a sua palestra, meteu dó ver um reputado economista contar uma história verdadeiramente parva, só possível se B. F. acreditasse que estaria a falar para uma cambada de eunucos mentais. Claro que a plateia era fraca. Mas que diabo!... comparar a verdade do deficite,actual, aos do seu tempo em que se mascaravam os números com o produto da venda dos anéis, feita à pressa, é (perfeita) demagogia, tonta e barata, é falta de rigor, é desonestidade intelectual, porque não é, claramente, ignorância. Bagão Félix, para lá de um fundamentalismo crispado, é um competente economista.

Bagão tinha razão sobre a conversa da «sargeta» de Santos Silva. Mas a sua pregação aos peixinhos (deputados do PSD) foi mais do que conversa de « sargeta» .foi conversa da treta.

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2-Os papalvos(?!) dos accionistas do BCP...


Isto de nos tentarem convencer que os grandes accionistas, alguns estrangeiros e de grande dimensão, são-ou foram- permeáveis ás pressões do Governo para a escolha dos que irão gerir o seu dinheiro, é de uns tontinhos que não sabendo como interessar as suas clientelas, criam factos políticos.

Na verdade não creio, que nem uma, nem outra candidatura, tinham, à partida, conexões partidárias activas. O que depois sucedeu foi o desenrolar do processo, porque nestas coisas de politica não basta ser sério; é preciso, também,parecê-lo.
Os accionistas escolheram Santos Ferreira, porque este era o gestor que melhor – pensam – poderá defender os seus interesses. Cadilhe sujeitou-se ao sufrágio, porque nada tinha a perder: tudo o que viesse à rede era peixe. Principescamente reformado, com exclusividade do BCP, defendia a sua posição. Foi-lhe fácil passar a imagem de mártir ou justiceiro. Porque a verdade é só uma: os administradores-e ele foi-o- se não sabem o que se passa no Banco, deveriam sabê-lo ou, quererem sabê-lo, muito antes que as entidades fiscalizadoras o queiram saber. Se ganham para cumprir um cargo deveriam cuidar de o cumprir, e não de se desculparem de estarem lá só para verem passar os combóios.
A entrevista de Cadilhe na SIC – foi de uma vacuidade confrangedora. Nem a mim me convenceu – eu que tenho meia dúzia de acções do Millennium – quanto mais aos graúdos.

A minha dúvida, a grande dúvida, é a de saber-se se a questão está arrumada. Por vezes, penso, anda ali a mão do bigbrother.

De tal modo que hesito em pôr, ou não! a resguardo, meia dúzia de patacos que por lá param.

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3-A.R lugar de veraneio.ou a justiça do legislador


De um amigo (R.D), recebi esta curiosa chamada de atenção para a Lei do Tabaco, que se necessário fosse, viria esclarecer muitas coisas.


Mas não era prexiso ixo, nós já o sabemos de há muito.

Mas já agora se o legislador me pudesse tirar uma dúvida:
É sabido que os ginecologistas trabalham onde os outros se divertem.

A pergunta é:

Podem os ginecologistas fumar no espaço,entre val de pernas?

Aladino

segunda-feira, janeiro 14, 2008

10 Anos de Mudança…

Para pior ,claro.

Mas tendo comparticipado com a minha quota-parte para a edição do folheto, entendi que deveria ir buscar o meu exemplar. E fui.

O autor que ora se estreia nestas lides, apesar de ter tido uma proposta de7.500 € para «obrar» -disse - o na apresentação de «A OBRA»- preferiu que fossem os seus conterrâneos a pagar o desvairo. E tem razão! Talvez nos fique mais barato. Pois o solícito editor, das duas, uma :

«ou já comeu ou estava a preparar-se para comer».

O Blog nunca se eximiu a comentar estes acontecimentos. Jamais !

E por isso,o Blog, fez o que certamente a maior parte dos comparecentes não fez, nem fará !...: -leu «A OBRA» de fio a pavio.

«Bamos lá à bida»

Gostei da apresentação. Não se poderia exigir mais. Garantiu –M.C dixit -que o livro estava desde há muito pensado (?!). De tal modo que, no ultimo Domingo, “ás duas e meia da manhã” o autor quis introduzir, certamente novos pensamento, e, para o efeito, contactou a apresentadora, mesmo àquela hora –D. Conceição dixit - para o fazer. Pensamento pois, da última hora,que quase sempre não é assisado. Enfim .. .
D. Conceição aproveitou,ainda, para esclarecer um grande segredo que anda aí na boca do mundo,em vias de se tornar revelaçãode interesse nacional:- “ não ser verdade o que corre por a, de que o dia para o Eng. Ribau Esteves ter 48 horas. Não!- dixit M.C.- “ele tem, mas é, 56 horas”.

Palavra aqui não percebi.Há aqui uma diferença de oito horas que me baralham. Ou se quiserem: - faltam 16 horas, que me escapam….A razão, confesso não a perceber. Distracção da D .Conceição?
Estávamos numa de revelações,espantosas .Por exemplo:- fiquei a saber que o sr presidente tem 96 brancas.

Adiante …

No folheto -logo no prefácio - há pérolas literárias inseridas pelo Sr Presidente da Assembleia Municipal, que emprestou a sua caneta «À OBRA», obrando,assim :

Esta viagem, -diz ! o sr P .A.M - foi muito bem preparada .O presidente da Câmara reuniu-se de um corpo de marinheiros indispensáveis (?!) …

Outro a fazer história de si mesmo, para lá de …Adiante ...adiante
Continuando na ante face de, «A OBRA»

Foi tempo de mudança (…) Toda a dinâmica autárquica foi norteada por uma lógica de um município integral (?!)….. completado com as iniciativas de comunicação com a população ,nomeadamente a agenda (..)do boletim (…) do site.
Este (?!? foi um factor determinante para o desenvolvimento que Ílhavo conheceu nos últimos dez anos…,

E remata o sr P.A.M:
(….)A claustrofobia (?!.....) do Terreiro do Paço deixa o País ….

(OH! OH! …Então não quereria S.Exª dizer precisamente a falta da mesma ?!)

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E agora «bamos lá com deus», ao conteúdo de «A Obra».


Enfronhemo-nos na peca literária

Diz o autor(R.E.) :

Às pessoas que lerem o livro, fica o meu agradecimento por esse gesto principal(?! )que justifica esta obra sobre a Obra (sic).

(fica bem a duvida, que é a do saber-se se alguém lerá «A OBRA». Eu li-a …pelo que aceito desvanecido o agradecimento.)
Assim mesmo…Quem obra assim, não é preso!...

Continuemos a leitura, cantando e…rindo:

(…) aos cidadãos do meu querido Município (..)fica um eterno gesto de agradecimento a todos por todas as partilhas ,e um abraço especial aos que partilharam comigo gestos

(eu também ajuntava um gesto, a tantos gestos: ESTE!...:-queiram V senhorias imaginá-lo)

Bem ;se isto é logo na primeira página ,razão tem o autor para duvidar que alguém vá até ao fim ,e leia ,esta versão da ESTÓRIA contada às criancinhas, pelo autor.

Sacrifiquemo-nos um pouco mais :

Nestes últimos anos ,as decisões do Governo têm tido a coerência estrategicamente definida (…) o que acontece ao contrário da lógica de maturação de uma democracia…
(…)
A determinação foi apanágio da Presidência ,(…)concretizada pela atitude pró-activa ,pela OBRA realizada(….) assente no compromisso sério e na garantia da OBRA feita.


Ou ainda, mais adiante,

O slogan “O mar por tradição”,que encerra em si e em simultâneo ,a referência ao passado de profunda ligação (…)ao mar, assim como uma perspectiva de futuro apostada em manter o mar como referência …e centra ainda mais a aposta de diferenciar o município na sua relação com o Mar.

E logo à frente,

..a cultura económica do bacalhau ,por tudo o que representa de património histórico
………………………………………………………………………………………………….

(um momento que vou ali e já venho…depois do que li, outro remédio não tenho)

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Antigamente os nossos reis contratavam cronicadores para lhes fazerem o exalto.
R.E. mais democrático ,exalta-se – e de que maneia delirante !-a ele próprio, mas fá-lo de uma forma completamente desastrada. Cada página, cada exemplo de frases tolas sem sentido ,palavras que se ajuntam ,grandiloquentes, mas sem nexo.
Ninguém,dos que foram pró-activos naquela chachada estão isentos de culpas.
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Mas se a forma é, assim, indigente, o conteúdo chega a arrepiar.

O estoriador não diz que recebeu a Câmara a abarrotar com 500.000 contos no cofre (dois milhões e meio de Euros!) da presidência anterior! Não isso não faz parte da estória. O «estoriador» é pouco(?!) honesto!

Mas diz que recebeu a FUNDO PERDIDO - 15.000.000 de €.
E do Estado, mais 1,3 milhões de €.

Ora como a dívida da Câmara de R.E, já vai em cerca de 40 milhões (!!!)€, não conseguimos descortinar, na croniqueta, para onde foram estes 60 milhões de Euros ( se pensarmos que a somar àqueles, há que somar a receita corrente do Município).Para tão pouca OBRA , obrada, como mostra nas fotos?
Haverá para aí alguém que explique?

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“O sr engenheiro espalhou o folheto ,gratuitamente .Foi um acto de consciência; porque o papelucho vendido ,mesmo que por dez cêntimos, seria uma fraude escandalosa.;e ainda de graça é uma embaçadela à curiosidade pública, à qual o folheto é dedicado. Como justificação da sua vaidade patega ,é diagnosis patente, uma assinalada lesão em qualquer bossa de primeira grandeza”

Não !..claro :- as palavras não são minhas .
Era assim que Camilo tratava as imbecis protérvias que chafurdavam –já então - na literatura oficial, em que o auto elogio impúdico não era cataplasma bastante emoliente, para esvurmar a postema dos abcessos mortais que comiam este país esfarrapado.
No caso -ajunto eu - esta TERRA DA LÂMPADA, posta na indigência moral ,social e económica ,por dez anos que nada honra glorificar, antes obriga, esquecer.
A Obra(?) de um tonto que usurpa à virtude, os seus louros, e ao crime da mentira a execração da verdade para conseguir a posteridade, a todo o custo.
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Querem apostar em como tudo isto vai terminar?
Quando o autor diz que “o futuro está a chegar.(…)com a utilização do nosso bom engenho, será melhor”
Para bem pior, dizemos nós.

Aladino

sábado, janeiro 12, 2008

Sátira às « COMÉDIAS FAMOSAS PORTUGUESAS»

(com todas as licenças,& aprovações necessárias)


Dedicadas ao Berimbau no dia da
apresentação da sua memorável
peça literária

« DEZ ANOS DE PHONIXAÇÂO
DE
ÍLHAVO »





Filho daquela nobre e valorosa
Edi, nascido lá no longe colonial
Abastara clamar dum modo pomposo
Chegará um dia ,o eleito D.Berimbau.
Luz do paço, das musas mimoso
Que Vos dará fama imortal.,
Quando do homem cuidam, em Ílhavo o fará
Tornando os olhos, em Lisboa ele estará.



Em que te servirei cá deste canto
Na mercê por ti usada
Tendo outra ali defronte?
Aquela égloga ,a tua, me foi dada
Oferecida ali na fonte
Com promessas de coisas exageradas:
Parecias querer colher os frutos
C’o as musas,c’o as graças,c’os amores

Então lúcido ,tornado em mim, comigo,
-Ter-te – ei em conta errada
Quererás renovar o tempo antigo,
De que tanto se escreveu e tanto conta?
Agora, meu deus me amofino, e me castigo
Fazeres à nossa capitania tamanha afronta
Cuidares de apenas receberes a prata e oiro
Deixando depenado o seu tesoiro?

Andaremos, após a paga da falta desse teu siso
Com medo confesso a uns pomposos
Energúmenos carregados, uns de riso,
Sardónios outros , ou mais certeza ,cavernosos.
Quem de tantos imbecis não teres avisos
Terás marcado, finais perigosos
Triste destino, pesadas dores
Por onde estarão, então, os teus amores?


Querem-te hoje , (pensas), por rei ,não por senhor
Rigor á parte, nem te imagino
Que mereças ser digno de tal penhor
Para ti perdão, nem de fraco peregrino
Olha vai, diremos em verdadeira linguagem;
Põe velas, vai e segue em frente
E ao dares com as velas no vento, desaparece : BOA VIAGEM



EM ÍLHAVO

ERA X ,(pós R.E)



Por ALADINO ,Editor ,& mercador de livros

& feitos à sua custa

12Jan, ANUS 2008

sexta-feira, janeiro 11, 2008

PROIBIR ?…

Fica proibido ..proibir ..

Nunca fui fumador .Tentei sê-lo – até fumei barbas de milho!- e não consegui ,apanhar o vício .Que nunca ninguém me proibiu,já agora ,diga-se.Com a saída da nova Lei antitabágica ,por a achar excessiva ,resolvi efectivar o meu protesto .Fui comprar umas COHIBAS, e dá de me deliciar.Resultado: ouvi logo ralhetes, aqui, em casa, e até ameaços :

-Vou telefonar à ASAE, disseram-me.
-Ora ainda bem . Telefonem, para que venham, finalmente(!) ,canonizar-me, por sobreviver a esta ditadura que desde há cinquenta anos me quiseram impor, e a que sempre me neguei sujeitar.... retorqui ,eu

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Se nem quem os vendia, neles acreditava ….

Fui buscar - num destes últimos dias - uns exames médicos , que por serem complexos e decisivos - ou tudo bem ou data de embarque marcada - me andavam a pôr algo nervoso. Eu também concordo com os médicos : é impossível que com tantas asneiras não haja mossa e das grandes.Afinal,não é o caso. Por enquanto o cadáver resiste, adiando…
Curioso.Lembrei-me :
Já ultrapassados os oitenta anos, a minha Mãe – que não acreditava em nada disso, dos remédios, e de quem os receitava !-, a insistência familiar sujeitou-se a um checking, minucioso.
- Coração bom ,pulmões muito bons,fígado bom ,baço muito bom ,rins perfeitos etc etc. –ia-lhe dizendo, simpaticamente, o médico.
Às tantas minha Mãe virou-se para ele, e , desconcertante, disse secamente:
- Está a ver sr. Doutor : foi uma perda de tempo ter vindo consultá-lo.

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Dá gozo ,furar as estatísticas

Ora aos trinta anos ,perante a «pancreatite aguda», foi-me sentenciado:

-Se quiser sobreviver, nunca mais : nem molhos, gorduras, vinho ou qualquer bebida alcoólica etc .Só carne grelhada ,galinha velha cozida ,caldinhos etc etc.

Cumpri durante uns bons cinco anos, um regime de monge cartuxo. Depois fartei-me.E avisei toda a gente, e até o médico que me segue há quarenta anos .Que visita após visita foi registando as loucuras proibidas, espantado. Sou hoje o doente mais antigo do dr. Castro Monteiro. Um processo clínico que no dizer do simpático professor, daria um bom manual «De Como Sobreviver Asneirando».Tudo assinalado a lápis vermelho. Pontos de exclamação?... mais do que aqueles que habitualmente uso ? De tal modo que aqui há dois anos perante as análises me disse :

-Ná!.. .não pode ser .Isto não é seu..Você vai tirar análises neste Laboratório do Porto , para eu acreditar .
E lá fui .Que confirmaram: nem colesterol, nem ácido úrico, nem diabetes, nem PSA …nada…nada.O que levou C.M. a exclamar :
-Oh eng. você estragou-me as estatísticas…

E assim - arriscando -, a vida teve os seus encantos. E cá cheguei.Olhem se eu não arriscava !... .Que sensaboria. Só me sobravam os desencantos.Olho, pois, para mim, e revejo-me sorridente neste meu modo de ser rebelde ,indomesticável, que duvida de si – é claro !- mas duvida muito mais, dos outros. Que segue pelo seus próprios olhos, assumindo as suas opções( certas ou erradas).Se fosse crente diria : só Deus sabe o quanto me dá gozo, saber que por vezes tenho razão: ganhar ,perder, sonhar ,tudo faz parte do jogo da vida. Que em minha opinião deve ser praticado, não à defesa, mas ao ataque. Assim só eu (!) é que sei.


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Viver, duvidando. Sempre!!!

Andei uma vida a ouvir:

«cuidado com a obesidade ;cuidado com o sol; cuidado com o whisky…..»

Agora cientificamente, vêm-nos dizer que, afinal :

«Os gordinhos até resistem melhor; apanhar sol é um bom antídoto contra o cancro; beber um whisky é um bom remédio para a tensão etc etc..»
Ora aí está.Olhem se eu me preocupava muito com todas as patetices, e era (só agora!) chegado o momento de me sentir enganado, sem tempo para recuperar.
Por isso mesmo vivi de pé atrás com essa outra questão: -a da fé. Um dia vai chegar, em que a ciência explicará o que agora não sei. Se nesse tempo vivesse e tivesse acreditado só por acreditar, sentir –me - ia tragicamente enganado .Assim, à cautela, vou duvidando por princípio…E cá vou respirando, agradecido aos sentidos que não se cansam de admirar , e ao coração que não se cansa de amar.

E sim : isso…isso mesmo: - também agradecido á minha natureza, que não se cansa de desejar…

Por isso posso dizer :aqui está um que faz tudo para viver a sério. Sem complexos de pedir perdão pelas asneiras feitas. Repeti-las seria o meu desejo. Mas seria pedir demais à vida.
Mais vale pedir piedade à morte que perdão à vida.

Nunca me hei-de demitir de mim !...

Se não fosse proibido proibir …Eu! proibia-me de alguma vez o fazer.

Aladino

quarta-feira, janeiro 09, 2008

Vem por mim…


Queria nesta noite

Beijar a mais bela rosa do meu jardim.

Encostar a minha boca à tua

Para que ela fique tão rubra

Como papoila viva, carmesim.

Queria ver, afogueadas e brilhantes

As maçãs do teu rosto lindo,

Transformadas framboesas gulosas, e assim

Embriagar-me no licor doce do teu olhar

E envolver meus dedos nas ondas do teu cabelo

Para dele sorver a fragrância do alecrim



Anda, vem .Atravessa a solidão da noite

E vem acolher-te nos meus braços de pedinte

Para deixar de ser o que somos, na madrugada

(vem por mim


SF

Dex 2008

domingo, janeiro 06, 2008

Começa mal 2008


Começa o ano e com ele o meu temor da possibilidade de um início de desmembramento da sociedade ocidental, da sua história e cultura, que poderão inevitavelmente, virem a ser engolidas por esta assanhada e popularizada onda terrorista. É espantoso como o stock de kamikases parece inesgotável.
E o que me preocupa é que perante esta hipótese que se coloca com alguma evidência, na nossa frente, andemos a defender coisas de lana caprina, em vez de, pragmaticamente, nos unirmos para sobreviver, e, só depois de passado o tsunami destruidor, reiniciar então a discussão ideológica que, obrigatoriamente, terá de se fazer. Para dar resposta a outras evidências. E este é o rolar dos tempos, correcto. Nada há de imutável. O homem para sobreviver deve adaptar-se continuadamente, renovando as respostas, adaptando-as aos novos desafios.Continuar obstinadamente –e um pouco diletantemente - a defender ideias, nascidas e ajustadas a outro tempo - não ao actual -, não percebendo que o mundo global está andar mais depressa do que elas, é (simplesmente) ir ao encontro dum auto-aniquilamento colectivo.Repito: primeiro há que sobreviver e encontrar o antídoto para a praga terrorista. Nenhuma Nação isolada, por mais forte que se sinta, poderá fazê-lo, sozinha. Por isso, temos de encontrar respostas globais. O tempo das pátrias isoladas e das cruzadas acabou. Quem não o entender só lhe restará um dia tornar-se num bombista.À falta de argumentos.

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Duro ,mas non troppo:


Amiga com quem de vez em quando, tenho o prazer de bater um papo, aceita mal a dureza do meu ouvido que diz, começa a ser notória,e diz ser chato ,cansativo.E não se coíbe de mo dizer, e do incómodo que tal limitação, lhe causa.Encolho os ombros e lá vou dizendo a sorrir :

- A idade traz, sem duvida, estes problemas com que temos de nos habituar a lidar.Com uns, bem: com outros, mal.Mas oxalá tudo fosse como os ouvidos …e( tudo) endurecesse com a idade. A gaita é que o não é.

Parece não ter percebido ou fez orelhas môcas.

Às vezes ser duro de ouvido é uma virtude.
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Homem precisa-se :

Uma conhecida aborda-me, e deixa-me especado:

-Sr. Engenheiro peço-lhe encarecidamente: arranje-me um homem para casar. Por favor, o senhor e a sua mulher, ajudem-me a encontrar um.

Apelo feito em tom dilacerante. Impressionante e chocante com o seu quê, na verdade, de insólito. Ainda balbuciei:
-Olhe porque não põe um anúncio na Internet? Tenho lido que resulta.

E o certo é que inconscientemente me pus a reflectir se conhecia algum candidato adequado para satisfazer o ingente pedido. Há, claro, o amigo Q., mas esse quando lhe propomos casamentos, quer virgens,«coisa» que como se sabe está em vias de extinção. Eu costumo dizer-lhe:
-Olha vai á feira dos treze encomendar uma…Mas tem cuidado, primeiro sopra-lhe, para ver se não está rachada.

Mas a sério: isto é trágico. As pessoas envolvem-se na vida, ou deixam-se envolver por ela, e de repente, cedo demais, dão consigo sozinhas. E a vida é como o chá: tem de se esperar que as folhas assentem.

Ora se há coisa que me impressione e recolha toda a minha solidariedade, é a solidão. Terrível, um fim frio e doloroso, deve ser - é! - horrívelGosto da solidão, quando sou eu a escolhê-la: detesto-a quando ela me colhe, descolorindo-me o tom da vida. Começa a ser vulgar encontrar gente à minha volta, a meio da vida e já derrotados. Confusos. Baralhados de todo. Sem esperança do amanhã, antes cheios de temor. Deve ser trágico prever a derrota, ainda mal começámos a deixar de gatinhar.Mas também aqui lhe poderia aconselhar :

-Olhe vá à feira dos treze e compre lá um.Mas antes sopre-lhe, a ver se incha....
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Saldos na Feira em Terras de Stª Maria.

Ribau andava triste :

Ah Camões, estou passado.
Nesta ilha desafortunada, p'ra te glorificar
Não tenho gente.Povo este coitado,
Mudo , envergonhado
Já não sabe navegar.
A mão sustenta aparando o rosto
Cala voz perante o mar
Cego, olha a fria madrugada
À espera do que prometi: nada!

O vate ouviu o traste,e lá do Olimpo sentenciou:
-Vai á feira, em Stª Maria da dita:

Aí poderás encontrar,
Comprar ou até achar
Feliz assombro.
Apregoa: o mar é o mesmo
Que mais do que assombro
O que vos vale é o meu ombro

Ribau ,não esteve com meias medidas.
Foi à feira de Stª Maria da dita,e comprou um Homem da cultura.E nem experimentou.Trouxe-o logo que o viu a bater palmas..

Pois venha quem vier
Nunca terá
Grandeza maior,
Pois só ele, o Berimbau
Capaz será de cumprir a ilha tal.
Mas mais ainda :- Portugal!


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Moral das histórias:
Não aceites batota,não vás ao Totta. Queres coisa porreira? Vai à Feira.

ALADINO

sexta-feira, janeiro 04, 2008

Quinta-feira ,3 de Janeiro ,2008



Continuando a pôr o Blog em dia


No final 2007 foram lançadas duas publicações em Ílhavo :

1) O Álbum Fotográfico de Carlos Duarte

Um Álbum em que o autor parece pretender referenciar acontecimentos com cronologia pós 25 Abril, mas com alguns simbolismos que nos parecem confusos, na intenção ou pretensão. Não sei bem porquê, mas, por vezes, parece-me que os fotógrafos fixam tudo ,ao sabor do lado para onde corre a corrente. Bastante diferente de fixarmos um rumo para o que queremos transmitir. Reconheço ter dificuldades em me sentir agradado pela fotografia. Mas ali, pareceu-me não ser essa a intenção - que seria discutível -,mas apenas a de colher o instante. O fotógrafo estava lá .Se assim foi, trabalho meritório. O autor merece o aplauso, pois.

Quanto á apresentação pareceu-me delirante. Se havia uma intenção aquele não era o momento, para desperdiçar tanta palavra. Não sei, sequer, se alguém percebeu o estendal. A avaliar pelos aplausos, sou eu que estou errado .Pois bem…cá fico. Mas cedo à tentação. No final inquiri :

-Mas a que é que bateu palma? - perguntei a pessoa presente.

- Não sei ,pois não percebi nada, mas ao autor.

Resolvi ,eu também, saudar o dito. Tinha razão o caloroso e agradecido ouvinte. Sou um distraído, impenitente.

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2) Manuel Morgado apresentou o seu romance «Biscuit» uma curiosa e agradável surpresa .Conheço o «Manelzinho» como aqui em casa é carinhosamente tratado, desde um tempo muito agradável dos anos oitenta em que um grande grupo acampava, todos os verões atrás da casa, na Costa–Nova ,numa vivência muito saudável e amiga.

Li o livro de imediato; inicialmente não percebi a razão de ser do «Bisquit».O autor surpreende-nos com um thriller daqueles que estão na moda pós «Da Vinciana».A história tem um enredo talvez demasiadamente inverosímil, mas é agradável e leve de leitura.Para primeiro ensaio no romance nada mau .Continue é que lhe desejo.

A apresentação do livro, foi muito conseguida do ponto de vista cénico. Percebe-se a razão do tango argentino, e numa leitura do o livro, fácil é identificar a razão da aparição da GNR. Deste modo há uma certa descontracção que proporciona uma agradável contacto com o livro.

Talvez uma caracterização mais intensa das figuras e da ambiência da época ,e uma mais forte caracterização das contradições laborais que ao tempo perpassavam pela V.A, trouxessem um maior enriquecimento ao livro. Editorialmente haverá que tomar alguns cuidados, no primeiro compreensível, mas evitáveis.

De qualquer modo um esforço muito positivo a assinalar.


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DIRECTOR DE O CENTRO CULTURAL


Pela Comunicação Social ficámos a saber que foi contratado o novo Director do Centro Cultural. Trata-se de uma personagem certamente activa e culta ,que exerceu funções em Vila da Feira. Nada como esperar para ver.

Mas ,sem ferir a sua capacidade e conhecimento ,lamentamos que Ílhavo não tenha sido auscultada para saber se algum dos seus filhos não teria saber bastante para o desempenho da missão .Partiu-se logo da ideia que não .Que o mesmo é dize,r que a morte anunciada da Terra está ainda mais próxima do que pensamos : pobre terra!.Dás filhos notáveis, mas só lá fora lhes é reconhecido o seu valor .E espantados ficamos quando esse reconhecimento indica a mais elevada categoria no desempenho das suas funções.

A aculturação trazida e influenciada por estas figuras portadoras de ideias preconcebidas, totalmente desconhecedores da realidade ilhavense, não dará grandes frutos para lá das estatísticas que salvarão a realidade da apreciação.Assim se passa com o Museu , Biblioteca e ,agora, se vai passar com o Centro Cultural.

Parece haver a ideia de comemorar os 130 anos da recuperação do Concelho ,depois de ter sido banido.Bem, já não foi mal que Lhes tivessem aberto os olhos para o esquecimento.Ao menos para isso serviu o Ensaio.

Mas comemorar a recuperação do Concelho para anos depois perder a identidade por esta via, então mais valia estar quieto.

Vamos ver se existe indignação com esta metodologia –não com a pessoa escolhida – e se há expressão da mesma ,ou se o medo continua. Partidos e Comunicação Social têm a palavra

Aladino

quarta-feira, janeiro 02, 2008




Recomeçar em 2008




O Blog esteve inactivo desde Novembro, para recolha e edição em opúsculo.

Tempo de o recomeçar.

Será porventura, útil, repescar alguns factos que o final do ano reservou e que não puderam ser registados.

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Domingo,2 dezembro,2007


A morte, afinal, existe



E sem que fosse ainda Primavera

Cobriram-Te de flores

Fazendo de Ti uma criança.

Parava ali a dádiva da Tua vida

A morte, afinal, existe!

Mas sossega:

Apesar dela, o mundo avança.

A luta foi cheia de sentido

Quando transformaste dores, em sorrisos

Nos rostos de tantas crianças.



Ninguém poderá destruir as pontes que Te levaram ao sonho

Nem os passos com que calcorreaste as veredas sinuosas

Com fantasmas espreitando a toda a hora, medonhos!...

Toldados de rancor e desamor, prontos a lançar suas verrinas insidiosas



S. F.
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Algures entre 2 e 24 de Dezembro 2007
A vida não pára.....
E lá vou emergindo do assombro .A tentar explicar-me que tudo isto talvez faça sentido .E logo me revolto com tal ideia.O facto é que, perante certas pessoas singulares,parecemos, por vezes, ainda acreditar que haverá excepções à regra .Estúpido(?!) não é...mas que hei-de eu fazer...
Agora a certeza:a morte é morte.Fim.Fim de caminho ,de viagem,inexorável separação para sempre.Quem acreditar noutra coisa,não a desminto .Felicito-a.
Não me dói por isso a alma ,porque a não tenho .Mas doem-me os sentidos que me esclarecem o imutável da realidade.
Mas lá que gostei de ter sido um espectador privilegiado daquela vida de pertinácia ,querer,ousadia e dádiva,lá issogostei.Sempre a apreciá-la a cavalgar em cima do sonho.Nunca a perguntar-se se tinha forças para ir tão longe.Não perguntava,pela simples razão de não duvidar que tinha.Para isso,e muito mais.
E tinha.
Até onde poderia ir? Não que me pergunte por via d' Ela, ao não ter ido mais longe .Não.Mas tão só,por descortinar o mal que poderia ter sido evitado ou simplesmente amenizado a tantos outros,não fora a tacanhez oligarquica de meia duziade títeres demitidos da consciência.E outros tantos piolhosamente abúlicos,exilados em si próprios.
Repito:morreu como as boas árvores -de pé .Por isso pouco importa a morte em si .O importante foi a coerência existencial com que viveu.De uma nobreza exemplar.
Ponto final!
Que a hora não é de florir o passado.Mas a de acreditar-mesmo duvidando-que vai haver futuro,que já não serei eu a cantar,mas que outros hão-de ousar.
S.F
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(Nota :O Natal 2007 foi incluido na edição .Não foi ,contudo, publicado no Blog .
Para os de fora, aqui fica)

NATAL 2007

Trazes notícias da fome
Que corre no Chade, Nigéria …
Onde meninos tristes
Andam à solta sob a fúria dos homens,
E com eles corre a miséria
Que por todos os lados existe.
Triste notícias trazes contigo
E nos vens dar, hoje, Menino…
Nesta noite em que a solidão
Nos cerca como um muro

E nos leva a crer
Que é inútil lutar ;
Que tudo é em vão
Que para o homem só a guerra

É a única ,e a grande razão
S.F
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Segunda – feira, 31 Dezembro 2007


Olho para o Blog de 2006, neste mesmo dia, e perpasso uma olhadela pelos DEZ DESEJOS, que então exprimi, para que se concretizassem em 2007.

Em jeito de balanço, vejamos o que foi feito,

Erradicou-se – ou fez-se alguma coisa para erradicar – ou mesmo atenuar – as bolsas de pobreza existentes em Ílhavo? Não, nada se fez.

E eu constato hoje que há ainda claras, insistentes, e preocupantes bolsas de pobreza na Terra. Ninguém parece aperceber-se disso. Por isso entendo que a decisão de dar a edição do Blog aos Vicentinos, foi bom. Muito significativa a recolha, e, com ela, a possibilidade de minorar verdadeiras chagas sociais, que só existem porque passamos a assobiar para o lado,incomodados.

Concretizou-se um Plano de Solidariedade para o Concelho? Não
Bem pelo contrário,
quando a Câmara foi chamada a intervir no caso dos A.T.L ‘s fê-lo de uma maneira desastrada, espumando inconsciência em tudo o que disse. Pesporreia, vileza e inoperância, foi só o que se viu. Se lá não estavam outros para responder à demanda, enquanto o homenzito escoiceava, teria sido o bom e o bonito.

Fortaleceram – se os Laços de Identidade Comuns? Não,
foram-se é cortando os fiapos que ainda existiam. Somos uma sociedade de indivíduos que já pouco têm algo em comum, senão o sermos incomumente desinteressados.A Terra (T.L.) de Ílhavo em desagregação social ultrapassou o limite de irreversivel,além do qual já só resta o abismo.

Demos passos significativos na construção de uma Politica Cultural? Não,
Clara e inequivocamente, não!
Só que-felizmente- parece já perdido o medo de dizer que estes últimos dez anos representam um tempo perdido, tantas eram as possibilidades para fazer o certo. Não!...fez-se o balofo, o desproporcionado e até o inconcebível. O que aí vem é cultura comprada ao pacote.Vem aí um pacote de valores falsificados ,vendidos como mercadoria sã.

Pôs-se fim à auto-promoção, populista e chocarreira, do eleito? Não!

Bem pelo contrário, nunca essa politica esteve tão activa, como nunca esteve tão trauliteira. De tal modo que andam para aí uns tantos a tremer de medo.

Definiram-se Obras Estruturantes que desenhassem o Futuro? Não!

Bem pelo contrário o que se fez foi coisa avulsa, sem sentido ou ajustamento à realidade. E se tal não bastasse, ainda se utilizaram dinheiros que nem tínhamos, a fazer filhos em mulheres alheias.(Biblioteca).

Deu-se apoio à Escola Pública? Não?

O espaço circundante das Escolas está porco, sem iluminação, inseguro. O diálogo escola – autarquia foi, ao que dizem, inexistente, um diálogo de surdos. Uma ou outra boutade não chegaram para fazer entender como é que a Autarquia vê a realidade da comunidade Escolar. «Ela» pensa que não tem nada a ver com isso.

Desenvolveu-se qualquer tipo acção para dinamizar a riqueza da oferta turística? Não!..
Ou quase nada, de consecutivo; coisas desgarradas em que o poder local se colou ao que os outros faziam, mas não construindo nada de sólido, com resultados continuados. Contudo não foi por não se gastar uma pipa de massa. Não!....Gastou-se à tripa forra; andam agora a espernear, para esclarecerem para onde foi tamanha verba, pois não se acredita que tenha ido só parar para essas acções, tão fracas e desinteressantes foram, na generalidade.Salvo uma ou outra. Coisa pouca.

Criaram-se ou chamaram-se, empresas, centros de saber,incitando-os ao apport de novas tecnologias? Não!...
Nada se fez

Rigorosamente nada. E tantas são as possibilidades que, se houvesse ambição, e ou ideias, associadas á nossa posição geográfica, privilegiada, poderíamos muito bem aspirar a ter futuro.Os ílhavos são cada vez mais emigrantes. Aqui o futuro já foi. Já não será.

Deixou-se a arrogância, a falta de educação, o desrespeito, a cupidez, a parvoíce diletante e demagoga, substituindo-as por bom trato, discrição, civilidade, urbanidade e respeito? Não!...
Nem pouco mais ou menos.
Quando muito encaixotaram-se os tiques e levaram-se, para exibição e gala, em Lisboa. Valha-nos ao menos tal libertação. Os lisboetas, esses, estão habituados aos dislates.Não vão estranhar.

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Posto isto:


Mas nada de maior haverá para assinalar, em 2007?... Nada que tenha vindo a aumentar, haverá a realçar? SIM!!!há...A divida da Autarquia!!!
No ano passado era de Dez -10 Milhões –, este ano assumiram-se Vinte e Quatro -24! Milhões, e agora fala-se – e parece que é completamente verdade – que, afinal, já devemos (?), QUARENTA E CINCO MILHÕES DE EUROS.

Aqui sim!...aqui crescemos. Somos mesmo citados como um dos maiores caloteiros da Praça


Em 2007 uns já começaram a fugir; os que forem atrás -ao menos! - Que fechem as portas.


Aladino.

            Os nós da vida.... ..  INQUIETUDE... A VIDA COMO ELA É ...  Neste cantinho recomendado que, a natureza prodigalizou, e que a e...