sexta-feira, dezembro 31, 2010

Onde estão «os céus» prometidos (?!)



Grande desatino
Percorre este tempo
Num turbilhão de emoções;
Crianças, velhos e novos,
Todos (!)
À espera que chegue o momento
Em que trazido na noite,
Enovelado no chaile do vento,
Chegue o adulado menino.


 Mas o menino não virá.
Para quê (?) regressar ao ponto de partida,
Se o Homem é negação de obra-prima,
Clamorosa imperfeição da obra divina.


Se o menino viesse
Encontraria de novo,
Na praça, os Vendilhões
A chorar (pel)a pobreza do Povo.
Choram a pobreza mas não O servem.
Alarido de carpidores,
São os mesmos que em surdina
Nos púlpitos do templo
À uma se levantam, votam
E a decretam.
De novo (e sempre!) em nome do Povo traído
Prometem um mundo novo.


Eu por mim desiludido
Náufrago varado na praia afortunada
Procuro na rosa-dos-ventos
Orientes (ou ocidentes?)
Novo rumo para esta pátria ousada.
Nova epopeia iluminada,
Em demanda de outra Antília de novo amanhecida,
Bem lá nos longes do mar, ainda escondida.

Deus , Ó Deus: porque ficam assim tão longe,
Inacessíveis (!),
Os «céus» que prometeste?



SF. (31. Dez. 2010)

1 comentário:

José María Souza Costa disse...

Feliz 2011 Parabens pelo blogue e pelo conteudo
Passei aqui lendo. Vim lhe desejar um Tempo Agradável, Harmonioso e com Sabedoria. Nenhuma pessoa indicou-me ou chamou-me aqui. Gostei do que vi e li. Por isso, estou lhe convidando a visitar o meu blog. Muito Simplório por sinal. Mas, dinâmico e autêntico. E se possivel, seguirmos juntos por eles. Estarei lá, muito grato esperando por você. Se tiveres tuiter, e desejar, é só deixar que agente segue.
Um abraço e fique com DEUS.

http://josemariacostaescreveu.blogspot.com

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