segunda-feira, abril 25, 2011






Há emoções que perduram, indiferentes ao tempo.



E que esperam até hoje


O desfecho.


Pois estou decidido:

Fico por cá …sempre no mesmo sítio, a aguardar.


Preso ao chão - a voar….

SF 25 Abril 2011

domingo, abril 17, 2011


Descrição de Ílhavo em 1758

( Em tradução livre inserimos uma curiosa descrição de Ílhavo feita em 1758)



Antes que façamos o detalhe e descrição dos lugares da Freguesia, pede a razão e boa ordem que primeiro a façamos da vila .Consta esta de uma grande e Principal rua ,que principia no sítio ,ou bairro chamado de cimo de villa ,e se estende ,e discorre por quase meio quarto de légua até á malhada ,ou posto geral de barcos. Em toda esta extensão tem infinitos becos de um e outro lado ,que chamam carris ,e vielas, com inúmeras casas ,e casinhas ,quanto baste limpas ,e asseadas à maneira de células de abelhas, habitação da plebe. Tem alguns edifícios e casas de sobrado com distinção ,mas poucas. ao longo das casas, ue fazem face para o poente corre a calçada por onde a gente ordinariamente se serve com bastante largueza; e por baixo é o resto da serventia de carros ,que vulgarmente chamam o rego, a causa da água que por ele continuadamente corre, nasce, e transpira dos lados por ser o centro húmido, e por essa razão menos saudável..Tem mais outra grande rua chamada de Espinheiro ,que corre de nascente a poente e vai acabar pouco distante do rio, em um porto chamado Juncal Ancho ..Quase no meio da villa fica a Praça publica bastante pequena para o tráfego das gentes, e comerciantes, que a ela concorrem. É contudo provida de todos os víveres assim da terra como de fora. Ali estão a casa da Câmara ,e Paços do Concelho, tudo muito suficiente, e capaz principalmente depois que se lhe acrescentou um quarto novo pela parte de trás. Nas lajes ficam as enxovias, excepto do quarto novo que se destinou para açougue.
(...)
Adverte-se que o nome de Ílhavo se deve pronunciar esdrúxulo , com acento na primeira e não na ultima como alguns menos advertidos na Corte erradamente pronunciam.

(…)

Um certo Domingos da Cruz, sacristão que foi da Matriz que se gastava de bom humor fleumático, costumava ,e a próprio cérebro ,formar e fingir etimologias dos nomes das terras. E chegando a Ílhavo dizia ele que a origem (fora) porque sendo a Chousa Velha (um lugar vizinho),povoação mais antiga, era nesse tempo Ilhavo,Ilha ,ou terra aplanada e pantanosa, e que na tal ilha ,ou paul criavam muitas AVES,OU ADES,E COSTUMAVAM OS MORADORES DA Chousa Velha ir tirar-lhe os ovos. Sucedia pois que uma velha ir com um neto que tinha a mesma diligência, e quando se descuidava, o neto costumado

Notas - A praça era o largo do Outão.A casa da Câmara era a actual casa dos herdeiros do dr José Balseiro.O Juncal Ancho, perto do Curtido, deu o nome à ponte.

SF Abril 2011



quarta-feira, abril 06, 2011

Ora aí está :a tempestade perfeita.

Tenho vindo a pregar no deserto. O problema das dívidas soberanas, versus especulação, está a tingir dimensão tal que acabaremos mergulhados numa catástrofe trans- nacional.

Anda para aí numa discussão do sexo dos anjos. Há muito que clamo que o problema é Europeu, e que a bancarrota não é de um país periférico, e pequenino, mas de todos eles, uns atrás de outros .A moeda euro cairá por aí abaixo e o colapso bancário será inevitável.

Ma atente-se. Hoje já começou o assalto especulativo á divida soberana dos EUA.E aqui é que poderá ser a tempestade mais do que perfeita.

Os que nos têm tentado convencer que a divida soberana de Portugal é uma enormidade(94% do PIB - até não é exactamente assim-) ,escamoteiam(porque não creio que o não saibam ) que ela está, até, abaixo do nível de uma grande parte dos Países Europeus.

O problema é outro.

É o sistema capitalista levado ao extremo que se está a afunda.Faliu (Marx dixit). Agora não há muro de Berlim para pôr abaixo.A verdade é que agora serão muitos muros ,tantos quantos os países do mundo capitalista ocidental ,a derrubar os seus muros.

Por isso, ou muda-se o sistema ,ou teremos um sublevação catastrófica, por acção daqueles que foram levados ao total extermínio económico-financero .

É inevitável .E o que espante e me leva à revolta é que os causadores desta situação especulativa, que encheram as maquias venham agora com desplante absoluto exigir ao Estado que peça (para eles, certamente dando o Estado(nós!) as garantias ) uma boa maquia de dinheiro. Ora de vez as responsabilidades dos accionistas dos Bancos e as suas fortuna é que deverão responder pelos empréstimos tal como eles negoceiam com as empresas suas clientes. Dando uma corda a quem lhes der um porco.
Ou se arranjo um novo sistema ,ou o descalabro estará aí para o ano. E as eleições imbecis que andamos a tratar só virão atrapalhar..

SF

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