terça-feira, dezembro 20, 2011


Visita ao Douro…

Nesta intermezzo da vida ,onde para uns, despudoradamente vou alinhando uma palavras, é certo ,por vezes, sentir-me, com receio de que os outros pensem que tenho opinião.

Não é exactamente isso que pretendo. Tão só desafiar os outros a ter opinião.

Nada é melhor ( ou foi!) na vida do que desafiar uma mulher a sê-lo. E de repente Ela é-o.

Temos de estar preparados para passar de desafiadores a desafiados.
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Gosto das palavras pesadas. Mas não me inebrio com elas. Nisto de beber quase sempre soube parar.

Palavras pesadas, só para (tentar) descrever o mar. Palavra : perante o mar sempre compreendi a minha pequenez.

Lembro-me do Cabo João. Passava horas enrolado no beliche, semi – embriagado, semi -inerte, alheado do que lhe ia em volta.. Mas quando o mar vinha e todos enjoavam ,chamava-se o Cabo João. Brincava com o raio da roda do leme. Numa noite cerrada, tudo enjoado na ponte(eu também),comandante há muito estendido(é mau ver-se um Comandante enjoado !,.) o Cabo olhou-me e disse:

Está à rasca – Sr. Imediato. Mete medo heim?! Não tenha medo: eu ando sempre nas ondas ; sempre á procura delas. Sem espinhos não há rosas…

OH cabo : deste-me uma lição para a vida inteira. Por isso Te fiz continência quando me vi embora.

Agora olho para estes gálicos enjoados da vida, e lembro-me de Ti. Eu não procuro a vida. Como tu no beliche, espero que a sacana me venha desafiar. E chegada….aqui me tem …a magana

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Vim lá das escarpas de Tabuaço.

O Douro desafia-me. Este ano vou trepá-lo. Eu e o «Costa-Nova».Não vale a pena ficar, aqui ,tolhido, à espera que a putéfia venha, disfarçada – atraente, num dos seus muitos disfarces – e me enloile.

Aquela grandeza submete-me. Aqui ,perto do mar, na nossa imensidão plana, sinto a minha «escala»! Entendo-a a 2D.Lá, no fundo do vale, a «escala »parece-me acto de cega brutalidade interior. Não dou por mim. Percebo a estranha sensação de « me ver a três dimensões»,sem me descobrir naquela «cagadela» de pulga.

SF(Dez 2011)





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