sábado, setembro 29, 2012


 
 
O impagável  Relvas
 
Hoje ,RELVAS  alerta para o risco de se instalar a falta de confiança do povo,nos políticos.
Eu já admitia que este tipo era literalmente um caso de desajuste entre o que é na verdade –um impreparado no sentido literal do termo – e a paranoia  que o faz pensar viver numa impunidade absoluta.
Este  bácoro que desde miúdo mama na política, é certo, já fala pouco. Mas quando abre a boca sai asneira: baba-se com a leituça a escorrer-lhe pela boca .
Se há no mundo sujo da politica, alimária que desilustra a  referida classe ,colocando-a ao nível  intolerável de indigência ética, fétida , a este Relvas- asno bacharel que mal  saber ler nem escrever – a quem se não podia entregar a gestão, sequer, de uma fábrica de água quente,chamavam-lhe doutor .E teima em ser Ministro.

Parodiando Eça quase valeria dizer: «que a este (Relvas) ,em cujos ombros,a tal universidade(?!)lançou um capelo, o povo  lhe ofereça um monte de trampa» e o mande engraxar sapatos.
 
SF

sábado, setembro 22, 2012


 

Foi Você que pediu um «d.sebastião»?:
Sem duvida estamos a viver um período decisivo para o futuro deste País, como Nação independente, liberta de peias e teias «troykianas » (confusas, erráticas, ideologicamente dirigidas contra o elo mais fraco, muito dolorosas).Um país servil.
Importa-me pouco os erros que se cometeram. Todos(digo todos!) cometeriam os mesmos erros ,como aconteceu com todas as famílias deslumbradas com as facilidades de crédito ,que, quase de um modo  forçado lhe  foram impingidas. Nem sei onde estaria se não tivesse s ido sempre indiferente às loucuras que me foram oferecidas de bandeja .Os bancos pareciam ter ensandecido. Em vez de darem  uma corda a quem lhes desse um porco, inverteram: deram porcos a quem nem corda tinham para o amarrar. E até ofereciam porcas já prenhas (carros, cortinados, férias etc . etc,)
Como sair agora desta tramoia?
Pensam muitos bem intencionados que  vejo (e ouço) nas manifestações,  que sairemos do buraco alavancados por  uma democracia onde todos terão  representatividade nas opções a tomar. Já temos experiência suficiente para não acreditar em «boas» (na maioria), e disfarçáveis  intenções (nuns poucos..por lá misturados).
Quem o pensar cai em puro engano.
Não há modo de viver democraticamente com pouco ou nada para dar.Muito menos quando há (ainda) muito a retirar para pagar (como e a quem?!) .O caminho do desenvolvimento acelerado é vereda tortuosa, que só uma ignorância tonta julga ser sempre a descer em roda livre .Por isso nenhuns dizem por onde é esse caminho(creio que muitos já o perceberam) .Quanto mais formos ao fundo –e estamos a ir! –mais difícil vai ser recuperar o espaço perdido.
Não sei, pois, como sairemos  desta situação. Sei apenas que adiar nada resolve. E que teremos de passar, por momentos e tempos, ainda bem mais difíceis.
Na minha vida vivi e defrontei  situações reais  a que me coube(empurrado às vezes) resolver. Sempre   situações que pareciam irreversíveis. Tive sempre o cuidado de explicar  aos proponentes, o que iria fazer e, mais importante: – o modo  como iria proceder ,o que queria alcançar, como iria lá chegar,  e os prazos que   me concedia. Ninguém mo exigia.Mas era eu que me queria amarrar ao compromisso .Pedi crédito para as decisões que iria tomar..Fixei sempre –mas sempre! –prazos claros: ou conseguia ou vinha-me embora. E fixei sempre – mas sempre !– o tempo da minha intervenção. Para mim sempre houve uma clara necessidade de todos saberem o tempo que precisava para aplicar as «minhas regras»(?)por vezes bem duras, correctivas, às vezes (aceito) no limiar do procedimento dito democrático. Era conhecida a minha decisão, sempre inabalável, de me não prolongar depois das coisas resolvidas. A mim competia-me resolver o momento difícil (o que confesso sempre me motivou e deu gozo),mas não viver depois o tempo de vacas gordas, que vinha a seguir. Deixar as coisas bem gordinhas era o meu gozo supremo. A minha recompensa .
Ora isto vem a propósito da minha convicção :

                  1-Ou a Europa reformula radicalmente a ideia de prazos curtos  e dolorosos para os «paises pobres» pagarem a divida(vivemos essa situação de divida publica desde D. João II),  dando condições de desenvolvimento  e assegurando limites de endividamento compatíveis com o mínimo de bem estar colectivo  (pois não se podem ultrapassar limites sensíveis, incompreensíveis ),ou não iremos a aprte alguma. Em asuntos deste tipo quem não souber chegar-se será o perdedor.
(É inadmissível que esta não seja a preocupação primeira de quem nos dirige, só explicável por falta de experiência de liderança. Uma liderança convicta compromete-se ,mas exige em contrapartida, crédito para as suas decisões. Os que no dirigem capitularam. Renderam-se…)

                    2-ou a tal não acontecer, ressurgirão (aqui e lá fora) acontecimentos  sebastianistas.
O nevoeiro  cobre já este País. Depois não nos queixemos.
As manifestações acontecidas ,aqui e em outros países, são,  não  só dirigidas contra um governo de «rapazolas» imberbes e impreparados, tontos,que em vez de estarem a servir de porteiros numa empresas decente ( emprego bem mais compativel com os seus conhecimentos de Jotas de um qualquer democrático partido, do chega para lá) se apropriaram do poder representativo partidário, desinteressado e distraído,fora da bagunça eleitoral.
 As manisfestações grandiosas,não corporativas,  são  claramente uma rejeição do  sistema partidário que entre nós cresceu e se enquistou.E deita puz por todos os poros. De todo,ninguém já não acredita em ninguém.
E quem se julgar fora do acto de rejeição, está perfeitamente enganado.
SF

                                 

 

 

(E lá chega o Outono de novo)

«OUTONIÇO»

Acordo hoje
Nesta manhã que sendo linda
A mim, doente me parece.
Como as folhas das árvores que o Outono amarelece.
Olho o céu que se mostra, aqui, pequeno
Sem lonjuras onde pouse o meu olhar
Além! 
Estou triste,ao olhar a minha gente deprimida
E eu ,outoniço, também…

Senos Fonseca

 

sexta-feira, setembro 21, 2012



Ora digam lá…..
  Ultimamente têm circulado na Internet excertos  de textos provindos da pena  de monstros sagrados das escrita portuguesa: Eça ,inimitável na forma e conteúdo, ironicamente certeiro e contundente como nenhum outro, um  «farpador» exímio;  Torga ,telúrico, de uma tempera vibrátil, de uma força impetuosa   e vivência ofegantes ; Saramago, inconformado  fugitivo  de uma cegueira colectiva,   questionador  do iberismo na  europa dos ricos,um «Blimunda» vidente dos novos tempos . Catando esses nacos de prosa excelentes, vivos e contundentes,  cola-se o seu conteúdo  a uma leitura dos tempo actuais de crise profunda. Crise de um País à beira do soçobro, por infantilidade de uns impreparados politicos, inconscientes rapazotes que foram conduzidos a uma ratoeira  ideológico ,soberanamente montada, onde uns poderosos de rosto desconhecido, mas intenções escandalosamente bem conhecidas, pretendem,de uma vez,  vergar a dignidade do «trabalho». A luta de classes levada ao extremo.
 Se a referida crise serviu ao menos para reencontro com   as preciosidades literárias –ricas e ajustadas – dos  nossos maiores ,então ironicamente, poderemos dizer que nem tudo foi mau.
Depois :a barricada é lá em baixo na rua da  Bistega, indicava Eça.O (des)governo está morto e embalsamado.
Ora o certo é que eu sempre me deslumbrei –e por isso li e releio, assiduamente- aquele que para mim é,inquestionavelmente, o príncipe das letras lusas ,o P. António Vieira(sendo eu um descrente absoluto,o que não me impede de o eleger,príncipe dos príncipes).Ler Ant.Vieira cria-me sempre fervor e amargura.A amargura advém de me sentir canhestro e desprezivel escrevinhador de horas (e matérias) vagas. O fervor está em  em descobrir,permanentemente, um deslumbrante exercício de retórica humanista indestrutivel.Nem sequer confrontável. 
Não é preciso ir muito longe na sua leitura para encontrarmos quadros ,eles também, assustadoramente ,actuais.
Retiremos um ….
A primeira coisa  que me desedifica (…) é que vós vos comeis uns aos outros. Não só vos comeis uns aos outros ,senão que os grandes comem os pequenos .Se fora pelo contrário era menos mal. Se os pequenos comerem os grandes bastará um grande para muitos pequenos; mas como os grandes comem os pequenos, não bastam cem ,nem mil para um só grande.
(….) porque a  a plebe e os plebeus, que são os mais pequenos ,os que menos podem(…) são os comidos.(P .A.V.)
Oram digam lá,que não é actual.
SF
SF

sábado, setembro 15, 2012


Manif
É claro que este Governo que tão mal, desastrada e tão incompetentemente nos (des)governa, está ferido de morte. As brutais manifestações populares,genuínas, carregadas de emoção,autênticas,despidas de institucionalização corporativa, são a sua certidão de óbito.Paz à sua alma,sé é que a merecem.Sejamos piedosos.
Mas..,
 esta manifestação(global) é claramente  anti-partidária.Pretende ser uma espécie de reedição do «Povo Unido». E manifesta o seu repúdio por «toda » a classe politica partidária.
Ora assim sendo (foi assim que a senti…),estamos perante  um  complexo problema, tipo quadratura do circulo.
E quando assim é, poderá,num repente, aparecer um novo D.Sebastião.
 Isto é alguém que mande. Porque o governo, esse, está na rua.
Difíceis os tempos que aí virão.
Não nos podemos esquecer que se este governo lá está,grande culpa disso deve ser assacada ao BE e ao PCP. Por isso estes dois partidos também estão claramente debaixo de fogo.Ainda que o disfarcem feitos pombas brancas de papel.
Isto pode ser o dia zero,mas não, apenas e só, para o governo.
 
 
SF

domingo, setembro 09, 2012


 

Ílhavo: Terra de túmulos vazios….

E depois de uns tempos – curtos, muito curtos,e este ano muito amargos – eis que volto á terrinha da  Nôcha.
Desinteressante, a terrinha arrasta-se neste lamaçal onde ninguém parece interessar-se pelo  estado de espirito que a corrói.
Indignados (cá) não existem.
Existe apenas um  jornal (Ilhavense) que, sozinho, vai lucidamente registando para a história, como um peralvilho( gigânteo serôdio populista) se apossou  dos destinos desta terra de pachorrentos  e  acomodados indígenas,  esbanjando –lhe o património material (foi á falência a «tasca» do Senhor da Maluca), cultural ( afogado no tanque dos bacalhaus que lhe deu volta à tontinha farófia que nele substitui o  miolo pensante do erectus); e social (dividindo os indígenas em «meus e os outros»).E a dita que outrora era excelente, se viva fôra,é hoje carcaça de navio  encalhado: apodrecida(moral e materialmente)cheia de carepas, de musgos ,decrépita, sem cordame, mastreação carcomida e história pálida e obscura. Sem tripulação, espera para ser desmantelada como foi o  «avé maria».
A Oposição (?)  aos costumes (e por costume) nada diz. Meteu o fole entre pernas e foi a banhos(maria & comp).Tão lestos quanto puderam. Palrarão sim, mas lá para o ano: a chinfrineira habitual de que «agora é que vai ser». Hão-de charilo, os cachopos! Serão os putativos e eternos candidatos, a candidatos. E nunca serão mais do que «petit patapons». Debalde passeiam. Debalde falam. Debalde se mostram (escondidos).  Finaram-se. Isto de ter opinião, cansa. É necessário inteligência, imaginação e vontade para o trabalho. Eles tomam o seu tempo por um tempo de capitulação. e por isso desertam. Estão mortos embalsamados,prontos para ressuscitarem. Não ao terceiro dia,mas para o ano, para as calendas eleitorais. Por ora mudos, inertes,  apodrecem entediados. Mortos.
Ninguém hoje na terrinha da nocha, tem  espirito e muito menos vontade. E  nem sequer consciência. Aqui não se escreve ,não se lê, nem se conversa.E qualquer dia já nem se fala.
Hoje em ílhavo não se pensa e muito menos ninguém se interroga (salvo o J.A no FaceBook).Há um silêncio terrível que cobre o burgo. Silêncio dos cemitérios, onde se não pensa e apenas se está.
Ou falando ilhavês:-um porão carregado de bacalhau, contaminado de «rouge alaranjado».Podre e mal cheiroso.
Ílhavo é, isso não se duvide, uma terra de túmulos vazios. Os «ocupantes» vagueiam por aí.
   SF

sábado, setembro 08, 2012


DESPEDIDA ….hoje…

Cansado
De  mim, ou da vida por mim,

Venho aqui ao meu terraço

Para me despedir de ti, fim deste  ano tão ruim,

Que não deu nem para um pequeno namoro

Nem para te dizer as palavras que para ti guardei;

Não houve tempo. Coitado de mim.



Vieste bonita para o adeus.
Encharco o olhar no brilho que reflectes nesta noite.

 Embevecido
Pouso os olhos no prateado
Que flutua em ti

São miríades de estrelas a brilhar
No vestido com que me convidas

Para em ti nadar

 
É então que me  decido;
Lanço-me nos teus braços,
Aconchego-me ao teu corpo húmido

Bebo do  teu  perfume  
Afogo-me na doçura dos teus enlaces

Embriago-me no licor dos teus beijos
Teço a rede com que entrelaço teus olhos.

Faço-me teu, assim

Na inteireza do  meu nu
Como nunca me fiz,

Para assim melhor te sentir

E possuir;
Teu desejo  a desaguar em mim
Meu desejo  a morrer em ti.

 

E sei..sei  que amanhã   já não virás
Viverei  então de recordações: voltarei a ser eu

O mesmo de sempre
Inconstante a desatar  o nó cego,
Lucidamente a repudiar quanto não enxergo

A voltar, lentamente, à realidade.

A sonhar contigo, o mar, e o longínquo firmamento

Serei eu, sozinho

A cantar o azul do meu encantamento;

Contigo no pensamento nunca morrerei  dentro de mim!

 
Mas compreendo uma vez mais
Que não posso ser só teu,

E que a ilusão me venceu

Por ora.

Descansa; não sou de ninguém
Não posso mais dar-me

Pois não posso moldar-me

A ser outro que não eu,
Tão longe de ti, como de mim.

Não …

Não posso ser mais nada
Só eu…

Só eu

No intervalo das aventuras
A procurar-me

Por entre o vazio das palavras

Que guardo para ti.
SF(7 ag. 2012)

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