O complexo problema da Fé
Com a
morte a rondar-me a porta, num
ciclo cujo timing alterou as minhas perspectivas de vida, remeto-me, nestas
horas pateticamente dolorosas, porque nos sentimos perfeita e irremediavelmente
vencidos.IMPOTENTES.
E claro há pequenos (grandes!) problemas com que
inesperadamente nos deparamos, depois de
uma vida em comum, pacífica, onde nunca houve
a mais pequena divergência no que
concerne às convicções religiosas de
cada um. Respeito integral de cada um, pelo outro.
Ambos fomos educados dentro do maior respeito e prática cristã. Cedo, de minha parte ,tal praxis foi
conscientemente abandonada. Mas sem nunca colocar em causa o caminho que o
outro queria seguir. Nunca falámos ,minimamente desta divergência.
E por isso neste momento
transcendente do fim ,vi-me confuso de como proceder em relação ao possível desejo
de reconforto cristão, que acredito desejado.
E dei comigo a reflectir:
Aceito que uma das razões, a
ultima, do cristianismo será o de dar ao homem ,uma indicação substantiva de
uma regra moral a seguir, certamente porque é admissivel que o homem o não
conseguiria fazer por si só, ao não ser capaz
de atingir tal desiderato pela própria razão.
Se assim fosse a a religião
confinava-se á moral.
Creio que sim.
E se assim for,e tal como me
posiciono, aceito um «deus», não à minha imagem ou semelhança mas ,sei lá!, um
simples(ou complexo) programa evolutivo que se auto programa onde reside um
princípio racional supremo. Nada de qualquer apropriação
religiosa.
Senos Fonseca
1 comentário:
Quando a Nazaré era menina e moça e estudava em Ílhavo, chumbou um ano no liceu. Nessa data, um chumbo, era uma coisa dolorosa, que nos envorganhava. Desse episódio, recordou sempre com ternura a Isilda, que a chamou para a sua casa, pôs musica, e que fez tudo para a consolar. A Nazaré nunca esqueceu esse episódio, e recordava-o amiúde.
Um beijo para a Isilda, e um grande abraço para o João Fonseca e o João José.
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