domingo, abril 07, 2019






Revisitando Colón

E de novo,lá veio mais um livro abordando o enigmático Colón.
Desta vez, uma extensa e esgotante  procura no sentido de clarificar(?) a sua origem.
Manuel Rosa,um investigador açoreano ,há muito sediado nos EUA, vem-se dedicando, há dez anos, a tentar descobrir a origem de Colón, e com ela, resolver de vez, o intrincado caso da sua origem  paterna.
Livro extensíssimo (600 páginas), onde praticamente se põe de lado o feito e as viagens, para se centrar,única e exclusivamente, na afirmação /demonstração de cinco( pelo menos ...) teorias:

Colón   Cabelo ruivo nariz adunco
1-    Colon terá sido um descendente da nobreza, nascido na Madeira, navegador e cosmógrafo superior, muito ligado a D.João II (era cavaleiro Templário por isso ligado à Ordem de Cristo).
2-     Colón terá sido um agente secreto de D.João II, tendo por missão confundir os reis de Castela, no sentido de “os entreter” com a ideia da possível chegada ás Índias por ocidente, desinteressando –a do contorno pelo Cabo da Boa Esperança, porque este novo caminho, ”dizia” Colón, era muito mais curto.
3-    Colón baralhou tudo e todos, -nunca permitindo saber que afinal era, de onde lhe teriam vindo conhecimentos, etc. Mesmo quando  aparentemente mostrou  confusão na conversão milhas/ graus, mais pareceu tê-lo feito de propósito  para  permitir que Castela (pouco conhecedora de ciência náutica) pensasse que tal caminho era bem mais curto do que na realidade era. Não esquecer que o irmão Bartolomeu era um insigne cosmógrafo real.
4-    O plano era, assim, dar tempo a D.João II para definir a linha de Tordesilhas, empurrando-a sempre para ocidente, primeiro contada a partir dos Açores,mas logo por sugestão de Colón, contada a partir de Cabo Verde.  O que permituiu que o Brasil (já conhecido) pudesse, quando anunciada a sua descoberta ,estar dentro do hemisfério português.




                                                   Linha de Tordesilhas


5-    Enquanto Castela andasse entretida  na procura das ìndias,acreditando nas promessas de Colón,os portugueses navegariam sem concorrência ou até impedimento da Índia em demanda das especiarias das Molucas(que se acreditava estariam dentro das possessões castelhanas).
O livro, passo a passo, dá conta de todos os artifícios usados por Colòn para “ludibriar” os Reis Católicos.
Afinal Colón era um extraordinário navegador que(como noutros trabalhos referimos) teve a honra de participar/1477) na expedição conjunta luso danese(onde participou João Corte Real )pelo que teria estado em Thule –Groenlândia (nos 73 º como ele dizia e não em Thyle –Islândia ( 63 º) como quiseram fazer crer para dar a ideia dos seus “poucos conhecimentos náuticos”.Colon que nunca tonou o nome Columbus(pomba) mas sim e apenas :– Cristovão (venerado na Capela do Convento do Carmo ,em Cuba) por veneração do santo que teria carregado com Cristo no atravessar do rio;
e Colón  que significa  em grego “membro”,afinal  provindo dos  Colona.
E quem seria estes Colonas?  Sua mãe D.Senorina Anes foi casada com o REI Landislau III,rei polaco desterrado na Madeira, com autorização sendo-lhe dadas várias terras oferecidas por D João II, para isso dando ordens dadas ao capitão da ilha, Zarco.
LandislauIII era dono de navios que faziam transporte de mercadorias para Lisboa, nos quais desde os dez anos, embarcava o pequeno filho de Landislau, Segismundo Henriques (de Sá-Colona Jagiello),que viria a ser  o Cristovão Colòn.
Ora desta ascendência Colón exibia o seu cabelo ruivo ,a tez esbranquiçada,nada condizente com as hipóteses –hoje postas de parte  e ser genovês(como o provaram os testes de ADN).Nem português,como também provado pelos ditos, porquanto a sua ascendência era polaca,nascido em Portugaql. Isso sim!
Claro: o autor (que acompanhou os tetes) remete agora para os testes às ossadas de Landislau III,a chave ,a confirmação do intrincado problemas que leva cinco séculos de decifração.
I livro é pois um exercício na linha de muitos que, de há séculos, vêm tentando explicar a vida enigmática de Colón. Lê-se com facilidade, porque bem organizado ,puxando pelo leitor.
A viagem quase não é falada .Parece não ter grande interesse,mas sim o modo com Colón terá enganado tudo e todos,à exepção ,”assume o autor” de D. João II que estava a par de tudo.
Aliàs o facto de na primeira viagem Colón ter vindo a Lisboa (coma certeza de que D João II não lhe cortaria o pescoço- antes o atendeu com desvelo, e até com visita à Rainha Isabel, torna patético até inexplicável, o risco de dar conhecimento do “achado”antes de dar conhecimento ao rei de castela.
Senos

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