quarta-feira, setembro 23, 2015





A politica desceu à sargeta....

Não sei se havia um português que acreditasse que  o processo tortuoso do Novo Banco, não entraria pelos bolsos dos portugueses(mais tarde ou mais cedo....). Fingiu-se que
eram os bancos( olha quem ! ..... só dão uma corda a quem lhes der o porco...) que iriam pagar  as asneiras! Uma ova....
Não Sr. Coelho: o seu deficit de 2014(e cujas consequências entrarão   no novo esvaziamento  dos bolsos  contribuintes, em 2016,2017,etc etc.) é mesmo de 7,2%.  Estaticamente...., tal e qual como era o deficit de Sócrates que empolou para justificar os desmandos que atirou para cima de todos  nós. Verdadeiro saque ,como nunca se viu(mas que poderá ser repetido se....)  O Sr Coelho é um tonto, posto a governar pelo capital que o marioneta,a seu bel prazer.
Perante tanta falta de vergonha, eu acredito que o PS até ganhe. Não porque o mereça, de facto. Mas tamanha aldrabice, é  mesmo  demais....
Uma equipa que quer ganhar tem de se atirar ao ataque. O PS joga apenas  a meio campo. Passa a bola, dá dois passos ,recua, lateraliza....à espera que o adversário cometa estes erros(ontem do pagamento ao FMI, hoje do deficit, amanhã « do pior» ainda.
O PS vai ganhar....ao menos isso...
Mas o que vai fazer com tão magra vitória? Essa é a questão.....
SF

terça-feira, setembro 22, 2015


CLICHÈ



Vieste invadir

O meu  espaço visual.

É com ele que sonho.

Noites e manhãs, é nele  que  viajo

Olhando  extasiado toda a paleta

Momentos e cores que me despertam os sentidos.

Não esqueças (!): sou eu que continuarei a Vê-lo

Tu levas apenas, daqui, fugaz momento.

Eu vivo nele

Ao natural

De azul vestido  encharcado na luz

Hoje enfeitado ,estremunhado, com o teu voyeurismo

Embarco nele diariamente

Por vezes amarrotado da vida

Outras vezes eufórico de mim.

Nem preciso de barco para navegar  na Ria.

Vou por ela a cantar todo a paisagem

À procura do que a Rosa viu,

Mas não descobriu.



É aqui que nascem as gaivotas.

Olha como elas voam.

Trazem saudades  do sol e ciúmes da vida

Tenho sempre a porta aberta.

para que a gaivota entre

e vá directa ao meu coração,

Cantar-me uma doce canção.



Hoje, aqui, o mar

Não cobrou ondas...

Embonitou-se  para o clichè..

E porque eu, então,

Não fiquei alheado da tua presença incerta,

A caminhar  à procura  no vento, na pedra

Iemenjá ,rainha livre

Ao encontro de um amor sem demora (?!)

SF

quarta-feira, setembro 02, 2015


 
MAR DE SAUDADE
 

Olho fixamente
Aquela luzinha, postada,
Parada
Num céu tão límpido, azul
Imenso!
Mais parece donzela
Em sono   aguardando a luz do dia,
Indiferente  à  angústia
Chorada no convés  da minha barca
Neste mar da saudade  naufragada.

 

Não levo bussola,
Nem carta de marear;
O brilho dos teus olhos,
Sinais que  nunca esqueci,
Serão os  faróis por onde me vou  guiar
Nesse  mar sideral sem fim.
Em cada galáxia onde não te encontrar
Deixarei  pedaços,  avisos de mim,
Sem ti, minha barca não voltará ao porto,
Sem ti, nenhuma ave encontrará em mim, o ninho.


 Irei à tua  procura, nem  eu sei  por onde.
Em todos os jardins do paraíso
Para te trazer  de novo .
E contigo a paixão com que te amei
Agora prometo,   te dar  o tempo...
Todo o tempo! ,que outrora te neguei
Tempo de amor, tempo esquecido
De  todas as encruzilhadas
Em que  antes me demorei.
Seremos aves  libertas  enlouquecidas.

 
Quero   me perder  nos teus beijos
Fazer deles novas estrelas
Para iluminar esta  sombra que me rodeia;
Com elas fazer um leito de rosas
Para  aí sorver  a maresia do teu corpo
 Ao meu aconchegado, sem horas, em silêncio.
Amaciar  de novo  com  as minha mãos 
A pele afogueada das tuas nádegas
Prólogo de um caminho num campo perfumado
A dar  a ilusão de que a primavera  vai continuar.

 
SF  2 Setembro 2015
 

 

 

  67.   Poemas de Abril Abril: síntese inalcançável Já não há palavras  Que floresçam Abril,  Nem já há lágrima...