E agora?
Vou fazendo o que posso
Rendido a este final de caminho.
Já não há figueiras para florir
Nem laranjas para colher.
Tudo cheira e sabe a mofo.
Eu, aqui no meu canto,
Onde já não há encanto,
Vou olhando o apagar da fogueira
Que ainda arde por dentro
Mas já esmorecida por fora.
Verter lágrimas, porquê?
De não ter sido tudo quanto queria
Ir assim, desta vida descontente?
Não! Magoado, sem angústias do
passado
Sem vontade de hoje chorar
Por já tanto, ontem ter chorado.
SF 22.01.2019
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