terça-feira, março 13, 2012


 Sinfonia à beira -mar……

Olha amor:
Esta noite a lua não virá.
Vem tu que outro luar não há
Tão bonito como o teu olhar;
Vem daí antes da madrugada
Vamos juntos, de mão dada percorrer a estrada
Vamos pelos becos e congostas
Por onde andámos na nossa meninice
De novo ganhar o tempo que nos foge.


Vamos encher os olhos de nós.
Entretidos na doçura dos nossos beijos
Esqueceremos as vastas constelações
Vamos semear esperanças
E colher as flores
Para com elas enfeitar o bragal dos sonhos.
Entre gestos e abraços ternos
Tomarei nas minhas mãos as rosas dos teus seios
Que cobrirei de doces beijos.

Chega-te a mim:

Anda, vem daí
Enlaçados vamos até ao mar que nos anseia;                                                                                                                                                                  
Mergulhar nas suas águas
A matar a sede dos nossos corpos,
Que o mel da maresia, sopra e ateia.
Ver inquietos pássaros vadios
A sair do branco farfalho da vaga
Para  branquear o negrume da noite;

Deixa-te te ficar no meu regaço
A ouvir a rouquidão do seu choro noturno.

E até que a maré alta nos entrelace
Deixa-me vadiar nas ameias do teu corpo
Numa caravana de beijos, de abraços
E carinhos,
Mil feitiços, enleios tais    
A despertar as estrelas que há no mar
Para as colar no azul do teu olhar,
E dele fazer um firmamento estrelado.

Ò mar, ó noite, venham ouvir a melodia
É o teu sussurro, rumor amado
A implorar uma e outra vez….
                                      [Mais! …quero mais…… 

SF 

Sem comentários:

  67.   Poemas de Abril Abril: síntese inalcançável Já não há palavras  Que floresçam Abril,  Nem já há lágrima...