Revisitando Colón
E de novo,lá veio mais um livro
abordando o enigmático Colón.
Desta vez, uma extensa e
esgotante procura no sentido de
clarificar(?) a sua origem.
Manuel Rosa,um investigador
açoreano ,há muito sediado nos EUA, vem-se dedicando, há dez anos, a tentar descobrir
a origem de Colón, e com ela, resolver de vez, o intrincado caso da sua
origem paterna.
Livro extensíssimo (600 páginas),
onde praticamente se põe de lado o feito e as viagens, para se centrar,única e
exclusivamente, na afirmação /demonstração de cinco( pelo menos ...) teorias:
Colón Cabelo ruivo nariz adunco
1-
Colon terá sido um descendente da nobreza, nascido
na Madeira, navegador e cosmógrafo superior, muito ligado a D.João II (era
cavaleiro Templário por isso ligado à Ordem de Cristo).
2-
Colón
terá sido um agente secreto de D.João II, tendo por missão confundir os reis de
Castela, no sentido de “os entreter” com a ideia da possível chegada ás Índias
por ocidente, desinteressando –a do contorno pelo Cabo da Boa Esperança, porque
este novo caminho, ”dizia” Colón, era muito mais curto.
3-
Colón baralhou tudo e todos, -nunca permitindo
saber que afinal era, de onde lhe teriam vindo conhecimentos, etc. Mesmo quando
aparentemente mostrou confusão na conversão milhas/ graus, mais
pareceu tê-lo feito de propósito para permitir que Castela (pouco conhecedora de
ciência náutica) pensasse que tal caminho era bem mais curto do que na
realidade era. Não esquecer que o irmão Bartolomeu era um insigne cosmógrafo real.
4-
O plano era, assim, dar tempo a D.João II para
definir a linha de Tordesilhas, empurrando-a sempre para ocidente, primeiro
contada a partir dos Açores,mas logo por sugestão de Colón, contada a partir de
Cabo Verde. O que permituiu que o Brasil
(já conhecido) pudesse, quando anunciada a sua descoberta ,estar dentro do
hemisfério português.
Linha de Tordesilhas
5-
Enquanto Castela andasse entretida na procura das ìndias,acreditando nas promessas de Colón,os portugueses navegariam
sem concorrência ou até impedimento da Índia em demanda das especiarias das
Molucas(que se acreditava estariam dentro das possessões castelhanas).
O livro, passo a passo, dá conta de todos os artifícios
usados por Colòn para “ludibriar” os Reis Católicos.
Afinal Colón era um extraordinário navegador que(como
noutros trabalhos referimos) teve a honra de participar/1477) na expedição
conjunta luso danese(onde participou João Corte Real )pelo que teria estado em
Thule –Groenlândia (nos 73 º como ele dizia e não em Thyle –Islândia ( 63 º)
como quiseram fazer crer para dar a ideia dos seus “poucos conhecimentos náuticos”.Colon
que nunca tonou o nome Columbus(pomba) mas sim e apenas :– Cristovão (venerado na Capela do Convento do Carmo ,em Cuba) por
veneração do santo que teria carregado com Cristo no atravessar do rio;
e Colón que significa
em grego “membro”,afinal provindo
dos Colona.
E quem seria estes
Colonas? Sua mãe D.Senorina Anes foi
casada com o REI Landislau III,rei polaco desterrado na Madeira, com
autorização sendo-lhe dadas várias terras oferecidas por D João II, para isso
dando ordens dadas ao capitão da ilha, Zarco.
LandislauIII era dono de navios que faziam transporte
de mercadorias para Lisboa, nos quais desde os dez anos, embarcava o pequeno
filho de Landislau, Segismundo Henriques (de Sá-Colona Jagiello),que viria a
ser o Cristovão Colòn.
Ora desta ascendência Colón exibia o seu cabelo ruivo
,a tez esbranquiçada,nada condizente com as hipóteses –hoje postas de
parte e ser genovês(como o provaram os
testes de ADN).Nem português,como também provado pelos ditos, porquanto a sua
ascendência era polaca,nascido em Portugaql. Isso sim!
Claro: o autor (que acompanhou os tetes) remete agora para
os testes às ossadas de Landislau III,a chave ,a confirmação do intrincado
problemas que leva cinco séculos de decifração.
I livro é pois um exercício na linha de muitos que, de
há séculos, vêm tentando explicar a vida enigmática de Colón. Lê-se com
facilidade, porque bem organizado ,puxando pelo leitor.
A viagem quase não é falada .Parece não ter grande
interesse,mas sim o modo com Colón terá enganado tudo e todos,à exepção ,”assume
o autor” de D. João II que estava a par de tudo.
Aliàs o facto de na primeira viagem Colón ter vindo a Lisboa
(coma certeza de que D João II não lhe cortaria o pescoço- antes o atendeu com
desvelo, e até com visita à Rainha Isabel, torna patético até inexplicável, o
risco de dar conhecimento do “achado”antes de dar conhecimento ao rei de
castela.
Senos
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