domingo, fevereiro 12, 2012

Desistir (?) de quê ?!




Temo. A verdade é só uma :, temo, dia após dia, fazer o balanço final. E de repente, ele aparece-me como uma necessidade fim de estação….

Continuo a não perceber porque tenho, ainda, sonhos….E só o explico porque tê-los-ei – mas sonhos desencantados , conscientemente, enganosos. Falta-lhes o tempero: – a ilusão. E não há sonho sem ilusão. Apenas teimosia de o ter. Porque sonho sem ilusão, leva-nos a esquecer de o levar à concretização.

Então mais pareço um construtor de castelos de areia. Vou fazendo, vou edificando, e de repente, tudo se desmorona.

É chato ter uma noção exacta do que devemos ser, e não o que quereríamos ser.

Isto de ter consciência da necessidade de agir, torna-se maçã amarga.

Neste exacto momento já não vivo para adiante, mas para agora.

Como já não posso – nem devo! – fazer amigos, vou cada vez mais interiorizando a necessidade de manter a minha lucidez. Não é nada fácil….porque não quero nada de artificialismo no estar. A vida começa a doer-me, a magoar-me.

Então : – ou desisto de mim ou da vida.

Talvez que desta ultima seja mais fácil.

SF



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