domingo, agosto 14, 2022

 


LAGUNA -PATRIMÓNIO MUNDIAL DA UNESCO 


Creio que prossegue a ideia de preparar (e propôr) a candidatura do Barco "Moliceiro", a Património Mundial.Claro que subscrevo tal ideia, e faço votos para o êxito da mesma ..O "Moliceiro" tornou-se o mais icónica embarcação dos tempos áureos lagunares. Instrumento maior de uma actividade que ajudou o homem lagunar a afeiçoar a inóspita terra lamacenta que encontrou ao aqui chegar. Para mim que, minuciosamente, estudei as "Embarcações Lagunares",uma a uma, reconheço que a embarcação mais genialmente criada pelos  "carpinteiros" lagunares, terá sido, sem duvida o "Barco do Mar".Ele também digno (porque único no mundo) a Património Mundial

Há muito que me bato para que, a LAGUNA, na globalidade,seja proposta (merecidamente ) a Património (protegido) Mundial. Em 2013, já  insistia nessa ideia : não este ou aquele símbolo (material ou imaterial) mas a Laguna ."Monumento Global Único", que engloba todos os outros.Aqui deixo para memória futura o que então exprimi, e que, hoje ,reitero sem tirar (ou apôr) uma virgula.  


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Senos da Fonseca(Agosto de 2022)


terça-feira, agosto 02, 2022

 

CUMBERSA...q’eras lá ber....



A Zita Leal,”caluniou-me” de uma maneira tão ternurenta,tão liró – a que nunca fui habituado – que, se não a conhecesse(e admirasse) por tudo quanto ao longo da sua vida nos foi dando– falando, escrevendo ,declamando, lutando por convicções com que sonhou e ainda mantém – a  dita cumbersa me traria à memória o aviso,tantas vezes repetido, de minha Mãe;”olha desconfia quando disserem bem de ti....é por “estrago”....
Não  !: aqui,acredito bem, nem é preciso espanicarem-se ,nem sequer endrominarem-se com a cumbersa, pois que a apodadura  de rezingão foi, vida fora, a impressão que a mangana me obrigou a prantar  e, assim, me mostrar, parecendo (mas não o sendo ) um constante  arrenegado. Assucedeu não conseguir herdar de minha Mãe, o simpático  sorriso que, facilita ou induz, ao contacto certo (no seu caso recebendo o cliente na botica).Sempre preferi conhecer melhor o "cliente" e, só depois,  lhe escarcalhar as portas. E então aí chegados, sim ... já muitos, comigo embirrados no primeiro lanço, me acharam até, permissivo: um peralvilho catita. Numa coisa assumo vaidosamente (com a lacrimeta arribada ao canto do olho ) :– a leitura que a Zita fez deste  desausserbado penitente  :.julgo ,em boa verdade, tanto ter “amado” as minhas gentes do passado, “os ilhos” desaparecidos (por ignota e petulante ignorância dos novos paleques,  da hoje cidade da nôcha), por estes condenados ao  esquecimento das suas virtudes, que, fiz jura de não me ir embora pregar a outros peixes, sem lhes escancarar a prosápia de gente, nem melhor nem pior, mas diferente. Única.... 
Tómarolha....

 PS– Aqui vai o retrato que a   Zita Leal fez,  do  malino escriba  do livro 


”O CALÃO NO LINGUAJAR DOS ILHOS

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A “ cumbersa “ hoje é outra.....

 Poderia começar por dizer-vos que o Sr. Eng. Senos da Fonseca é o autor de um livro   interessantíssimo cujo título “ O calão no linguajar dos Ilhos “ prende a atenção do leitor.   Não! João Senos da Fonseca poderá ser isto e aquilo na área intelectual do nosso burgo :  perspicaz, inteligente, bom escritor, amante até à loucura de uma musa que não envelhece –a Ria de Aveiro. Tudo está comprovadíssimo no seu mapa de vida.

 

Mas… importante, importante é o seu amor pelos Ilhos, o desvelo com que os desnuda perante uma sociedade que veste bem, que passeia canudos e condecorações, que não fala calão e que fecha os ouvidos a “ cumbersas “ dos antigos “ simpres “ do seu sangue. 
 Conheci-o há muitos anos em Ílhavo. A primeira impressão sugeriu-me um lobo do mar, daqueles façanhudos , olhar cerrado , sem sorrisos e não fiquei agradada. Afinal de façanhudo dos sete mares andarilho não tem nada, sorriso tem, comedido e bom e não descura o seu enlevo, diria mesmo paixão pela eterna musa da sua vida- a Ria .
 Se me permitem a sugestão. Leiam o livro. Nem sei se será correcto fazer este convite , o responsável pela edição o dirá e fará como achar melhor. Por mim, peço desculpa por esta incursão em seara alheia e confesso-me “ desausserbada “ tipo “ morrendas se num falendas “.
 Pois é. "Espaniquem-se "e descodifiquem o meu calão. 

 

Zita Leal



  67.   Poemas de Abril Abril: síntese inalcançável Já não há palavras  Que floresçam Abril,  Nem já há lágrima...