quarta-feira, junho 18, 2008





Ainda «O LABAREDA»

E o encontro com o «O Labareda» aconteceu.

Como lá disse “Eu volto sempre…» para cumprir o prometido.

Julgo que a mensagem passou: é ainda possível fazer cultura fora do circuito institucional,este apenas e só preocupado com a «cultura de consumo, em kit».

Quis naturalmente que os companheiros de jorna fossem o prato principal, dando-lhes todo o tempo do mundo.

Eu julgo – e o feed – back que me chega vem confirmar a minha ideia – que ninguém saiu de lá frustrado. E que o tempo ali correu, sem ser maçador.

Haveria que dinamizar a ideia. Criar espaços novos, onde se possam equacionar novas perspectivas para não deixar abastardar a imagem que nos vem do passado. E evitar o desconhecimento absoluto do que queremos ser no futuro, agora que muitos capítulos do nosso historial estão encerradas e quando é urgente abrir novos caminhos. Eles chegariam, naturalmente.

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Por quem é, Sr. Presidente, entrasse
Nem que fosse ás arrecuas…

O senhor Presidente reagiu. Fez bem, é sinal de que se sentiu. Ele não tem, em boa verdade, politica cultural; tem apostas desgarradas. Ouvi-lo, é já, um verdadeiro massacre, um assalto à sanidade mental de quem fica sujeito ás suas tontas explicações. Um verdadeiro caso que confirma, com rara acuidade, o princípio de Petter.

Disseram-me que ainda esteve à porta. Certamente por ver o vice-Presidente da Câmara de Aveiro presente – que compareceu ao convite, contrariamente a toda a Câmara de Ílhavo-deu meia volta, e foi-se.

O «Ensaio» levou à Câmara, o conhecimento da anexação e da desanexação do Concelho. E lá comemoraram ao 110 anos, este ano. Agora levantámos a questão dos 200 Anos da Costa – Nova, a que pareceram passar ao lado. Para o ano comemorarão os 201 anos da dita. Apostam ?

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ASUDOESTE

Este interessante Blog, editado por Vieira da Silva, resolveu incluir-me dentro do grupo dos amigos que o autor vai sucessivamente apresentando, utilizando uma rara sensibilidade para manifestar elegias pródigas, mas sensatas – excepção ao caso presente! -, com um verdadeiro dom, que é, o saber ser companheiro de jorna.

Por vezes entro com Vieira da Silva-ele diz que eu sou um pouco ácido-, no intuito que me é característico: quanto maior consideração tenho por alguém, maior é a minha vontade de o picar, para que esse amigo venha daí, também!....
Tem sido uma dura penitência, para mim, viver aqui, neste local que escolhi para fazer o meu mundo, nestes mais de cinquenta anos de reclusão auto-consentida. Era horrível não sentir ou não ter a noção da minha desdita. Então quando aparece alguém que a percebe, não deixa, tal, de ser gratificante, como se nos quisesse dizer que não foi de todo inútil – embora às vezes me pareça. E o certo é que nunca como hoje o «ílhavo» atingiu individualmente e colectivamente um grau de alheamento e de irresponsabilidade cívica, como o que hoje se respira. Um povo que se deixa de tal modo enganar por mais de três décadas, é um Povo que gosta de ser um encornelhado, talvez não gostando que se veja, mas se se vir, parece que não se importa.
Deixemos isto…

A mim o VS nada deve. Eu, curiosamente devo-lhe: pedi-lhe colaboração aquando do VIP-VIP e, depois, em qualquer coisa que se fez, julgo para a Obra da Criança.Que pena que se não tivesse ido muito mais longe.
O beco da ti Emilinha Gueira ,onde cresceu, foi meu também, e por lá joguei à bola com os companheiros de então. Embora eu fosse uns anos mais velho, claro. Não tivemos por isso contactos nessa fase.Mas aí conheceu o seu Pai(e Mãe) , homem muito afável, bom falador, especialmente dotado na arte da encenação. E ainda, com uma certa veia versejadora. Ando até num dilema para recolher e refazer a cantiga da noite do armistício, onde a letra é de sua autoria (se não é, será do Zeca Peliconcas)


Depois da fase contestatária das cantigas que fizeram acreditar que Abril estava próximo, e onde V.S. ocupou um lugar de especial relevo, confesso que sempre estive à espera que ele aparecesse mais interveniente. Compreendo perfeitamente, contudo, como uma alma sensível – e V.S. é – pode ficar chocada com a práxis politica, que pouco tem de interessante, tal como ela é praticada neste sistema ainda muito longe de uma democracia, como ele e eu certamente desejávamos. Mas lá que eu queria mais …lá isso é verdade, V.S.

A SUDOESTE, que visito com regularidade obrigatória, tenho por lá visto tanta tripulação, que bem poderiam constituir uma notável Companha.Eu já só sirvo para camboeiro mas ainda sou capaz de o fazer ao remo maião.
Ora da leitura, fiquei a olhar para a folha de serviço que VS me atribui. Não sendo coisa grande é grande pelo menos nos anos que a levei para preencher.

Meus amigos: façam melhor, poupem-me para ver se eu arengo por aqui mais uns anitos.

Ao V.S um abraço

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Labareda foi –se .E agora?

Agora :- «200 Anos da Costa Nova »está entregue. Acabado na semana passada, depois de um bom e exaustivo ano de labuta.




AS «Embarcações Que Tiveram Berço na Ria»,um trabalho onde misturo o histórico com o técnico (reprodução dos modelos em 3 D), e que me vai deslumbrando ,esse demorará mais um anito.



Como vêm no desemprego é que não estou. Há muito ,muito!... com que me entreter.

Vamos é lá ver se a vida o consente.

Mangana…já que te não apressaste, aguenta aí mais um bocadinho,P!!!!.

Aladino

quarta-feira, junho 11, 2008


PEDRAS FÉRTEIS


Desde longe, muito longe, que desisti de fazer a pergunta: - o que é que a cultura pode fazer por esta terra?.., e antes procurei interpelar-me: - o que consigo – eu – fazer por ela?...

No sábado vou – com os amigos – tentar dar mais uma resposta, à questão. Se ainda, a muitos, ela passar despercebida, pouco me importa. Pois que seja. Fazem que andam distraídos.

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A propósito de distraído:

É costume dizer-se que as respostas estão escritas nas estrelas.

Não sei se estão, ou não; nunca me preocupei com esses saberes.

Mas agora ao reler o Ábio de Lápara (José António Paradela), e a sua «Uma Ilha No Nome» sei que as respostas estão por aí, em frente aos nossos olhos, que parece, não sabem ler, nem cuidam de sabê-lo.

Interroga-se Ábio de Lápara:

Que ganhou a nossa terra quando fomos costa abaixo à procura de pão que aqui escasseava?
Que ganhou a nossa terra com a aventurado bacalhau?
E o que temos em troca?
Após a aventura o que sobrou?

Para nas pedras encontrar a resposta: -

Não faças sempre a mesma pergunta. Apenas luta por uma resposta diferente

Certamente se eu andasse atento encontraria a resposta para a minha pergunta:

" Porque apostei tudo o que tinha e saí a perder ?!"….

Ou estarei distraído, e o que deveria fazer, como mostra Ábio de Lápara, era

"Apenas lutar por uma resposta diferente!"

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«Uma Ilha no Nome»,
não precisa de palavras elogiosas…

Não!.., não precisa.Precisa, apenas, de ser lido. É indispensável que o seja, para continuarmos

a ter,

(…) Orgulho em pertencer a uma comunidade com gente desta estirpe

como nos diz o «João Bocanegra» da «Ilha No Nome».

E eu o confirmo, no José António Paradela

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ÁBIO DE LÁPARA (J.A.P.)


E lá está Ábio da Lápara:

Construímos durante muitos anos, talvez séculos, uma comunidade fechada em torno de uma luta que suplantou todas as outras e nos isolou, fechando os nossos corações num círculo apertado.

Saímos navio e chegávamos de navio, com longas ausências pelo meio.

Quisemos ser uma «ilha» e conseguimo-lo….
Porquê?...

E lá estava nas pedras, uma vez mais, a resposta:

Às vezes preciso de me evadir, deixar a razão de lado para poder sentir…fugir desta realidade que não me deixa sonhar”

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PONTES…PRECISAM-SE

E de resposta em resposta, lá veio a resposta final:

“Construamos as pontes para os que, vindos de longe, escrevam nas pedras…FIQUEMOS!!!”

Aladino

quinta-feira, junho 05, 2008

Para me destruir basto eu.


Continuo a ser um impenitente compartilhante de vida.

Sempre senti uma necessidade, irreprimível, de o ser. Por isso, tive sempre à minha volta, muitos e variados amigos, com quem me esforcei por lhes dar o meu melhor.

E hoje, desaparecida a maior parte deles – eu sempre fui o mais novo de todos! o que parece não ter -mas tem... e muito! – significado - começo a não ter com quem compartilhar momentos (os ditos momments).

Talvez que esta montanha de palavras que vou despejando, se um dia olhada, exprima exactamente esse vício de dar de mim, em cada momento, o que de melhor – ou mais útil -tenho para dar.

Mas há angústias insuportáveis.
E vai daí: - precisava de um parceiro(a) de vida, daqueles(a) com quem estamos, sempre, em construção.

Porque é verdade:
Para me destruir basto eu.

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E para nós, não sobra nada?

Olho para o espectro da fome que está aí, mesmo em frente dos nossos olhos, e que pensamos estar ainda longe. E este sofrimento torna-se, pouco a pouco, uma verdadeira chaga. É um desconforto, uma desilusão, o deitar-me todas as noites a senti-la, a macerar-me.
E pior: acordar e ouvir com as primeiras noticias que era preciso produzir mais 50% do que produzimos para matar a fome, cria-me um sentimento de náusea. Brutaliza-me o estômago que se dispõe a ser lautamente servido com um pequeno-almoço que é mais do que, milhares e milhares de seres, não comerão, no dia inteiro.

E ver tantos a afivelarem uma crença …como se «Isto» fosse, como pensam, uma obra divina.
Então que fazer? Continuar nesta indiferença, como se tudo fosse culpa dos outros?
E para nós não sobra nada?


Aladino

quarta-feira, junho 04, 2008

Pura perda de tempo.


Estas eleições, no PSD, foram nada de coisa alguma.

A votação não deu para varrer toda aquela cambada de demagogos populistas que por lá pululam. È certo que os ditos populistas levarão muito tempo a recuperar. Ou só lhes restará fazer um novo partido. Talvez juntando-se a uma das tendências do CDS.

Creio que o PSD perdeu uma boa ocasião (ou perdeu tempo) na sua afirmação definitiva como um partido liberal. E por isso eu desejava, para que fosse feita uma clarificação e uma separação de águas, que isso tivesse sucedido. Já. Poupava-se tempo e caminho. E assim as coisas ficariam mais de acordo com o que são na prática.Um partido Liberal e um partido Socialista (com uma ideologia social já muito ténue, apenas reconhecida em um ou outro ponto.)

A nossa integração na Europa teria que conduzir, inevitavelmente, a esta separação d’águas.

Talvez que assim o PS sentisse a necessidade de se preocupar mais com o social.
Pode também suceder que esta crise importada obrigue o Governo a dar mais atenção a quem mais precisa dela.

Ora o PSD escolheu mais do mesmo. Comida requentada, que navegará em afirmações pragmáticas muito próximas das seguidas pelo PS. A diferença estará nas pessoas, que não nas políticas.

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Em Ílhavo tudo como dantes.
O pesadelo voltou

O Marau voltou e, com Ele, o disparate.

Logo se apressou a anunciar coisas impantes. Pudera!... não é ele que as vai pagar.

O primeiro sinal da sua presença foi-nos anunciado pela placa «VENDE-SE», na quinta dos Rebochos.

Reparem: - até hoje ninguém explicou o imbróglio, da Biblioteca ser, no momento, posse de uma firma privada,retirada à Câmara em Tribunal,por não cumprimento.

Mas …

No tal Relatório das Contas, falava-se, mesmo assim, no dinheiro que a Câmara esperava vir a receber do Estado, como subsidio para a mesma, que estava um muito atrasado.

Só se o Ministro das Finanças estivesse XONÉ.

Sem vergonhas estes tipos.

O povo, esse, pouco se importa sobre quem é o dono da Biblioteca.Com razão. Também ainda ninguém lhe explicou para que é que aquilo serve, para além de uns tipos que vão lá ler o jornalzito para não gastar uns cobres, diariamente. Com razão sempre dá para mais um mijinho de gasolina.

Este povo está de cangalhas: já não há ninguém que lhe valha.

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Foto: mesmo que seja à «laminuta»

Lá me demonstrou o que há de belo e fácil, no uso do click-clack do diafragma da sua nova cyber-shot.Com ela resolve tudo.

E é verdade, quer eu contraponha ou não argumentos.

Uma foto, umas palavras de circunstância, e parece encontrada a receita ideal para fixar aderentes. Torna-se, sem dúvida, muito menos maçador ver que ler. A Internet trouxe-nos uma exacerbação deste facto, na comunicação entre pessoas.

Eu, contudo já não mudo. Teimo em substituir a foto pelas emoções que tento dar do retrato. Para mim desafio aliciante. Para os outros é que talvez nem tanto. Paciência…eu não me dou com o au minute.Gosto de saborear.

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Remodelação do site
www.senosfonseca.com

Bem…

O site continua em reorganização, e tarda a solução que solicitei. Por isso inactivo no mês de Maio.

E há tanto para lhe pôr lá dentro: «Manuel Ferreira da Cunha», «Pitato & Benjamim», «Joana Càlôa»,«Manuel da Benta» e a versão original do «Thomé Ronca»

Vamos a ver ……..

Aladino

            Os nós da vida.... ..  INQUIETUDE... A VIDA COMO ELA É ...  Neste cantinho recomendado que, a natureza prodigalizou, e que a e...