sexta-feira, maio 23, 2008

GLOSA AO PADRE ETERNO


Não creio em Deus eterno
Nem que a alma é imortal…

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Não creio que depois
Do derradeiro sono
Haverá uma treva
Para o ditador
Que usurpou o trono.
Nem creio, pois,
Que haverá uma luz
Para aquele que na terra
Aguentou de pé, uma cruz.


Não tenho crença firme,
Ou sequer crença néscia
Que Deus há-de fechar
Numa jaula de ferro
Por sua própria mão
A alma dum fero.
E que guardará a seu lado
Num trono debruado d’oiro
A alma de Platão.

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Mas creio em Cristo hodierno
Homem só, como eu, simples mortal.


S.F (Maio 2008)

terça-feira, maio 20, 2008

Afinal, «TANTA PARRA PRA VULGAR UVA».



Lá estive para ver a exposição no MMI, «Rostos da Pesca».Valeu a pena.

Devo dizer que gostei. Mas atenção : nada de especial. Nem sequer a melhor e maior exposição – número ou qualidade? - como foi propagandeada pelo Director do MMI, na apresentação, o que nele é habitual,. a hiperbolização dos acontecimentos de que é o autor.

Vamos à exposição.

1º CONSTATAÇÃO

Desde logo observei que o que foi exposto não respeitava com rigor, o título. De facto, muitas das obras – e até talvez das de maior qualidade – extravasavam a representação romântica dos rostos ,enveredando por paisagens humanas da pesca.

Nada de muito importante para o apreciador de pintura, mas de alguma gravidade para a sistematização que parecia ser o desafio a colocar aos visitantes, naquele delirante texto que até nós chegou via news letter.

As obras de João Vaz, Silva Porto eHogan, desinseriam-se, claramente, do contexto. Não eram rostos o que se representava, mas paisagens humanas no mundo das pescas.Nelas, contudo, estavam algumas das mais belas obras apresentadas.

Gostei – muito! -da Velha Varina, de Eduarda Lapa; das fainas de Lozano, do retrato de Domingos Rebela ,da cabeça de velho de Dário Barbosa e, depois, pouco mais….

A Velha de MARIA EDUARDA LAPA


Cabeça de Velho-Dário Barbosa

2ª Constatação

Mas vim de lá com um pesadelo: porque é que muitos dos rostos de autoria de artistas de Ílhavo, não compareceram? Alguém consegue explicar? Foi por pura ignorância ou desconhecimento.

E já não falo em J Carlos ou Cândido Teles. Muitos outros, muitos!... ombreariam com facilidade entre os que foram apreciados Os que tenho tinham lugar entre o melhor.
Então estamos perante algo de muito grave, muito complicado,com contornos que exigem explicação plausível, para falha tão grande.
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E AFINAL»?...

Perante as new letter delirante, incompreensível redundante, que anunciava a exposição, vamos tentar decifrar o imbróglio com que a mesma termina. Dizia-se na mesma, que importante era saber-se em que medida os retratos do pescador ou da varina supõe a fixação de estereótipos locais e regionais que independentemente das formas estilísticas, parecem exprimir na etnologia dos tipos humanos da pesca.
Retrato-Maria Xavier Rebelo

Salvo melhor opinião a exposição não responde a esta inquietação. Nem podia responder.

Nem sequer dele se abeira. Não cremos que baste o rosto com todas as emoções inscritas, com todo o sofimento recolhido e reproduzido, fora dos barcos, que seja diferente aqui, na Póvoa, na Nazaré, ou em outro local qualquer etc etc.

Ao contrário dos barcos em que a singularidade dos mesmos identificam com muita facilidade a naturalização das representações a nível local ou regional.


ALADINO

sábado, maio 17, 2008

TUDO FEITO AO CONTRÁRIO ...

DO QUE ERA NECESSÁRIO FAZER...


E AINDA POR CIMA A CALOTE...



Não vale a pena repetir muitas das observações, mais ou menos correctas, e ou, mais ou menos demagógicas, que diversos intervenientes tiveram a oportunidade de apontar na Assembleia Municipal, demonstrativas, contudo- bem ao contrário do que diz em «O Ilhavense», J. T.-, de que, em 2007, se verificou,na verdade, um fraco desempenho do executivo camarário; seja ao nível de receita, mas e também, e naturalmente, da despesa (cerca de 54 e 52 %, respectivamente). Não me motiva mas sempre o indico, que nos custos de pessoal há por lá verbas que bem valiam uma ponderação cuidada, para avaliar o que se paga e o que resulta em qualidade da acção do beneficiado, normalmente ocupando cargo de topo (especialmente assessores do Sr. Presidente - Job for the boys and girls - são tantos!). Notar que determinados assessores recebem mais - muito mais, o dobro! - do que o protocolado pela Câmara com Freguesias concelhias, ou ajudas atribuídas a IPSS. Parece-nos no mínimo estranho.

Vamos então ao que importa.

Eu aceitaria Sr. Deputado J.T., que a Câmara contraísse dividas a médio e longo prazo desde que para obras no interesse real, para melhoria da qualidade de vida das populações, Agora para construir meia dúzia de equipamentos, em que uns se atropelam aos outros, ou que na finalidade estão completamente desajustados com as realidades locais, é procedimento que não resulta de bom senso - como o Sr. expressa - mas tão só de puro pedantismo bacoco, e ou grave megalomania de que todos - agora que vejo uns a quererem sair da carroça - são responsáveis. O senhor deputado também o é. Não esqueça isso.

Estão erradas - desastradamente erradas - essas práticas desgarradas que vêm sendo levadas a cabo, cedendo a pressões lobistas externas que comprometem o presente e podem destruir o futuro. O poder Autárquico tornou-se o centro de práticas pouco transparentes, e o pantanal por onde se movimentam interesses obscuros. É um bueiro onde se escondem actos a justificar castigo adequado, severo, e que sirva de lição. Estamos em plena época do «Apito Dourado». Temo que acabado este, comece o das «Autarquias Douradas».

Em meu entender a Câmara deveria assumir como bandeira:


1- Eliminar todo e qualquer tipo espectro de fome.
Há fome no Concelho. E tirando as IPSS - que a Câmara trata mal, desconsidera e insulta - ninguém cuida em eliminar esse abcesso pútrido que nos envergonha.

2- Resolver o problema de proporcionar tecto aqueles que comprovadamente não têm meios para os possuir. Nos últimos anos nem uma casa foi construída para esse fim. E estima-se serem necessárias mais de um milhar delas.

3- Resolver o problema de saneamento de zonas populacionais do seu concelho (substancial parte cidade da Gafanha da Nazaré e a Gafanha de Aquém, ainda o não têm). Aqui sim, Sr. Deputado, o retorno em qualidade de vida, justificava o recurso a empréstimos bancário ou outros.

4- Assumir a responsabilidade de criar os meios para dinamizar o Comércio da cidade, em agonia tremenda e irreversível, cujo programa esteve iniciado, e que, por desleixo da Câmara foi caducado, e desse modo perdida toda a capacidade de a ele voltar a recorrer. Foi um comportamento estulto e irresponsável de quem por ausência e incapacidade, permitiu criar as condições que levaram à extinção do programa.

5- Auscultar as unidades empregadoras concelhias, trabalhando com elas na definição de objectivos, incitamentos, apoios políticos justificados, de modo a requalificar e revigorar o tecido empresarial. As condições geográficas privilegiadas (plataforma do Porto de Aveiro situada no terminus do IP5), não estão a ser minimamente aproveitadas.

6- Propor parcerias com a Universidade de Aveiro ou outros centros de conhecimento de modo a que se venha instalar no Concelho um (ou mais) centro de saber dirigido a áreas especificamente identificadas pelas entidades anteriormente referidas. Para isso seria necessário que a Câmara não estivesse - como está - sobranceira e malcriadamente, como lhe é apanágio e postura habitual, de costas voltadas para o tecido empresarial, local.

7- Dotar o Concelho de um Parque de Exposições, polivalente, para promoção da produção e misteres concelhios, e que seja ao mesmo tempo capaz de albergar iniciativas de carácter promocional e lúdico.

8- Fortalecer os laços de uma identidade comum, através de uma politica cultural capaz de dinamizar grupos de diversas tendências, plurais e diversificados, a fim de permitir a recuperação e a regeneração do nosso património histórico. Que se não pode perder, em troca de falsos maneirismos e ou modernismos serôdios.

Em resumo Sr.Deputado (municipal) J.T. : as contas são as contas, e demagogicamente servem para ser lidas de muitas e variadas maneiras. Foi só isso que quis demonstrar.
O que eu não desejava era voltar a ouvir responsáveis sacudir a água do seu capote. Se fizer um exercício de memória lembra-se onde «ouvimos» tais atitudes.
Atravessamos um dos períodos mais negros da nossa vida como comunidade.
Temos uma Câmara exangue, uma comunidade socialmente de costas voltadas, temos uma tecido económico em extinção ou letargia, temos uma memória alzheimada, passamos uma vida no encolher ombros.
Tudo foi feito ao contrário do que era necessário fazer para recuperar o tempo perdido,
pois que aí terei de dizer que os outros não foram melhores-de facto-,pese embora não desavergonhados.

Aladino

terça-feira, maio 13, 2008



O «pessoal» da Câmara zela….

...Vocês cuidem-se….


Continuemos a charla sobre as contas da Câmara Municipal (2007), a que o Sr. deputado Jorge Tadeu, em «O Ilhavense», pretende dar o epíteto de um documento claro, transparente …enobrecedor.

E como o pretende provar?...

Ora nada mais, nada menos com um obtuso raciocínio: indexando as despesas de pessoal ao imobilizado corpóreo.E vai daí exemplifica: com cada euro dispendido em gastos de pessoal conseguia-se zelar, em 2002, por 1.45 euros de imobilizado, enquanto em 2007, o pessoal zela por 9,75 euros, do dito.
Donde conclui: um ganho de eficiência de 700%!!! OH!!!!oh!!!ó ó.ó....
Como para o atento avaliador o imobilizado da Câmara, em 1998, seria zero, o pessoal da Câmara até a essa data cuidava dos canários, cortava as unhas e palitava os dentes.
O Sr. deputado deve julgar estar a falar para uma Assembleia da Madeira, e tem dos colegas de tribuna que se abusacam (isso, isso, e nada mais do que isso…) no largo do Município a mesma ideia que o seu colega João Jardim tem dos deputados, lá do seu curral.
Verdade. Se tem… isso é lá com eles…!

Mas ao transcrever este brilhante raciocínio em «O Ilhavense» deve também pensar que o pagode cá do burgo é parvo ou imbecil, ou destituído.
Ora se na terra há alguém com esses atributos, é precisamente o seu chefe de fila, como aliás foi exuberante (e certeiramente) qualificado pela Comunicação Social, que o elegeu como a figura mais cretinamente rasca, mais patética e imbecil do ano; monstruosa! ..chegou a dizer-se..do farfalho (e note eles só o conheceram, seis desgraçados meses. Sortudos!)

Por isso calma.

Olhe?!.... Quer que eu jogue play station consigo:

O acréscimo do Imobilizado corpóreo desde 2002, di-lo o Sr. deputado, foi de 50 Milhões. Admitamos tal como verdade (pode não ser!...pode não ser!..)
Se utilizarmos as suas contas, só 40% do mesmo foi pago. O resto foi calote (27/28 M).
Já de si grave que o pessoal camarário esteja lá para cuidar dos calotes de quem os fez.

Mas na realidade o problema é mais grave: dos 50 Milhões só 20% foram pagos: -. 40 Milhões são calote.

Por isso deixe-se o Sr. deputado de brincadeiras: gestão equilibrada e sensata, a do executivo de R.E?
Nada disso Sr. deputado J.T: um verdadeiro desastre,uma calamidade-como iremos ver adiante-, que as gerações vindouras irão pagar (pelo menos nos próximos dez anos!), euro a euro. Isto se os desvairos despesistas, sem retorno, que um desmiolado executivo autárquico, semeou, não forem limitados por via superior hierárquica. Há já em relação a eles, sinais claros de vergonha, que grassa entre os seus pares. E ainda só se sabem as dívidas de rodapé….

O senhor sabe tão bem como eu – ou melhor! - o que anda no ar. Olhe caro sr. Deputado J.T.: eu aconselho a sua bancada a aceitar uma auditoria externa, antes que as coisas se compliquem.

Continuaremos a charla. É um prazer.


Aladino

DEVER ? QUE MAL HÁ NISSO...


Neste Blog tive, há dias, a oportunidade de explicar as razões, porque, finalmente, depois de vistas as contas da Câmara Municipal de Ílhavo, elas me levaram a concluir que, mesmo na fria mas não menos malabarista expressão dos números, a pintura sai borrada.

«O Ilhavense» do passado dia 10 de Maio, inseria uma curiosa e demagógica manipulação; a intervenção do Deputado Municipal, Jorge Tadeu Morgado, produzida na Assembleia Municipal, aquando da aprovação das contas do Município. Pela mesma perpassa uma série de inexactidões que é conveniente confrontar:

1- Ficámos pela mão do deputado, a saber que a divida consolidada da Câmara, que atinge – já se assume os 27.000.000 (vinte e sete milhões de euros)-, não é nada de preocupante – diz-nos o senhor deputado (!). Dando de barato que a divida é só?! 27/28 M, mesmo assim ela representa mais do que os 100% das receitas ordinárias da Câmara (23M). É pouco sr.deputado? Olhe que não…olhe que não…
E aqui, o certo é que não têm uma única razão para falar da pesada herança, porque neste caso esta Câmara herdou - e bem - 2,5 M da Câmara anterior. Quer dizer que de certeza, certezinha, já foram 30 M. Mas…veremos adiante. que a realidade é outra, e bem diferente.
2- Diz o deputado que foi elevada a execução física dos valores em termos da Rubrica das despesas. Foi …lá isso foi .
A questão que o deputado não diz é que da mesma (90,83%),só foi paga 52,65 %, pouco mais de metade, somente. Assim também eu, todos….a calote qualquer um é capaz de fazer….

3-Mas vamos indo…

O mobilizado corpóreo aumentou, de 2002 a 2007, 50 M, diz o relatório ,e o sr.Deputado confirma-o . Ora do mesmo o que se pode concluir , como lá é dito,é que a capacidade de gerar receita, pouco aumentou, provocando uma dependência do Estado. Então em que ficamos?!: dos 50 milhões devem-se, no mínimo, 30 milhões. A Câmara não pode gerar legalmente mais receitas. É o que conclui do seu relatório .Não sou eu que o digo . Então é claro: quem vier que apague a luz. Querem maior e verdadeira irresponsabilidade?.

Ora tudo isto já seria preocupante...
Só que… e aqui é que está o buzilis:

O sr. Deputado não faz referência a uma rubrica inscrita no Passivo, que é um saco cheio de gatos. E que representa 16.000.000 M de euros.

Proveitos diferidos inscritos no Passivo? Que explicação dá o sr. Deputado sobre o significado deste valor?. Se a Câmara, ao contrário de uma empresa, não paga impostos, então qual é o mistério daquela rubrica?

Ora parece, claramente, que a mesma representa uma habilidade contabilística a mascarar o valor real da divida camarária, que é previsível – admito-o – se aproxime, na realidade, dos 40 Milhões. Pois é sr Deputado .São mesmo 40 Milhões.
Nada de preocupante dirá o sr. Deputado. Enfim está em moda esta falta de preocupação: - se em seis messes se puseram as contas do PSD em pantanas,.dez anos aqui, e com ideólogos destes, teriam de ser arrasadoras. E foram-no.Eu quase que adivinho do que se trata. E já agora, vou mesmo querer saber que parte da mesma é divida encoberta.

E assim e com toda a lógica impunha-se uma auditoria à situação, para a esclarecer, e o primeiro a desejá-la deveria ser o executivo camarário.

No próximo Blog vamos analisar a actividade da Câmara perante a realidade palpável e visivel .
O saber-se que melhoria de qualidade de vida foi essa, provocada por esses investimentos, e que retorno eles trarão.


Aladino

segunda-feira, maio 12, 2008

ENVERGONHADOS..E TRISTES…assim vamos em Ílhavo



Vamos hoje deter-nos sobre Ílhavo, e em alguns dos seus problemas, actuais, porque como as questões estão a evoluir, parece ter chegado o momento exacto para questionar aquilo que parecendo, talvez não fuja à regra de o ser.

Comecemos pelo MUSEU.

Museu 1

Em visita que lhe fizemos esta semana, por pouco não nos passava despercebida a exposição fotográfica-poética, subordinada ao título «Destino de Peixe», da autoria de Brigitte d’Ozouville (fotos) e Isabelle Lebastard (poemas).

Avancemos por um olhar rápido à exposição. Notável Não se trata de simples retratos, daqueles que tantos se tiram que há sempre uns a ficarem bons, mas um tema que a retratista persegue, conseguindo levar-nos à compreensão de uma mensagem que pretendeu registar: o destino do peixe está na mão do homem. Mas o destino de muitos homens está no peixe,…parece querer dizer-nos a autora quando nos fala do destino de ambos a dizerem quero sair desta rede…enquanto é tempo, respirar profundamente.

Ora acontece esta mostra está dispersa por duas paredes, colocada por detrás de umas colunas, sem condições para a sua devida apreciação.
E assim morre sem ser devidamente apreciado um belo tema, em tudo diferente do que, sem regra ou selecção, por lá se vem expondo. Há mostras e mostras …. E por isso deveria haver mais cuidado quando aparecesse uma diferente.

Museu 2

A constatação do que atrás dizemos, apenas reflecte a clara pobreza da concepção do Museu. Que pode ser esteticamente válido, por fora, mas totalmente inadequado por dentro.

A falta de uma sala de dimensão adequada para estas exposições temporárias já se tinha intuído aquando da «Diáspora dos Ílhavos», e até, na recente exposição da colecção do Cap. Marques da Silva. A salinha não tem as mínimas condições para responder a uma exposição onde se precisa de espaço mínimo entre peças, de perspectiva, e espaço de circulação, para evitar molhadas.

E o facto, e isso me parece incrível ninguém parece se aperceber que a resolução do problema está, ali, à mão. Na realidade, perante a exiguidade interior não se percebe a teimosia de manter uma cafetaria sem interesse de maior, e uma loja sem movimento que justifique, ela sim, o espaço que ocupa. Com algum espírito inventivo a loja poderia ser anexada à recepção, com um arranjo simples. E a cafetaria, limitada ao estritamente necessário, creio que há por lá cantos que chegariam perfeitamente para a enquadrar.

Mais difícil é resolver o caso – assombroso! - da total inadequação da sala da ria com falta de dimensão e perspectiva para albergar as embarcações expostas. Claro que haveria outra solução imaginativa, que melhoraria, e de que modo, o funcionamento do museu, resolvendo o erro da sua concepção. E onde as embarcações ganhassem toda a riqueza das suas formas

E não me venham com a questão estética. Aceito que o museu sob o ponto de vista de formas, exteriores, é bonito. Nada mais. Ora isso não chega, porque isso não é o essencial
pretendido.

Museu 3

Os mais atentos – e mais pacientes já se devem ter interrogado com o frenesim que vai por aí, com o Director do Museu a, seja por entrevista com preparação cuidada e antecipada da matéria, ou em artigos de opinião, a vir, nas ultimas semanas (vide «Diário de Aveiro» e logo a seguir em «O Ilhavense») ocupar páginas e páginas na Comunicação Social.

Que o director aceda a entrevistas, tudo bem, se bem que não apreciemos as entrevistas do entrevistado – entrevistador. Perdem espontaneidade e são de tal modo rebuscadas e articuladas, que perdem a graça do imprevisto. A entrevista não questiona; aceita. Torna-se fácil neste tipo de entrevista adivinhar o que vem a seguir. Ora, no caso presente a que nos referimos (D.A.), o Director manda, claros e muitos recados para o exterior, no intuito de tentar gerir um assunto que já lhe teria escapado de mão (é evidente).

De todo errado e inadmissível -em nossa opinião, mas é a nossa -, são os artigos de opinião do Director que seriam de evitar, quando se vira elogista em causa própria, de um cargo pago pelos edis ,a quem,a esses sim competiria elogiar ou criticar. O Senhor Director deve perceber que não é pelo facto de hiperbolizar o seu trabalho - mas sim pô-lo á apreciação,à discussão -, que será aceite por aqueles, pois que facilmente,ao falar sózinho, perde a noção da palavra exacta, o equilíbrio verbal, ao afirmar haver um, e só um caminho, para o futuro desenvolvimento do M: M: I. O que não é de todo verdade.

Porque por tudo quanto se passa à volta do Museu, nada indica que o projecto que se tem vindo a desenvolver seja o correcto -ou deva ser esse, exactamente –, especialmente no modo como alguma opções são levadas à prática e as finalidades com que o são. Estamos perfeitamente à vontade para dizer isto, pois somos dos poucos – quase uma verdadeira excepção – que considera, apesar de tudo, haver coisas boas no trabalho que o referido Director vem desenvolvendo.

A verdade – e essa são a questão! -,o desempenho do cargo está inquinado: O Director não foi escolhido por concurso, ou sequer por acordo das forças politicas concelhias e, por isso, e como o repete o Presidente à saciedade e em publico – malcriadamente, mas quem cala…-ele (o Director do MMI) é tão só o «meu Assessor, como tantas vezes o ouvi referir.Com isso quer dizer está aqui para executar a minha politica. Logo a sua opinião é secundária: -assim o parece dizer, o Sr. Presidente.

E claro nesta situação o prazo de validade do Director é o prazo de validade do Presidente,
salvo se…

Ora o certo é que o salvo se…já se consumou.
Por isso este frenesim do Director a mandar recados, a julgar que talvez assim recolha apoios. Ou me engano muito ou nenhuma mão se erguerá para o defender. O que de certo modo será pena.

Eu, corrigidas algumas questões, seria dos que levantaria o meu braço.

SÓ QUE ISSO TERIA, COMO É EVIDENTE, UM EFEITO AO CONTRÁRIO.
Aladino

sábado, maio 10, 2008

AMOR DE AMOR


E não terem mais fim
Estes dias,
E esta vida,
Para beber dos teus seios
Encaixar no teu ventre
Sorver o teu bafo
Dançar a tua musica
Em mil volteios
Em mil enleios,
A deixar que o fogo do teu olhar
Me queime
E nele se consuma
A paixão sem parar
Tornada cinza
Para me diluir em ti
No frio Inverno.
Não digas nada,
Amor,
Só amor de amor
Só nós, eu e tu
Somos eternos

S.F (9.05.2008)

quinta-feira, maio 08, 2008



O SURGIMENTO DA PARENTE BRASILEIRA, DARCY SENOS


A Internet traz-nos surpresas, pois as distâncias podem ser repentinamente encurtadas em poucos segundos.Vem isto a propósito, de um mail que uma Darecy Senos, que tendo dado com o meu site, logo me veio interrogar, por este meio de comunicação. Diz ela que tendo conhecimento de que só em Ílhavo havia Senos, perguntava-me se eu podia dar-lhe algumas referências que a levassem a identificar os seus ancestrais.

Curioso é que a questão dos «Senos» nunca me foi posta, e nunca pensei muito nela. Sei desde sempre que há muitos «Senos» em Ílhavo. Penso aliás, ao contrário do que é habito, que todos os Senos têm uma origem comum e, por isso, terão entre si um parentesco. -mais afastado nuns, mais próximo noutros.

Existe um factocurioso e não menos esclarecedor: a terceira geração que precedeu os que estão agora na minha idade tem todos o« André Senos» no nome: -João André Senos, Álvaro André Senos, José André Senos etc. etc., provirão, estou em crer, da mesma cepa de um tal André Senos, ovarino, que aqui vinha no transporte do caulino para a fábrica da Vista – Alegre.

Ora a Darcy Senos exultou com a minha informação, tendo-me dito que o seu avô era André Senos (outro pois). Solicitei uma fotografia do avô a ver se o identifico. Certo é que três irmãos do meu avô João foram para a América. O outro irmão foi para o Brasil.Deste eu sabia que tinha um filho. Esta Darcy será sua filha?

Ora e a propósito de tudo isto comecei a magicar se os «Senos» não serão uma das maiores famílias ilhavenses, ombreando com os Ramalheira que já vão em mais de cem. Vou ver se arranjo tempo, como o fez o meu bom amigo cap. Vitorino Ramalheira, e organizo a arvore da família.

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A PROPÓSITO DE «SENOS».

Minha Mãe tinha dois grandes desejos: um mudar o nome de Farmácia Cunha (de que hoje estive a fazer a história, pois é o mais antigo estabelecimento comercial de Ílhavo), praticamente com 200! Anos-, dando-lhe o nome de Farmácia Senos, o que aconteceu logo que teve a percepção que a neta iria continuar a profissão, que considerava ser a mais bonita para Mulher, e a mais deslustrante para um homem, assim explicava a Vasco Branco ou ao Hermes de Águeda. Desejo conseguido.

O outro desejo era que eu me chamasse SENOS DA FONSECA, e nunca João ou NUNES. E o certo é que sem grande esforço, e por insistência dela, o nome ficou, perante um certo desalento do meu Pai, pois na história dos Fonsecas eram todos Manéis, Josés, Joões….Nunes da Fonseca.

E curioso é que minha Mãe não tinha qualquer tipo de preocupação, idêntica, para a filha.

Por ser muito raro, nos colegas ficou o Senos, muito embora por vezes trocado pelo habitual Lemos, confundido.
Nunca percebi as razões de tal pretensão de minha Mãe, mas o certo é que interiorizei de tal modo o nome, que me não reconheço noutro.
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VERGONHA!.
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Ando envergonhado a ler os Jornais. Dantes tinha um jornal fixo.Agora escolho na prateleira um que não traga mais uma bacorada do Esteves. Ainda há dias fui massacrado com o Diário de Noticias, que o tratava como uma monstruosidade prenhe de estupidez; pelo Publico que o dava com o exemplo do que não deve ser um político responsável, ou do Jornal de Noticias que o tratava como um perfeito cretino, que fala sem ele próprio perceber o que diz.

Depois a desgraça em que aquela gente pôs o PSD, malbaratando as suas finanças, pondo-o à beira da falência, sem crédito, não espanta a desgraça que se abateu sobre a Câmara de Ílhavo.

Aqueles tipos são um tipo de marabunta. Onde chegam é a desgraça.

Hoje todos percebemos como irresponsavelmente levaram as finanças da Câmara de Ílhavo, ao caos.


Aladino

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