sexta-feira, dezembro 31, 2010

Onde estão «os céus» prometidos (?!)



Grande desatino
Percorre este tempo
Num turbilhão de emoções;
Crianças, velhos e novos,
Todos (!)
À espera que chegue o momento
Em que trazido na noite,
Enovelado no chaile do vento,
Chegue o adulado menino.


 Mas o menino não virá.
Para quê (?) regressar ao ponto de partida,
Se o Homem é negação de obra-prima,
Clamorosa imperfeição da obra divina.


Se o menino viesse
Encontraria de novo,
Na praça, os Vendilhões
A chorar (pel)a pobreza do Povo.
Choram a pobreza mas não O servem.
Alarido de carpidores,
São os mesmos que em surdina
Nos púlpitos do templo
À uma se levantam, votam
E a decretam.
De novo (e sempre!) em nome do Povo traído
Prometem um mundo novo.


Eu por mim desiludido
Náufrago varado na praia afortunada
Procuro na rosa-dos-ventos
Orientes (ou ocidentes?)
Novo rumo para esta pátria ousada.
Nova epopeia iluminada,
Em demanda de outra Antília de novo amanhecida,
Bem lá nos longes do mar, ainda escondida.

Deus , Ó Deus: porque ficam assim tão longe,
Inacessíveis (!),
Os «céus» que prometeste?



SF. (31. Dez. 2010)

terça-feira, dezembro 28, 2010

E assim escorrega o ano para o seu fim.

 
Foi um tempo mais que concedi a mim próprio em busca de me conhecer (?). Ou melhor me entender. Será que esta constante vontade de me inquirir – ou solucionar - é comum às outras pessoas, ou existe só nos que sonham a vida? Eu fui - e sou - um eterno e constante sonhador .Não de coisas boas, mas de coisas diferentes. Querer sempre estar com quem não estou, ou estar onde não estou. Ou não estar onde estou, a fazer o que faço por não me atrever a fazer mais do que faço.

Por isso me ensaiei de diversas maneiras, e em diversos tempos. E não sei se gostei das maneiras que vivi, ou se depressa desejei mudar outra vez. Só por simples pensar que haveria de encontrar um modo de não sentir a saudade de um passado morto. Facto é que sonhar é sempre mais fácil, que viver. E por isso ainda não compreendi bem se o que faço é não querer viver, e desculpar-me com o sonho de...

Vivo constantemente intranquilo. Intranquilo que amanhã só me atreva a sentir o que sinto hoje, e não me atreva a sentir-me diferente. Vida perdida, insatisfeita. Difícil entender-me nesta quase doença de não ficar, sempre e só, pela satisfação do que é preciso. Estar sempre a criar mais - ainda que coisas inúteis -, a desejar o que não preciso para o corpo mas desejo para a mente. Preciso de a alimentar constantemente. A realidade nunca me apaga a sede. O sonho, esse, sim. Refresca-me; e por vezes se exagerado, embriaga-me.

Acodem-me sentimentos, quase ridículos. Porque impossíveis. Alguns dos meus sentimentos quando os tento explicar, parecem aos olhos comuns, ridículos.

Perturba-me a gratidão. Confrange, colocar-me na posição de agradecido. Se o que faço não requer agradecimento, quando são os outros a fazer-mo (mesmo que infimamente), não sei o que hei-de mostrar: agradecimento ou indiferença (?). Por isso reajo perturbado.Com extremo pudor.

Julgo por vezes – e atrevo absurdamente a citar-me - como homem livre. E o facto é que sou incapaz, de estar ou ser, só. Não conseguiria viver sem os outros. E com quantos mais, melhor. Deixo-me engolfar na vida por essa incapacidade de me pôr de fora. E desse modo perco a minha liberdade – não a de espirito – mas a de servidão. Sou uma espécie de servo livre, quando muito. E é bastante sê-lo.

Excluo de mim para os outros, confessar a amargura. A amargura de até aqui ter superado tudo, menos as lágrimas, não as exteriores, mas as interiores. Não as que se vêm mas as que se deixam correr para dentro. Só nossas. Violento-me a pensar …. E não querer pensar. Dói-me a inquestionável verdade de ter, finalmente (!), sabido que nem todos os impossíveis são possíveis. Que os há, mesmo impossíveis. As feridas que a vida foi deixando nada têm de comparável à ferida que só não é insuportável, porque por vezes perco a consciência dela.

E finjo.

SF

quarta-feira, dezembro 22, 2010

Terra de acocorados.A que ponto chegámos!….


Depois de um dia tormentoso entre paredes do IPO, chego e deparo com um pedido de chamada de atenção para o último número de «O Ilhavense», «embrulhado» num apressado pedido de desculpas de um participante no acto inqualificável.

Perplexo li que os elementos do PSD, na Assembleia Municipal,tinham chumbado-por unanimidade!- uma mensagem de congratulação pelos 30 Anos do Casci .

Que esta Terra se vinha transformando, neste ultimo decénio, um lameiro nauseabundo, fedegoso, insuportável, eu já por diversas vezes o tinha anunciado.

Mas nunca me passaria pela cabeça que os conspurcadores, abjectos farsantes, tivessem perdido toda a condição de seres pensantes. Tendo uma expressão corpórea, parecendo que têm forma , medida e peso que os apontaria como seres racionais ,têm afinal ,apenas e só, a condição de preguiçosos -ou raquíticos - cerebrais.Mudos e quedos, apenas sabem na hora de votar levantarem-se para cumprimento do ensaio que lhes foi ministrado, no antes. Vivem sem carácter nem opinião. Um e outra, desnecessários, para quem é invertebrado dos pés à cabeça.Vivem (vegetam!..vegetam..) de cócaras.

Ílhavo no seu habitat político perdeu a inteligência. Perdeu até a consciência moral, perdida a integridade intelectual. Mais : - perdeu a vergonha.

Mas o que mais me impressiona é que um daqueles biltres atolado no corixo se apresse a, por detrás da cortina, pedir desculpa á Instituição da ofensa ( no intuito que esta não retalie sobre próximos, seus), desculpando-se com a disciplina partidária.Com quem confunde a Instituição? Com o corifeu que lhe mais ordena?

Depois de ler o dislate, já não tive oportunidade de responder ao borraça. Faço-o agora. Contas saldadas.

-Não se preocupe. Quando bater á porta, o Casci reduz-lhe as patas a metade e faz de conta que Você é um HOMO ERECTUS. 
 
Aladino

Nota .Se o leitor quiser conhecer estes panarras,vencidos da vida, visite : http://www.cm-ilhavo.pt/main.php?srvacr=pages_41&mode=public&template=frontoffice&lang=pt&layout=layout&id_page=41

segunda-feira, dezembro 20, 2010

Noite de ausência….





Nestes dias sem noite

Sento-me à lareira

A olhar, indiferente,

As rabanadas na mesa,

Os pinhões e ovos moles

Queijo e iguarias tais,

Café, bacalhau e grão

Cardápio de todos os Natais

Em casas onde não falta o pão.

(Por onde andarão os comensais?)



Mesa cheia, e eu, vazio.



Mato com whisky a solidão.

Volto-me entre dois suspiros

Retiro a mão que me suporta a cabeça

Fixo o olhar em algures, distante,

E vou por aí aos tropeções dentro de mim

Em claro desatino

À procura de mim, menino.

(Por onde andarão «aqueles» tais?)



A felicidade não está no que temos;


Vai «naquilo» que perdemos.


SF (Natal 2010)

domingo, dezembro 12, 2010

30 ANOS A DAR-SE

Queria ver-te sempre assim
Parecendo que foi ainda ontem,
Era então a madrugada dos sonhos
Quando te vi nascer.

Poder aqui contar
Em cada imagem
Em cada linha deste verso
O querer que ultrapassou a miragem.
E ousou, ousar.

Quereria hoje olhar o sol
E nos longes da memória de então
Contar as queixas de antemão desiludidas.
Longo e extenso é o rol
Desse tempo apaixonado, irrecusável
A querer chegar a qualquer lado,
Que lado? – a todo o lado.

Era o mundo da fraternidade
Que apelava, ali, à nossa frente,
Girava …girava, imparável.
Nele havia
Olhos em rostos de silêncio
Que a miséria desenhara,
Onde uma lágrima fugidia
Corria, à tua espera.

Foste então
Ancoradouro seguro
Aconchego macio,
Veludo
Para pés nus de tanta criança.

Foste abrigo quieto,
Cais de desembarque,
Substituto de ausência,
Para quem tinha sido e já não mais era,
Senão anseio de existência.

Foste mão estendida
Que se deixa entrelaçar
Nas mãos sujas
Dos meninos da poeira.
Sozinhos, sentados à beira da estrada,
Sem sonho maior que a ilusão
Sem ilusão maior que nada
Colhem o vento sem forma,

Na noite sem tempo,
Dum tempo que é nada.

SF ( 30 anos do Casci  )






Hoje trinta anos vividos

As estrelas continuam no céu.

Só que encobertas pelas nuvens.

Há muitas escondendo a dor.

Outros serão os fados

Ninguém sabe o que serão

E que importa?

Fados serão….



A vida nunca foi um paraíso

No jardim resta ainda tanta flor……

terça-feira, novembro 16, 2010

Ó de labaró…..

Andam espíritos malignos -fontes bem informadas assim o afirmaram publicamente – a vadiar pelos esconsos recantos citadinos, requalificados.É chato...porque a terra já não é terriola de bitesgas zarolhas.

Eu não acredito em bruxas …mas lá que as «hay…hay…». E se orixá o diz, quem sou pobre crente da desdita, para delas duvidar. Que duvido... duvido…mas à cautela mais vale prevenir.

Cuidado, pois. Que a terra se tinha transformado num lamaçal, já aqui o afirmámos exaustivamente. Agora que se terá transformado numa eira de chocalhice, por onde a horas escusas vagueiam espíritos biocos, malignos, à procura de vitimas, benignos pacientes, não poupando mesmo os homens poderosos da «cidade da nocha», virando-os  num ápice, em lobisomens malvados, isso fiquei a sabê-lo. Esta terra está perigosa.

Vos esconjuro.Vá de retro Satanás…Sabeis lá vocês, homens de bem, o que é ser atacado pela malsinação?

Um paciente possuído pela malignidade sente- se ocupado.Vagueia na vida, desconfiado e temeroso, pressentindo em cada cidadão um inimigo – um picador das varas -que pode ser tentado a escorraçar-lhe o mal por métodos pouco dignos: tipo pregar um par de bandarilhas no possuído (para os desconhecedores da matéria vidè

Esses espíritos malignos vagueiam disfarçados. Às vezes, até, de directores de jornais, fazedores de blogs conspícuos e libertinos, ou até de «comunistas». Livremo-nos pois, em missão patriótica (local) de tais perversos e malsofridos inimigos.

Na botica aviava-se, no meu tempo de rapaz, o receituário do «bruxo da Pedricosa». Eram garrafões cheios de adequado remédio para o malezinho, que eu ia de bicicleta levar num serviço inovador de entrega personalizada, porta a porta. Ou não fosse o «bruxo» um velhote bué de simpático- que até me dava gorjeta -um dos grandes clientes da  botica «Cunha». Que me lembre – e conhecer o passado é exercício que só homem não possuído pode fazer - a poção milagrosa (que dava tanto para malfeliz como para besta) era mais ou menos assim:

«200 g de «posas» de galo branco, misturados com 200gr de outros ditos de galinha preta, tudo dissolvido numa mandinga de coração de pomba diluído em suor e lágrimas e água da fonte santa da Pedricosa»

A posologia deveria assim ser respeitada:

«Evocar os espíritos em todas as sessões públicas. Gritar três vezes : Vos arrenego! Saí .... De seguida tomar um banho em água de cú lavado, com cheiro de pitanga, misturado com rabo-de-bacalhau- seco, mel, pimenta e alho, e com ela lavar a cabeça de «pai do mundo». Se doer é aguentar. O paciente verá em breve cair por terra os seus inimigos (como imagina os ditos serem mais que muitos, o resultado pode ser lento, e demorar até quatro anos.)

Chato …chato…é que um homem possuído, definha. Escanzela. Seca-lhe o peito, e a alma. Esbadana-se. O olhar passa a um esgar iroso,fanático e febril. E o seu discurso torna-se patético. Da sua boca saem estrovengas delirantes, tipo inchaço e longitude ridículos, não pelo deleite nem pela formosura,e muito menos por arreitação. Só por patético arrenego.

Cuidem –se. Eles andam por aí….à solta.

Aladino

domingo, novembro 14, 2010

A nova Unidade de Cuidados Continuados.


Com a inauguração do Hospital de Cuidados Continuados, uma excelente unidade implantada no local onde esteve o velhinho Hospital da Misericórdia, Ílhavo viu assim substancialmente aumentada a sua capacidade na área de acolhimento de idosos.

Ao que afirmado, a nova unidade começará a prestar os seus serviços, amanhã mesmo, o que virá certamente atenuar a tremenda lista de espera que se verifica existir nesta área.

Estão pois de parabéns : -a Santa Casa da Misericórdia, que contou (e bem!) com um extraordinário apoio da Câmara Municipal, ao que nos parece, não apenas canalizado através de significativo apoio financeiro, mas numa estreita colaboração que permitiu criar condições envolventes ,de acesso à nova Unidade, os quais ajudaram a resolver um delicado problema.

A população de Ílhavo deve sentir-se satisfeita. De parabéns estará toda a Direcção que chamou a seu cargo a obra. E também a Câmara por criar todas as condições que facilitaram o vencer de inúmeros obstáculos.

Quando assim é, os problemas por mais difíceis que sejam , ultrapassam-se.

Daqui desejamos as maiores felicidades e os melhores êxitos na nova missão que ora se inicia, uma nova etapa na vida da já velhinha Instituição.
SF

segunda-feira, novembro 01, 2010


RAÍZES

 
Ano após ano, fica-me cada vez mais nítida a imagem deste dia de maceração da alma, servindo para encontrar muitos dos que foram para longe, e, parece, voltam aqui, hoje, exclusivamente neste dia, ao encontro das suas raízes. Quem sabe se no íntimo de muitos não se sente já o chamamento da hora próxima para re-ganhar a identidade.

Depois do passeio por entre canteiros floridos, aproveita-se a oportunidade para uma boa panelada de papas de abóbora, quando não uns bons torresmos a nadar numa boa sarrabulhada.

Contraste este tratamento (de alimento) corporal a relembrar os hábitos dos que já partiram. Uma espécie de necessidade teimosa de os trazer para mais perto, para o nosso lado, de novo para a nossa mesa, em actos menos espirituais mas mais evidentemente próximos.

Gosto de ver a fé dessacralizada, prosaicamente misturada com o culto da razão : afinal ninguém foi para lado nenhum. E por isso é que é bom, fazer com que  regressem(?) de novo, ainda que por momentos, e como meros espectadores silenciosos ,ao nosso convívio.

Impressiona-me  que nos rostos que perpassam  num dia de tantos fieis sinceramente  devotos,não vislumbre um só crente perfeitamente convicto.
Dogma eclesiástico está em baixa;a tradição  o arreigamento ao sentido colectivo,o respeito e aconchego ao legado familiar ,apesar de tudo sobrevive.

SF (1 Nov 2010)

sábado, outubro 30, 2010

E agora?




Fatal…

O OGE foi aprovado depois de uma «fitas» para ver quem era o mauzão que melhor ficava no retrato.

Encenada a sua aprovação, acompanhada de uma declaração extraordinária do Sr. Presidente (mas haverá alguma coisa neste homem que se possa considerar extraordinária?), parece que os portugueses até !!!podem ir, sossegados, à vida. Ora.ora…

Agora é que a porca torce o rabo…

A questão não está na aprovação do dito, mas na execução do dito. Ora isso é que sempre me preocupou: haverá quem os tenha no sítio prontos a pô-los no cepo?

Hoje o Dr. Passos Coelho já dizia (ouviram?!): acabou-se isso de pronto acas obrigações do estado. Que pressa .A procissão só vai no adro. Mas nada melhor para nos clarificar do que irá suceder nos primeiros seis meses do seu próximo reinado. Digo seis meses porque não durará mais, o mesmo.

Afanados a mostrarem-se, vimos perpassar pela ribalta dos prognósticos uma plêia de vencidos (?!) da vida, economistas, quase todos eles já tendo passado o rabinho pelas cadeiras do poder, onde só fizeram caca. Não me lembro de nenhum desses iluminados que parecem, agora, saber tudo de como fazer, que enquanto lá estiveram abusacados tivessem feito qualquer coisa que contrariasse (antes ajudaram e bem!) a situação a que chegámos.

A ignorância pesporrenta destes ilustres é doentia. Eles ainda não perceberam que estão a falar de ontem. E que hoje o que está em cima da Mesa é o facto de a doença não ser, já só portuguesa, grega e ou…. Mas sim geral A crise está na Europa e veio para ficar. Praticamente todos os países têm deficites excessivos,e preocupantes dívidas externas.A nossa crise é exactamente igual á crise dos outros.Se alguém duvidar,ponha cartas na mesa.
 E estes iluminados ainda teimam esconder que a desgraça veio mesmo pela inaptidão, ignorância, Incapacidade e conluio da sua classe, posta ao serviço das mais desenfreada especulação de capitais fictícios, acreditados como moeda de valor quando nem sequer, em boa verdade, existiam.

SF


domingo, outubro 17, 2010

Assim vamos indo…


ESQUIZOFRENIA POLITICA


Este País tornou-se um lameiro de enjoados, farsantes e mentecaptos a criarem a intriga política. E o povo enjoado e indiferente, olha para a farsa do «agarrem-me que o mato».

O espectador, esse, distrai-se: não se interessa pelos personagens e acha-os a todos uma cambada de iguais. E todos nulos.

E de vez em quando olha para os bolsos e sente que estão mais vazios. Mas sabe que com uns ou com os outros (e o mesmo seria com os outros que só fazem palhaçada e coro) era igual. Ou pior!

O povo paga e reza. Em Fátima que foi para isso que Salazar a queria: o povo enquanto reza está distraído e não pensa. Neste País pensar é perigoso.

Tempo dos «Marcelos e Medinas», padrecos que peroram nos púlpitos a anunciar tempos de dilúvio. E o espectador ouve hoje, o mesmo que ouviu ontem. O mesmo de antes de ontem…e antes …de antes de ontem.

O povo sabe bem a receita para os males destes iluminados - e por isso pouco lhes liga. A maleza cura-se com purgante de óleo de rícino. Podem morder, apedrejar, vituperar, babar, rasgar, tresandar a falsidades ou casquejar meias verdades, ou mesmo ferir o País pelas costas. O espectador sabe a receita: - purgante de óleo de rícino…para fazerem por um outro lado o que fazem pela boca.

E assim vamos neste Lameiro:- está lá aquela meia dúzia no poder, e logo a doentia mentalidade duma elite portuguesa clama : esbanjadores da fazenda, ruína do país, corruptos. E como isso não ofendesse o suficiente, logo  acrescenta umas injurias ao carácter dos ditos… e até às suas mães.

Mas os outros - os que não estão no poder – os que se afirmam,os salvadores, os zeladores do Povo, os defensores dos valores pátrios….esses estão cheios de pressa para deixar de o ser.

A verdade é que:

Os que lá estão fazem tudo para merecer ser o que lhes chamam. Os outros – os que ainda lá não estão - torcem-se, conspiram, prometem censura castigadora, ameaçam, pretendendo o mais cedo possível deixar de ser os defensores do Povo para se alcandorarem a novos arruinadores do Povo.

E um certo dia, aqueles que caem, passam - logo ao outro dia - a serem os últimos e únicos defensores do País. Os detentores de toda …e única, verdade .A dança dos alcatruzes.

Onde está o ridículo desta farsa á portuguesa?

Os ministros, de um lado e do outro, são sempre ( ou quase sempre) os mesmos. Saem hoje, e logo amanhã se perfilam para voltarem a sê-lo. Por incrivel que pareça  não se reconhecem,  todos eles, esbanjadores e corruptos.Quem foram os primeiros?! ...isso é que seria interessante saber.

Muda a manjedoura mas a merda é sempre a mesma.

Aladino

NOTA :  E « AS FARPAS»  sempre actuais...

terça-feira, outubro 05, 2010


A Comemoração de um dia lindo:a implantação da República
Tão lindo como o 25 de Abril…..


A República espera ainda ser LIBERTADA para se cumprir.

Durante finais dos anos sessenta, inicio de setenta, o 31 de Janeiro e o 5 de Outubro eram os únicos momentos em que a torneira libertária de Salazar se abria (condicionadamente) para que, falando da República, se pudesse ousar dizer mal do regime do ditador. Inicialmente acompanhante de minha Mãe a todos esses momentos, não demorei a saltar para o palco, e passar de espectador a orador.
Claro que o regime tinha os seus PIDES na sala. Por acaso um desses esbirros convivia intensamente  connosco de  muito de perto, como mais tarde(depois do 25 de Abril)  viemos a saber, quando os processos da PIDE  nos vieram parar à mão.. Corria-se pois um certo risco.Lembro-me de um comício no Teatro Aveirense, trabalhava eu já na Celulose. Lembro-me de, ao outro dia do aviso de colegas : - eu corria sérios riscos. O que de facto nunca sucedeu, já um dia expliquei porquê.
Para poder arengar na altura tive naturalmente de estudar a História da Republica. Em casa de meu Pai (e agora na minha) havia muito material para estudar e um excelente professor para ensinar. Assim não me foi difícil apanhar alguma relevância, pois muita coisa do que dizia tinha sentido (o que diga-se, em boa verdade, não sucedia com outros oradores muito mais comicieiros, muito mais efervescentes, muito mais tonitroantes:caso exemplar do Carlos Candal) que achavam que o importante era falar «alto e grosso».
Para mim exaltar a Republica era mais apanhar o mote para dizer mal de Salazar. Certo é que desde logo percebi  que as grandes promessas Republicanas foram por água abaixo. E que se houve coisas boas e bem intencionadas, a gestão corrente do País foi tragicamente um falhanço.
Chamar 2ª Republica ao 28 de Maio sempre me pareceu excessivo. A ditadura tinha apenas da Republica o símbolo de um Presidente que fazia de conta, sem que a sua eleição fosse proveniente de sufrágio universal.
Creio que as Comemorações de hoje, do centenário da implantação da Republica, foram apenas a recordação do sentimento que em 1910 o Povo das elites deveria ter sentido, tal como nós sentimos o 25 de Abril. Sonhávamos com muito que afinal também posteriormente ficou pelo caminho. Hoje aqui chegados  não deixa de se sentir um certo amargo.
Em 25 de Abril, tal como em 5 de Outubro de 1910, quis-se indubitavelmente o que se viu, embora mais tarde (num caso e noutro) não se viu  o que (todos!) queríamos, de facto. De qualquer modo valeu a pena.
Hoje numa encruzilhada difícil, eu tenho boas razões para pensar que encontraremos a boa soluções para dela sairmos. Nunca como hoje o Homem teve ao seu dispor meios para a tarefa incessante de criar novos valores. Importante é que de uma vez por todas não se falhem  os ideais democráticos, colocando esses meios ao serviço de País e não apenas de uma sua pequena parte.
A questão da Republica se cumprir ,é hoje a de ser ou nãos capaz, de concretizar um socialismo (verdadeiro, na forma, conteúdo e acção) um socialismo com rosto, preocupado em resolver as necessidades reais dos mais desfavorecidos, gerando sistemas onde as suas qualidades possam ser aproveitadas. O drama da produção nacional não é a qualificação da mão-de-obra  (que em todo o caso tem de melhorar) mas os sistemas que aproveitam essa mão-de-obra que se mostra excepcional quando lá fora se integra em sistemas responsáveis.
Por isso venho defendendo que a qualificação mais urgente é a das classes ou grupos que irão dirigir; esses são que terão de ser submetidos a intensivo treino para se habituarem a conviver com o risco, avaliando-o e tomando as decisões certas para o minimizar.
SF -5-10-2010   

A BARCA DA PASSAGE na «MALUCA»



- Raios partam o ladrão do tempo – esconjurado[1]! - que me empata a vida - ia dizendo de si para si, a Maria, encharcada até aos ossos, engaranhida[2] pelo frio. Com uma mão lá ia segurando o canastro, enquanto que com a outra se afadigava no desbravar das contas da reza, invocando a Senhora dos Aflitos e a protectora, a Santa Bárbara, para a livrarem dos raios medonhos que riscavam em zigue zagues o céu chumbeiro, logo seguidos do ribombar assustador da trovoada que parecia capaz de esfanicar[3], tud’òmenos[4], o que tivesse forma ou expressão material na natureza. 


     Certo é que Maria não se preocupava demasiado com o estramboto[5] do temporal, que a rapariga não se enleava [6] com tão pouca coisa. Preocupava-a, isso sim, ter deixado para trás o irmãozito mais novo, que uma tosse mais parecendo esgana dos bofes, atacara. Tinha-o levado à botica do «ti Manuel Cunha», para que este lhe desse um xarope melaço e um cáustico, capazes de afadigar o malzinho[7], ao garoto. Antes de se pôr a caminho, a Maria agasalhou o Luisito que ficou bem aconchegado, e tratou, ainda, de deixar um «caldito de conduto» na lareira, e a traganeira[8] de milho, com que os restantes irmãos, e a mãe, a Efigénea, a «Pederneira», pudessem aconchegar o encostado[9] do estômago.
Tudo isto fora a causa de faltar à hora combinada, para, em grupo – o que sempre era mais prazenteiro, e naquele dia, até aconselhável – demandar o caminho da Maluca. Afadigou-se, por isso, a aligeirar o passo, mas o certo é que, nem ao longe, olhar atirado lá para as funduras do caminho, divisou as colegas. E nem sequer outra alma penada se divisava por aqueles endireitos[10], que naquele dia – pensava – mais pareciam os caminhos do purgatório. Ninguém com canastra de venda à cabeça, ou burricos carregados, ajoujados de lenha, sal ou outra mercancia, acartadas para a vila, se avistava. Ninguém se afoitara ao caminho com aquela trabuzana[11] medonha, que parecia imprópria para seres vivos.  
A Maria da Anunciação não era mulher de desistir. Era uma mulher de còrage[12]. E, mesmo só, não hesitou em atirar-se ao caminho, e atravessar aquele deserto de areias maninhas, onde aqui e ali se distinguiam tufos raquíticos de vergônteas enfezadas, castras gafadas[13], povoadas por vezes (já) por uns enfezados milheirais. Os tinhosos pinheiros com que se pensava fixar as areias, e desse modo proteger os aluviões, que se acreditava poderiam vir a ser a terra prometida, separavam os prados arenosos para onde o esfalfado colono cachiava[14] carradas de pilados e outro escasso, e muito moliço, com que ousava esfalfadamente cumprir o desígnio de «agarrar um povo», àquele deserto nascido do mar.  
Quando desembocou no prado da Maluca, terra já verdenta, e avistou ao longe a torre da Capela da Srª da Encarnação. Maria «Pederneira» pensou com os seus botões que não levaria mais de meia hora para que o sol descesse ao nível do mar. Tempo suficiente que lhe seria necessário para chegar ao cais da passage[15]. Parecia-lhe ter ouvido o longínquo ressoar do búzio[16]que assinalava a partida da carreira, o que sendo improvável, dada a distância a que se encontrava, inté[17] podia acontecer com o escarampêto[18] do tempo. Já não tinha ideias de apanhar a última barca. Com este temporal desfeito, era até provável que não houvesse carreira. Se calhar, nem o Tóino «Murtoseiro», o mais atrevido e esturto[19] barqueiro da carreira do Ti Ambrósio, se astreveria [20]a tal escaramuça.


O Labareda

Por pensar no Tóino …, acudiu à Maria, um sorriso maroto:
A passage[21] para a outra banda servia para raparigas e rapazes daquele tempo descontraírem do fardo que é a vida, e se entreterem ao jogo do beliscão, ousio que para os tempos era a antecâmara de outros atrevimentos, a sós. 

                 Sola, sapato, rei rainha
                 Foi ao mar buscar sardinha
                 Põe o pé na pamplina
                 O rapaz que jogo faz?
                 Faz o jogo do capão
                 Diz à velha do condão
                 Que arrecade o seu pézinho
                 Que arrecade o seu pézão
                

                  Salta a pulga da balança
                  Os cavalos a correr
                  As meninas a aprender
                  Diz-me lá minha menina
                  Qual será a mais bonita        
                  Que se há-de recolher?

Lá estavam as costumazes  comadres da galhofa: a Xerobia ,a Ana Gaiteira- danadinha prá brincadeira maldosa -, a Prazeres «Anunciada»,e a Pardala «Biqueira».Mulheres a quem a vida dura não conseguia retirar uma certa jovialidade, por mais atormentadas que fossem as agruras. As mais recatadas e menos faladeiras  abusacavam-se nos bancos a bombordo e estibordo ,para junto do cagarete onde o arrais  Toino dirigia a manobra.A Anunciação ,era sabido tinha lugar bem junto ao ao varão da escota aquando da manobra da atracção ,sempre de cortar a respiração ,o Labareda enquanto calava a porta do leme a estibordo, dava a escota á Maria que habituada aquelas lides bem sabia o momento exacto para pôr a vela a panear ,facilitando o encontro aos moirões.




O rapazio, filharada daquelas mazio ,filharada daqueoiras de trabalho, que ainda traziam um ao colo e já outro se assentara no interior da barriga, dispersava-se pela barca. Uns empoleirando-se no bico da proa atracados aos   golfiões [1] .Outros faziam companhia ao ZéZé, um pobre e manso rapagão, vogando de lugar em lugar em passo marcial, sempre agarrado ao seu pífaro de cana verde: um entalhe feito logo abaixo da norsa, no lenho, deixando um membrana fina que produzia  uma sonoridade fonha.  O ZéZé, um pobre diabo incapaz de fazer mal a uma mosca, era induzido pelo rapazio a  abeirar-se das moças a  pedir: -éh! chopa mostra-ma a tua coisa.
As mais ozeiras [2]resolviam dar trela ao pobre homem. E não se desmanchando, respondiam na galhofa: -amostro pois atão, amigo! ; mais vale mostrá-la a ti que não importunas nem ofendes, c’ó Padre Engrácio que é atrevido e mexeriqueiro. Aqueles fraldocos[3] que ta mandaram, que peçam às tísicas das  irmãs  escolhambradas[4], para tas mostrarem. Haviam de ser bonitas de se ver.
 Quando alguma se ofendia e arrenegava como o pobre, logo a voz de trovão do Labareda se fazia ouvir:
-Veja lá a ofensa ó «Ti Essa[5]»; havia de se ver a sua sarda [6]que deve ter mais pregas que o manto que o Sr. Jesus leva na procissão.


[1] Peças no castelo que servem para calar o ferro de fundeio.
[2] Ousadas.
[3]  Tipos sem importância.
[4]  Descomposta, com mau aspecto.
[5] Uma qualquer.
[6] Peixe mole, peganhento, de bigodes.


Passantes habituais o amolador,  o « Ti Chinquilho»,homem dos cem ofícios ,exímio gateiro de malgas e alguidares, prático colocador de varetas nos guardas chuvas e amolador de instrumental de cortar. Certo que a Pardala dava um caquinho[22] para se meter com o pobre homem que sossegadamente se sentava no traste junto ao mastro em faladura com outros passantes.
 - É «ti Chinquilho» há-de passar lá por casa que o meu Xico diz que o meu alguidar já tem a «racha» muito  aberta de tanto pucelo [23].Precisa de uns gatos ,que eu não quero botar chana ,desafiava a língua da Pardala.
- Pois que vou..catão[24] ?!mas é melhor levar um sevela [25]não vá de teres por lá algum ilhose [26]da cônchara[27]  entupido.
Risota geral e já o «ti Cantante» puxava da concertina e a preceito tocava uma de roda.

                               Indo eu ,eu ,eu
                               A caminho de Viseu
                               Encontrei um novo amor
                               Ai Jesus que pra lá vou eu…

Logo o grupo soltava o chinelo e, pé descalço nos paneiros, rodopiava em desafio.
 -Eh! gente…tomai freio, que ainda me botais a borda debaixo d’auga  suas colamantroas[28] ..Artas[29] com elas que me esfanicam o barco. Berregas [30]malinas ,gritava o Labareda.

A  Berta «Pimpoa» -a alcunha viera-lhe  do seu jeito de andar sempre exuberante e garridamente atafada[31] , viúva  do José Cachino que deus  tem!- mulher escofenada[32] ,de carnes rijas,  bem mantida – no alimento que  aconchega os interiores  esfomeados , mas e também , dizia-se entre xailes!, no alimento  espiritual que o Padre Malaco lhe prodigalizava em visitas a horas incomuns -, levava   sempre consigo ,debaixo do encerado ,na canastra, uma saquinha  onde metia uma traganeira[33] de broa de milho ,saída do forno da Ti Josefa Rendida, e ainda, embrulhados em papel pardo amarelecido pelo molhanca [34] gordurosa deles saídos ,dois coiratos bem avinhados  por via da vinha d’alhos[35] em que eram conservados no pote de barro. Não faltava uma garrafita que outrora fora do fino[36] , aberta pelo Supero, e que agora continha uma pomada tinta de que comprara um quartilho lá na loja do «ti Traquete», afamado taberneiro com altar montado [37] lá no Urjal, que tinha fama de vender vinho  extreme, sem baptismo d’auga da fonte dos amores ( a melhor , mais límpida e a mais frescal [38] água para tal sacramento baptismal).
De navalha de astripar [39]e escorchar[40] a sardinha, em punho ,a «Berta» cortava a broa para onde encaminhava  o coirato[41] que lhe ia servir de conduto para o resto do dia. Logo que aberta a garrafita para pingolar[42] o conteúdo,  era sabido que a Berta só abria excepção para o Labareda que,  cuspindo e limpando a boca às costas  da mão, trilhava entre lábios a dita e deixava que «o sangue de Cristo[43]» lhe escorresse gorgomilos abaixo.
Quem se amofinava toda com esta deferência era a Anunciação  que entre dentes murmurava: raio da viúva gaiteira, parece que o padreca não lhe arrefece os calores.


A embarcação atravessara já o Canal do Desertas e orçava ganhando o vento para não se deixar descair.
Era tempo de Josefa «Caixina» inquisilar [44]com o  «Quim Trolaró» que no carroço levava umas mercancias para venda ,porta a porta. Chambres, camisotes, ceroulas, cuecas de perna e barguilha[45] abotoada, linhas e derivados, enfim uma loja ambulante.
-Èh ti Jaquim,  vossemeçê[46] não leva aí uma camisinhas, daquelas sem mangas nem abotoadura, de enfiar pela cabeça ao zamparilho[47]? A Zefa «Lavada» está mesmo a precisar, que logo entra a barra o seu home, o Toino «Espiga», e é certo que rapaz vai querer botar a jaja  [48]no sitio.Vai ser uma laburdia [49],que o Toino parece um simprinhas[50] mas é um marjavante[51] afiançado e deve trazer o chamiço[52] em brasa.
-Cal’ te mulher. Delambida [53]invejosa. Eu e o meu Toino cá nos arranjamos ó natural  ,desmantados.[54]O que tu querias sei eu bem ,astipôr. Num me injerizes chopa,que desinquietada já estou eu.
-Pois pudera. O festim vai ser d’arromba[55].

A mota estava ali a dois passos. A manobra era sempre de arrepiar. A dois comprimento, uma ligeira arribadela para ganhar velocidade, e logo todo o leme a barlavento, em orça de aterragem. A Maria larga escota, o pano bate, trava a embarcação e a força da corrente, faz o resto atirando-o mansamente para o pousio.
É a debandada. Ainda os cabos de amarração não estão passados e já bando  granizeo salta lesto para a mota. Posta a canastra á cabeça, ala que se faz tarde. O peixe prateado espalha-se já pelo areal: é preciso conluiar-se com os mercantis para que o quinhão fique a preço menos contribado.[56]   



[1]  Amaldiçoado
[2] Tolhida
[3]  Fazer em bocadinhos
[4] Tudo
[5] Extravagância
[6] Atrapalhava
[7] Maleita
[8] Pedaço de broa
[9] Vazio
[10] Paragens
[11] Temporal
[12] Coragem
[13]  Tifosas
[14] Acarretava
[15] Passagem para a outra banda ; carreira da barca
[16] O sopro do búzio era o sinal de chamada para a largada da barca
[17] Até
[18] Escarampanteado
[19] Teso, valente
[20] Atreveria
[21] Vide  19)
[22] Fazia tudo para…
[23] Furo aberto com um bico agudo
[24] Porque não.
[25] Instrumento afiado com que se abrem furos na madeira ,couro ou até no barro.
[26] Peças de latão que se colocavam nos sacos por onde passavam os atilhos.
[27] Concha.
[28] Desleixadas.
[29] Raios.
[30] Que fazem muito barulho.
[31] Vestida; bem arreada.
[32] Limpaça.
[33] Pedaço de broa de milho.
[34] Molho gorduroso avinhado.
[35] Processo de conservação da carne consistindo em regá-la com vinho ,e apondo-lhe muito alho.
[36] Vinho doce ( do Porto)
[37] Balcão onde se bebiam os copos de três.
[38] Fresquinha.
[39] Tirar a tripa ao peixe.
[40] Cortar a cabeça e esventrar o peixe, para o salgar em tinas.
[41] Pedaços da pele do porco com alguma entremeada agarrada.
[42] Bebericar.
[43] O vinho de missa.
[44] Intrometer-se;desinquietar.
[45] Abertura nas cuecas para verter águas.
[46] Vossa mercê.
[47] Coisa desajeitada.
[48] Peça tronco cónica que se coloca no fundo da embarcação tapando o bocal de escioamento.
[49] Enfartadela.
[50] Simplório,incapaz de fazer mal.
[51] Maroto.
[52] Tição.
[53] Presumida.
[54] Com a camisa retirada.
[55] Assinalável.
[56] Proibido.

SF  5.10.2010

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