terça-feira, fevereiro 28, 2023



Tão longe...e tão perto....


 Olho fixamente

Aquela luzinha, parada

Num céu tão límpido, azul

Imenso!

Mais parece donzela

Em sono  aguardando a luz do dia,

Indiferente  à  angústia

Chorada no convés  da minha barca

Neste mar da saudade  naufragada.


 


Não levo bussola,

Nem carta de marear;

O brilho dos teus olhos,

Sinais que  nunca esqueci,

Serão os  faróis por onde me vou  guiar

Nesse  mar sideral sem fim.

Em cada galáxia onde não te encontrar

Deixarei  pedaços,  avisos de mim,

Sem ti, minha barca não voltará ao porto,

Sem ti, nenhuma ave encontrará em mim, o ninho.



 Irei à tua  procura, nem  eu sei  por onde.

Em todos os jardins do paraíso

Para te trazer  de novo .

E contigo a paixão com que te amei

Agora prometo,   te dar  o tempo...

Todo o tempo! ,que outrora te neguei

Tempo de amor, tempo esquecido

De  todas as encruzilhadas

Em que  antes me demorei.

Seremos aves  libertas  enlouquecidas.


 

Quero   me perder  nos teus beijos

Fazer deles novas estrelas

Para iluminar esta  sombra que me rodeia;

Com elas fazer um leito de rosas

Para  aí sorver  a maresia do teu corpo

 Ao meu aconchegado, sem horas, em silêncio.

Amaciar  de novo  com  as minha mãos 

A pele afogueada das tuas nádegas

Prólogo de um caminho num campo perfumado

A dar  a ilusão de que a primavera  vai continuar.


 

SF   (s/tempo)

 


 

domingo, fevereiro 26, 2023



“OS SABERES que tornaram possíveis AS GRANDES NAVEGAÇÕES MARÍTIMAS”


Tudo praticamente pronto para iniciar o tratamento gráfico.A edição estará pronta Maio /Junho. Talvez não seja errado esclarecer(desde já) o que é, ou o que pretende ser, o livro 
 
     “OS SABERES que tornaram possíveis AS GRANDES NAVEGAÇÕES MARÍTIMAS?

Trata-se de uma síntese, reunindo a evolução dos saberes (partindo de milénios anteriores à nossa era) que chegaram aos portugueses ,proporcionando (ou permitindo) o maior feito marítimo  da humanidade .Que podemos hoje considerar, ter sido o prólogo da globalização mundial, em marcha .

Saberes de todo o tipo: dos instrumentos de orientação no mar longínquo, do mapeamento cartográfico , das embarcações criadas e logo desenvolvidas ,adaptando-as às condições para que se destinavam. Desde as cosidas  quando ainda não havia pregaria de qualquer espécie para lhe ligar os componentes, seguindo passo a passo, local a local, cultura a cultura,  a evolução das mesmas (comparando-as). Abordando os vários processos da sua construção, as culturas marítimas de referência na história que as criaram e desenvolveram. Os métodos de navegação,a  extensão das navegações,etc,etc.

 


 Recolhidos esses saberes, desenvolvidos outros, o livro faz a abordagem da “invenção” da “nossa” caravela (provinda do cárabo árabe), abordando em concreto o traçado da mesma (e similares, que foram necessárias criar à medida que avançávamos mar fora).E ainda as melhorias introduzidas nos instrumentos de orientação cosmográfica, no tratamento do mapas existentes e na elaboração (dentro de portas ou encomendados ) de outros das novas paragens. O livro   aborda as dúvidas,ainda hoje existentes, sobre alguns pontos das Descobertas, deixando  a falta de respostas a pontos sombrios, ainda não, clara e inequivocamente. Esclarecidos. 

Não se trata de um trabalho de investigação histórica. Que fique desde já bem claro. 

Mas tão só, um relato condensado (em matéria tão dispersa e tão longa) proporcionando uma leitura leve, mas sistemática que, (cremos), poderá enriquecer o património cultural , individual ,sobre matéria nem sempre tratada com isenção. Muitas vezes,inquinada  por  dose  excessiva, de patriotismo exagerado.

Com cerca de 300 páginas, incluindo 150 gravuras auxiliares do texto, e extensa bibliografia (que induz o leitor a ,se assim o pretender, abordar de um modo mais lato as matérias).
 Espero que tenha valido a pena, esta abordagem, que deixa uma séria interrogação: será que a história das Grandes Navegações portuguesas, está para ser contada de outra maneira? 

Senos da Fonseca


  67.   Poemas de Abril Abril: síntese inalcançável Já não há palavras  Que floresçam Abril,  Nem já há lágrima...