quinta-feira, dezembro 31, 2009

Adopção

Nesta noite queria adoptar uma estrela
Para com ela m’ envolver
Em sonho louco
Que de tudo tivesse um pouco.
Fossemos só nós dois, apenas,
Aqui ou noutro lugar, não sei onde, nem como,
Queria uma noite de vida sem amanhecer
Transformada em amor para a todos dar,
Solidariedade bastante para a todos chegar.
Queria usar o seu brilho como condão
Para iluminar os campos das guerras
-De todas as guerras -
Volvendo-os trigais ululantes de espigas prenhes
Para transformar ( armas), em pão.
Fazê-la «rosa de marear»,
Não para procurar outros mundos
Com novas pobrezas para explorar,
Mas caminhos de papoilas marginados
Onde não mais corresse o sangue dos fracos,
Substituído pela água fresca das levadas
Para lavar as feridas dos oprimidos
Em gesto de humilde misericórdia.
Novos «Orientes» imaginados
Em descoberta do «Homem Novo», livre.
Irmão de irmãos sorrindo ao vento
Em tempo intemporal, nunca acabado
Rostos enxutos de lágrimas
Postas a forrar o mundo
De Paz, Fraternidade e Concórdia.

S.F. ( 31 Dezembro 2009)

quarta-feira, dezembro 30, 2009

Edição Blog 2009
A uma pergunta sobre a não edição do Blog 2010,informei que nem tudo se pode fazer na vida; o ano foi complicado.Acresceu o livro «Costa-Nova»,e não havia tempo ,nem para mim nem para quem me ajuda na tarefa de recolher da web e alinhar graficamente o Blog.
E também é certo que, se pessoalmente eu goste das «Marés» de 2009(conjunto de Blos editados este ano) gostaria de lhes interpor algo de substancial,que,se está esboçado,não está acabado.Assim adiei para 2010 a tarefa.
Mas será só isto que quero fazer em 2010?
Não :
a) Em primeiro lugar quero tratar com a editora da re-edição do «Ensaio Monográfico -Ílhavo séc-x-séc.xx».
b)E conto acabar o novo livro «História das Embarcações Lagunares» e, quem sabe,publicá-lo em Novembro de 2010.
Há que pedalar.Para isso é preciso saúde.Tempo arranja-se...
Há aqui uma nova responsabilidade.Ao princípio procurava leitores.Agora sabendo que os encontrei,tenho de honrar a sua atenção.
Senos Fonseca
Nota imp: Embora não editando o Blog, que proporcionava na época natalicia umas boas centenas de euros á Conferência Vicentina,para s pobres,esta não ficou sem os mesmos.Recebeu de um quinhão da «Costa-Nova»,720€(setecentos e vinte Euros)
Missão cumprida.

terça-feira, dezembro 29, 2009


YES MAN’s bonecreiros

Cartroga ,dizia ontem – e quase que bem - que os partidos da Oposição não tinham a noção da situação do País.Eu acrescentaria : eles não têm a mínima noção da situação que abalou(e abala o mundo).

Lêem os números como se Portugal estivesse isolado do Mundo, e como se a nossa economia possa funcionar independentemente das outras economias ,agora que estamos num bloco que reage do mesmo modo- com as mesmas virtudes mas e também com os mesmos erros - a todos os problemas.
E contudo seria extremamente fácil a esses putativos políticos não exibirem, tanta e tamanha, ignorância. Poderiam, por exemplo, ler a Comunicação Social desses outros países (hoje ainda mais fácil pelo uso da Internet),e reparar que os problemas, aqui, são exactamente os mesmo que lá fora. A culpa não é deste ou daquele Governo,mas do sistema.
Ficamos pois a saber:
…..ou não o fazem porque das novas tecnologias só sabem o que lhes permite ligar a torradeira.
----ou não sabem traduzir ,o que ultrapassariam recorrendo aos serviços de tradução dos Partidos.
-----Ou( e mais certo) são intelectualmente desonestos, mais do que materialmente (esta faceta conhecemo-la bem ) como se apregoa.
Desta falta de conhecimentos (ou tino) poderá resultar para o País uma trágica e irreversível situação. Este parece, assim, estar exposto à mais poderosa onda de irresponsabilidade, que pode virar «tsunami» destruidor das frágeis estruturas sociais que ainda teimam em lutar contra a maré do vale-tudo, partidária.
Quando se vê um pseudo condottieri politico (Pacheco Pereira),ideólogo-mor do maior partido da oposição ,elogiar os grupelhos radicais que advogam ser chegado o momento da luta pela acção (nem que seja à bomba),desiludidos com os traidores revisionistas troktistas ( do B.E),acusados de começar a darem sinais de engorda no refucilar no mundo capitalista onde vão enchendo os bolsos – e matando a alma revolucionária -, então estamos feitos.
(em boa verdade vos digo :dois troktistas formam um partido, três uma internacional socialista e quatro... bem quatro… formam dois verdadeiros partidos revolucionários)

Direitas e esquerda radicais, unidas - O POVO será vencido…
parece ser o novo slogan de uma classe, pobre de espírito e de sabedoria, alapada nas cadeiras do poder ,de onde não quer sair ,seja qual for preço que o País venha a pagar por mais ineptas que sejam as decisões dos yes-man’s bonecreiros, manuseados por uns baronetes partidários de pacotilha.
Sim!...com estes, nós nunca poderemos
Aladino

domingo, dezembro 27, 2009

Morrer velho,novo

Neste tempo natalício, o que me impressiona, é que dá a sensação que perdemos a memória de tudo que de mal nos aconteceu e nos propomos festejar tudo, como se só coisas boas nos tivessem sucedido.
Razão tinha aquela funcionária quando me abordou a perguntar: O Sr. engenheiro também gostaria de morrer velho?
-Sim respondeu mas velho, novo.
--------------------------------
Desbaratar ilusões
À noite, ontem, quando fui com filho e neto ao jantar na Residencial, ao chegar o Miguel disse-me:
-Avô vais jantar na Residencial dos velhinhos? E de imediato acrescenta: - da tua idade, melhor dizendo...
Eh! Mais coisa menos coisa as idades andam perto. Muitos que lá estão, conheci eu pessoas ainda jovens, cheias de vida, esbeltas e até bonitas.
A olhar todos aqueles dramas concluo: ali desbarato as minhas ilusões, se é que as tenho.
É tudo tão a correr …
--------------------------------------------
Se naquele momento encontrasse «Deus» á esquina era altura de termos uma conversinha ao rasgadinho.

Conto: Há cerca de dois messes apareceu-me um caso que me perturbou. Uma velhinha de 93 anos, já com grandes dificuldades de locomoção, cuidava, ela sozinha, de uma filha de deficiente, acamada desde que nasceu. Um caso que urgia resolver.
Legalmente, porém, só poderiam ser acolhidas: uma na Residencial de Idosos e a outra, a deficiente, no Lar Residencial para esse fim. Não me dei por vencido, e nem baixei os braços. Bati -me por encontrar uma solução que coloquei à apreciação superior da Tutela, que desde logo tinha negado a hipótese. Assim fiz nova proposta. As duas, mãe e filha, partilhariam um quarto que é o último do Lar Residencial e o primeiro do Lar de idosos. A «menina» seria tratada pelo pessoal do L R e a velhinha seria tratada pelos pessoal do L dos I.
Depois de muita luta lá veio a autorização. Fez-se a mudança. A felicidade parecia reinar naquela velhinha que assim se via aliviada de tarefas que aguentou toda uma vida, mas que agora não tinha condições para continuar. E por outro lado saberia que quando desaparecesse a filha estaria amparada para o resto dos seus dias.
Repentinamente ao fim de três dias sobreveio uma pneumonia à «menina». Internada de urgência no H de A, não suportou a doença, e faleceu na semana passada. Recebi a notícia como se me dessem um sopapo.
Mas que «Deus?!» poderia ser assim tão cruel? Não teria bastado a cruz que deu àquela velhinha a vida inteira? Agora finalmente aliviada negou-lhe um mínimo de tempo feliz.
Por isso a minha reacção quando estupefacto me deram a noticia.
Se eu encontrar esse tal «Deus» ali à esquina vou ajustar umas contas com ele…
E é que ia mesmo. O que vale é que anda arredio de mim: ou eu dele.

SF

sábado, dezembro 26, 2009

Fim de ano tempo de balanço.


Foram muitos, os momentos de preocupação com a enormidade de afazeres que a actividade do CASCI despejou sobre mim.
Valeu-me, como sempre, um hábito que faz parte integrante da minha maneira de enfrentar os desafios -e este foi,sem duvida, um dos maiores: primeiro há que perceber exacta e exaustivamente,e em todas as vertentes o problema.Horas ,dias,noites em que a «coisa» nos não sai da cabeça. E, depois de recolher toda a informação, depois de observar a questão por todos os ângulos, interiorizado o que havia a fazer,determinado a ir em frente foi tempo de definir timmings, ensinar as pessoas a compartilhar responsabilidades, atacar as Tutelas no sentido de resolver os gravíssimos casos pendentes, reestruturar toda a Instituição. Fixando novos objectivos e explicando-os em pormenor para que todos partilhem na solução. Depois, acompanhar de perto cada passo dado para,se necessário corrigir algo que na prática se verifique não ser o melhor caminho.
Com uma precisão cronométrica cumprimos na totalidade, e dentro do previsto, o que nos propúnhamos fazer. E agora será a próxima AG a resolver em definitivo a última questão ainda em aberto: a aprovação da nova estrutura Directiva.
Foi preciso trabalhar muito. O CASCI é de um grandeza desconcertante e angustiante. Mais do que isso:- de uma complexidade verdadeiramente aterradora.
Mas tudo naquela Instituição nos desafia. E se por vezes dói não ter soluções para todas as chagas do mundo, sinto que chegado aqui, posso dizer: -enriqueci-me no CASCI.
Há no Casci verdadeiros exemplos de solidariedade, espantosos, que nos reforçam e desafiam para correspondermos, nós próprios, com a dádiva da nossa quota-parte.
O risco que corri era enorme.Eu sabia-o perfeitamente. E ainda é até entregar tudo noutras mãos.
A responsabilidade da mudança inibiria um outro qualquer. A minha condição de irmão da Fundadora trazia uma responsabilização acrescida. Sabia-o. E estava plenamente consciente disso. E por isso mesmo é que só aceitei o risco quando, falhadas todas as opções e perante a gravidade da situação que punha em perigo a Instituição,me senti sem possibilidade de dizer não,como várias vezes ,anteriormente ,o disse.Desta idade não tinha nenhuma necessidade de correr o risco.Mas não havia desculpa perante a situação.E que raio eu ainda não estava de todo acabado.Tinha ainda a confiança que sempre tive em mim,e me levou a outras lutas.
Eu nunca desculparia a mim mesmo se a Instituição entrasse em colapso.
Farei tudo – e esse tudo é não olhar a esforços- para entregar uma Instituição sólida, estruturada, capaz de vencer os novos desafios.Que são muitos.

SF

quarta-feira, dezembro 23, 2009

Natal 2009

O PRESÉPIO DA VIDA

Ah! noite finalmente chegada
Nesta vida perdidiça, de sabor a fel.
Amargurada.
Presépio de figuras esquecidas,
Perdidas
Na imensidão de um céu sem a estrela,
Com magos de mãos vazias
Sem pão para ofertar
Ao menino (s)
Para a fome lhe(s) matar.
Ah! noite fria, noite de cão
Onde não há reis, nem roque,
Nem sequer um poeta a cantar
As razões da inconformada visão.
Noite de luz despida, de fria solidão
E cruel desamor
Onde tantos têm tudo
E muitos outros ,
Nem sequer uma migalha de pão.
Ou a esperança de um dia promissor.
Nem sequer o direito de «amanhã», dizerem
Não!

SF(Natal 23.12.2009)

segunda-feira, dezembro 21, 2009

Ciúmes da Ria

Surpreendes-me sempre que te visito.
Nunca pareces cansada de andar de um lado para o outro.
Serena
Calma na tua frieza de hoje
Eras a mais bonita neste entardecer
Onde só a ausência do sol dava pena.
E eu parado
Cansado de tanto correr
Em mim ausente o prazer de viver
Olho para ti extasiado.
Que pena!..
Não encontrando semente para semear,
D.Quixote atiro-me aos moinhos
Ergo o braço e ferro o punho
Num desbaratar,até, de ilusões.
Apenas e só a desbaratar
Pois já nada, nem eu me ergo do chão.
Quem me quer nesta idade sonolenta?
Quem me leva a recriar desejos despidos(?)
A fazer-me lembrar pecados já esquecidos.
Parado enciúmo-me de ti
Desse amor que vens fazer à praia
A horas repetidas, não te cansando de amar,
Envolvida com o areal ainda estremunhado
A deixá-lo beber do teu ventre salgado.

SF (dez 2009)

domingo, dezembro 20, 2009

domingo, dezembro 13, 2009

Morre comigo de mansinho

Já se somem as pegadas que ficaram para trás
Semeadas nas tortuosas veredas que percorri,
Na convicção de que era caminhada obrigatória.
E o que dela retenho na memória?
A sensação de uma fogueira apagada.
Dias de sol de mudez descarnada
Faróis de lonjuras que se fundiram
Perdidos todos os orientes e ocidentes
Da nossa imaginação desalinhada.
De tudo isso ficou apenas a certeza
De uma paz interior reforçada,
No endemoniado caminho
Do relógio que não pára a olhar para trás,
Para a vida que agora teima em ser lenta
Quando a morte acena, já, cheia de pressa.
Hoje apetece-me a paz total,
Tão cansado estou de a percorrer,
Que me deixo soçobrar no areal
A ver a ria morrer comigo, de mansinho.

SF 13 Dez 2009

quinta-feira, dezembro 10, 2009


É o mesmo :na Democracia ou na Autocracia, quem se lixa é o mexilhão.

Deve cansar a todos este estado comatoso em que o processo democrático mergulhou.
Á mais violenta crise económica (da nossa vida) junta-se agora uma crise da mais abjecta intencionalidade. A de através da insinuação, que não da prova, se pretender visar, para fins políticos a destruição do adversário, assassinando-lhe o carácter. Ora o assassínio de carácter dói mais que o fuzilamento pelo pelotão de execução.
Uma estranha e obsessiva paranóia torna aliados de momento, os interesses partidários e o sensacionalismo de uma comunicação social persecutória, onde uma cáfila de ineptos corruptos vende corpo e alma a interesses privados que, sem outras alternativas, tentam a chantagem da notícia irresponsável em troca de migalhas que alimente a podridão do demérito.
A uns e a outros, uma ausência total de responsabilização impede de ver que o País está á beira da ingovernabilidade, cujos custos recairão sobre os que suportaram o pior da crise. E que ainda não refeitos de uma já se vêm alvoroçados por outra.
Parece que já ninguém manda neste País. Sem Presidente da Republica, refém no Palácio em tortuosas maquinações à espera que as coisas caiam por si, de podres. Sem justiça em que já ninguém acredita -nem os seus executores! -,sucedem-se os atropelos para ver quem fala mais alto. Se os Magistrados se o seu Sindicato. E o mais alto Magistrado da Nação aos quesitos diz: - nada! (A propósito continuo a não perceber a lógica, num sistema democrático, da existência de Sindicatos de Juízes, como não percebo a lógica dos Sindicatos das Forças Armadas, ou os da Policia.)
Percebo mal como é que o Governo se já não fartou das palhaçadas na AR e até colabora nelas. As oposições querem governar? Que façam um Governo desgovernado. A Manela não quer ir sozinha para o fundo? Que se faça acompanhar pelo genial Louçã, o poluto dos impolutos.
Estamos de novo no País ridicularizado por Eça. O País há trinta e tal anos apresenta sempre o mesmo grupo de onde saltam os títeres que mais ou menos alternadamente, hoje têm o poder, perdem-no amanhã para o reconquistar passados uns tempos. O poder não sai,assim , de um certo circulo vicioso ,como se fosse uma panela de iguarias desfrutada por um grupo de crianças esfomeadas.
Quando um grupo de meia dúzia de um daqueles está no poder, esse(s) são, no dizer de todos : incompetentes, esbanjadores, ruinosos,corruptos. E muitas mais :- brindam-nos com nomes, injúrias e epítetos ,dirigidos ao seu carácter, quando não ás pobres das mães. Os que por então não estão no poder, «são os únicos» salvadores da pobre pátria desvalida com tanta falta de sentido pátrio, os verdadeiros zeladores do povo, os salvadores e guardiões da causa publica.
E o que sucede ?: os que estão no poder fazem tudo para continuar a esbanjar e a arruinar o País. E os que lá não estão? - esses fazem tudo : conspiram, intrigam, tramoiam, cansam-se para deixarem de ser os salvadores e se tornarem, eles-cruel destino-, os carrascos da pátria.Lutam por esse triste destino.Esfarrapam-se .
E cai o governo.
Os que lá não estavam são os novos vendilhões do templo; e os que lá estavam passam a ser os ferozes defensores dos pobres, daqueles que outrora castigaram impiedosamente.
É isto a democracia que nos prometeram?
Ou isto é uma «autocracia sistémica» do quanto pior melhor, e os fracos que se lixem….
Porque lhes continuam a acenar que é preciso sofrer para «gozar» das virtudes das ditas democracia. Só que as virtudes da dita não chegam para alimentar a sofreguidão dos «pedintes» partidários.
Já Salazar justificava o sofrimento em nome da salvação da Pátria.
Quem se lixa é sempre o mexilhão….
-----------------------------------------------------
Sempre descrente

Esta história do aquecimento global pelas emissões de CO2 mete-me muito engulhos.
O terrível esfriamento verificado no séc. XIII, que fez cobrir de gelo os territórios nas latitudes altas do Norte, até ali amenos e perfeitamente habitáveis (Groenlândia ,Islândia etc)- e em que uma das suas consequências(entre muitos) foi o aparecimento de sardinha no nosso litoral- é, hoje, provado ter sido devido a variações gravitacionais que alteraram a inclinação do eixo terrestre.
O escândalo agora conhecido de «escutas» aos computadores de muitos cientistas que organizaram a tramóia para fazer «comer» o prato de lentilhas aos poderosos do mundo ,por motivos ainda pouco transparentes e conhecidos, é a notícia mais sensacional do dia. A comunidade cientifica está claramente dividida. Porque podem estar a ser pedidos sacrifícios enormes, em nome de nada,ou de outra coisa bem diferente.
Esta questão pode parecer, mas não ser, exactamente, como no-la querem vender.
Eu vou esperar para crer.
Mas mais vale prevenir enquanto se não esclarece totalmente a questão.

Aladino

            Os nós da vida.... ..  INQUIETUDE... A VIDA COMO ELA É ...  Neste cantinho recomendado que, a natureza prodigalizou, e que a e...