quarta-feira, março 30, 2011

MAR




Canto 1 – Partir nunca mais…



Olho assombrado para ti

Mar!

Não sei das lonjuras de onde vens,

Nem razão do desassossego que trazes contigo.

Sei que mora em ti permanente inquietação

E uma eterna crispação

Quando vens apressado

No regresso de outras paragens.



Que novos mostrengos viste tu: - MAR!


Dos que Portugal sonhou primeiro,

Que ainda os não tivéssemos aquietado?!.

Diz-nos! - Não por querermos voltar a ousar,

A navegar de mar em mar, em ti todo: Mar !


A fundar o 5º Império, nem outros tais

Que por desvarios nos perderam demais.

Mas para refazer a pátria, há que de novo ficar

Plantar de novo as raízes dum Portugal

Que se esqueceu de ser jardim florido

De rosas, de cravos, de papoilas,

Meu olhar no seu rubro detido.



Partir nunca mais!



Canto 2- Anúncio da chegada



Vens de azul vestido guiado pelo voo da gaivota

Que te convida a descansar no leito da praia,

Para que melhor possas olhar o céu.

Num repente ensombras o teu ondular

A gaivota desatina e vem pousar em terra

Na esperança que emudeça o teu escarcéu.

E eu sei apenas que só por te chamar,

Mar! …

Percebo a tua dimensão

No vislumbre das montanhas ocultas no teu corpo

A erguerem-se cobertas de farfalho

Revolto véu branco que te serve d’ agasalho.



És abismo profundo em dialecto de carícias

Quando enrolas na praia, a vaga, ao entardecer,

Bailas ao compasso do vento, num fazer e desfazer.

És sonho, és dor, és acaso, provocador de notícias

Sombra dos que sepultaste, desafio aos vivos,

Que um dia partiram para longe daqui.

Como poderia deixar de gosta de ti (?!)

Se o teu nome basta para me abismar,

MAR!....

Fera cansada

O rugir na noite assombrada

Lá de longe avisando a sua chegada,

                                   [de madrugada.





Canto3-Vai sózinho. Eu fico…



Com cega brutalidade

Acordas azul, envolto na bruma da ilusão.

(e os meus olhos ficam azuis, imensos,

Na febre de querer ir contigo: - navegar).

Vieste antes da palavra

Na rara intenção de provar

A existência da eternidade.

Antes dos tempos tu já eras

Depois dos tempos tu serás.

Nada que eu faça sou eu

O mundo é teu,

De ti todo inteiro; de mim nada,

Mar!

Se eu te chamar não voltes para trás;

Eu sou como o vento na forma incompleta

Vai. Deixa que nele se esvaía meu longínquo apelo.



SF (Março 2011)

terça-feira, março 22, 2011


E então vai ser assim…

É bem chegada a hora de se demonstrar que, embora sendo má – a democracia -é verdade que não há melhor.

Confesso-me cansado de tanto dislate.
Ouvi-OS a todos.

Ao Primeiro-ministro. Cansado e baralhado com tanta confusão  adiantadamente provocada.Há culpas que, dificil será eximir-se. Um dia gostaria de perceber porque conduziu, assim, o processo da crise política.

Ao putativo (e apressado) candidato ao tal lugar: Passos Coelho. Mais vale ser rei por um dia…do que príncipe o tempo inteiro-pensará. Assume o peso de já se sentir Primeiro.Ah! o peso de sentir é bem capaz de ser diferente, se tiver que sentir. Empurrado, lá vai sem saber por onde, nem para onde. Breve será o seu destino.Há pessoas que entram na morte ,já mortas.

Ouvi o esquizofrénico Louçã. Que incapacidade politica, que delírio inconsequente, que enormidade demagógica.Que magnificos são os castelos de areia.

Ouvi o Paulo «Feirante» que acredita ter chegado a hora!

Mas …. Talvez esteja aqui a chave da questão ideológica. A Europa vai perceber que, provavelmente, a hora de pagar os erros de uma esquerda de colarinhos engomados, terá chegado mesmo.O próximo futuro vai conviver com os extremos ideológicos.

Ah! Não ouvi o Cavaco. O marechal…fez uma retirada estratégica. A soldadesca que se lixe…

Bem: vou tomar banho…. Estou encharcado em porcaria...

Aladino

segunda-feira, março 21, 2011

A BARCA DA “PASSAGE”


A barca da passage era ,desde os primeiros tempos em que as xávegas vindas da Costa Velha, da Srª das Areias, aportaram à Costa Nova, o único meio de acesso ao areal para onde tinham vindo fainar as companhas da pesca. Eram centenas, os pescadores empregues nas mesmas; mais o mulherio que ajudava no desembaraço e na escolha do peixe, e ainda os mercantéis. A que se juntavam os muitos almocreves que pela noitinha, burricos carregados  alombando com a sardinha, se embrenhavam por esses caminhos perdidos da serra.Ladeando vales e barrancos, para ao outro dia, logo de manhã, não faltar com a venda da prateada sardinha, lá para as beiras interiores e bairradas.

No início, ainda as companhas usaram enviadas para facilitar o transporte ao seu pessoal .Mas a confusão gerada, cedo indicou que o bom sentido era o da privatização (?!) daquele meio de transporte, deixando-o nas mãos de barqueiro, que, dono da sua própria embarcação, estava sempre disponível para fazer várias vezes ao dia –e até de noite – o transporte, de pessoal e material.



A largada da barca, sem hora rigorosa marcada, era anunciada por um toque singular, roufenho, saído de um búzio que se ouvia -nesses tempos isentos de outros arruídos incómodos -a um bom quarto de légua de distância.
Antes de largar dos moirões, o arrais dava uma olhadela lá para o fundo do caminho, a ver se divisava alguma alma atrasada. E quando tal sucedia, se a distância a percorrer não demorasse mais do que escassos cinco minutos – pelo cálculo do arrais, entendido nesse assunto! - adiava-se a partida .Certo é que tal adiamento, gerava, de imediato, uma zanguizarra dos diabos, com os passantes já embarcados escalabrados pela demora:

- Eh Ti Labareda . Astão vossomecê quer-nos fazer perder a maré ?...estipôr malino!…Por causa duma marafona atrasada ,que esteve, foi, entre pernas mais tempo códebido ,e agora nos faz esperar ?!.Largue mas é …homem dum raio!. Largue que temos freima de chegar á outrabanda .
-Calende-vos ou ides a nado, que ides mais depressa – respondia o arrais,moído de tanta algaraviada .

Chegada a Rosinha «Escudeira», a conversa mudava de tom e forma.Era imediatamente outra .Aquela gente era muito sabida.E então no fingimento :- umas doitoras !

-Ah Rosinha ,q’uim fim q’ue sempre achegastas ;filha ! Se não fossamos nós,o raio do Labareda não esp’rava por ti .Raios do home, c’anda sempre com o fogo entre pernas. E não há quem lhe acalme a marola.

                                     

                        O Labareda ( des. J.Antonio Paradela)

-Credo!...Fosse eu nova, e, cachopas!,….o pavio do Toino derreava -faiscava a Alzira «Saltoa»,mulheraça já cansada,enxuta, de convés corrido por tanta vaga, moradora lá para os Sete Carris. Só para adiantar conversa, para bisnagar .Para a galhofa.
O Labareda ria-se com tal desfaçatez.Ele sabia que era tudo boa gente.Aquilo eram tudo facécias.Pois numa astrapalhação, num momento mais doloroso, eram bem capazes de despir a roupa, para com ela agasalharem uma delas. Gente de acudir, solidária e amiga. Mas gente simultaneamente brincalhona, ladina, tarrinca, naqueles momentos de descontracção em grupo.
Ordem de largar,
o ajudante á proa enterrava a vara no ombro para aproar a barca a oeste .O arrais deixava-a descair um pouco, para logo dar ordem de meter a pá da borda. Leme a meio, caçava a escota retesando a vela com a dupla laçada na draga, fixando a mareação numa proa apontada ao trapiche da outra banda,ali ao lado do Salão do Arrais que, se o noroeste ajudava ,poderia ser alcançado em dois bordos.
Já por diversas vezes, o Labareda chamara a atenção, ao regedor, de que a mota devia ser deslocada para sul, aí uns cem passos, pois, se assim fosse, num só bordo, fazia-se a travessia .Se o vento era frescote – e quase sempre o era, bufando lá do noroeste - cinco a dez minutos eram mais que suficientes para laçar moirão na Costa Nova .

Durante a travessia era uma algazarra; a miudagem correndo a sentar-se no bico da proa, sonhando com o dia em que se sentasse ao leme, a retesar a escota ,e rumar ponteiro ao outro lado.

Os almocreves que tinham deixado os burricos a descansar na estrebaria da  «Bruxa» ,a recompor-se da jorna com palha fresca – pois que para cá tinham vindo carregados de azeite vindo lá das serranias,o melhor !- deitavam contas à vida na tentativa de ler o tempo. Imaginando como seria a noite, em que serra acima ,ladeando a ravina ,atravessando o riacho, metendo à desbanda por um atalho conhecido …toque… toque… , lá iam por entre pinheirais a zangalhar, assanhados com a ventania da noite que facilitava que por ali surgisse algum marmanjo da rapina. Percorrendo ligeiros os caminhos do interior a carrear a sardinha fresca. Por isso, e porque amanhecido o sol era tempo de entregar o carrego lá para as bandas de Viseu, havia que dar ao pé .Burro, e pimpão almocreve.

Por vezes aparecia para atravessar na barca, o João«Ruço»,exímio tocador da concertina que fazia as delicias dos embarcadiços. Encostado à barra da escota, atirava-se ao «vira que vira», esbofando a sanfona ,enquanto com dedos ágeis percorria os botões das notas .E logo duas pescadeiras saltavam, lestas, para o centro ,saltitando e rodopiando. Pés descalços «sapateando» nos paneiros ,enquanto a voz fina mas timbrada e maviosa da Joaninha «Cantadeira» se fazia ouvir, depressa denunciando a origem :



Meninas vamos ao bira
Ai ! que o bira
É coisa voa
Eu já bi dançar
O bira
Lá p’rós
Lados de Lisboa

Ai! bira» que bira,
E torna a birar,
As «boltas» do bira
São voas de dar

Enquanto isso, as cachopas num falazar grazina, aproveitando o ripanço daqueles breves momentos, lá iam em conversa onzeneira:

- Astão Rosinha? fostas a ultima a vir lá da vila .Deves saber nobidadas .Disque lá ,chopa !...

- Novas(?!), só que entrou na barra o iate do Ti Cachina, vindo lá da estranja .A Ana «Fradoca» foi esperar o homem, o Armando Ramízio .Logo à noite, lá p’ró Arnal, vai ser uma zanguizarra dos diabos .Sete meses de fastio, gentes !...,nem as pulgas incomodam. Chegada a hora, vai ser tempo de medrar menino .Idas ver - ia dizendo a Rosinha.

- E olha c’os tempos não estão nada p’ra isso, rapariga.Só vejo fidalgotas a cheirar o frescal, e a desdenharem. Que não presta, dizem !O que essas delambidas querem, é «dado» .Mas enganam-se .Que cá a Zefa, dado, só ò mêhome. E num é sempre !. C’ás vezes lá lhe caço uma felpa, a troco do festim. Que não é para o gabar – q’inté é p’rigoso com tanta serigaita a c’rer pastar - mas cá o meu Zé é danado p’rá brincadeira .Num é por ele ser o mêhome,mas aquele bardal prece c'anda sempre esgalfo pela jája.

- Ah!... Zefa ,c’alte …Tu sabes q’ué bom, porque nunca comeste doutra malga. Amorna-te aí…. raios! Tem relego nessa língua e não nos desinquetes,com essas toleimas.Mogadinha de mim que h´a benícias que nem escasso cheiro.

Outra figura que era habitual, de tempos a tempos aparecer a tomar o seu lugar na passagem, era o «amolador». Lá vinha empurrando o carrinho de roda com os apetrechos para colocar a gataria nos barros esfanicados, ou esmeril aconchegado. Pronto para afiar os navalhões da trupe das campanhas, ferramental indispensável ao exercício diário daquelas gentes, precisando do gume bem afiado, capaz de cortar papel em tiras de enfeitar .O ti Francisco da «Gaita», assim chamado por anunciar a sua presença de porta em porta, por uma gaita de beiços ,com sonoridade distinta e singular, que era o aviso para se ajuntar todo o material a necessitar de reparo, à porta dos palheiros, onde exercia o sei mister.

Ti «Gaita» –dizia maldosa a Berta «Lamaroa»- vossemecê não é capaz de me pôr três gatos numa racha, p’ra a aviar como nova?

-Asponho pois..não havia de m’astreber eu .Atão que é lá isso?. Cuida-te, ósdepois ,porque os gatos miam de noite, se incomodados, e gostam de tripa miúda - respondia sisudo o «Gaita», homem de pouca conversa fiada. Que fiado só os muitos calotes por trabalhos feitos àquela gente, a aguardar paga, à espera de melhor maré .

Tempo de chegar. O arrais media a distância, e, chegado o momento ,orçava, apontando a proa ao vento. Folgada a escota, recolhida a pá da borda para cima da tosta , o vento e a corrente levavam a borda da embarcação a beijar, suave, o trapiche a que acostavam, para descarrego das gentes.

Era um desaforo. Uma restolhada dos demónios .Todas queriam ser a primeira a colocar o pé descalço no tabuado da mota ,lestas para chegar à escolha e venda do peixe .Se o não havia fresco ,porque o mar não permitiu lanço ao meia lua ,carregava-se do escorchado. Que à falta de melhor ,também tinha clientela.
À volta, no regresso ai fim da jorna , era um queixumar de arrenega .

-Danado do mar! Escajunrrado.Aquele cão anda mais «seco» que trimbaldes de porco capado; o peixe branco está pela hora de morte, não se lha pode achegar .Mais caro c’ós pozinhos de maio, milagreiros , da botica do Ti Cunha – queixava-se a Ana «Espadela» maneando a cabeça num esgar de nojo, ascupindo para a borda..

Mal , acomparado, - que comparações só se podem fazer com os santos - era assim :
À ida :
- Maria,adonde vais tão pimpona ?!
-Para a «festa!!!»
À vinda :
- Maria ?:- de onde vens , cachopa triste:
-Da… «fe...sta…»
SF 8Março 2011)



















quinta-feira, março 17, 2011



E então vai ser assim….(II Parte)

 
Portugal é um país de «mourinhos».Isto é, um país de hábeis e geniais estrategas.

Começou a prole com o biganau  Alphonso,que tinha o vicio de assobiar aos mouros, imitando rouxinóis de noite (?).E quando estes se punham á procura ...pimba :  berrincha para cima dos infiéis,emigrantes desorfados da altura.Aqui d'el Rei,de foice ou forquilha, ia tudo na frente. 

Agora, exemplo claro disso ,a magistral jogada de Sócrates.Chamada pressão alta do terrivel campeador.

Há dias -lembram-se?! - previa-a. E dela dei conta no Blog  http://terralampada.blogspot.com/2011/03/e-entao-vai-ser-assim-1-socrates-forca.html . O primeiro passo, aí está.

Entretanto o País continua a melhorar e a entrar num rumo de onde nunca se deveria ter afastado.

 Sacrifícios? Pois claro, ou pensamos que isto é para brincar…

É altura para os outros dizerem como vão fazer…ou então cambalhotar…Que raio :- quem nunca deu uma cambalhota que se acuse.

 (gaita também não era preciso avançar o pelotão inteiro...que diacho.)

Crise é crise,mas há muitas maneiras de a controlar :- poupem com o que é Vosso. Ou julgam-se todos Berlusconni's.

Aladino

quarta-feira, março 16, 2011

Pegadas …



Pela beirinha do mar sigo as pegadas

Infindáveis,

Por outros, deixadas no areal;

Muitos outros, tantos!

Que como eu perseguem

A procura de se reencontrarem.

Esquecer o passado meu

É o mesmo que correr atrás do vento que me fustiga;

Nele pouco encontro de que valeu.



Vem o farfalho branco da vaga

E tudo que está para trás apaga.

Como se a vida recomeçasse de novo

Tento olhar em frente e seguir caminhada.

Para onde vou(?) Não sei.

Sem o peso dos erros vou mais leve,

A deixar de novo as minha pegadas,

As minhas marcas, na vida ainda que breve.

O passado foi-se

O importante é que desperte um novo dia

Em que volte de novo a ser eu,

Mas um outro eu.

Agora, inteira e totalmente: LIVRE !

SF  -Março 2011

sábado, março 12, 2011


E então vai ser assim:



1-Sócrates força o PSD a mandá-lo embora,


2-Cavaco fica à rasca,


3-Convocam-se novas eleições,


4-Santana Lopes constitui um novo Partido,


5-Portas perde com Santa Lopes,


6-PS E Santana L. têm a maioria absoluta,






O Filme da nova geração «ROSCOF» começa dentro de momentos.


END .



ALADINO  (TERRA DA LÂMPADA)

sexta-feira, março 11, 2011


O passado …passou…



Sentado no terraço

Afundo o olhar na ria,

Ao querer saber tudo a meu respeito.

Sinto a brisa quente que me traz o aroma da saudade

Vejo no espelho do seu azul prateado

Enigmático sorriso estampado no meu rosto baço;

Afinal , a vida pode ser olhar…e nada mais.



Neste fim de tarde quero lembrar
As últimas ofertas de sonhos
Os últimos momentos em que me dei
As derradeiras palavras que escrevi
Os últimos afectos com que matei a tua sede ..

 
Não consigo reencontrar-me ;
Recolho o olhar
E regresso para dentro de mim.
Nesta desconstrução que persigo;
Mas não consigo dilucidar,
Pareço não ter deixado rasto
Naquilo de que me afasto.
Nem ao menos dos momentos que contigo
                                                          [ vivi



SF  Mar 2011

terça-feira, março 08, 2011


CADA GERAÇÃO QUE ASSUMA O SEU TEMPO.


É o tempo de se andar mascarado. O País parece aproveitar a ocasião, e vive a fazer de conta.


-Geração Rasca…ou à Rasca …ou Parva, são várias dos slogans «pimba» que suportam  encenações para que a juventude possa de diferentes maneiras, chamar sobre si, a atenção.


Devo contudo começar por afirmar que os dizeres da canção dos Deolinda, agora na berra, feita hino geracional, são em si mesmo, uma «parvoíce».Fiquei desiludido. E os cantadores da «Luta Continua», imagem rasca de Zeca Afonso & Branco, são de uma pobreza diletante. Imagem popularucha, de uma demagogia que arranca a custo, ligeiros sorrisos, mais pelas figuras tipo emplastro, do que pela lenga-lenga.


Ser-se «parvo» por estudar e aprender (sempre e todos os dias), é de todo em todo,  uma mensagem perfeita mente parva.


O que esta geração teve foi o que outras anteriores, ainda recentes, não tiveram: a solidariedade nacional para permite a todos, em igualdade e de borla, poderem adquirir os conhecimentos para…


(Aqui é que a porca torce o rabo….)


...,não para arranjar emprego, mas sim para trepar na vida, conforme o merecimento e capacidades. Que isto de igualdade (para lá das oportunidades concedidas) não conduz a ilha paradisíaca nenhuma.


Muitos –a maior parte! – dos que compunham a geração a que pertenci, não tinham possibilidades de aprender. E aos quinze, dezasseis anos - ou antes! - já trabalhavam bem no duro por uma côdea de pão. Essa sim, era uma geração (quase) sem oportunidades. E quando emigrou, a salto, foi para habitar os bidonvilles.  Agora quer se cante quer não - essa geração nem podia cantar, senão, o «Lá vamos cantando e rindo...»- o mundo está cheio de oportunidades (agora é que eu queria recomeçar)  mas é preciso trepar e a pulso, para as agarrar.E a pulso, esta nova geração só sabe fazer outras coisas. 
Não são os parcos conhecimentos obtidos num curso superior qualquer (andam por aí ás centenas diplomas de nada) que dão direito ao putativo emprego.É o que se aprende no trabalho,no dia a dia, que irá definir o êxito.


Mas que é bom ouvir a juventude a pronunciar-se, entendamo-nos: - é bom e pode ser que do hábito nasça uma postura de abordagem da vida bem diferente.


(achei especialmente oportuna, e até inteligente, a cena de interromper o 1º Ministro)

2- «Descontentes»

 
Descontentes …há muitos. Uns bem intencionados, outros nem por isso.


Preparem-se…não acreditavam que esta confusão toda era, principalmente, produto de uma crise (uma completa subversão das regras da economia), vinda de fora, dos mercados(?!) invisíveis que ninguém controla ou sabe identificar? Vão então ver no que isto vai dar. A crise já não está só por aqui perto, pela Europa. O estouro vai chegar a todos os lados.


Crise?... Há ainda quem não tenha percebido o que aí vem. Pois que se preparem …


Aladino


PS- Na minha vida profissional nunca aceitei fazer um contrato com o empregador.Um unico que existiu por insistência do patrão, ficou guardado no cofre do mesmo.Livre como o passarinho.

            Os nós da vida.... ..  INQUIETUDE... A VIDA COMO ELA É ...  Neste cantinho recomendado que, a natureza prodigalizou, e que a e...