25 Abril 2012
Mais longo que as curvas da vida,
Que o resto das tuas promessas se desvaneceu.
Já não há cravos nem rosas, nem espingardas
nem sonhos gritados aos céus,
Tudo é nebuloso.
O Povo desunido, foi claramente vencido.
Meu canto é triste;
Choro em cada verso a desilusão
Dos sonhos que não cabiam na mão.
De todas as mãos.
Hoje é véspera do não chegar nunca a ser.
Vou por aqui ficar a velar
À espera de que aconteça o que quer que seja;
Ao longe ouço tambores, mas não os vejo
E eu queria vê-los e ouvi-los rufar
A anunciar
Que é lenta a marcha, mas há que recomeçar.
No ar paira uma promessa
De um dia se voltar a cantar
Os versos da primavera, de novo florida.
Seremos então tantos, seremos todos
De braço no ar a empunhar de novo a flor
A gritar a raiva que nos move
A perguntar «aos tais»:
De novo enganados ?!
Não!!! Nunca mais.
SF (Abril 2012)
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