quarta-feira, abril 30, 2014
quarta-feira, abril 23, 2014
segunda-feira, abril 21, 2014
Um grito de angústia
Ecoa neste país
São os homens…são os
homens,
Perdidos entre as brumas da derrota
A clamar;
Tudo neles é uma sombra dum passado
Em que lhes prometeram
Mais do que a Liberdade:
Fraternidade.
Hoje por onde quer que se vá
Vemos um punhal
Apontado ao coração do seu Povo
São os homens…são os
homens.
Que já não sonham
Nem sabem, mas sofrem.
Deixo-me ficar por
aqui a velar…..
A crença e a esperança
Já se foram; nada mais resta;
Nada mais do que
O terrível desespero
Na elipse do grito
Que ecoa por entre cadáveres (vivos)
Adormecidos,
À sua sorte abandonados.
Deixo-me ficar por
aqui a velar….
Neste país já não se levam
Os velhos para a
montanha;
Neste país mais comodamente
Se matam os velhos
Dentro das cidades estranhas.
E com o talão atestando o óbito,
Devidamente carimbado,
Pode ser que o falecido troque a carreta
Pelo «audi»…premiado..
Deixo-me ficar por
aqui a velar….
Neste país até o vento
Parece triste
Depois do assassinato
Das vermelhas flores
E já nem os trigais
Ondulam
Nem as espigas se
beijam
E se acariciam,
E os pássaros já não chilreiam
A fazer amor
No escondido dos beirais;
Vento este, ruim (!)
Salgado de tanta dor.
Deixo-me ficar por
aqui a velar
Os lobos descem ao povoado
Disfarçados
De avozinhas celestiais;
São loucos e façanhudos
A vasculhar os tostões
Sofridamente amealhados.
Ai do Povo…ai do Povo
Sugado por estes vilões
De olhos cavos
E aguçados dentes;
Gente vulgar, gentes soezes
Ai do Povo..ai do Povo
A ser roubado de novo
Por estes corvos negrões
Que enchem o papo
«Faminto»
Àqueles insaciáveis ladrões
Deixo-me ficar por
aqui a velar…
Sf abril 2013
domingo, abril 13, 2014
Costa Nova
Uma praia
injustiçada
Há praias em
Portugal
O que é muito natural
Fazem parte da História
Ó Costa Nova do prado
Minha praia injustiçada
Tua estória é um tratado
Para narrar estes feitos
E sentir inspiração
Invoquei os meus eleitos

St. António, S. Pedro e S. João
Deu ordens o nosso Infante
P’ra navegar
nos canais
Do ocidente
ao levante
Sobre moliço
e juncais
Conquistai a
terra ímpia
Se cheirar a
pó de enguias
Já
descobristes a Índia
Até El Rei D.João II
Quis sair do
galeão
P’ra pisar os
areais
Mas caiu uma
borrasca
Que arrancou
o traquete
E El-rei
ficando à rasca
Sentou-se no
cagarete
Vasco da Gama também
Aqui veio navegar
Pouco experiente, porém,
Na coroa foi encalhar
P’ró astrolábio olhou
Esta merda avariou
Mas foi a primeira vez
P’ra que são as malaguetas?
Estamos num atoleiro
Vais levar duas galhetas

Quando Albuquerque chegou
Tão cheio de
munições
Nem a salva
disparou
Com medo dos
gafanhões
Viu a bica
dum moliceiro
Que estava em
amanhação
Julgou que
era um morteiro
E escondeu-se
no porão

físico Frei-Vieira
Com perícia e
muita calma
À tripulação
inteira
Tratou do
corpo e da alma
Animou os
encalhados
Medicou os
cagarolas
E vestiu os
descarados
Dos indígenas
matolas

Sentiu-se
logo inspirado
P’las ninfas
da nossa ria
E todos dentro de um barco
Alcina C. Parracho
2012
Dos Deuses familiar
A Júpiter fez o pedido
Para vir recompensar
Este esforço desmedido
Do Olimpo veio Baco
Com os vinhos e leitão
E todos dentro de um barco
Festejaram a expedição
Assim se faz justiça
Às enormes proezas
Da que é a mais castiça
Das praias portuguesas
2012
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