CLICHÈ
Vieste invadir
O meu espaço visual.
É com ele que sonho.
Noites e manhãs, é nele
que viajo
Olhando extasiado
toda a paleta
Momentos e cores que me despertam os sentidos.
Não esqueças (!): sou eu que continuarei a Vê-lo
Tu levas apenas, daqui, fugaz momento.
Eu vivo nele
Ao natural
De azul vestido
encharcado na luz
Hoje enfeitado ,estremunhado, com o teu voyeurismo
Embarco nele diariamente
Por vezes amarrotado da vida
Outras vezes eufórico de mim.
Nem preciso de barco para navegar na Ria.
Vou por ela a cantar todo a paisagem
À procura do que a Rosa
viu,
Mas não descobriu.
É aqui que nascem as gaivotas.
Olha como elas voam.
Trazem saudades do
sol e ciúmes da vida
Tenho sempre a porta aberta.
para que a gaivota entre
e vá directa ao meu coração,
Cantar-me uma doce canção.
Hoje, aqui, o mar
Não cobrou ondas...
Embonitou-se para o clichè..
E porque eu, então,
Não fiquei alheado da tua presença incerta,
A caminhar à
procura no vento, na pedra
Iemenjá ,rainha livre
Ao encontro de um amor sem demora (?!)
SF
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