segunda-feira, novembro 21, 2022

A OBRA DA CRIANÇA


 E já agora:

 Desde logo : este pequeno reparo:  não pretendo elogiar, quem nele  é citado...Apenas repor -ou lembrar para  história futura...um estranho e parece que esquecido facto.

A  propósito do 42º Aniversário do CASCI

Tenho visto e lido,ao longo dos anos, as elogiosas (bem merecidas) referências, ao CASCi. Nelas  citando   o nome da fundadora que, decididamente, pulso a pulso “contra ventos e marés “ o ergueu. Espantosamente  esquece-se – por uns tantos, propositadamente–  a OBRA DA CRIANÇA.

Ora a verdade é que esta  foi o prelúdio causador do nascimento do CASCI. 

A OBRA DA CRIANÇA, foi um “atrevimento”  notável na altura da sua fixação em Ìlhavo..Nascida de um repentina decisão da Zeca, instalada à pressa  na Casa Relvas, ao Cruzeiro, acolheu rapazes  desinseridos, sem família nem aconchego, acolhidos e maltratados num centro de acolhimento (?)  bem intencionado, mas mal orientado, existente na  Ermida. Foi uma decisão que, a Zeca, bem apoiada pelo Cap Zé Vaz,Sr Celestino e outros, se lançaram ,criando do nada, um (já) exemplar centro de acolhimento fraterno.  

Mas ....a Casa era pequena....

A  Zeca  era insaciavelmente desmedida na ambição solidária. Queria ir muito mais longe...muito mais além....Já que Ílhavo era um símbolo do mar,a Zeca queria fazer desse “nosso mar”,um mundo onde apenas navegassem as caravelas da  solidariedade e a fraternidade.

E por vezes acontece a todos, nesse desmedido sonho, tropeça-se....na tormenta da vaga.



Fruto de uma errada parceria, apenas e só pelo seu esforço e decisão ,irá nascer o novo centro já de casas especialmente construídas para o fim em  vista, ali na proximidade (hoje) da Escola João Carlos Celestino Gomes. Tudo parecia correr bem.O parceiro ,em nada intervinha no funcionamente da OBRA. e esta navegava  e desenvolvia-se imparavelmente. Estabilizada ,começou a medrar nova ambição ,novo desígnio, novos mundos a desbravar: estender a OBRA a todo o Concelho, criando novos centros de acolhimento.

O medo instalou-se perante a magnitude do sonho...

E a parceria desmoronou-se....

A Zeca partiu, então livre, para outro fim. Assim nasceu o CASCI liberto de teias limitadoras, bafientas.... acomodatícias....

A OBRA DA CRIANÇA ,felizmente, continuou. Estimo-a muito...Visito-a e olho-a com pena. Sem querer ferir susceptibilidades, olho um pouco triste para tudo.Se em boa decisão , a obra continuou– e deve continuar ,porque é importante– julgo que está parada no tempo e na ambição, há  precisamente,42 Anos.Tantos quantos anos perfaz, hoje, o CASCI !...O sonho de a estender e reproduzir em todo o Concelho: –  morreu...(isso sem duvida na afirmação).

Sempre antevi , e repeti insistentemente, várias vezes , a ideia de se chegar a um acordo com o CASCI para que,  a OBRA DA CRIANÇA,  seja integrada nas funções sociais daquela Instituição. Mas.... sempre houve. “velhos e novos do restelo” a não quererem  misturas. Ciosos ...da sua ociosidade, na sua (pequena) relevância.

Claro:  nada tem a ver com os que, na OBRA, sempre  se esforçam por fazer o melhor.


E ponto final....


Senos da fonseca (Nov.2022)


1 comentário:

Manuel Teles disse...

QUEM ASSIM ESCREVE "NÃO É GAGO" E SABE BEM DO QUE FALA! UM ABRAÇO , AMIGO SENOS FONSECA! Do Manuel Teles

  67.   Poemas de Abril Abril: síntese inalcançável Já não há palavras  Que floresçam Abril,  Nem já há lágrima...