sábado, maio 25, 2024

 

Que Te falta cumprir, Portugal? 


 “Isto” (!) é hoje o que resta

De um País

Que foi enorme, 

Do tamanho do mundo

Tal foi  o grau da glória a que subiu, 

Tornando  a língua lusa por “fala”. 

Hoje este País

Já não é ancoradouro

De barcos que chegam,

De riquezas entulhados.

Hoje este país é cais de embarque

 De vivos

E mesmo de semimortos. 

Uns e outros

De pés atados

Alma amargurada

Searas humanas deste país, ceifadas, 

Minguadas, espremidas, encoimadas 

Vão,

Sombras da inquietação

Do desterro estampadas no rosto,

Vão à aventura

Procurar o chão das migalhas

No seu País ora perdidas

Ora esbulhadas.

Vão carpindo a desventura

De ser hoje e agora,

Os novos escravos,

Vendidos aos fátuos mercados da usura. 

Cumpriu-se o mar, cumpriu-se o sonho, 

Cumpriu-se o medo

Desfez-se o império,


Que penas te faltam cumprir 

Portugal (?!)

Para que sejas nosso... 


Senos da Fonsecsa


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A « magana » que espere....  Há dias que  ainda me conseguem trazer interesse renovado, em por cá estar  por mais uns tempos. Ao abrir logo ...