Que Te falta cumprir, Portugal?
“Isto” (!) é hoje o que resta
De um País
Que foi enorme,
Do tamanho do mundo
Tal foi o grau da glória a que subiu,
Tornando a língua lusa por “fala”.
Hoje este País
Já não é ancoradouro
De barcos que chegam,
De riquezas entulhados.
Hoje este país é cais de embarque
De vivos
E mesmo de semimortos.
Uns e outros
De pés atados
Alma amargurada
Searas humanas deste país, ceifadas,
Minguadas, espremidas, encoimadas
Vão,
Sombras da inquietação
Do desterro estampadas no rosto,
Vão à aventura
Procurar o chão das migalhas
No seu País ora perdidas
Ora esbulhadas.
Vão carpindo a desventura
De ser hoje e agora,
Os novos escravos,
Vendidos aos fátuos mercados da usura.
Cumpriu-se o mar, cumpriu-se o sonho,
Cumpriu-se o medo
Desfez-se o império,
Que penas te faltam cumprir
Portugal (?!)
Para que sejas nosso...
Senos da Fonsecsa
Sem comentários:
Enviar um comentário