domingo, janeiro 13, 2013


 

 

 ODE

De Confrade  encapotado anda mascarado
Potente Baco,  deste reino alegre e ditoso
Por feitos e glorias tão desmerecidas
O grão mestre  do bacalhau no prato
Lhe concedeu o baco e  o hissope
E assim foi tão grandioso Rei nos calotes
Como fraco  e desmerecido em obra feita
Ao ouvir o lapuz gafanhão
Mazorro e prolixo a arrotar sentença
A martelar cabeças córneas
A fazer do bacalhau cidadão
Não há quem não colha do palrador
De um burro a sisudeza no rir asneiro.
Ai  Ribau, Ribau...
Para atar os molhos da palermice
Só te faltava esta sandice
De um tanque encheres de bacalhaus.
 
 Eu sei…eu sei…

Que na tua sandice e vã glória
Assim lhes não chamas «bacalhaus»
Mas sim de cidadãos impolutos, filhos da terra.
Deste-lhe mãe aos filhos da puta
Bendito o gesto que aos ílhavos encantará
Gesto impante e glorioso,
Este de trazer o mar até nós, e de metê-lo na «bestega»
E assim se engrilará
Que foi  afinal por estes sanapaios
Que tantas mães choraram
E tantos filhos se mijaram .
Para que fosse d’uns tantos:-Ó bacalhau,
Afinal  burrice dos antepassados ,lá ir tão longe.
Agora ,depois do feito,  para o pescar já só basta
Navegar do lejo do Bispo ao lejo do Museu
Ah ganda Ribau!!!!!

Agora sim, é tempo do bacalhau a pataco.
Não será mais uma caça ao fiel amigo,
Mas uma nassada a infiel cidadão.
Ai Ribau !, Ribau!….
Para cumulo patético só Te faltava
Esta, do bacalhau….bacalhau…

 Ai Ribau…Ribau 
Mereces as boazonas Nereias que ao teu colo de deleitam
Mas cuida-te com os felpudos e caprípedes  maganos,
Que afitam as cornígeras orelhas. Lembra-te!...
Quão de paternas manhas, os asnos sobrevivem.,

Aladino    13 .Janeiro 2013

  67.   Poemas de Abril Abril: síntese inalcançável Já não há palavras  Que floresçam Abril,  Nem já há lágrima...