quinta-feira, junho 27, 2013



Romance…

 
Nunca escrevi um Romance. Dirão: - por não o saber fazer. Talvez.
Mas para mim o romance «nasce» no autor, fruto de múltiplas relações. Ora em mim essas relações foram sempre desligadas umas das outras (ou raramente).Nunca se entrelaçaram,colidiram, ou até, se defrontaram. Isto é : vivi com tranquilidade, diferentes relações posicionando-as onde cada uma  deveria estar. No essencial nunca deixando de esclarecer logo á partida as premissas, para não gerar equívocos. Assassinava o «romance»  logo ali, é verdade, mas ficava tranquilo.
Fácil de entender ? Uma ova…por isso sei bem as classificações que por detrás da cortina me vão(ainda !!!) atribuindo.
Isto é meus caros, e eu me confesso: –«vivi» romances serôdios. De cordel. Que não  me sujaram senão por fora. Então manda a verdade dizer: não vivi,passei por eles.  
Romances pategos, de esquina. Vou ali e já venho. Se olhar para trás, muito pouco me resta de saudade por esses atrevimentos .
Vem isto a propósito de quê?  (perguntarão, os  amigos que ainda me aturam…)
Ora bem : a propósito de ter ouvido um intelectual livresco na TV,  dizer que nunca tivemos um romancista a sério.
Pois : isto é um País de pategos. Bem se esforçou Camilo em fazer «amores de perdição» a cordel.

Ele bem se poderia esforçar. Mas os personagens, esses eram sempre os mesmas(ou quase)

SF

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