Romance…
Nunca escrevi um Romance. Dirão:
- por não o saber fazer. Talvez.
Mas para mim o romance «nasce» no
autor, fruto de múltiplas relações. Ora em mim essas relações foram sempre
desligadas umas das outras (ou raramente).Nunca se entrelaçaram,colidiram, ou
até, se defrontaram. Isto é : vivi com tranquilidade, diferentes relações
posicionando-as onde cada uma deveria
estar. No essencial nunca deixando de esclarecer logo á partida as premissas, para
não gerar equívocos. Assassinava o «romance» logo ali, é verdade, mas ficava tranquilo.
Fácil de entender ? Uma ova…por
isso sei bem as classificações que por detrás da cortina me vão(ainda !!!)
atribuindo.
Isto é meus caros, e eu me
confesso: –«vivi» romances serôdios. De
cordel. Que não me sujaram senão por
fora. Então manda a verdade dizer: não vivi,passei por eles.
Romances pategos, de esquina. Vou ali
e já venho. Se olhar para trás, muito pouco me resta de saudade por esses
atrevimentos .
Vem isto a propósito de quê? (perguntarão, os amigos que ainda me aturam…)
Ora bem : a propósito de ter
ouvido um intelectual livresco na TV, dizer que nunca tivemos um romancista a sério.
Pois : isto é um País de pategos.
Bem se esforçou Camilo em fazer «amores
de perdição» a cordel.
Ele bem se poderia esforçar. Mas os
personagens, esses eram sempre os mesmas(ou quase)
SF
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