domingo, junho 30, 2013



Só o chamar à noitinha por ti


O chamar à noitinha por ti

É qualquer coisa que não sei explicar:

Mas todo o meu interior amansa

E até o desespero parece amainar.

 

Não paras um só momento

Afadigada a carrear vida de um lado para o outro.

Aves sobre ti vão a voar

Levando consigo as tuas penas.

Ai quem me dera as minhas lavar

Para Te olhar de outro modo, amor

E contigo me deixar levar.

 

A estrela lá no céu flutua

No espaço.

De longe vem o odor dos pinos

E por cima de todos os ruídos o mar!

Já nele não vogam marinheiros cegos

À procura do desconhecido.

Eles, as aves, tu e eu, voltamos ao mesmo destino.

 

 

Ir e vir, a contar as horas, em profundo desatino.

Só tu sabes a minha história;

Dá-me a leveza das asas das tuas aves

Cobre-me com o manto com que te defendes do vento.

Acalma o mar encrespado que nem a sede mata,

E vem aliviar a tristeza incurável que invade meu coração:

A minha tristeza é não caberes dentro de mim, adormecida,

Para juntos irrompermos pela madrugada

A ver o dia e as suas cores pela cor dos teus olhos.

 

SF. 13.Junho.2013

 

 

 

 

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