Só
o chamar à noitinha por ti
O chamar à noitinha por ti
É
qualquer coisa que não sei explicar:
Mas
todo o meu interior amansa
E
até o desespero parece amainar.
Não
paras um só momento
Afadigada
a carrear vida de um lado para o outro.
Aves
sobre ti vão a voar
Levando
consigo as tuas penas.
Ai
quem me dera as minhas lavar
Para
Te olhar de outro modo, amor
E
contigo me deixar levar.
A
estrela lá no céu flutua
No
espaço.
De
longe vem o odor dos pinos
E
por cima de todos os ruídos o mar!
Já
nele não vogam marinheiros cegos
À
procura do desconhecido.
Eles,
as aves, tu e eu, voltamos ao mesmo destino.
Ir
e vir, a contar as horas, em profundo desatino.
Só
tu sabes a minha história;
Dá-me
a leveza das asas das tuas aves
Cobre-me
com o manto com que te defendes do vento.
Acalma
o mar encrespado que nem a sede mata,
E
vem aliviar a tristeza incurável que invade meu coração:
A
minha tristeza é não caberes dentro de mim, adormecida,
Para
juntos irrompermos pela madrugada
A
ver o dia e as suas cores pela cor dos teus olhos.
SF. 13.Junho.2013
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