domingo, junho 23, 2013



Vamos indo….
Grão caso, este, de sentir uma certa sonolência de dia, e uma quase lucida insónia ( de noite).
Bem : à falta de melhor, leio .E esta noite encontrei no meio da leitura esta pérola do P. António Vieira(revisitado continuadamente).
Queixava-se, Vieira, a determinado Senhor, de tão pouco se fazer de um negócio de tanta importância e consequência ;mas toda a culpa tem o nosso governo, que se ocupa com as regateiras e almotacés, sinal que não passam os seus olhos a outras lamas que mais enlodam, e a outros interesses que mais nos danam. Cedo seremos só Reis de Lisboa ,e queira Deus que ainda essa saibamos guardar como convém (carta a Duarte Ribeiro de Macedo,1827).
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Pergunta-me :porque fazes tantos poemas(?) à ria ?….
Olha: por vezes não é exactamente à Ria ,mas sim por intermédio dela. Metaforicamente.
A verdade é que muitos fazem versos á namorada, amante ou à mãe.
É como vesti-las de um modo diferente….
Eu não aprecio tal. Sou mau costureiro. Gosto mais de sonhar .
Por isso os meus arremedos são apenas a expressão de um desnudar continuado.
A Ria contém ela em si, um continuado sexo de formas sonhadas, sempre em mutação. Pano infindável para fazer as minhas trouxas.
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 O Ministro da Finanças nivela este país pela pobreza (retiradas meia dúzia de excepções). O Ministro da Educação propõe-se nivelar o país pela incultura e o não saber. O Ministro da Saúde propõe-se  nivelar o País pelos que já morreram(felizmente) e os que se apressa a deixar morrer, para poupar.
O Primeiro Ministro, esse , transforma este país em duas categorias: os que já tiveram dignidade, e os que encolhem os ombros. A dignidade perdeu-se na mansidão deste pacato e cordato povo.
Sf (Junho 2013)

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