Vamos indo….
Grão caso, este, de sentir uma
certa sonolência de dia, e uma quase lucida insónia ( de noite).
Bem : à falta de melhor, leio .E
esta noite encontrei no meio da leitura esta pérola do P. António Vieira(revisitado
continuadamente).
Queixava-se,
Vieira, a determinado Senhor, de tão
pouco se fazer de um negócio de tanta importância e consequência ;mas toda a
culpa tem o nosso governo, que se ocupa com as regateiras e almotacés, sinal
que não passam os seus olhos a outras lamas que mais enlodam, e a outros
interesses que mais nos danam. Cedo seremos só Reis de Lisboa ,e queira Deus
que ainda essa saibamos guardar como convém (carta a Duarte Ribeiro de Macedo,1827).
Pergunta-me :porque fazes tantos poemas(?) à ria ?….
Olha: por vezes não é exactamente
à Ria ,mas sim por intermédio dela. Metaforicamente.
A verdade é que muitos fazem
versos á namorada, amante ou à mãe.
É como vesti-las de um modo
diferente….
Eu não aprecio tal. Sou mau
costureiro. Gosto mais de sonhar .
Por isso os meus arremedos são
apenas a expressão de um desnudar continuado.
A Ria contém ela em si, um
continuado sexo de formas sonhadas, sempre em mutação. Pano infindável para
fazer as minhas trouxas.
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O Primeiro Ministro, esse ,
transforma este país em duas categorias: os que já tiveram dignidade, e os que
encolhem os ombros. A dignidade perdeu-se na mansidão deste pacato e cordato
povo.
Sf (Junho 2013)
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