sábado, julho 19, 2014




Espesso silêncio..



Nesta primavera
Que   custa a nascer
O dia esvai-se
Entre o tédio
E o desejo aceso,
Num espasmo pardacento.

Fim triste
De um dia triste
Que se fecha  
Numa luz que dói.

O teu corpo
Desnudado
Despojado,
Aqui deitado a meu lado,
É o único sol
Que resta do dia.

Sedutor
Puxa- me para teu lado.
Apetece-me inclinar a boca
E entre beijos
Murmurar
As palavras
Que a mim prometi
Nunca tas dizer

Vá!.. deixa-me penetrar
A tua cintura;
Eu prometo tudo te dizer
Tão lentamente

         Como te penetro
         Lento...
         Oh! Tão lento...

Para  que  o meu corpo
Fique gravado em ti.
Morto
De tanto ser
E ter.

         E para que as palavras
         Mortas no espesso silêncio
         Que envolve
            O nosso amor

                    Restem vivas....


SF (in tempo)

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A « magana » que espere....  Há dias que  ainda me conseguem trazer interesse renovado, em por cá estar  por mais uns tempos. Ao abrir logo ...