O EI é mais perigoso que o ébola
Esta questão do EI (Estado Islâmico)
é quase tão preocupante quanto o surto da ébola.
Estamos perante uma cobardia dos países
constituintes da ONU, que tardam hipocritamente em intervir. E com o adiamento
de soluções, e um encolher de ombros hipócrita, condenam milhares e milhares
inocentes à degola.
Claro que impressiona,de igual modo,
estes novos «cruzados ?», que fazem agora, a viagem. Mas ao invés (dos cruzados) anteriores. Os
primeiros, idos em nome de «Deus» cristão, libertar Jerusalém (destruindo
civilizações e povos). Agora idos em nome do «Profeta», refazer o califado .Nihilista
e passadista, o EI ,é o fruto de um vácuo politico criado numa região, onde o
Ocidente tem profundas e inegáveis culpas. Nascido da «razão» para o combate,
de um grupo de elites de Saddam,a que se juntaram uns velhos fundamentalista,
para lutar contra o invasor americano, o movimento(e ganhou expressão)em 2011, com
as revoltas árabes. Descontroladas, desenvolvendo-se aqui e ali ,como os cogumelos.
No passado mataram-se, degolaram-se,
incineram-se milhares e milhares (talvez
milhões!) de inocentes, em nome de «deus» em vão. Não se prometiam as virgens (coisa
que, parece, por aqui é moeda rara, e ainda bem!) mas prometia-se ouro, riquezas,
territórios, prebendas, sem fim.Agora, estes jovens «europeus adoptados» inadaptados, desprezados e desinseridos, sem
futuro á vista, deitados ao lixo por uma sociedade capitalista que despreza as pessoas, doentiamente fixada ,apenas, no
lucro de uma exploração continuada, são presa fácil para uns loucos e fanáticos
terroristas( o fim dos tempos está aí, e….) . Para em nome de Alá (também ele citado em vão) levarem a jihad até ao fim. O califado quer
regressar á Europa para acertar contas.
Nos múltiplos contactos de duas
dezenas de anos com a gente árabe, entre a qual criei, fortes e duradouras
amizades, materializada em mútuas visitas,
amiúde e continuadas, sempre me impressionou o conhecimento profundo daquela gentes
do Corão (independentemente do seu grau
de formação). Percebi que os actuais cristãos desconhecem, literalmente, a Biblia.
Que invocam amiúde sem nunca a terem lido.E mais: –analisado. Nessa atitude
existe uma profunda e inegável diferença, entre os seguidores das religiões. E
eu que não sigo nenhuma, fui com curiosidade anotando essas diferenças. Aquela
gente pareceu-me formatada na escola, para acreditar cegamente.
Estou plenamente convencido de
que se avizinham tempos de extrema delicadeza para o Ocidente. Qualquer leigo percebe que com a
aviação não se matam «moscas». Se nem sequer acertam nas instalações petrolíferas
em mãos terroristas, que raio de precisão tem essa tecnologia americana (drones & comp)? À trinotonante decisão americana, o EI radical, aproxima-se da Turquia(e depois?!) e está dentro de Bagdad.
24 horas de indecisão numa guerra,
pode representar a sua perda. Napoleão soube-o tarde .A perda desta batalha, que
deverá, inevitavelmente, ser travada no terreno, pode ter consequências irreversíveis.
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