«Ecos e Sussurros» do mar do
Norte...na Galiza....
por VALDEMAR AVEIRO
A tarefa, dado o momento, não era
fácil(no tempo disponível ).Mas ao Valdemar não podia dizer que não.
Convidado o Rui, pusémos mãos à
obra(muito mais ele que eu ,claro...).
E na passada sexta feira rumámos
à Galiza.Mais propriamente ao Porto
Pesqueiro de Bueu..
A pequena Villa encanta. Umas
praias magníficas banhadas por uma água caprichosa de um verde esmeralda de
encher o olho, aqui e ali tingido por um azul safira, num degradèe verdadeiramente
estonteante. Águas calmas, interiores, já bem longe das Islas Cies, banhando um
areal soberbo. Um «pueblo» tipicamente galego, onde a cada passo se tropeça num bar
onde no «altar» se podem degustar umas
excelentes tapas acompanhadas de um
soberbo e fresco «albarinho». ali mesmo
junto à praia. Ao centro do areal um pequeno estaleiro (a abarrotar!) de embarcações de pesca da costa. Mais ao lado,
uma pequena marina e um ancoradouro
exterior, onde amarram dezenas de embarcações tradicionais. O sítio deslumbrou-me,
e jurei lá voltar.
Villa de BUEU
Em Bueu existe um Museu -o museu MASSÓ- museu náutico
interessante, albergado num edifício de antologia. Que uma família rica doou ao
Município para tal finalidade. No frontispício, duas pedras graníticas, imponentes,
exibem em baixo relevo uma nau e uma caravela, quinhentistas, identificando o
local.
Bueu é uma praia que «
quixo facer honra do seu nome. Unha salgadeira ,um forno alfar e um tipo
especial de ânfora ,gardan a memória de
intensa vida deste lugar na época dos romanos. Co passo do tempo das salgas, deram
passo às conservas», lê-se num folheto local.
«Bueu», é pois, a designação de
uma ânfora romana.
«BUEU»
A história de tão cativante
lugarejo, está ligada ao domínio peninsular romano, pois ali existiu uma
fluorescente industria de olaria ,cuja peça
mais notória recebeu a designação de «bueu».E a afamada (e bonita!) ânfora deu o nome ao lugar.
Voltemos á apresentação de
Valdemar Aveiro...
Às vinte uma horas a sala do auditório do museu Massó estava repleta de interessados
em conhecer, ouvir e partilhar com o autor da série de livros (são ja quatro) os «ecos» duma história vivida de pescador do
bacalhau, primorosamente trazidos à memória recente. Muitos à falta de lugar, enchiam
o corredor de acesso. Meia dúzia de conterrâneos nossos, fizeram gala em
mostrar o apreço por Valdemar Aveiro,e compareceram. E nem faltou um caprichoso
e galhardo «Confrade do Bacalhau», trajdo
a rigor, despertando a curiosidade dos que olhavam aquele insólito gabão, num
dia quente estival, quase intolerante. A vida de confrade «oblige»...ou julgam
que é só andar nos «comes e bebes»?
Um «Confrade» a rigor...e um «paisano»
O que mais me impressionou foi o
interesse demonstrado,as muitas perguntas a que Valdemar com a sua proverbial
,pausada, e lucida eloquência, soube dar. Dando-se ao luxo de exibir um curioso
sotaque, e até léxico, galego. E encheu ...a rede....
VALDEMAR AVEIRO a «dar o lanço»
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