quarta-feira, maio 21, 2025

 (do livro PREIA-MAR)


DUNA


A verdade era que,

Aquela música sensual ouvida,

Ritmada com a vaga a enrolar,

Na areia da praia parada,

Parecia ser uma ordem

Para que os corpos se alinhassem ao comprido, 

E cumprissem a razão da sua diferença. 



Amei muito ao som da música (enlevo do mar). 

Quando disso me recordo,

Não choro de saudade. 

Ergo uma taça, brindo, e repito:


Oh! tempo bendito 

Tempo infantil;

De duna em duna

A sussurrar-te ao ouvido:

Ouves o mar a chamar por nós? 


E a duna foi a nossa cama florida

O doce colchão do nosso amor

Em festa....de vida nua,

No pulsar aflito sob a paz que vinha

 Do céu... 

E do mar que a areia de branco, debrua. 


SF



domingo, maio 18, 2025

 


         SIMPÓSIO  CÔRTE -REAL

Embora abalado com problemas de saúde, cumpri  aquilo a que me comprometera: estar presente e participar nas teses desenvolvidas no II Simpósio Côrte -Real,realizado na Biblioteca  Álvaro de Campos de Tavira, promovido pela Comissão de Estudos Côrte Real da Sociedade de Geografia de Lisboa 
Foi um Simpósio muito interessante que, naturalmente, teve o apoio da Câmara Municipal de Tavira. Tudo correu dentro de uma organização impecável onde pontificou o Almirante Alexandre da Fonseca, presidente da Comissão de Estudos Côrte -Real. Uma “navegação perfeita”.



O Simpósio teve momentos excelentes e muito interessantes, outros não tão relevantes,mas sempre a justificar a presença de muitos interessados.
Pela minha parte apesar de limitado, creio que as coisas me correram bem. Julgo que a posição que defendo há muito, está mais consentânea com a realidade da Exploração do Nordeste do Continente Americano.
O livrinho que apresentei  no Simpósio, está ,para os que possam estar interessados em adquirir (porque o julgamos de importância  justificada)a disposição, pedido  directamente ou ao CASCI.


 

E durante o evento só me vinha à cabeça a falta de capacidade da CMI de Ílhavo em realizar o SIMPÓSIO DA PESCA DO BACALHAU (repetido anualmente ou bianualmente),  trazendo a Ílhavo figuras de destaque, estudiosos desse período, interessados em  dar conta da sua visão sobre  partes da história ainda empoeiradas ,discutindo-as como merecem, mesmo nos capítulos ainda resguardados, ou. ainda enovoados.  Arrastando o nome de Ílhavo para os títulos informativos da comunicação social, relevando a preponderância das nossas suas gentes (juntando-a  muitas outras que. nela participaram as quais, certamente , nos trariam visões diferentes da que comumente temos)

Veremos se os próximos Autarcas tomam atenção a esta sugestão que, reputamos, do maior interesse.


             Senos da Fonseca


Nota:estas fotos foram captadas por ilhavos presentes)
 




quarta-feira, maio 07, 2025






E cá vou resistindo......


 Tenho de me curvar, e aceitar com enorme relutância, e(muito) pouca resignação ,os estragos que a longa vida(que todos demos por impossível) são  visíveis. Começo a ser uma sombra de mim mesmo.

Tento resistir.

Estes últimos tempos foram de um trabalho louco. Começar às nove ,e entrar noite dentro até às duas,.....tr~es....quatro da madugada, foi o meu dia a dia deste início de ano.

Porque perdi qualidades, certo é que hoje demoro a fazer as coisas e enervo-me com extrema facilidade.

Tinha de acabar a “ Monografia do Barco Moliceiro” a história dos duzentos(....) anos do Barco Moliceiro (que começa no primeiro tipo aparecido Séc. XVIII que, mostrarei em plano geométrico  e em modelo materializado) onde sistematizo todo o historial deste ex.libris lagunar ,numa abordagem diferente de tudo o que foi feito até hoje. O livro, cujo parte gráfica (Rui Bela) foi imensamente trabalhosa, teve no final, surpresas que me obrigaram a abordagens (aprendizagem )de novos saberes,  inéditos. Será apresentado no MMI no próximo dia 21 de Junho.


Ora quando estava praticamente na recta final eis que aparece(no início do ano) um convite a que não pude (nem quis) eximir-me. Bem pelo contrário.

E assim, se a saúde permitir(vá lá só mais um bocadinho!) lá estarei em Tavira no IIº Simpósio Corte-Real, organizado pela Sociedade de Geografia, a defender algo que há muito tento provar .O  início da pesca do bacalhau nos mares da Terra-Nova pelos portugueses, comumente aceite ,pelos historiadores, ter acontecido  no Séc. XVI, terá acontecido ,sim, muito antes : Séc. XV  (ou até mais cedo)





                                                                                       

 (do livro PREIA-MAR) DUNA A verdade era que, Aquela música sensual ouvida, Ritmada com a vaga a enrolar, Na areia da praia parada, Parecia...