quarta-feira, maio 21, 2025

 (do livro PREIA-MAR)


DUNA


A verdade era que,

Aquela música sensual ouvida,

Ritmada com a vaga a enrolar,

Na areia da praia parada,

Parecia ser uma ordem

Para que os corpos se alinhassem ao comprido, 

E cumprissem a razão da sua diferença. 



Amei muito ao som da música (enlevo do mar). 

Quando disso me recordo,

Não choro de saudade. 

Ergo uma taça, brindo, e repito:


Oh! tempo bendito 

Tempo infantil;

De duna em duna

A sussurrar-te ao ouvido:

Ouves o mar a chamar por nós? 


E a duna foi a nossa cama florida

O doce colchão do nosso amor

Em festa....de vida nua,

No pulsar aflito sob a paz que vinha

 Do céu... 

E do mar que a areia de branco, debrua. 


SF



Sem comentários:

 (do livro PREIA-MAR) DUNA A verdade era que, Aquela música sensual ouvida, Ritmada com a vaga a enrolar, Na areia da praia parada, Parecia...