(do livro PREIA-MAR)
DUNA
A verdade era que,
Aquela música sensual ouvida,
Ritmada com a vaga a enrolar,
Na areia da praia parada,
Parecia ser uma ordem
Para que os corpos se alinhassem ao comprido,
E cumprissem a razão da sua diferença.
Amei muito ao som da música (enlevo do mar).
Quando disso me recordo,
Não choro de saudade.
Ergo uma taça, brindo, e repito:
Oh! tempo bendito
Tempo infantil;
De duna em duna
A sussurrar-te ao ouvido:
Ouves o mar a chamar por nós?
E a duna foi a nossa cama florida
O doce colchão do nosso amor
Em festa....de vida nua,
No pulsar aflito sob a paz que vinha
Do céu...
E do mar que a areia de branco, debrua.
SF
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