sexta-feira, maio 25, 2007

O MAR E O ARRAIS



Que trazes no farfalho da vaga que lá vem?

Com que dimensão, com que medo me queres aterrecer,

Ou com que inquietação me queres saber?

Não aceitas (?), danado ,quem medo de ti não tem .


Podes vir de breu, negro e ameaçador

Podes trazer contigo o vento a chiar e rugir,

Relâmpago ou trovão a zunir .

Podes trazer tudo ,Mar sem fundo.

Mar de todo mundo

Vem estipôr!

A tudo direi basta

Que o medo é breve, mas a glória vasta.



De ti , minh’alma não teme fugir

Nem dor colher, sorriso ou afago.

Chegada a hora de te fruir

Bebo-te , mostrengo, de um só trago

Vem danado

Se a tua grandeza é vasta

Para a dominar, uma mão me basta



Pois tu , afinal - ó Mar! –

És tão pequenino

Que a tua imensidão

Cabe aqui, todinha,

No seio da minha mão.



Senos Fonseca

Maio 2007

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