sexta-feira, julho 20, 2007

Saciado, mas não farto


Esta é mais uma noite em que me embriago

Em ti ,e de ti, Ria

Olho-te no reflexo da lua que me atordoa os sentidos.

Revejo-te em todos estes anos vividos

Nos ciúmes de outros , que como eu ,amorosamente te cativam.


Estás hoje diferente do que me mostraste ontem.

E sei que amanhã serás de novo diferente .

E é por isso que tão estranhamente

Me apaixono, por quem repetidamente , me mente.


Sigo as tuas formas de mulher esquiva,

quando despida das tuas águas me mostras os recantos do teu corpo

E me desatinas

No desejo irrecusável de nele mergulhar - Mulher viva!

A sorver impudicamente a tua maresia , minha boca feita , teu porto.


Saciado, mas não farto, deslizo sobre os teus seios, e beijo-os sofregamente

Até que me digas basta .

Na promessa de que amanhã tudo recomeçará de novo

E que o teu desejo volte, renovado, a provocar o meu ,

Que pode ,eu sei, estar cansado, por peripécias da vida

Mas para Ti jamais estará ,meu desejo ,meu corpo, morto.

Costa –Nova ,18 Julho ,2007
Senos Fonseca

Sem comentários:

  67.   Poemas de Abril Abril: síntese inalcançável Já não há palavras  Que floresçam Abril,  Nem já há lágrima...