sexta-feira, fevereiro 25, 2011

RE…no seu melhor.




Leio no «Diário de Aveiro» a espantosa entrevista feita (?)  a Ribau Esteves, em que este,  despudoradamente, se oferece como putativo candidato à Câmara de Aveiro. Iniciou, assim,RE,a caça aos «gambuzinos». Coisa perfeitamente aceitável.

Mas qual é a estratégia usada?

O Senhor Ribau Esteves  - que se assume  a mais destacada figura politica regional- examina com prolixo critério as reformas que o País precisa.Como menina virgulada, malsina os despesistas que nos levaram ao descalabro.Esquecendo-se que só á sua conta vão 50 MIlhões!
Ora depois de o ler fica-se com a ideia que o País não precisa de reforma alguma. Isto está tão arruinado que já agora melhor é deixá-lo assim. Muda-se apenas o Terreiro do Paço e fazem-se vários «terreirinhos municipais».
O Senhor tem ambições e a sede de um nome.Esta é, pois, a Reforma- RE.

Não podemos deixar de admirar o Senhor:-entrou de bibe em Ílhavo, e sai de fraque e cavanhaque.
A entrevista, um monte de pensamentos e ideias, erráticos, género eu pergunto e eu respondo (é mais rápido e fica mais barato) parece ter como ideia o fixar uma «Nova Ordem (p&a) para o País».Assim mesmo.Já transmitida (é o que diz) ao Presidente do seu Partido.(Por isso entende-se mal porque é que este convidou o historiador Rui Ramos e lhe encomendou coisa parecida. Se já tinha em casa quem lhe fizesse o trabalho….)

Essa «Nova Ordem» tem como premissa enterrar o «Centralismo do Terreiro do Paço (coisa nova (?) que vem sendo falada há séculos!). Novidade pois, nenhuma…


Mas no seu discurso de frescata bamboleante,primeiro de ambito pátrio,logo depois reduzido ao poder local, espanta é que quem tenha assim, ideias tão «claras e brilhantes», como o «bota abaixo do centralismo» inibidor, gastador e afastado, é quem venha propor o «Centralismo Local»: – intenção final de toda a encomendada entrevista!
 E o que nos propõe  RE ? ;nem mais nem menos do que a definição de uma «nova estrutura Municipal».

E antes que se não faça entender ao que vem, logo oferece uma «fusão» dos Municípios de Aveiro, Ilhavo e Vagos.

 
Não deixa de ser curioso….

 

Aqui há dois ou três anos, RE descobriu nas páginas de um livro proibido - afinal anda por aí, cuidado! … -que  na história de Ílhavo terá havido um hiato de tempo em que o Concelho esteve fundido, anexado, a Aveiro. Desanexado ao fim de três anos.

E zás … Mesmo que tenha descoberto o facto, 110 anos depois da «libertação», dá de fazer dessa data da independência,qual grito do Ipiranga,ou passagem do rubicão , calendário Municipal. Todos os anos vem comemorando o acto libertador. Fê-lo ainda há dias…Evocação tipo «5 de Outubro» de antanho, com pompa e circunstância. E claro, inflamado discurso.

Ora  a ideia é tão estapafúrdia- inconsistente e vaga - que qualquer ceguinho «vê» o que pretende RE com a farfúncia: - nos Clubes de futebol, um candidato quando se oferece para lhe presidir aos destinos, acena aos votantes (associados) com pipas de massa, ronaldos, e até, mourinhos. RE enredado numa teia de fraseado retórico imita os charlatães (enquanto esquece Focião)….e oferece numa bandeja, aos cagaréus, o Concelho destes cordatos e amansados «ílhavos».

E julgam Vossências que alguém contestaria o «dono»? Aposto…

«Isto» desceu a ponto tal, que já não andamos de pé. Mas de gatinhas…

Estranho mundo este. Estou cada vez dele mais enojado.

 
Aladino

Ps:nestepaís, já Ramalho&Eça o referiam, há reformativos,reformatotes,reformarengos,reformatóides,reformáfobos,reformingas,reformónimos reformalhos e agora os reformagros.

Que pena o tempo desandar e não aparecer nenhum reformador.






Até aqui, tudo bem... 


Sem comentários:

  67.   Poemas de Abril Abril: síntese inalcançável Já não há palavras  Que floresçam Abril,  Nem já há lágrima...