sábado, setembro 22, 2012


 

Foi Você que pediu um «d.sebastião»?:
Sem duvida estamos a viver um período decisivo para o futuro deste País, como Nação independente, liberta de peias e teias «troykianas » (confusas, erráticas, ideologicamente dirigidas contra o elo mais fraco, muito dolorosas).Um país servil.
Importa-me pouco os erros que se cometeram. Todos(digo todos!) cometeriam os mesmos erros ,como aconteceu com todas as famílias deslumbradas com as facilidades de crédito ,que, quase de um modo  forçado lhe  foram impingidas. Nem sei onde estaria se não tivesse s ido sempre indiferente às loucuras que me foram oferecidas de bandeja .Os bancos pareciam ter ensandecido. Em vez de darem  uma corda a quem lhes desse um porco, inverteram: deram porcos a quem nem corda tinham para o amarrar. E até ofereciam porcas já prenhas (carros, cortinados, férias etc . etc,)
Como sair agora desta tramoia?
Pensam muitos bem intencionados que  vejo (e ouço) nas manifestações,  que sairemos do buraco alavancados por  uma democracia onde todos terão  representatividade nas opções a tomar. Já temos experiência suficiente para não acreditar em «boas» (na maioria), e disfarçáveis  intenções (nuns poucos..por lá misturados).
Quem o pensar cai em puro engano.
Não há modo de viver democraticamente com pouco ou nada para dar.Muito menos quando há (ainda) muito a retirar para pagar (como e a quem?!) .O caminho do desenvolvimento acelerado é vereda tortuosa, que só uma ignorância tonta julga ser sempre a descer em roda livre .Por isso nenhuns dizem por onde é esse caminho(creio que muitos já o perceberam) .Quanto mais formos ao fundo –e estamos a ir! –mais difícil vai ser recuperar o espaço perdido.
Não sei, pois, como sairemos  desta situação. Sei apenas que adiar nada resolve. E que teremos de passar, por momentos e tempos, ainda bem mais difíceis.
Na minha vida vivi e defrontei  situações reais  a que me coube(empurrado às vezes) resolver. Sempre   situações que pareciam irreversíveis. Tive sempre o cuidado de explicar  aos proponentes, o que iria fazer e, mais importante: – o modo  como iria proceder ,o que queria alcançar, como iria lá chegar,  e os prazos que   me concedia. Ninguém mo exigia.Mas era eu que me queria amarrar ao compromisso .Pedi crédito para as decisões que iria tomar..Fixei sempre –mas sempre! –prazos claros: ou conseguia ou vinha-me embora. E fixei sempre – mas sempre !– o tempo da minha intervenção. Para mim sempre houve uma clara necessidade de todos saberem o tempo que precisava para aplicar as «minhas regras»(?)por vezes bem duras, correctivas, às vezes (aceito) no limiar do procedimento dito democrático. Era conhecida a minha decisão, sempre inabalável, de me não prolongar depois das coisas resolvidas. A mim competia-me resolver o momento difícil (o que confesso sempre me motivou e deu gozo),mas não viver depois o tempo de vacas gordas, que vinha a seguir. Deixar as coisas bem gordinhas era o meu gozo supremo. A minha recompensa .
Ora isto vem a propósito da minha convicção :

                  1-Ou a Europa reformula radicalmente a ideia de prazos curtos  e dolorosos para os «paises pobres» pagarem a divida(vivemos essa situação de divida publica desde D. João II),  dando condições de desenvolvimento  e assegurando limites de endividamento compatíveis com o mínimo de bem estar colectivo  (pois não se podem ultrapassar limites sensíveis, incompreensíveis ),ou não iremos a aprte alguma. Em asuntos deste tipo quem não souber chegar-se será o perdedor.
(É inadmissível que esta não seja a preocupação primeira de quem nos dirige, só explicável por falta de experiência de liderança. Uma liderança convicta compromete-se ,mas exige em contrapartida, crédito para as suas decisões. Os que no dirigem capitularam. Renderam-se…)

                    2-ou a tal não acontecer, ressurgirão (aqui e lá fora) acontecimentos  sebastianistas.
O nevoeiro  cobre já este País. Depois não nos queixemos.
As manifestações acontecidas ,aqui e em outros países, são,  não  só dirigidas contra um governo de «rapazolas» imberbes e impreparados, tontos,que em vez de estarem a servir de porteiros numa empresas decente ( emprego bem mais compativel com os seus conhecimentos de Jotas de um qualquer democrático partido, do chega para lá) se apropriaram do poder representativo partidário, desinteressado e distraído,fora da bagunça eleitoral.
 As manisfestações grandiosas,não corporativas,  são  claramente uma rejeição do  sistema partidário que entre nós cresceu e se enquistou.E deita puz por todos os poros. De todo,ninguém já não acredita em ninguém.
E quem se julgar fora do acto de rejeição, está perfeitamente enganado.
SF

                                 

 

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