Foi Você que pediu um
«d.sebastião»?:
Sem duvida estamos a viver um período
decisivo para o futuro deste País, como Nação independente, liberta de peias e
teias «troykianas » (confusas, erráticas, ideologicamente dirigidas contra o
elo mais fraco, muito dolorosas).Um país servil.
Importa-me pouco os erros que se
cometeram. Todos(digo todos!) cometeriam os mesmos erros ,como aconteceu com
todas as famílias deslumbradas com as facilidades de crédito ,que, quase de um
modo forçado lhe foram impingidas. Nem sei onde estaria se não
tivesse s ido sempre indiferente às loucuras que me foram oferecidas de bandeja
.Os bancos pareciam ter ensandecido. Em vez de darem uma corda a quem lhes
desse um porco, inverteram: deram porcos
a quem nem corda tinham para o amarrar. E até ofereciam porcas já prenhas
(carros, cortinados, férias etc . etc,)
Como sair agora desta tramoia?
Pensam muitos bem intencionados
que vejo (e ouço) nas manifestações, que sairemos do buraco alavancados por uma democracia onde todos terão representatividade nas opções a tomar. Já
temos experiência suficiente para não acreditar em «boas» (na maioria), e
disfarçáveis intenções (nuns poucos..por
lá misturados).
Quem o pensar cai em puro engano.
Não há modo de viver
democraticamente com pouco ou nada para dar.Muito menos quando há (ainda) muito a
retirar para pagar (como e a quem?!) .O caminho do desenvolvimento acelerado é vereda
tortuosa, que só uma ignorância tonta julga ser sempre a descer em roda livre .Por
isso nenhuns dizem por onde é esse caminho(creio
que muitos já o perceberam) .Quanto mais formos ao fundo –e estamos a ir! –mais
difícil vai ser recuperar o espaço perdido.
Não sei, pois, como sairemos desta situação. Sei apenas que adiar nada
resolve. E que teremos de passar, por momentos e tempos, ainda bem mais difíceis.
Na minha vida vivi e defrontei situações reais a que me coube(empurrado às vezes) resolver. Sempre
situações que pareciam irreversíveis. Tive
sempre o cuidado de explicar aos proponentes,
o que iria fazer e, mais importante: – o modo
como iria proceder ,o que queria alcançar, como iria lá chegar, e os prazos que me concedia. Ninguém mo exigia.Mas era eu que me queria amarrar ao compromisso .Pedi crédito para as decisões
que iria tomar..Fixei sempre –mas sempre! –prazos claros: ou conseguia ou
vinha-me embora. E fixei sempre – mas sempre !– o tempo da minha intervenção. Para
mim sempre houve uma clara necessidade de todos saberem o tempo que precisava
para aplicar as «minhas regras»(?)por vezes bem duras, correctivas, às vezes
(aceito) no limiar do procedimento dito democrático. Era conhecida a minha
decisão, sempre inabalável, de me não prolongar depois das coisas resolvidas. A
mim competia-me resolver o momento difícil (o
que confesso sempre me motivou e deu gozo),mas não viver depois o tempo de
vacas gordas, que vinha a seguir. Deixar as coisas bem gordinhas era o meu gozo
supremo. A minha recompensa .
Ora isto vem a propósito da minha
convicção :
1-Ou a Europa reformula
radicalmente a ideia de prazos curtos e
dolorosos para os «paises pobres» pagarem a divida(vivemos
essa situação de divida publica desde D. João II), dando condições de desenvolvimento e assegurando limites de endividamento compatíveis
com o mínimo de bem estar colectivo (pois não se podem ultrapassar limites sensíveis,
incompreensíveis ),ou não iremos a aprte alguma. Em asuntos deste tipo quem não souber chegar-se será o perdedor.
(É inadmissível que esta não seja a preocupação primeira
de quem nos dirige, só explicável por falta de experiência de liderança. Uma
liderança convicta compromete-se ,mas exige em contrapartida, crédito para as
suas decisões. Os que no dirigem capitularam. Renderam-se…)
2-ou a tal não acontecer, ressurgirão
(aqui e lá fora) acontecimentos sebastianistas.
O nevoeiro cobre já este País. Depois não nos queixemos.
As manifestações acontecidas
,aqui e em outros países, são, não só dirigidas contra um governo de «rapazolas» imberbes
e impreparados, tontos,que em vez de estarem a servir de porteiros numa
empresas decente ( emprego bem mais compativel com os seus conhecimentos de Jotas de um qualquer democrático partido, do chega para lá) se apropriaram do poder
representativo partidário, desinteressado e distraído,fora da bagunça eleitoral.
As manisfestações grandiosas,não corporativas, são claramente
uma rejeição do sistema partidário que entre nós cresceu e se enquistou.E deita puz por todos os poros. De
todo,ninguém já não acredita em ninguém.
E quem se julgar fora do acto de
rejeição, está perfeitamente enganado.
SF
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