Tanto tempo a não ter tempo….
Mais um pobre poema;
Hoje para assinalar os quinze lustros
De uma vida sem lustro
Ainda que não à fome de tanto a lustrar.
Mais baças vão ficando, na poeira do tempo,
Levantada ao percorrê-la.
O tempo caminha inexorável.
Quinze lustros!...tanto tempo…..
Privilégio concedido de tempo tal
Que sobrar tempo, parecia afinal.
E hoje ao ter de fazer as contas ao tempo,
Perco-me no passado vezes sem conta
E não tenho tempo de fazer as contas.
Creio que a vida me fez gastar tempo
Não comigo, pouca coisa (!),
Mas com os outros esbanjei tanto tempo
Que agora chegado o tempo
De fazer contas,
Choro por não ter tempo
De voltar atrás uns tempos.
SF -22 Jan
2014
SF -22 Jan
2014
1 comentário:
Eu, se fosse poeta, diria o mesmo...
Enviar um comentário