quinta-feira, março 26, 2020



AS viagens da Grande Armada de ZHENG




Já num outro trabalho, publicado em Blog especial, aqui há uma dezena de anos, trouxemos  à baila o que a abertura dos Arquivos chineses,  e a sua consulta, vieram revelar, no respeitante às grandes navegações.(Este assunto fora-nos levantado pelo amigo Cheng durante uma visita ao Grande Museu)
Referenciámos, então, no Blog, as viagens do grande Almirante Zheng He (eunuco cortesão) que na dinastia Ming (1371-1433) comandou  uma esquadra(62 navios de grande tonelagem e 255 de pequena /media tonelagem ) de juncos de dimensão impensável (alguns atingindo as 1.500 ton), com 120 m de comprimento  e 50 metros de boca. A equipagem destes navios incluía mercadores, astrólogos,carpinteiros, etc. Poderiam acolher 1.500 passageiros.
Os casco já tinham a forma de V, quilhas longas, lemes muito largos, e comportavam lastro pesado. Eram navios com grandes salões, alguns ricamente decorados.

                  Comparação dimensão


As viagens teriam uma finalidade que se supõe, com elas pretender dobrar o Cabo, mais tarde denominado de Boa Esperança. Estiveram na Índia, subiram a Ormuz, e terão descido a latitude de Melinde.
Por razões políticas, a GRANDE ARMADA  foi obrigada a regressar à China,  quando já navegavam em direcção ao Cabo..
Se a viagem tivesse continuado o mundo seria hoje bem diferente. Tal como sucede com outras viagens, há muita especulação, entre verdades indesmentíveis. Especulação que chega a garantir ter a armada chinesa  atravessado  o Atlântico e chegado a costa americanas.
Uma coisa parece certa: o mapa que D.Pedro trouxe de Fra Mauro, para a coroa portuguesa, tinha indicações claras do contorno sul da passagem para o Índico. Indicações que lhe teriam sido fornecidas por Conti. Por isso D.João II estava tão seguro de que aquele era o caminho correcto.






                                                         Mapa de Fra Mauro

 
Senos da Fonseca

Sem comentários:

  67.   Poemas de Abril Abril: síntese inalcançável Já não há palavras  Que floresçam Abril,  Nem já há lágrima...