AquilãoFoste cantado por PlínioQuando vindo lá da serraTrazias contigoO perfume da urze e o cheiro da caruma.Descendo, encosta abaixo , caminho ínvioSobrevoando a terra, apressado,Para te vires refrescar na lagunaExsudaste o marnotoFazendo-lhe correr rios de suorEnquanto cometias o prodígioDe transformares água em flor,E assim nascia o sal.Mais do que um milagre.Igual, só o vivido no natal!Teu sufoco causticavaO moço do moliceiroQue de vara ombreadaPercorria a auto estrada da bordaNa procura de um novo veiro.Enquanto lá ao longeUm maçarico sonolento ,acordava.Fazias do mar ,lamaLevando contigo a «xávega»A paragens que pareciam infindas.E o arrais endoidado por tiSeguia-te como à sereiaSem saber se havia mar e norteOu se o atrevimento findava, em morte.Senos da Fonseca
segunda-feira, setembro 26, 2022
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