sexta-feira, dezembro 22, 2023

 O chocante problema dos “sem abrigo”... ainda .mais chocante nesta época


Confesso não compreender (ou melhor,não aceitar) este  chocante(e insultuoso) problema dos “sem abrigo”.E se me permitem conto um caso que vivi, e me vem à memória, perante o número de “sem abrigo” que é anunciado existir no país, anunciado  nos canais televisivos(nos intervalos dos futebóis).



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Um dia recebi um telefonema da « Zeca » (Maria José) a dizer-me:

–Anda comigo ali abaixo da ponte, pois disseram-me que está lá uma família sem abrigo em condições miseráveis.

Claro: fui logo. E numa curta caminhada,no terceiro pontão, encontrámos a família.

O que fazer (?!), perguntei eu..

Para já meto-os numa casa do CASCI (o Casci então tinha várias casas onde acolhia famílias em extrema dificuldade).



E logo veio a carrinha buscar os “trapos” e levámo-los para o CASCI.

E agora....?

– Anda : vamos ali á Gafanha da Encarnação ,há lá um terreno com uma casita, vai-se comprar e recuperar...

Dito e feito. E a « Zeca » nem confiou nos ”dotes” do irmão e incumbiu o João Cura de fazer a “planta” de recuperação do casebre,  batidas as notas e  assim comprado o sítio.

(permitam-me desabafar...)

Nunca por nunca, acredito, em Ílhavo (concelho), poderia haver um sem abrigo..

Fosse cigano, negro ou branco, ou de outra qualquer etnia, que fosse ( nesse tempo da Zeca....).Nem o problema chegava a tirar um minuto de sono aos “abusacados” edis.

Houvesse o que houvesse, ninguém ficaria na rua sem abrigo, ou sustento. 

A lista dos que iam diariamente buscar alimentação ao CASCI, ainda no tempo em que por lá passei, era relevante (e creio que continuará a ser).

Por isso, não compreendo, nem aceito, este problema chocante, impensável, revoltante.

Como pode uma Câmara (seja qual seja) optar no seu domínio de intervenção por atitudes falaciosas, festivas, de sumptuosidade bacoca, e permitir deixar subsistir este problema?),ao tempo que ilumina as suas ruas e pracetas com BOAS FESTAS...

Senos da Fonseca



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