Todos prometem «o céu» ....
Grande desatino
Percorre este tempo
Num turbilhão de emoções;
Crianças, velhos e novos,
Todos (!)
À espera que chegue o momento
Em que trazido na noite,
Enovelado no chaile do vento,
Chegue o adulado menino.
Mas o menino não virá.
Para quê (?) regressar ao ponto de partida,
Se o Homem é negação de obra-prima,
Clamorosa imperfeição da obra divina.
Se o menino viesse
Encontraria de novo,
Na praça, os Vendilhões
A chorar “pela pobreza do Povo”.
Choram a pobreza mas não O servem.
Alarido de carpidores,
São os mesmos que em surdina
Nos púlpitos do templo
À uma se levantam, votam
E a decretam.
De novo (e sempre!) em nome do Povo traído
Prometem um mundo novo.
Eu por mim desiludido
Náufrago varado na praia afortunada
Procuro na rosa-dos-ventos
Orientes (ou ocidentes?)
Novo rumo para esta pátria ousada.
Nova epopeia iluminada,
Em demanda de outra Antília de novo amanhecida,
Bem lá nos longes do mar, ainda escondida.
Deus , Ó Deus: porque ficam assim tão longe,
Inacessíveis (!),
Os «céus» que todos prometem
e depois não cumprem?
Senos da Fonseca
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