sexta-feira, abril 13, 2007

Licenciado ou Nobel ?


Se as pontes suspensas – verdadeiras obras primas da engenharia que me desatinaram uma vida – levitassem tão docemente ,como o canudo de Sócrates traz suspenso o mundo politico português ,então não estaríamos perante um diploma duvidoso, mas perante canudo de um Nobel reinventado.

Triste imagem de um Pais que seráficamente se entretém a discutir futilidades que não têm significado algum, esquecendo o muito que há a fazer em tempos muito próximos , que vão ser cruciais ,para todos nós .

Todos ,mas todos, sabemos ,o tortuoso caminho do ensino em Portugal .

O curioso é que tendo assumido cargos de grande responsabilidade e visibilidade ,profissionais , e até envolvido em estudos e pareceres produzidos para o Estado ,o certo é que nunca ,nesse desempenho, me foi solicitado a demonstração da minha habilitação .Só quando me candidatei à Marinha de Guerra –e aí no condicional de terminar a licenciatura nessa época -e naturalmente para o exercício de docência na Universidade de Coimbra, a documentação -licenciatura – me foi pedida :Mas não, nunca (!) me foi pedida a prova de apetrechamento para exercer a actividade de engenheiro ,que é coisa diferente (O.E.) , e que nesta balbúrdia me pareceu não se perceber, a diferença ..
Ora , quando ocasional e pontualmente frequentei cursos de especialização especifica , no estrangeiro, tal me foi de imediato exigido .O que não deixa de ser sintomático.

Depois de Abril ,tudo quis passar a ser «Engenheiro»;até os maquinistas dos comboios o exigiram ,com o argumento de que nos EUA ,eram os seus colegas designados por engineers .
Até me lembrou o tradicional tratamento recebido pelos caloiros em Coimbra, distinguidos enfaticamente pelo engraxador ,empregado do café etc, por «Senhores Doutores» .O que enchia de vaidade as namoradas que logo se perfilavam em pelotão para saber qual seria a ditosa que iria oferecer o grelo[1] ao doutor daí a dois anitos –se não o fosse antes.


Presunção e agua benta cada um toma a que quer ;mas há uns que se embebedam na pia baptismal .Lá isso …há .

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” MARQUITOS! MARQUITOS!" ...olha o lobo...


Meteu-me dó o desempenho do “pequenito”.De uma inabilidade politica (que só por si justificaria despedimento com justa causa) , quando dá como provada –mesmo depois da evidência em contrário - da continuada falta de carácter do 1º Ministro . Para logo pretender, então, que um sem carácter - o tal 1ºMinistro- se mande investigar a si mesmo .
Porque não exigiu o «menino» , olhos nos olhos e no local próprio (Parlamento),que o 1º Ministro lho explicasse .Era bonito …
Claro que M.M. se estava a ver ao espelho (para isso içando-se na banqueta ) .
Pois, espanto !
Então não é que «o meia leca» , foi Professor de tal Universidade ,e até chefe de Departamento da mesma ? Ora com que méritos ,ou que provas teria dado , para desempenhar tal tarefa ? Ou teria sido - afinal e só – «educador infantil» no infantário mantido por tal universidade para os filhos dos seus alunos ?!.
Um professor simpa ,este « MARQUITOS », que lhes pareceria mais um de entre os seus.


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VERGONHOSO …SIMPLESMENTE VERGONHOSO


Outra atitude que meteu dó ,foi ver Lopo Xavier ,fazer o jogo de «O Público» (pertença do mesmo Patrão que lhe paga ,ao que dizem principescamente ,por o merecer certamente ) desfazendo-se em explicações tortuosas traídas por um sorriso traiçoeiro que anunciava que nem ele estava a acreditar no que dizia ,por tão estupidamente cegas.
Não havia, pois, nexexidade dixo- diria o Cónego Remédios.

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E AGORA VAMOS A VER …..

Volto á matéria do ultimo Blog .

Se o supremo Tribunal pronunciou o jornal «O Publico» por dizer a verdade ,na questão da divida fiscal do Sporting, no entendimento de que a mesma,embora verdadeira , atingia a reputação e o bom nome da Instituição (que não era pessoa !...,mas instituição sem alma) ,então como sentenciará agora ,em que comprovadamente -e pelo menos para já -90% das afirmações –insinuações são redondamente falsas?! Estou para ver …


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MAESTRO CAROLA



Fui hoje procurado por mestrando lá do interior (Vila Real) que pessoa amiga mandou ter comigo, para ver se lhe poderia ser útil num trabalho que anda a fazer sobre J.Carola ,ilustre músico Ilhavense do Sec. XIX –XX.

Tivemos um agradável bate papo onde procurei elucidá-lo sobre alguns caminhos de investigação e locais onde poderia encontrar referências .Especializado em Música ,fez-me ver a dimensão artística de Carola -que eu desconhecia – o qual produziu, entre outras , mais de uma dezena de peças especialmente dedicadas a musica sacra para a Semana Santa ,com características que levantam sérias expectativas ,e que foram interpretadas por ilustres cantores que para o efeito vieram propositadamente até nós .

Se a figura e dimensão do Musico estava mais ou menos alinhavada ,falta enformá-la da dimensão humana do maestro .E será nesse ponto que procurarei ,humilde mas interessadamente, colaborar .

No final interroguei-me sobre o critério que me serviu para a escolha das figuras que inclui no Álbum das Figuras, no Ensaio Monográfico ,em edição .

E apercebi-me –já tinha chegado a essa conclusão , anteriormente –que o critério que utilizei nem sempre foi justo.

Mas não deixa de ser interessante –embora penoso – o saber que os de fora vão desenterrando essas magnificas figuras da nossa cultura –e nós por cá completamente alheios a isso .

Isto é clara ,indigência cultural .A culpa inteira vai para quem fala de cultura, pensando que esta se constrói com telhados de vidro , sem paredes ,e muito menos sem alicerces.


Aladino


[1] Atente-se :O« Grelo» era o distintivo-académicamente correcto - usado pelos terceiranista nas suas pastas ,e nada do que poderão,os maldosos , ser levados a pensar.

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