MARX, cada vez com mais razão.
Mário Soares é citado, hoje, na Comunicação Social, a recuperar Marx.
Parece que andou muito distraído.
Neste Blog -creio que já no ano passado – levantei a mesmíssima questão. Precisamos de recuperar uma ideologia, senão, será o descalabro total.
Marx estava correcto nas suas teorias. Foram é mal aplicadas.Isto é hoje claro: a aplicação prática do marxismo na União Soviética – Marx julgava que a mesma se iria concretizar num país industrialmente desenvolvido, como por exemplo na Inglaterra – deu cabo das boas intenções – e ideias – de Marx. O comunismo duro e puro, centralizado de Lenine (o menos mau), a paranóia terrifica de Staline (o pior) e seus continuadores, até Grovachov (que pôs finalmente em causa o processo) não permitiram que um socialismo cientifico, recuperasse e corrigisse os erros do Capitalismo, que começaram a ser evidentes, logo no início da revolução industrial, dos fins do séc.XIX.
Ora o que hoje estamos a assistir, já o referi várias vezes. O Capitalimo mostra ser autofágico, alimentando-se de si próprio para continuar a sua senda de exploração, agora não já regional mas global. A Globalização incontrolada, exacerbada e hiperbólica, tendo como única regra a satisfação das necessidades do mercado, que ele próprio incute e gera nas pessoas, fazendo-as dependentes do consumismo irracional, seja a que preço for, é feita hoje por processos especulativos sem rosto, e a níveis que fogem já ao controlo dos blocos políticos. Se a paranóia do mercado não for parada, estancada e controlada, este Capitalismo selvagem acabará numa tragédia, de que ninguém ficará para contar como foi.
Hoje o Capitalismo galopa sobre o seu próprio cadáver. Isto é: - para gerar mais riqueza, canalizada só para alguns, muito poucos -que nem sabemos quem são! -, obriga o social a despejar tudo, e a pagar-lhe as dividas, recuperando as migalhas que distribuiu com o único fito de as mesmas voltarem breve à sua posse. Para «ele», para o privado, ficará só a parte lucrativa. E assim sob a forma de apoios ao investimento estrangeiro, é pago hoje aqui por «uns», para que «lhes» explore a mão-de-obra local; e amanhã será já por outros; e depois por outros, sempre…sempre de um escalão social mais atrasado (mão obra a tuta e meia). De degrau em degrau vai descendo a escada da exploração até ao último degrau. E aí chegado como acabará a história, importa interrogar-mo-nos?
Mas para aproveitar o «bom» do Marxismo, temos de lhe vestir outra roupagem. E reconsiderá-lo nas Escolas, reexaminando-o, corrigindo-o, discutindo-o. E aí nasce a questão, que é o saber quem ainda não está tocado pelo podre do capitalismo, disposto a arriscar (?!)
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Dinheiro ?!: É para já.
Parece que anda aí, a rodos…
Atente-se no colapso imobiliário, começado na América, e cujo efeitos ainda não sabemos de que modo os iremos pagar, ou que quota-parte iremos assumir.
Certo é que por cá o sistema fez o mesmo, só que em menor dimensão (só porque somos menos e começámos mais tarde).
A partir da década de oitenta os bancos assentaram as suas estratégias no endividamento colectivo. Para isso oferecendo, com o beneplácito dos Governos, dinheiro fácil. Dinheiro para casa, móveis, obras inventadas, a pagar em dez (!), depois em vinte, agora já vai em trinta anos; e por este andar o cidadão ainda vai pagar mesmo depois de enterrado, e bem enterrado. Já se fala passar para 50 anos.
Para alimentar a indústria automóvel, à beira do colapso, os carros ofereceram-se a três anos, depois a cinco, agora já vai em sete. Ou até já nem se compram: - alugam-se.
Até hoje no Diário de Aveiro se oferecia dinheiro,de imediato. Ring.ring…e já está. É só dizer quanto, para poder ir de férias (a fazer figura de rico)
Há dias um banco ofereceu-me uma aplicação a quinze meses a quinze por cento. O cartaz era assim mesmo que dizia. Eu que não sou parvo perguntei à funcionária se o banco estava numa de mecenato, a vender mais barato do que compra. Então ela explicou: quinze por cento ao ano (1,2% mês) só diz respeito à taxa vencida no 15º mês, e só para o capital remanescente. Quanto ao resto, nos outros meses (14) afinal era uma aplicação pior que muitas outras que andavam para aí.
Para ir a um Banco, aconselhamos: -não leve um dicionário; leve antes um intérprete.
Os Bancos aqui – e lá fora – são verdadeiros caças níqueis, com publicidade consentida profundamente enganosa.
Agora aparecem as empresas paralelas a meter o cidadão em mais sarilhos. Primeiro ofereciam mil via telemóvel, agora cinco mil, amanhã dez mil. Tudo parece fácil, Recebe já, e paga …. Sei lá quando. Muitos iludem-se e um dia acordam e nem a camisa lhes deixaram
. Conheço muitos amigos que estão com sérios problemas. Não por eles, mas para salvar os filhos da desgraça, desgraçando-se eles também. Convenceram os putos que eram Berardos em potência, e agora deixaram-nos com o papel na mão, inútil, E as promissórias com os avais dos Pais, essas ainda vão servir para aguentar a desgraça imediata. Mas chegados ás gerações seguintes, os pais (os filhos de hoje) a sua assinatura nem para promissórias vale algo.
Até quando este Capitalismo selvagem, enganoso e destruidor, vai continuar a andar por aí à solta?
Tive esperanças que Sócrates já tivesse actuado.Sei que romper o sistema pode originar uma catástrofe.
Mas não tenho a certeza de que a desgraça não chegue, continuando nós a ir por onde vamos.
Aladino
Atente-se no colapso imobiliário, começado na América, e cujo efeitos ainda não sabemos de que modo os iremos pagar, ou que quota-parte iremos assumir.
Certo é que por cá o sistema fez o mesmo, só que em menor dimensão (só porque somos menos e começámos mais tarde).
A partir da década de oitenta os bancos assentaram as suas estratégias no endividamento colectivo. Para isso oferecendo, com o beneplácito dos Governos, dinheiro fácil. Dinheiro para casa, móveis, obras inventadas, a pagar em dez (!), depois em vinte, agora já vai em trinta anos; e por este andar o cidadão ainda vai pagar mesmo depois de enterrado, e bem enterrado. Já se fala passar para 50 anos.
Para alimentar a indústria automóvel, à beira do colapso, os carros ofereceram-se a três anos, depois a cinco, agora já vai em sete. Ou até já nem se compram: - alugam-se.
Até hoje no Diário de Aveiro se oferecia dinheiro,de imediato. Ring.ring…e já está. É só dizer quanto, para poder ir de férias (a fazer figura de rico)
Há dias um banco ofereceu-me uma aplicação a quinze meses a quinze por cento. O cartaz era assim mesmo que dizia. Eu que não sou parvo perguntei à funcionária se o banco estava numa de mecenato, a vender mais barato do que compra. Então ela explicou: quinze por cento ao ano (1,2% mês) só diz respeito à taxa vencida no 15º mês, e só para o capital remanescente. Quanto ao resto, nos outros meses (14) afinal era uma aplicação pior que muitas outras que andavam para aí.
Para ir a um Banco, aconselhamos: -não leve um dicionário; leve antes um intérprete.
Os Bancos aqui – e lá fora – são verdadeiros caças níqueis, com publicidade consentida profundamente enganosa.
Agora aparecem as empresas paralelas a meter o cidadão em mais sarilhos. Primeiro ofereciam mil via telemóvel, agora cinco mil, amanhã dez mil. Tudo parece fácil, Recebe já, e paga …. Sei lá quando. Muitos iludem-se e um dia acordam e nem a camisa lhes deixaram
. Conheço muitos amigos que estão com sérios problemas. Não por eles, mas para salvar os filhos da desgraça, desgraçando-se eles também. Convenceram os putos que eram Berardos em potência, e agora deixaram-nos com o papel na mão, inútil, E as promissórias com os avais dos Pais, essas ainda vão servir para aguentar a desgraça imediata. Mas chegados ás gerações seguintes, os pais (os filhos de hoje) a sua assinatura nem para promissórias vale algo.
Até quando este Capitalismo selvagem, enganoso e destruidor, vai continuar a andar por aí à solta?
Tive esperanças que Sócrates já tivesse actuado.Sei que romper o sistema pode originar uma catástrofe.
Mas não tenho a certeza de que a desgraça não chegue, continuando nós a ir por onde vamos.
Aladino
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