sábado, outubro 04, 2008
DESPEDIDA ….
Hora de cerrar os vitrais,
correr as portas
e deitar um olhar de adeus
ao silêncio daquela luz.
Ouço o longínquo apelo
Da gaivina a espairecer
No quintal da infância.
Verão ainda, ou já inverno?
Sou todo silêncio, pouco mais;
As pálpebras dormentes
Impedem saber em que rosa- dos- ventos
Descortino o tempo.
Invento no espaço
A cor da palavra suspensa
Na torpôr da tarde.
Já inverno, o pôr do sol
Vem de madrugada.
Por ali fico indefeso a ler teu poema
Com a luz apagada.
Na praia iluminada
Senos da Fonseca (Out 2008)
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