quarta-feira, outubro 22, 2008


MRTRA(Movimento de Recuperação do Teatro do Recreio Artístico)

Na palestra anteriormente referida neste Blog, a Profª Rita Marnoto chamou a atenção para a necessidade de se recuperar o antigo «Salão do Clube dos Novos» ,hoje a Drogaria Vizinho.
Claro que é urgente e necessário. Vimo-lo dizendo há muito.
Por incrível que pareça o poder na TL anda há anos preocupado em recuperar O TEXAS, vá lá saber-se porque carga de água. E até para tal, diz ter feito uma parceria com privados. Mas sobre a necessidade de propor soluções para recuperar o histórico edifício do « Clube dos Novos (?) », com ou sem privados, com ou sem Instituições locais, sobre isso nunca se ouviu, intenção que fosse. O edifício que já tinha a sua história mesmo antes de se transformar no referido Clube, merece ser preservado, dando-lhe utilização condigna. Transformá-lo num espaço de fruição pública, com função cultural dirigida, específica, é o que urge fazer.
Ouviu-se dizer durante a Palestra que o prédio vai ser posto à venda. Uma oportunidade para facilmente se resolver a questão.
E não é pelo facto de ser um edifício Arte Nova, como disse a Profª R. Marnoto – porque o não é –mas pelo facto de guardar ainda no seu interior pedaços de um período histórico da Cultura Ilhavense, que urge preservar e reavivar, para identidade futura, comum.
E já agora – dando resposta ao desafio da palestrante - passemos um breve olhar pelo edifício Foi pertença do Cap. Pizarro, casado com D. Inês de Sousa Magalhães, avós do Visconde de Almeidinha. E foi ainda lá que nasceria esse grande ilhavense -ornamento da magistratura administrativa, uma glória de Ílhavo- , o Conselheiro José Ferreira da Cunha.
Ora em 1876 foi criada a sociedade de onde faziam parte, João Carlos Gomes, António Candido Gomes, José Craveiro, José António Magalhães, Francisco Rocha , Bernardo Camarão ( Kim Camarão)e Augusto Ferreira, que sob projecto do eng. Tavares Lebre constrói o primeiro teatro em Ílhavo, conhecido por «Teatro do Recreio Artistico». Na inauguração do teatro foi representada a peça «Camões no Rocio», em que participaram Eduardo Pereira e Rosa Gomes, acompanhados por João Barreto e João Carrolla. O teatro em cujo pano de boca se representava a apresentação de Egas Moniz, tinha nos parapeitos dos balcões, várias referências a dramaturgos e poetas ilustres ,como Gil Vicente, Garrett, Bocage etc, ainda hoje visíveis.
Ora seria só mais tarde, depois de introduzidos diversos melhoramentos, e luxuosamente decorado, que no referido edifício viria a ser instalado - então sim !- o«Clube dos Novos»
Recuperar todo este historial de um período que nos desenhou a diferença, impõe-se, pois.
Ora aqui está um movimento para o qual contribuiria com todo o gosto e empenho.


PS distrital no seu pior.

Sem grande surpresa, mas incrédulo, constato como é ainda possível , nos tempos de hoje ,existir uma estranha doença a minar a democracia, a que parece não se pôr cobro .
A lógica partidária (o poder a todo o custo) faz crer bastar a existência formal dos mesmos, para que se julgue viver dentro de um modelo consagrado ao exaltamento e prática das virtudes da dita, é subvertida sem despudor nem vergonha nos actos mais comezinhos da vida interna de cada um dos Partidos (de que dizem ser o seu pilar fundamental).
Como neste caso ridículo da eleição na Federação de Aveiro, praticam-se esquemas do mais reles e caricato enfeudamento dos menores aos trapaceiros das artimanhas, levadas a cabo para se perpetuarem no poder. E há quem aplauda …

Como é possível que a cegueira desses menores não lhes dê, no mínimo, uma nesga para poderem constatar que nunca serão pessoas antes de se sentir cidadãos . Que raio de virtude poderão eles descortinar numa eleição viciada, tortuosa, que foge ao confronto digno das ideias e se refugia nas artimanhas processuais para afastar confrontos de posicionamento, ainda que discutíveis, e por isso mesmo só esclarecidos pelo acto de escolha ? Que vil glória será a destes menores ao se julgarem condutores de não mais do que um cordato rebanho de distraídos obedientes?

Se isto é vida democrática…,vou ali e já venho.
Preocupa-me que este caso de Aveiro possa não ser um caso isolado. Pobre País e coitada da Democracia. Começa a ser temerário viver por cá…em paz.
Há fortes temores de ser real e de corresponder à verdade, a ideia que alastra no cidadão comum de que na politica é muito difícil encontrar gente digna.

O «Apito Dourado« é apenas um capítulo da «Politica Dourada»,no comprar de resultados.

Aladino

Sem comentários:

  67.   Poemas de Abril Abril: síntese inalcançável Já não há palavras  Que floresçam Abril,  Nem já há lágrima...