sábado, dezembro 26, 2009

Fim de ano tempo de balanço.


Foram muitos, os momentos de preocupação com a enormidade de afazeres que a actividade do CASCI despejou sobre mim.
Valeu-me, como sempre, um hábito que faz parte integrante da minha maneira de enfrentar os desafios -e este foi,sem duvida, um dos maiores: primeiro há que perceber exacta e exaustivamente,e em todas as vertentes o problema.Horas ,dias,noites em que a «coisa» nos não sai da cabeça. E, depois de recolher toda a informação, depois de observar a questão por todos os ângulos, interiorizado o que havia a fazer,determinado a ir em frente foi tempo de definir timmings, ensinar as pessoas a compartilhar responsabilidades, atacar as Tutelas no sentido de resolver os gravíssimos casos pendentes, reestruturar toda a Instituição. Fixando novos objectivos e explicando-os em pormenor para que todos partilhem na solução. Depois, acompanhar de perto cada passo dado para,se necessário corrigir algo que na prática se verifique não ser o melhor caminho.
Com uma precisão cronométrica cumprimos na totalidade, e dentro do previsto, o que nos propúnhamos fazer. E agora será a próxima AG a resolver em definitivo a última questão ainda em aberto: a aprovação da nova estrutura Directiva.
Foi preciso trabalhar muito. O CASCI é de um grandeza desconcertante e angustiante. Mais do que isso:- de uma complexidade verdadeiramente aterradora.
Mas tudo naquela Instituição nos desafia. E se por vezes dói não ter soluções para todas as chagas do mundo, sinto que chegado aqui, posso dizer: -enriqueci-me no CASCI.
Há no Casci verdadeiros exemplos de solidariedade, espantosos, que nos reforçam e desafiam para correspondermos, nós próprios, com a dádiva da nossa quota-parte.
O risco que corri era enorme.Eu sabia-o perfeitamente. E ainda é até entregar tudo noutras mãos.
A responsabilidade da mudança inibiria um outro qualquer. A minha condição de irmão da Fundadora trazia uma responsabilização acrescida. Sabia-o. E estava plenamente consciente disso. E por isso mesmo é que só aceitei o risco quando, falhadas todas as opções e perante a gravidade da situação que punha em perigo a Instituição,me senti sem possibilidade de dizer não,como várias vezes ,anteriormente ,o disse.Desta idade não tinha nenhuma necessidade de correr o risco.Mas não havia desculpa perante a situação.E que raio eu ainda não estava de todo acabado.Tinha ainda a confiança que sempre tive em mim,e me levou a outras lutas.
Eu nunca desculparia a mim mesmo se a Instituição entrasse em colapso.
Farei tudo – e esse tudo é não olhar a esforços- para entregar uma Instituição sólida, estruturada, capaz de vencer os novos desafios.Que são muitos.

SF

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