Morre comigo de mansinho
Já se somem as pegadas que ficaram para trás
Semeadas nas tortuosas veredas que percorri,
Na convicção de que era caminhada obrigatória.
E o que dela retenho na memória?
A sensação de uma fogueira apagada.
Dias de sol de mudez descarnada
Faróis de lonjuras que se fundiram
Perdidos todos os orientes e ocidentes
Da nossa imaginação desalinhada.
De tudo isso ficou apenas a certeza
De uma paz interior reforçada,
No endemoniado caminho
Do relógio que não pára a olhar para trás,
Para a vida que agora teima em ser lenta
Quando a morte acena, já, cheia de pressa.
Hoje apetece-me a paz total,
Tão cansado estou de a percorrer,
Que me deixo soçobrar no areal
A ver a ria morrer comigo, de mansinho.
SF 13 Dez 2009
domingo, dezembro 13, 2009
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
A « magana » que espere.... Há dias que ainda me conseguem trazer interesse renovado, em por cá estar por mais uns tempos. Ao abrir logo ...
-
Na Sociedade de Geografia Tive ontem, o grato(e honroso)prazer de participar na apresentação do meu último livro ” Saberes que Tornaram Po...
-
Há dias em que “elas” acontecem.... Ontem, o Grupo dos Amigos do Caldo de Feijão (eu gosto mais de lhe chamar Caldo Gafanhão),surpreendeu-...
-
LEMBRANDO–TE.... Fazias hoje 86 anos..... Onde quer que estejas, sei que entenderás, porque sempre nos aprendemos a descobrir ...
Sem comentários:
Enviar um comentário